Do or Die escrita por LadyThyssa, Dr Hannibal Lecter


Capítulo 16
Capítulo 16 - O Dia que Eu Mergulho em um Riacho no Extremo Frio!


Notas iniciais do capítulo

Olá querido leitor! Depois de vários pedidos, finalmente teremos um romance na fic.
Tenham uma boa leitura :)



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Revelações! Desde então muita coisa era revelada, muita coisa era falada e eu pressentia que precisava de um tempo para assimilar tudo aquilo. Destruir satélites, ter cuidado com um traidor e salvar Theo. Talvez o ultimo tópico não fosse uma coisa nova, porém estava Theo novamente em uma enrascada. Deste vez ele, pelo menos, não estava sozinho e sim com Pan. Lembro de pouca coisa de minha ultima conversa com a estranha voz que ressoava em minha mente, mas uma coisa vital que eu lembro é: "Não deixe Theo morrer, se ele morre você morre também! " E Theo estava sempre a beira da morte! Pois bem, ficar aqui refletindo não vai salvar o menino chorão de cabelos encaracolados da morte. Neste momento nosso grupo se dividiu novamente, Maysa juntamente com Tommy foi até o topo do monte no centro de pesquisas. Eu e Layla nos aprofundamos na selva, se guiando apenas pelos gritos interruptos de Pan.

Layla corria freneticamente na frente com seu machado destruindo os cipós, eu corria atrás com minha espada empunhada. A lua cheia confirmava a presença da noite e um medo crescia, era essa hora que as assombrosas criaturas caçavam. Os gritos pararam bruscamente, Layla ficou parada apenas esperando para ver se conseguimos ter alguma pista do paradeiro de Theo e Pan. Nada! Ficamos parados no meio da selva, totalmente perdidos e a única melodia existente era o vento batendo nas folhas das arvores.

– Droga! - A frustração era visível nos olhos de Layla . A temperatura começou a baixar de maneira absurda e o frio começou a gelar todo meu corpo. Eu estava com uma nova roupa que Maysa tinha me dado, afinal minhas antigas rasgaram na queda do avião, que não me aqueciam o suficiente - Se não quiser morrer congelado, melhor começar uma fogueira! - Parece que eu não era o único que estava com frio, Layla tremia ao meu lado. Ela começou a juntar algumas toras e esfregar alguns gravetos para ver se conseguia fogo. Eu continuei encostado em uma arvore, apenas assistindo suas seguidas fracassadas tentativas de fazer a fogueira - Estas porcarias não acendem! - Furiosa ela jogou os gravetos para o alto e começou a murmurar - Vamos para o topo da montanha com os outros!

Estávamos andando sem direção por uns vinte minutos, o frio era iminente e a floresta parecia não acabar mais. Até cruzarmos um riacho, Layla parou bruscamente. Eu quase trombei com ela na penumbra da noite, o som do gorgolejar da agua era tranquilo e era isso que me aterrorizava. O jogo estava muito tranquilo e isto era um péssimo sinal.

– Estou com sede - Ela me encarava com seus esbugalhados olhos - Você tem um cantil ou coisa assim? - Fiz que não com a cabeça. Então ela se ajoelhou e começou tomar a agua com sua mão mesmo, primeira vez que ela coloca o liquido na boca cospe todo ele fora - Isto esta um gelo! - Eu fiz que sim com a cabeça, com um clima daquele era certeza que a agua estaria extremamente gelada. Mesmo assim Layla tomou a agua do riacho e quando se levantou ela estava pasma, com os olhos arregalados. Então ela balbuciou poucas palavras - Tem algo aqui dentro e eu sei o que é.

– Mas o que tem ai dentro? - Poderia ser qualquer coisa, afinal estávamos em um jogo que o impossível era só questão de ponto de vista.

– O primeiro satélite Voraz, eu achei o primeiro satélite - Rapidamente corri para a beira do riacho e ao fundo dava para ver algo brilhando, algo metálico.....

"Na primeira hora a água nos tornaremos;

Na segunda hora assim como o fogo queimaremos;

Na terceira hora como pássaros voaremos;

Na quarta hora a solução destruiremos;

Na quinta hora ao cheiro de sepulcro e com um corpo oco teremos a morte para a contemplação da vida;

Assim a meia-noite chegará e a chave abrirá, e a cegante realidade então a tomara"

A primeira hora, era o primeiro satélite! Cada hora era para um satélite, esse era o enigma que destruía o jogo! Só precisávamos caçar os cinco satélites e finalmente nos libertarmos daquele inferno. Um barulho que surgiu do meio das folhas me alertaram, lagartos gigantes apareceram em nossa frente. Sua boca escorria baba, seus dentes eram gigantescos e sua pele era verde como o matagal. Eles poderiam facilmente se camuflar com o ambiente e vinham neste momento em nossa direção. Sua língua de réptil era repugnante, seu papo era grande e eles seguiam vagarosamente com suas enormes patas.

– Deixe eles comigo - Layla ordenava - Mergulhe no riacho e não saia enquanto não destruir o satélite. Ignore meus gritos ou qualquer pedido de ajuda, simplesmente destrua e suba novamente - Ela estava parada a minha frente, com o machado na mão e encarando aquelas gigantes criaturas. Rapidamente tirei a camisa e a calça e pulei de cueca no riacho, afinal precisava de alguma roupa seca quando sair de lá. Logo que entrei na agua o frio me dominou e minha vontade era voltar nadando para superfície, porém eu tinha de resistir. Meus ossos congelavam e eu não conseguia mais sentir minha pele, meus pelos estavam todos arrepiados. A agua que entrava pela minha narina passava por todo meu corpo, congelando cada parte e membro existente. Estava chegando cada vez mais perto do satélite e finalmente quando fui toca-lo, um vidro estava em sua frente. Tentei nadar para o lado e outro vidro.... Não era o satélite que estava envolvido em um vidro e sim eu!

Os cientistas não eram tão burros quanto eu imaginei, eles não deixariam seu precioso satélite tão vulnerável. Eu estava preso em uma caixa de vidro, comecei a tentar subir e não conseguia. Comecei a me debater em desespero tentando a qualquer custo quebrar a caixa, ela começou a diminuir. Não sei o que era pior, o frio devastador, a falta de oxigênio ou o aperto que eu estava. A caixa diminuía assustadoramente, meu ar estava se esgotando. Todo meu corpo estava sufocado e a única coisa que entrava era uma agua assustadoramente fria. Meu pulmão clamava por ar, tentei gritar Layla. A única coisa que saia de minha boca eram bolhas e o desespero já estava completo. Meu corpo estava todo desordenado, a caixa já espremia meus ossos e eu permanecia todo encolhendo me debatendo. Eu teria uma morte bem lente e dolorosa, coisa que os criadores iriam amar. Não poderia dar o gosto de minha morte para eles, não poderia ceder tão fácil, parei de me debater e decidi me matar por conta própria.

Cansado de lutar tapei meus nariz e minha boca, fiquei esperando a morte chegar. Pela primeira vez eu tentava me suicidar, fechei meus olhos e deixei a agua me levar. Vagarosamente comecei boiar e a perder meus sentidos, percebi então que a caixa estava aumentando. "Na primeira hora a água nos tornaremos" Essa era a solução! Tornar-me como a agua! Tranquilo como a agua, a caixa se encolhe quando alguém se debate e aumenta quando se acalma. Confesso que achei uma armadilha genial para uma pessoa sendo espremida, sem ar e no extremo frio. Deixei-me acalmar e continuei boiando, o problema era que eu não sabia se conseguiria sair vivo daquilo.

A caixa se expandiu tanto que esmagou o satélite no fundo do riacho, ele ficou todo vermelho. Um visor apareceu "cinco", meu coração começou a parar lentamente. "Quatro", meus olhos começaram a se fechar. "Três", parei de sentir meu próprio musculo. "Dois", meu cérebro começou a se desligar e meus pensamentos começaram a flutuar, perdidos em uma mente quase morta. "Um" esta prestes a abandonar a vida, até que algo muito forte me empurra. Uma forte explosão me jogou para cima como um boneco de pano, voando da riacho em direção a floresta. Tive uma queda brusca, acho que acabei machucando uma costela. Fiquei por um momento com os olhos fechados, respirando desesperadamente em busca de ar. Meu corpo aos poucos começou a voltar ao normal e o puro oxigênio me invadia. Até que uma voz me trouxe de volta a realidade:

– Que raios você esta fazendo de cueca no meio da floresta a noite? - Theo me encarava abismado. Enquanto eu permanecia deitado com o corpo todo dolorido.

– Que raios você esta fazendo sem camiseta no meio da floresta a noite? - Ele me encarou seriamente e se encarou seriamente, então começou a rir. Rir freneticamente! Vagarosamente comecei a rir também, Theo já estava a gargalhadas. Percebi que minha costela doía enquanto eu dava risada.

– Que raios os dois estão fazendo sozinho na floresta a noite? Porque um esta sem camiseta e o outro de cueca? - Layla apareceu correndo com minhas roupas na mão e seu olhar era irreverente. Theo começou a gargalhar e eu gargalhei junto, Layla nos olhava sem entender nada. Ficamos rindo por um bom tempo - Cadê Pan ? E Voraz.... coloque sua roupa logo! - Ela jogou as roupas em minha cara, levantei do chão com o corpo todo latejando. Fui atrás de uma arvore e comecei a me trocar, mesmo ao longe dava para ouvir a conversa dos dois.

– Pan matou um dos bichos e muitos vieram em nossa direção! - Esta era a voz de Theo - Depois de muito correr, achamos um lugar seguro. Pan começou a tremer de frio, então dei minha camisa para ela. Faz tempo que ela esta dormindo, deve estar exausta... - Layla então saiu correndo em direção o local em que Pan estava, sem pensar corri junto.

– Theo - Layla estava tremendo - Pan não esta aqui! - Rapidamente o garoto começou a correr pela floresta em desespero. Sumindo na imensidão dar arvores. Ouço um grito e saio correndo atrás dele com Layla, até que me deparo com a seguinte cena. Theo estava em pé chorando, em seus braços estava uma garota deitada, seu peito sangrava e ela estava completamente sem cor, seus olhos estavam fechados e seus braços era moles. A garota era Pan! Theo começou a gritar em desespero e a garota lentamente abriu seus olhos, neste momento uma leve garoa banhava o lugar. Ele encostou a cabeça dela em seu peitoral e começou a chorar ainda mais.

– O que foi? - A voz de Pan era fraca e a garota aparentava não estar nem um pouco bem - Eu me machuquei muito?

– Tudo vai ficar bem - Theo tirou os cabelos da face da garota e beijou sua testa lentamente com os olhos cheios de lagrimas - Okay?

– Okay. - Ela o encarava com olhos esbugalhados, olhos sincero como o de uma criança e seu sangue escorria cada vez mais. A chuva começou a aumentar e Theo a abraçava cada vez com mais força, a garota esboçou um curto sorriso - Eu te amo Pan! - Neste momento eu e Layla nos encaramos assustados.

– Eu também te amo Theo! - A garota fazia muito esforço para falar.

– Promete não me deixar? - As gotas da chuva molhavam o cabelo do garoto e banhavam sua eminente felicidade.

– Prometo. - Os dois se abraçaram ainda mais e Theo a beijou vagarosamente. Enquanto isso o sol começou a surgir no horizonte e a chuva começou a diminuir aos poucos, os dois continuaram se beijando enquanto a manhã avançava sobre o céu. O laranja do céu iluminava o rosto dos dois, reluzindo uma clássica paixão adolescente. Sobrevivemos mais uma noite, a fase estava completa! Layla me encarou enquanto os dois se beijavam em nossa frente:

– Isto é bizarro - Ela cochichou

– Muito! - Eu afirmei e comecei neste momento a perder meus sentidos, eu iria desmaiar para acordar na nova fase. Theo parou de beijar Pan por um momento, os dois se encararam sorrindo. Neste momento eu consegui saber que até em meio as terras mais secas uma rosa consegue florir, marcando assim uma pequena faixa de esperança.


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Notas finais do capítulo

Homem narrando romance (na maioria das vezes) é um desastre! Confesso que tentei fazer um romance, porém não é muito meu estilo e também não deu muito certo. Fiquem tranquilos que as próximas coisas românticas Gravelyn (escrevi certo?) narra.
Ah! Antes que eu me esqueça comentários e criticas são sempre importantes, também sempre serão bem vindos.



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