Will saiu cedo no dia seguinte para resolver a situação de Aloha e disse que voltaria em uma semana.

Após o café da manhã os dois aprendizes saíram para uma aula de se mover sem ser visto com Gilan. Aloha deveria ficar em casa e não aparecer para ninguém até que sua situação ficasse definida.

A menina se encarregou de cuidar da casa. Afinal aquilo os quatro rapazes não eram os mais caprichosos.

Após limpar o chão e as janelas, Aloha escovou os cavalos e os alimentou. Mais tarde colheu algumas flores na orla da floresta e encheu a casa com elas. Definitivamente ela se sentiu como a branca de neve e os quatro anões.

Só faltava uma coisa. Ela ainda vestia uma camisa branca de Max que servia como um vestido e uma capa preta sobre. Ela só tinha uma opção. Antes que mudasse de ideia, começou a trabalhar com uma cortina de renda e uma toalha florida de mesa.

O primeiro corte já a fez pensar que aquilo poderia ser um tecido caro ou uma lembrança de família. Mas continuou seu trabalho alegando que eles provavelmente nem notariam que ela estava vestindo uma toalha. E se eles perguntassem? Ah! Isso? É só um trapinho que eu teci e fiz um pouco de crochê aqui e ali. Isso mesmo, a maioria das mulheres sabia fazer isso. Ela, pelo contrário, era mais acostumada a fazer fantasias e costurar paetê.

Ela também optou costurar a capa que Max havia lhe dado dizendo que estava pequena. Ela ajustou a cintura e alterou a gola.

– O que vocês acham? – perguntou boba no estábulo para os cavalos – Ficou lindo não é? Diz ao mesmo tempo Sexy sem ser vulgar!

Ela recebeu um relincho de Puxão.

– Toalha de mesa? Vocês cavalos não tem classe alguma. Eu poderia dar um show usando isso aqui e comprar pão ao mesmo tempo. É perfeito!

Dessa vez Blaze balançou a crina.

– Quer saber? Eu vou cuidar dos afazeres domésticos como uma dama.

Todos os cavalos relincharam como uma gargalhada em conjunto.

– Hupf! Eu sou uma dama, tá legal? Eu vou fazer uma torta para provar que estão errados.

– Já chega vamos voltar! – disse Gilan terminando a lição – Max se não abaixar o popozão da próxima vez ele será alvo da minha flecha. E Felix eu entendo a parte de calma e tudo mas você não andou nem meio metro desde que começamos. E eu te vi!

Os rapazes assentiram com a cabeça abaixada. Era difícil treinar com o arqueiro que mais entendia sobre se mover sem ser visto.

No caminho Max decidiu tirar no peito uma pergunta que o estava atormentando a tarde inteira.

– Ela tá na minha, não tá?

– Max, quantas vezes eu tenho que te dizer que não – Respondeu Gilan mesmo sabendo que a resposta estava errada desta vez.

– Mas você não está...? – começou Felix

– Pois eu acho que ela está babando por mim. Isso é cheiro de queimado?