Olá, meu nome é Alícia, tenho 14 anos e moro no distrito 3, em Panem. Moro com meus pais. Tenho longos cabelos castanhos, pele "clara" e olhos castanhos.

Um dia, eu estava andando pela praça principal, quando o telão ligou, e a presidente, Annabele, apareceu. Ela começou a falar sobre o passado, porém eu não prestei atenção.

Até que ela falou algo sobre um Jogo, acho que o nome era Jogos Vorazes.

"Eu recomeçarei os Jogos e não há nada, ou ninguém, que me impedirá. Nem mesmo Katniss Everdeen me impedirá." Ela disse.

A população da cidade estava eufórica, pessoas chorando, gritando, correndo. E eu me perguntava quem era Katniss Everdeen e o que eram os Jogos Vorazes. Fui para a minha casa, olhando para as pessoas a minha volta, ninguém estava calmo. Eu era a única da multidão que estava calma.

Quando cheguei em casa, fiquei chocada com a situação dos meus pais. Minha mãe estava chorando e gritando coisas do tipo: Não, por que.. Meu pai estava tentando acalmá-la, mas não estava funcionando. Ele também chorava, não tanto como minha mãe, mas chorava.

Quando me aproximei deles para perguntar o que estava acontecendo, ele disse:

"Filha, vá para o seu quarto, amanhã nós conversamos. Boa Noite."

Eu o obedeci, afinal de contas, ele e minha mãe estavam chorando. Eu não sabia o porquê. Então tomei um banho e deitei em minha cama e esperei o sono chegar.

Quando eu acordei de manhã, percebi que meus pais já haviam tomado café. Eu fui para a sala de estar perguntar o que eu poderia comer. Meu pai apenas disse:

"Coma qualquer coisa, e venha aqui. Eu e sua mãe queremos conversar com você."

Ele estava sério e com cara de que estava preocupado com alguma coisa.

Eu tomei um copo de suco e comi uma torrada com manteiga. Fui para a sala e minha mãe começou a falar.

"Sente-se aqui por favor." Quando eu sentei, ela continuou. "Há muitos anos atrás, em uma época que toda a Panem era obscura e infeliz, existiam uns jogos, chamados Jogos.." Ela não terminou sua frase. Começou a chorar novamente.

"Jogos Vorazes." Disse meu pai. "Eles eram um modo de mostrar aos distritos quem tinha o poder. Cada distrito de Panem, deveria "doar" dois jovens, chamados tributos, um masculino, e um feminino, para que eles lutasse até a morte. Sobrando no final, apenas um vitorioso.

Os jovens tinham de 12 a 18 anos, e eram escolhidos por meio de uma Colheita. Sorteados. E, minha filha, eles recomeçarão.

Mas o pior não é isso, o pior é saber que você poderá ser sorteada." Ele pôs a mão no rosto.

"Pai, mas, são várias adolescentes que existem no distrito 3, eu serei apenas um papel, no meio de dezenas. Minha chance é mínima." Eu falei.

"Alícia, se você for sorteada, você não estará preparada para isso. E eu não aguentaria te perder." Disse meu pai.

"De todo jeito, eu terei tempo para treinar. E eu não serei escolhida. Acalme-se. Daqui a quanto tempo ocorrerá essa Colheita? 3 ou 4 semanas? Meses?" Eu disse.

"Filha, a Colheita será amanhã." Falou minha mãe.

Como assim, amanhã? Pensei.

"Eu vou.. Vou... Me deitar. Boa noite mãe, pai."

Eu corri para o meu quarto e comecei a chorar.

'Se eu for sorteada eu irei morrer.' Pensei.

'Como isso pôde acontecer?'

Minha mãe bateu na porta e perguntou se eu estava bem. Eu gritei que sim e pedi para ficar sozinha por um tempo. Ela saiu e eu continuei a chorar, chorei tanto, que peguei no sono.

No outro dia, minha mãe foi me acordar para tomar café.

Eu estava sem fome. Tomei um copo de suco e esperei minha mãe esquentar a água para que eu pudesse me arrumar para a Colheita.

Tomei um longo banho e fui me trocar. Coloquei um vestido rosa bebê, prendi meu cabelo com um coque e um laço e esperei minha mãe e meu pai se arrumarem. Eles ficaram prontos a 13:30 e nós fomos para a praça principal para esperar o grande momento.

Me furaram para que pudessem me cadastrar, e o telão ligou novamente.