Androids escrita por Stella Nogueira


Capítulo 1
O que sou eu?


Notas iniciais do capítulo

Er...será que dá certo? :S
É a minha primeira de ficção científica ^^
Boa leitura



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Adoraria dizer que minha vida era governada pelo destino, que Deus pos em meu caminho pessoas boas, que me amavam.

Adoraria dizer que nasci, que vivi e que morri.

Adoraria saber o que foi, o que é e o que será a vida.

Simplesmente adoraria. Seria um desejo meu.

Mas a minha vida não é e não foi assim. Se é que o que eu sei foi viver, morrer ou outra coisa.

Contarei minhas lembranças sem saber se elas são reais. Apenas por contar, para lembrar e mostrar que um dia eu posso, ou não ter existido.

 

 

Nasci em algum lugar do mundo, um lugar frio, talvez seja por isso que detesto sol e calor. Lá eram feitas experiências nunca comprovadas e nem sonhadas.

Eram experiências que requeriam um grande capital e um bom conhecimento sobre mitologias e lendas. Foi lá que eu nasci. Ou fui criado.

 

Haviam e ainda há, milhares de pessoas no mundo que gostariam de ser o que sou. Mas eu não me orgulho disso e nem gosto do que sou. Um ser diferente.

Não posso ser julgado como humano. E nem como um monstro, mesmo eu mesmo pensando isso.

Não me lembro muito do que me aconteceu naquele lugar.

Uma coisa que nunca esqueci foram dos choques e dos gritos.

A última coisa que me lembro foi de ter sido preso dentro de uma espécie de cápsula cheia de soro, ou era isso que me parecia. Eram fios para todo lado da minha cabeça. Eu estava inconsciente, mas ainda assim eu conseguia saber e ver. A expressão dos médicos era de medo.

Algo tinha dado errado pra eles.

Eu parecia fora do meu corpo. Era com um espírito longe do físico, sem poder tocar.

Minha mão direita se fechou, dando-me uma espécie de descarga elétrica que percorreu todo o corpo em questão de milésimos de segundos.

Eu me via, via meu corpo receber a descarga como se alguma coisa o despertasse de um sono muito profundo.

O vidro estourou. Voou água pra tudo quanto é lado do lugar. Meu corpo flutuava. Até meu cabelo flutuava, meus olhos estavam totalmente brancos, sem nem resquícios de veias, íris ou qualquer outra coisa, era todo branco. Como se tivesse um vento muito forte abaixo do meu corpo. Aquilo acontecia e não era eu que comandava. Simplesmente acontecia.

Meu corpo flutuou durante alguns segundo e logo pousou suavemente no chão.

Um milésimo de segundo depois fui puxado por uma força estranha em direção ao meu corpo. Era uma força que te possui, mas era estranhamente reconfortante ela te envolver, mesmo contra sua vontade. No instante que voltei ao meu corpo uma explosão ensurdecedora me fez correr. Não sabia quem fazia aquilo, apenas me dei conta que estava em perigo.

Mesmo sem memória eu sabia pra onde ir. Parei em uma porta onde estavam produtos de limpeza, era um quarto pequeno de uns quatro metros quadrados.

Entrei sem hesitar. Eu estava totalmente nu e só me dei conta disso na hora que cheguei na sala.

Lá havia uma pessoa. Uma mulher. Parecia ser alguém importante, estava com roupas prateadas e um pingente vermelho que parecia pulsar em seu pescoço. Ela me segurou pelo braço e me puxou para perto dela. Era como se eu  a conhecesse.

_Louis. – Louis? Quem era esse? Uma sirene infernal tocava lá fora.

_Ã?

_Você é Louis. – como assim? Como um raio, senti que era óbvio eu me chamar Louis. A coisa mais normal do mundo.

_Quem é você?

_Vai saber na hora certa. – ela ia me dar uma explicação...um dia.

_Okay. E quem eu sou, o que estou fazendo aqui e o que está acontecendo aqui? Eu sei..eu sei muita pouca coisa. - e era pouca mesmo. Eu era como um bebê, com a memória quase vazia

_Você é o que chamaríamos de andróide. Mas não é uma máquina. É um experimento, o único que deu certo, ou que acham que deu. É uma arma. – arregalei mais os olhos. – E nesse momento. Você despertou. Assim como seus irmãos. É isso que está acontecendo aqui e agora, é uma espécie de rebelião.

_E o que eu vou fazer?

_Vou ser rápida. Não temos tempo. Você é o maior avanço cientifico da Terra. Você deve encontrar seus irmãos e restabelecer a ordem dentro do conjunto de andróides. Encontrar e explicar o que são cada um de seus irmãos. E também qual sua missão aqui.

_E qual é minha missão, exatamente, aqui?

_Destruir todo e qualquer tolo que arriscar voltar a estabelecer o projeto Beta.

_Projeto Beta?

_Esse foi o nome estúpido dado a esse avanço na criação de andróides no mundo.

_Certo. Como eu faço isso?

_Com a ajuda disso. – ela me estendeu uma pedra preta envolta em um cordão vermelho. Peguei com relutância. Não confiava inteiramente nela ainda.

_No que isso vai me ajudar?

_Vai te ajudar a achar seus irmãos. Alguns deles te ajudarão também.

_Resumindo: achar meus irmãos e destruir qualquer tentativa de reconstrução do projeto Beta?

_Exato.

_Por que?

_Por que você é a única esperança e o único que tem poderes pra fazer isso.

_Eu tenho poderes? - que coisa mais estranha

_Foi você que fez essa rebelião aqui. E seus irmãos também tem poderes. Resta saber qual é seu poder, e o deles também.

_Até aí entendido. Isso me soa irreal.

_Eu sei, mas logo você vai saber. – ela puxou uma sacola gigantesca de cima da prateleira de produtos de limpeza ao seu lado e me entregou.

_Vista-se. Aí você vai achar coisas essenciais pra sua nova vida. Dinheiro, um livro, e uma lista de nomes, dos quais os que estão em vermelho são criadores do projeto, há apenas alguns deles, não tive tempo suficiente e em preto, amigos. Há também nomes de humanos que podem te ajudar, esses estão em azul. Explicação e outras coisas você vai aprendendo.

Nesse momento um estrondo me tirou do transe, a porta foi arrancada da trave. Um  homem alto com uma arma estranha, que tinha um líquido azul no compartimento de cima, adentrou o lugar, ele olhou bem pra mim e pra mulher, com a arma apontada na direção da mulher ele atirou, ela foi atingida no abdomem. Eu pulei do lugar. A algazarra lá fora recomeçara. A arma estava apontada pra mim.

Senti como se eu saísse do meu corpo novamente. Meu cabelo esvoaçou e o homem fez uma careta de dor e depois voou dois metros pra trás batendo na parede do corredor atrás dele. Logo fui puxado de volta ao meu corpo. Eu me sentia estranho de ver isso. E mais ainda de não saber como funcionava. O cara estava inconsciente já.

_Tome...assim você se protege... – a mulher, que ainda estava viva(não sei como) me estendeu uma pequena caixinha prata com botões, o que era aquilo não me pergunte, naquela hora eu não pensava, assim que o peguei ela sumiu. Sem sobrar nem uma fumaça.

 


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Notas finais do capítulo

Muito confusa? Ou enjoativa?
Ah...é só o primeiro cap. ^^
Talvez eu faça romance, mas bem depois ^^
Se tiver leitores eu continuo. Se não eu excluo ^^
Beijos! Comment's =)



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