Dead! - nunca Foi tão Bom Estar Morto! escrita por alerion


Capítulo 1
Dead!


Notas iniciais do capítulo

http://www.youtube.com/watch?v=x5RFActfKRQ



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Have you heard the news that you're dead?

(Você ouviu a notícia de que você está morto?)

No one ever had much nice to say 

(Ninguém teve algo muito legal a dizer)

 

I think they never liked you anyway
(Além disso, eu acho que nunca gostaram de você)

 

Eu nunca pude ser tão poderoso quanto sou agora... As lembranças não me deixam esquecer isso. Sou Bill Kaulitz, tenho 20 anos e sou alemão. Pode me chamar de estranho, pode me chamar de louco que eu não to nem aí.  Minha vida era totalmente diferente do que é hoje... Eu tinha 16 anos, tinha apenas 2 amigos e um irmão gêmeo inseparável. Era odiado por todos, e o motivo eu não sabia.  Tudo tem um rumo na vida. Acho que o verdadeiro rumo da minha vida foi a morte. Ta, pra quem não entendeu tentarei explicar de uma forma mais nítida.

 

[Flash Back]

 

Era dia 10 de agosto de 2005, eu tinha 15 anos. Faria 16 a mais ou menos um mês à frente. Eu estudava numa escola de cidade pequena e era odiado por ser um diferente. Tinha apenas dois amigos de infância, Gustav Schäfer e Georg Listing, e também sempre podia contar com meu irmão gêmeo Tom. Nunca fui de tentar amizades com quem não me daria amizade, e então minha companhia se resumia neles 3. Era um dia normal, os alunos da escola saiam por que já era final do dia. Como sempre, nós quatro íamos juntos de ônibus para nossas casas que eram uma do lado da outra. Eu era o menorzinho, mais baixinho e mais tímido de nós todos. Fiquei encarregado de um favor.

 

- Bill, nos avise quando o ônibus chegar. Vamos ali do outro lado da rua comprar refrigerantes. Você quer qual refrigerante? – Perguntou meu irmão. Roupas largas, dreads, piercing no lábio inferior, boné, adidas... Tom Kaulitz.

- Traga Coca-Cola pra mim... Tanto faz. Vão logo por que o ônibus pode passar a qualquer momento.

- Ok, fica de olho! – Ele gritou já indo junto com Gustav e Georg.

 

Gustav era um garoto simples. Loiro, cabelos normais, camisetas do Metálica, bonés... Nada muito chamativo. Georg tinha cabelos castanhos um pouco acima dos ombros, blusas de bandas também, estilo normal... Nada que o fizesse um Bill estranho Kaulitz na vida.  Os três estavam atravessando a rua quando vi de longe o celular de Gustav cair no chão. Aquele único e insignificante acontecimento causou a pior – ou melhor, na minha visão – coisa que me podia acontecer.

 

- GUSTAV! SEU CELULAR CAIU NA PISTA, ANIMAL! – Gritei pra ele ir pegar, mas foi a mesma coisa que falar com a parede.

 

Eu insistia em gritos, mas nunca dava certo. O som dos carros na outra pista fazia muito barulho. Aproveitei que na pista onde o celular estava espatifado não estava passando carros nem nada e fui pegar. Uma ação normal e prestativa. Vi aquele celular horrível e fora de linha no chão e o peguei e verifiquei se não havia nenhum dano. Quando me dei conta, um enorme caminhão vinha em minha direção. O motorista não havia percebido que eu estava lá e sem preocupações continuou andando. Já eu fiquei sem ação, parecia um manequim sem vida abaixado no meio da pista encarando o grande pára-choque do caminhão se aproximar de mim... A última coisa que eu ouvi foi meu nome saindo num grito suplicante da boca de Tom...

 

***

- Levem ele pra UTI! Levem ele pra UTI! – Eu podia ouvir um dos enfermeiros dando as ordens para os outros.

 

Eu estava numa maca de hospital sendo levado pra UTI... Legal. Eu tinha sido atropelado brutalmente por aquele caminhão. Eu estava sem nenhuma chance de vida, estava prestes a morrer. Nada poderia me salvar naquele momento. A maca atravessou a porta e eu senti que todos aqueles aparelhos estavam sendo adicionados a mim. Tentaram me salvar, mas parecia que minha vida não tinha mais chance alguma. Depois de tentativas infelizes eles me deixaram um minuto sozinho... E eu morri. Mas parecia que a morte não era tão ruim assim. Eu ainda me sentia muito vivo nada parecia ter mudado, alías, nem parecia que eu tinha sido atropelado por um enorme caminhão... Eu me sentia revitalizado! Senti uma vontade enorme de dançar naquele momento. A única coisa que me incomodava era o fato de não saber se estava morto ou vivo. Os aparelhos não davam mais sinais de vida... Mas meu corpo... Meu corpo estava ótimo! Levantei-me tirando todos aqueles fios de mim e me aproximei da porta quando um ser que eu realmente nunca tinha visto na vida atravessou a porta.

 

- Ei moço, onde pensa que vai? – ele perguntou passando pela porta e me repreendendo.

- Quem é você? Demônio! – perguntei assustado com a aparência da criatura. Ele era alto, sua voz era grossa, porém ele tinha um Q de mulher. A maioria de seus cabelos grandes era loira e outra parte era preta. Seu nariz parecia uma tomada.

- Eu sou Kiro, você deve ser Bill não é? - disse ele se sentando na cama em que eu estava.

- Como você sabe meu nome? – eu me assustei.

- Eu sei sobre tudo a seu respeito, e a propósito... Essa camisola de hospital não te caiu nada bem – ele debochou de minha cara me fazendo perceber aquela roupa ridícula de hospital que estava em meu corpo.

- ARG! – resmunguei – O que você quer? – perguntei irritado.

- Você já se deu conta de sua situação não é Bill? – ele perguntou meio sério.

- Você quer dizer... O fato de eu estar morto, mas me sentir vivo? – arqueei as sobrancelhas.

- Isso mesmo – ele fez sinal de positivo com as mãos – e eu fui convocado pra ser teu instrutor de morte/vida. – ele disse numa simplicidade... Que palhaço.

- Instrutor de morte/vida? Mas... QUE DIABO É ISSO? – gritei alto, ninguém iria perceber mesmo, eu estava sozinho naquela sala de UTI.

- Vamos dizer que... Você é um fantasma agora. Só, que não aqueles fantasmas de lençóis que fazer “buuuuuuuuuuu”, entendeu? – ele fez umas caretas bem estranhas.

- Ta, quer dizer que eu sou um fantasma? E o que eu ganho sendo um?

- Você agora tem permissão pra fazer tudo o que queria fazer quando era vivo e não poderia. Além disso, você tem poderes como ficar invisível, rapidez e camuflagem. Você é invisível também por que é morto e ninguém pode te matar.

- Mas... E isso pra sempre? – perguntei engolindo a seco.

- Não... Só até seu melhor amigo morrer. Quem é seu melhor amigo? – ele perguntou.

- Rá! Disso você não sabia né? – eu ri.

- Fala logo pirralho! – ele se estressou.

- Na verdade... Meu melhor amigo é meu irmão Tom. Mas e se... Tom morrer só daqui a muito tempo?

- Você vai ficar muito tempo morto. E se ficar entediado pode fingir que nada aconteceu. Você vai crescer, vai ser normal, só vai ter os poderes adicionais. Quando seu irmão Tom morrer... Seu instrutor vai ser você!

- Mas você não tem nada haver comigo, então por que é meu instrutor?

- Por que você é iniciante, tem que ter alguém de muito tempo para te ajudar... E na verdade, eu morri na segunda guerra mundial – ele disse se lembrando e rindo – bons tempos...

- Credo – falei pra mim mesmo – E então... O que eu vou falar pro povo, que simplesmente eu dei um jeito de me salvar?

- Essa parte é comigo Bill... Relaxa, deita aqui na cama – ele deu tapinhas ao seu lado – que eu vou ajeitar as coisas pra você. E a propósito, coloque os fios novamente.

- É o jeito... – falei me aproximando da cama e deitei assim que Kiro levantou.

- Até depois. Tomara que você se acostume com minhas visitas diárias... E seu melhor amigo agora sou eu – ele disse saindo porta a fora.

- Grande merda – bufei.

 

Desde aquele dia eu tive de me acostumar a ser um fantasma. Eu tinha um instrutor de vida/morte que era um idiota, mas era gente boa... Minha vida estava sendo legal. Aprendi a aperfeiçoar meus poderes... E a me vingar de quem merecia!

 

[/Flash Back]

 

Quatro anos depois da morte de Bill Kaulitz...

 


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Notas finais do capítulo

Bom, primeiro capítulo õ/
Pode ter saído pequeno por que ele é bem explicativo, mas terá capítulos maiores daqui pra frente. Reviews?



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