Se ele não me amasse, não teria me defendido.

Não teria dito que eu era sua namorada & sua garota.

Merlin, isso soa tão bem.

Se isso é amor, amor proporciona felicidade, e eu quero que dure. Se a gente se ama mesmo, sei que ainda estamos longe do fim.

Há pessoas que falam que somos jovens, juramos amor, mas não sabemos o que é amar. Fico me perguntando o que essas pessoas pretendem quando dizem isso, falar que vivemos uma mentira? Isso, sinceramente, é um argumento invalido e sem noção.

Sabemos sim o que é amar.

Amar é querer a pessoa bem mesmo que isso custe a sua felicidade, amar é querer proteger, amar é gostar além da conta, amar é aceitar, amar é respeitar, amar é conhecer os defeitos da pessoa e continuar gostando dela mesmo com eles, amar é ver as qualidades acima de tudo, amar é aquele friozinho na barriga toda vez que a pessoa te cumprimenta, amar é um sorriso bobo, amar é sonhar com a pessoa e acordar feliz, amar é não se importar com o que os outros vão achar, amar é carinho, amar é discutir por coisas bobas, amar é pedir desculpa por essas coisas bobas e achar que o melhor de brigar é se reconciliar, amar é ter ciúmes, amar é isso e mais um pouco. Não venha me dizer que não sei o que é amar por que você tem alguns anos a mais de experiência, por que todos nasceram sabendo somente uma coisa: amar.

– Srt. Granger? – Snape. Sempre interrompendo minhas linhas de raciocínio.

– Sim? – respondi.

Carrancudo, ele continuou.
– Seja lá onde estava com a cabeça, Minerva está te chamando em sua sala.

– Obrigada, professor.

– Não me agradeça, Granger.

Antes de sair das masmorras procurei por Draco, a aula era com a Sonserina, eu tinha me sentado com Gina e Draco sentou-se com Zabini. Ele estava olhando pra mim com o cenho franzido.

O que a Minerva queria comigo?

Quando cheguei à gárgula, lembrei-me da briga e parei no meio do corredor.

Eu estava muito ferrada.

Falei a senha, que eu sabia por que tinha escutado um dia desses.
– Manteiga de amendoim. – falei.

Sim, eu também me pergunto que raio de senha estupida é essa.

Bati na porta antes de entrar, pus a cabeça para dentro pedindo licença.

– Entre. – ela disse, de costas. Então ela se virou na cadeira e apontou um assento a sua frente. – Sente-se. – ordenou.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

– Queria falar comigo, Diretora? – perguntei.

– Quero. – ela corrigiu.

– Certamente. – falei. Então todo o meu autocontrole foi pelo ralo e eu comecei desesperadamente a me defender – Diretora, se é sobre a briga de hoje, eu juro que foi a Parkinson. Eu tinha acabado de sair da sala de DCAT e ela me atac...

Ela me interrompeu.
– Não estou em circunstancias de te submeter a uma detenção, Hermione.

Era aliviante ela dirigir-se a mim pelo primeiro nome.

Engoli a seco.
– Então, o que era? – perguntei, receosa.

– Preciso que você pesquise algo para mim. – falou.

– O que exatamente?

– Um... feitiço. – ela disse, vagamente.

Olhei-a de canto.
– Tem certeza que vai continuar me escondendo coisas?

Ela suspirou.
– Recebi informações de que esse é um feitiço antigo. E que era usado... por Seres das Trevas contra Bruxas da Luz.

Fiquei atônita.
– Qual o nome?

– Temeron Lux, temos que descobrir um feitiço de bloqueio por que, por acaso, Protego e nenhum outro, não funcionam.

Perguntei cuidadosamente.
– Alguém mais já tentou pesquisa-lo?

– Sim, em nossa biblioteca, mas ninguém obteve informações. – ela disse – Nada que pudesse nos dar uma boa pista.

Olhei-a.
– Onde estão os livros que guardavam na Ala Proibida? – perguntei.

Ela arregalou os olhos.
– Continuam lá. E Eu não posso permitir que... – começou.

A interrompi.
– Veja bem, Diretora, pare de tentar me esconder tudo. Não vai adiantar. E se todos que pesquisaram não foram nessa ala, e voltaram de mãos abanando, é mais do que óbvio que o livro que fala sobre ele esteja lá! – falei.

Minerva hesitou. Com muito custo ela me deu um passe livre para a Ala Proibida e me dispensou do resto das aulas naquele dia para que eu me dedicasse aquilo.

Um feitiço usado contra Bruxas da Luz.

Isso me soava familiar... Bruxas da Luz...

LUX PHYTONISSAM!

Ridley!

Entrei na biblioteca desesperada, entreguei o “passe livre” para a bibliotecária. Ela fez uma careta, mas me deixou passar.

Quando toquei a primeira estante, um vento frio roçou meus braços. Ignorei e continuei procurando.

Seria uma busca bem rápida se eu achasse um livro sobre Bruxas da Luz ou Feitiços das Trevas.

Dito e feito. Achei um livro com o titulo: O Mistério: Lux Phytonissam.

Comecei a anotar tudo:

"Li que as Bruxas da Luz ficam escondidas nas barreiras do mundo mágico, elas protegem-nas de intrusos ou outros mundos que não podem se envolver com o nosso e causar o caos no planeta. Os portais também são responsabilidade delas. Elas são pouquíssimos conhecidas, e é esse sigilo que as mantém vivas por tanto tempo. Elas não morrem, elas são humanas e seu corpo morre, mas não o seu espirito. O seu espirito não tem mais valência nas barreiras do mundo mágico, mas elas podem escolher alguém para proteger, a partir dessa decisão vão passar o resto da vida protegendo esse alguém. A mais poderosa delas, e líder, é Ayra. Todas as Lux Phytonissam são mulheres. Poderosas, corajosas, bonitas, inteligentes, astutas, e acima de tudo bondosas.

Os destaques entre elas são..."

Prendi o ar.

Arregalei os olhos.

Eu sabia que os livros bruxos, como eram mágicos, se atualizavam sozinhos de acordo com a década. Ou seja, a cada década, muita coisa havia acontecido. Então para não ficarem velhos e perderem a utilidade, Dumbledore quando ainda era vivo, inventou um feitiço para a biblioteca ir se atualizando de 10 em 10 anos.

Então, assim eu estava ciente de que aquela informação era verdadeira.

Minha cabeça girou quando li aquilo:

“Destacamos Lux Phytonissams como: Ayra Hubberman e o espirito de líder. Ridley Black e sua esperteza. Jane Granger e sua inteligência.”