Tudo pode mudar por causa de um Nome escrita por HeyLay


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoas... espero que gostem do Capítulo! Eu demorei um pouco para postar pelo fato de ter tido um bloqueio enorme de criatividade! Eu tinha a ideia, mas não conseguia desenvolver. Peço desculpas por alguns erros que passarem pela revisão! Isso pode ocorrer devido ao fato de eu ter problemas de vista e ainda não ter renovado o grau do meu óculos. Agradeço ao Natan Uzumaki por ter me dado umas ideias para esse capítulo! Beijos e até mais!

Música do Capítulo:
Monsters - Matchbook Romance

"Nós somos
Nós somos os agitados
Nós somos os monstros
Debaixo de sua cama

Acredite no que você lê
Nós somos
Nós somos um erro
Nós somos as vozes
Dentro de sua cabeça..."

Fiquem com... "As alucinações de Prim."



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A noite tornou-se dia e, como eu dormira de janela aberta, os raios de Sol tomavam conta de todo o meu quarto. Espreguicei-me, obrigando-me a levantar da cama macia.

Eu dormira tão bem naquela noite... como se tudo de ruim tivesse ido embora. Mas então, ao acordar, eu me lembrei de onde estava e o motivo pelo qual estava. Imagens do dia anterior surgiram em minha mente.

Fechei meus olhos para ver com mais clareza. Dois dias antes, eu começaria a chorar e tentaria afastar os pensamentos... mas eu queria ver aquelas coisas, eu queria me lembrar da minha nota, mesmo que ela não fosse de muita ajuda na Arena.

Eu me vi com o estilingue em mãos, pronta para acertar Seneca na cabeça, mas então eu desviei e acertei o quadro, poucos centímetros a cima.

A imagem mudou. Snow estava ali, na minha frente. Mas ele não me via. O homem perguntou a Seneca algo que me pareceu:

— Posso saber o motivo de aquela garotinha ter ganhado um dez? O que ela fez de tão especial assim para impressionar o idealizador chefe?

Snow falava com raiva, como se não admitisse que um Tributo do doze recebesse mais que um mero oito. Seneca, que sentava ao seu lado, encarou-o para responder.

— Ela construiu a própria arma em dez minutos! Presidente, ela merecia um doze, mas causaria tumulto. E tumulto não é algo que queremos no momento, não é mesmo?

O presidente calou-se e assentiu. A imagem em minha mente tremeluziu.

Eu me vi com os carreiristas no Centro de Treinamento, atirando a lança curta em sua direção, mas dessa vez eles não desviaram. Eu os pegara de surpresa e acertara no olho de Cato. O garoto berrava de dor enquanto os pacificadores iam ajudá-lo. Algo desviou minha atenção da confusão, era Peeta... ele me sacudia, mas eu não ligava para a presença dele, por mais incômoda que fosse. Eu não mexia, não parecia respirar também, mas o garoto à minha frente continuava a gritar, mandando que eu saísse dali. Fechei os olhos, não sabia se estava realmente os fechando, mas tudo ficou escuro.

E então eu me vi na Arena, onde as fendas tomavam conta do lugar, onde era dividida como uma torta. Eu estava com o estilingue em mãos e tinha uma outra pessoa à minha frente. Como foi que eu consegui um estilingue? Essa eu não sabia responder, mas era apenas um sonho idiota, era apenas uma visão.

Era Clove à minha frente, a menina do Dois. Ela estava com uma faca em mãos. E então eu percebi. Éramos aliadas. Do contrário, ela já teria atirado a faca.

Abro os olhos o mais rápido que posso. Pensar que Clove seria minha aliada não era nada bom. Eu já escolhera os meus, e ela não estava na lista. Muito obrigada, mas não quero uma pessoa como ela por perto. Ela não é de confiança. Os outros também não eram, eles queriam voltar pra casa tanto quanto eu, mas não me matariam no meu primeiro descuido. Ela iria.

Estou ofegante. Todas aquelas visões pareciam pesadelos... só que elas aconteceram enquanto eu estava acordada, o que era estranho. Fui para o banheiro. Escovei os dentes e lavei o rosto. Fiquei me encarando no espelho, as duas mãos se apoiavam na pia.

— Você é uma farsa! - falei para a imagem à frente. - Não vai conseguir prosseguir com esses jogos idiotas...

A imagem no espelho já não era mais a minha.

— Eu sou a verdadeira farsa, Prim? - respondeu em minha mente. - Eu e meus antecessores conseguimos mantê-los reprimidos por setenta e quatro anos...

— Mas isso vai acabar, seu velho idiota, eu sinto que vai! Você vai ver! As pessoas já estão cansadas de perderem não só os filhos para as colheitas, mas também os amigos, filhos de amigos, crianças que teriam um belo futuro pela frente e que foi interrompido por causa desse maldito jogo! Por causa dessa loucura, dessa sede por poder! - eu falava com raiva, queria atirar qualquer coisa que fosse na cara do homem, mas eu sabia que estava apenas delirando.

— Não fale assim, menina, raiva não resolve os problemas... - a voz que ecoava em minha mente era perfeitamente igual à dele.

Engoli em seco.

— E colocar vinte e quatro crianças numa Arena para lutar pela sobrevivência resolve? - perguntei. Ele riu seco.

— Está resolvendo até agora, não vê? - ele aponta para mim.

— Eu odeio você!

Digo, dando um murro no "nariz" do homem. O vidro não se quebra, mas minha mão dói, não está machucada, mas eu sinto que sim.

E então eu acordo.

O desespero tomou conta de mim. Eu gritei como nunca gritara em toda a minha vida, foram mais desesperados que aqueles que eu dera na manha da Colheita.

Olhei para minha mão. Não havia nada de errado com ela. Encaro a janela aberta. O Sol está saindo. Encaro a porta.

Haymitch, Effie e Peeta aparecem lá.

Estou sentada, ainda com o cobertor em cima de mim. Estou chorando, desesperada, como se sufocasse com aqueles pensamentos.

São apenas sonhos, Prim... sonhos nos quais você morre... sonhos os quais virarão realidade, mas ainda não chegou a hora, acalme-se... Penso.

O mentor se aproxima da cama.

— Acalme-se, Prim... está tudo bem! - ele parecia entender, parecia ter aqueles mesmos pesadelos. Mas eu sabia que não entendia. Ele estava vivo, ele ganhara os jogos! Eu tinha apenas mais alguns dias até não vê-los nunca mais.

— Mandar uma pessoa estressada se acalmar é a mesma coisa que mandar o Presidente Snow parar com os jogos!

Cuspi as palavras, sem querer. Eu não queria tratar Haymitch mal, por mais que merecesse. Mas eu estava nervosa e com medo. Era como se Snow pudesse entrar na minha mente! Eu sentia a risada fria em minha mente. Sentia o olhar dele, sentia como se estivesse sendo seguida a cada passo que eu dava desde aquele dia no desfile. Eu já não me sentia a mesma pessoa, mas nunca quis dizer isso a ninguém. Era melhor que ficasse apenas para mim.

— Tem certeza, queridinha? - perguntou Effie. Foi quando percebi que o mentor já não estava mais ali.

Apenas assenti.

— Me desculpe por ele... - continuou falando. - Haymitch às vezes acha que tem o controle de tudo, mas é uma boa pessoa...

— Você gosta dele? - pergunto, cortando sua fala. Já não estou mais tão ofegante, mas ainda estou suada. Preciso de um banho.

— Eu? Hã... eu... - ela diz, desconcertada. - eu... - Peeta me encara. - Ah, com um tempo a gente acostuma. Ele já é mentor há anos, e eu trabalho para os jogos há anos, também...

— Ah, sim. Então quer dizer que eu tenho que ficar anos junto dele para começar a gostar do cheiro de álcool?

Effie deu uma gargalhada exagerada.

— A gente nunca se acostuma com o cheiro... - ela disse, entre risos. - mas a gente esquece disso quando percebe que ele nunca vai desistir da bebida. É como aquele ditado: Se não consegue impedir, junte-se a ele. Alguma coisa desse tipo...

— Você está querendo dizer que bebe com ele?

— Hã? O quê? Não, nunca! Eu nunca que vou dar razão para Haymitch! Ainda espero que ele pare um dia, mas também não fico mais reclamando quando ele chega perto de mim...

— Ah... - a conversa com Effie tinha ficado tão interessante que eu me esquecera de que Peeta estava ali. Ele se aproximou da cama onde eu ainda estava sentada. Parecia estar tentando se recuperar do susto que eu lhes dera. Seu rosto estava apavorado e o modo como respirava entregava que seu coração estava à mil.

— Você me deu um susto... - falou, logo depois que pedi que Effie se retirasse.

— Não precisava se preocupar, não é permitido matar antes da hora...

Ele gargalhou, meio sem-graça por causa da piadinha.

— Eu... pensei que você estava, você sabe...

— Me matando?

— É...

— Eu não faria tanto barulho caso quisesse fazer isso... e eu te prometi de que as pessoas saberiam que tentou me salvar.

Peeta riu.

— Tudo bem, então.

— Sim, tudo bem...

O garoto me olhou mais uma vez, como se quisesse ter certeza de que estava tudo bem. E saiu, deixando-me sozinha.

Apenas um sonho que viraria realidade... Volta em meus pensamentos assim que ele aciona a porta para se fechar. Eu sou a verdadeira farsa, Prim? Continua me assombrando. Merecia um doze, mas causaria tumulto... e não é o que queremos...

— Chega! - falo, baixinho. - Saiam da minha mente!

Levanto-me e olho pela janela. As cores já tomavam conta das ruas, mesmo sendo muito cedo. Aquilo me ocupou um pouco, fazendo com que as vozes saíssem de dentro da minha cabeça.

Eram pessoas despreocupadas indo passear às seis e meia da manhã...

Sorri ao perceber que esquecera dos sonhos pensando nelas. Tão coloridas, tão estranhas...

Talvez fossem a verdadeira atração principal, mas permaneceriam vivos ao amanhecer.

Nos Distritos, pelo menos no meu, não tínhamos tanta certeza assim... não víamos o dia seguinte com tanta clareza.

Afasto os pensamentos ruins, mais uma vez, e vou para o banheiro.

O espelho está normal. Não tem nenhum velho maluco tentando me deixar tão doida quanto ele.

Aperto alguns botões e a espuma sobe na banheira. Deixo que eu tenha algumas horas ali.

Sabia que estava cedo de mais para acordar e que o café da manhã ainda não estava pronto, mas eu não conseguiria dormir novamente pelo simples fato de achar que eles voltariam caso eu fechasse os olhos por mais de dez segundos.

[...]

Saio do banho assim que ouço a voz de Effie na direção do meu quarto, dizendo que era para eu me apressar. Visto a roupa de treinamento o mais rápido que consigo e vou para a sala de jantar, onde todos me esperavam para iniciar a refeição. E quando digo todos, digo todos mesmo. Até minha equipe de preparação e a de Peeta estão incluídas.

Todos se alimentam em silêncio. A Arena seria no dia seguinte e a entrevista naquela noite. Era o momento em que eu conseguiria meus patrocinadores oficiais ou os perderia. Deveria ser épico, perfeito e, como diz Effie, fabuloso.

— Hum... - Haymitch se manifestou, chamando minha atenção. - Vão treinar a manhã inteira. Como eu disse antes, não mostrem as habilidades que usaram na apresentação individual. Enquanto estão lá em baixo, eu terei uma reunião com alguns mentores, vamos decidir a aliança. - aquilo me fez sorrir. - Depois do almoço, eu e Cinna vamos ajudar Prim, enquanto Effie e Portia ajudam Peeta.

— Por que não podemos treinar juntos para a entrevista? - questionei, interrompendo-o. Eu sabia que não era uma boa ideia, mas ele não pareceu se importar. Eu era apenas uma menina curiosa atrás de respostas. Peeta ficou em silêncio.

— Lembra quando eu perguntei, há dois dias, mais ou menos, se queriam treinar juntos? - assenti. - Pois então, Peeta disse que treinariam apenas até a entrevista...

— Mas...

— Prim, não posso obrigá-lo a nada... - ele se referia ao garoto como se ele nem estivesse ali.

— Tudo bem, então...

Concordei, terminando o meu lanche e me retirando da mesa.

— Hum... Prim? - chamou, me virei. - tem uma outra coisa

— O que é?

Haymitch me encarava enquanto erguia o estilingue no ar.

— Vai precisar dele no treinamento...

— Eu posso levá-lo?

— Não, ninguém nem sabe que está com você. Mas Cinna fez umas modificações no seu uniforme.

— Está dizendo que eu vou conseguir levá-lo pra Arena?

— Não, querida... - falou Cinna. - apenas para o treinamento. Vem aqui...

Chamou. Me aproximei do estilista.

Ele mexeu num pedaço de pano que ficava na minha perna direita e puxou, revelando um bolso.

— Mas... o estilingue é grande... - comecei. - as pessoas não vão perceber?

— Estão ocupados de mais com eles mesmos para perceberem, Prim. - respondeu. - Haymitch, me dê a arma...

Foi o que o mentor fez.

Cinna o arrumou no bolso e fechou. Olhei para a perna. Era como se ele nunca tivesse encostado a mão ali.

— Incrível...

— É, não é?! - brincou.

— Tente treinar com ele de modo que ninguém veja...

Haymitch gritou, como se fosse importante de mais para deixar passar em branco.

— Sim, claro... - respondi. um minuto se passou. - Hum... já acabamos aqui? - perguntei.

— Hã? - Haymitch.

— Já terminamos a conversa? É que eu já acabei de comer e...

— Sim, claro!pode ir... - respondeu, se levantando, indo até o barzinho colado na parede e voltando com uma garrafa do que parecia ser vinho.

Fui para o meu quarto. Estava esperando Peeta para ir até o Centro de Treinamento. Eu estava um pouco triste pelo fato de não querer treinar comigo para a entrevista. Ele se dava melhor com Haymitch, eu não sabia se conseguiria ficar na mesma sala que o mentor sem o garoto para me ajudar.

Uns cinco minutos, mais ou menos, se passaram. Ele abriu a porta e eu me levantei. Segui-o até o elevador. Antes que o mesmo chegasse ao décimo segundo andar, Effie foi até mim e me deu um abraço.

— Eu acredito em você. - sussurrou, enquanto o abraço acontecia. - Faça de tudo para conseguir levá-lo para a Arena.

Foi então que percebi. Effie era minha amiga.

[...]

O treinamento, em si, não foi muita coisa. Treinei na área de armadilhas enquanto conversava com Marcus, o instrutor. Ele me ensinara a fazer uma armadilha maior, mas eu precisaria de uma faca para construí-la na Arena, por isso, não dei muita importância.

Quando cansei daquela categoria, fui para o centro da sala. Encarei todas as categorias. Todas elas, exceto uma, estavam lotadas.

Fui em direção à porta da categoria de plantas. Completamente abandonada. Nem a menina ruiva do Cinco estava lá!

Entrei na categoria de tiro ao alvo, sorrateiramente, e peguei alguns alvos encostados na parede. Conclui que não eram muito usados.

Peguei uma faca na categoria de armas e arranquei o pedestal de um dos alvos que "roubara".

Construí mais daquelas agulhinhas que usara na apresentação individual e fechei a porta da categoria, para mostrar que estava interditada.

Eram umas dez agulhas, pelo que me lembro. Atirei as primeiras cinco no centro do alvo e outras duas nos olhos de dois bonecos. Alguns minutos se passaram para que eu retirasse as munições dos alvos para poder recomeçar.

Atirei as três primeiras. Quando estava para atirar a quarta...

— Deveria ter mais cuidado, Prim. - gritou alguém lá de fora.

Meu coração disparou. Droga! Pensei. Virei-me, o mais devagar possível. E encarei...

— Peeta! Ah, meu Deus! - falei, abrindo a porta e abraçando-o, mas logo depois dei um soco no seu ombro.

— Ei, isso é proibido!

— Você me deu um susto enorme, sabia?

— Pensei que Haymitch disse que era pra treinar onde ninguém pudesse ver.

— E ninguém viu... até que você chegou.

Falei, retornando para a categoria. Olhei de um lado até o outro e abri o bolso onde Cinna escondera o estilingue e coloquei a arma de volta. Fechei o bolso e fui em direção ao telão onde a menina jogava aquele jogo quando a encontrei pela primeira vez.

Apertei um botão ao lado e a tela se abriu.

— Uau! - exclamou Peeta. - O que é...

— Ajuda a gente a reconhecer o que podemos e o que não podemos comer...

— Ah! Mas...

— E, como somos aliados, eu devo te explicar isso.

— Certo.

Passamos o resto do treinamento matinal estudando as raízes e frutas comestíveis e venenosas. Pelo menos não morreremos envenenados. Pensei.

E o sino para o almoço tocou.

Eu e Peeta nos sentamos juntos em uma das mesas. A menina ruiva do Cinco pediu para se juntas à nós dois. Ela se sentou em silêncio e assim permaneceu até que o horário de almoço acabou.

Fomos levados até o elevador e só paramos no andar de nosso Distrito. Haymitch estava na sala na companhia de Cinna. Tinha um sorriso na cara, eu não sabia o motivo e não queria descobrir, mas ele garantiu que fosse uma coisa boa.

Passamos o resto do dia estudando etiqueta, humor e expressões faciais. Quando anoiteceu, Cinna me levou para a mesma sala onde eu fui antes do desfile.

[...]

— Já que na apresentação os meninos começaram, as meninas vão fazer a entrevista primeiro. - começou. - Isso pode parecer idiota, mas é o momento em que você ganha ou perde patrocinadores, já sabe disso. - assenti em concordância. - A roupa que usa também fala muita coisa sobre você. - Cinna caminhou até perto do botão que nos levava para o estúdio de maquiagem e o apertou. - E sua roupa vai falar mais que isso...

Assim que disse, um vestido extremamente branco tomou conta de meu campo de visão.

— Uau! - exclamei. - É... lindo...

— Não é?! - disse, se virando de costas. Cinna foi em direção à mesma mesa de antes e pegou o mesmo frasco verde. Cheirou e fez uma careta. - Isso nunca dá certo...

— O que é isso? - disse enquanto vestia o vestido, chamando sua atenção.

— É um novo produto que estou tentando criar... era pra usá-lo hoje, mas o cheiro nunca fica bom...

— Produto de quê?

— Cabelo... bem, lembra que seu cabelo "pegou fogo" aquele dia? - assenti. - esse produto... - disse, apontando para o pote. - serve pra impedir que seu cabelo pegue fogo de verdade...

— Você não usou isso em mim... usou?

— Não, querida. Não usei. Não se preocupe...

— Tudo bem. - falei, aliviada.

Cinna me olhou em reprovação por ter pensado aquilo. Eu deveria confiar nele, Cinna, com certeza, sabia o que fazia.

[...]

Maquiagem pronta, cabelo bonito, vestido bonito, longo e completamente pesado, sapato brilhante, (Cinna disse que era feito de diamantes. Eu não entendi o fato de estar utilizando diamantes no Doze, mas ele explicou que a pedra preciosa era derivada do carvão ou algo do tipo...) lições de etiqueta decoradas e um sorriso no rosto. Era disso o que eu precisava para arrasar, segundo Effie. E era o que eu tinha... caso isso desse errado, eu não sabia o que poderia me salvar.

Cinna me deu um beijo na testa e me encaminhou para a porta. Eu não queria discutir com ele o fato de o vestido não representar meu Distrito, mas ele me surpreendera da última vez, aposto que surpreenderia daquela.

Seguimos até a sala de espera em silêncio. Pouco antes de soltar minha mão para que eu pudesse me juntar aos outros Tributos, o estilista me puxou para um canto.

— Prim, eu sei que consegue. - falou. - Consiga amigos, O.K.?

— Eu não sei se eu consigo...

— Eu sei que sim, apenas confie em si mesma. Caesar vai te ajudar, ele sempre ajuda. Eu vou estar na plateia, se precisar.

Assenti. Cinna me deu um último beijo na testa e me mandou entrar na sala.


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Notas finais do capítulo

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