Dramione: Learning To Love escrita por Clary


Capítulo 26
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃAAOOOOOO: Capitulo no natal? GEEEEENTE esse é especialmente de presente pra todas as leitoras que comentam, que favoritaram, que recomendaram, até pras fantasminhas que leem. Obrigada por darem uma chance a fic, vocês me fizeram ver que escrever poder ser melhor ainda que ler. Eu agradeço todas vocês por existirem e quero que saibam que não tem nada melhor do que entrar no fanfiction e responder os reviews de vocês com um sorriso de orelha a orelha. Minhas leitoras são muito especiais para mim e espero que no natal de vocês todos os garotos gatos-literários do fandom saiam de trás da Arvore de Natal e levem vocês para um passeio noturno em Hogsmead. Que seja abençoado como vocês e o 2014 que vai vir. Beijinhos natalinos sabor Malfoy.



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| Leiam as notas inicias suas lindas |

Minerva estava atormentada, sem saber como começar, como agir. Era a primeira vez que eu a via assim, como se não conseguisse domar as rédeas, estando anos naquela profissão. Finalmente, ela resolveu ficar na defensiva.
– Malfoy, você está send... – começou.

Draco a interrompeu, ainda mantendo aquela postura inabalável.
– Você vai nos contar tudo dessa vez.

Gina intrometeu-se.
– Veja bem Minerva, não vale a pena esconder-nos nada. Já passamos por isso uma vez, não cometa o mesmo erro. Por favor. – ela pediu.

Minerva hesitou. Soltou um suspiro, relutante, respondeu:
– Há forças das trevas agindo por ai, novamente.

Desta vez, encarei a diretora.
– E o que podemos fazer?

Ela me encarou de volta.
– Vocês podem acabar com elas. – falou com convicção. Logo após, desabando em uma cadeira – Desculpem-me se eu não lembrei que isso aconteceu uma vez, a escola prepara vocês para esse tipo de coisa. Perdoem-me se meu instinto protetor falou mais alto, eu não queria subestima-los. Só não conseguia aceitar que em tão pouco tempo... – ela suspirou.

Aquela figura forte e inabalável que comandava Hogwarts estava desmoronando.

Eu não podia permitir que isso acontecesse. Não a Minerva, ela segurou os alunos o quanto pode, protegeu-os.

Todos estavam quietos, mergulhados em seus próprios mundos, pensando, talvez, no que aconteceria daqui para frente, ou na lembrança de guerra que eles tinham, garanto que não era nada boa. Então Minerva prosseguiu.
– Os ataques estão ficando cada vez mais constantes, e cada vez mais longe de Hogwarts. O que o Ministério não está entendendo – ela franziu o cenho na direção de Harry – eles acham que ainda querem destruir você, Potter.

Draco a interrompeu.
– Não é ele desta vez. – falou.

Minerva virou-se para ele.
– Estou ciente de tudo Malfoy. – só então olhou para mim. – Eles querem a mente mais brilhante de Hogwarts. Hermione Granger.

A mente mais brilhante de Hogwarts.

A mente mais brilhante de Hogwarts...

Isso estava ecoando na minha cabeça.

Finalmente perguntei:
– Por que eu?

Ela sorriu, pesarosa.
– Veja bem querida, há coisas sobre você das quais não sabe.

Olhei-a.
– Há coisas que ouvi que não entendo. - falei, confusa.

– Eu sei sobre a Black. Ela me pediu para entrar em Hogwarts e eu não permiti, ela o fez a sua maneira. Lamento a perda. – ela disse.

– Ela era irmã de Sirius... E eu não pude conhecê-la. – Harry murmurou, mais para si mesmo.

Decidi ignorar o que Harry disse, isso só o faria se sentir pior. Comecei pensativa:
– Uma vez, Ridley disse que eu não era apenas uma sangue-ruim.

Minerva sorriu misteriosamente.
– E não é. – disse simplesmente.

Olhei-a aguardando uma resposta. Ela aguardava a pergunta.
– Então, o que eu sou? – perguntei, finalmente.

Toda a atenção na sala se concentrou nela.
– Não sei toda a sua historia, ela me foi ocultada em várias partes importantes. Na nossa vida, todos temos obstáculos que servem para ser enfrentados e nos fazer crescer, tanto em conhecimento como psicologicamente. Cabe ao seu posto definir o grau deles, se você é menor, lhe serão dados da sua capacidade. Se você é maior... serão lhe dadas coisas impossíveis. Mas foi você que conquistou seu posto, não pode reclamar. Eu preciso que você entenda que: aqueles que acha que são os seus legítimos não são. Isso é o que eu sei, o que me foi dito. Eu não possuo mais informações. – assim, finalizou.

Pensei um pouco, toda a sala em silêncio.

Finalmente, Gina falou:
– Diretora... Você está dizendo que a Hermione foi... Adotada? – Gina perguntou exatamente o que eu queria saber.

– Não exatamente, menina Weasley.

Minerva não parecia querer contar-me tudo por conta própria. Por quê? Eu teria que perguntar.

Mesmo não sabendo que perguntas usar.

– Minerva. – chamei. – me esclareça isso. Eu fui adotada?

Ela suspirou, e começou.
– Não. Você não foi adotada. – ela hesitou, mas repensou e resolveu falar – sua mãe era bruxa.

Prendi o ar.

Minha mãe era bruxa.

Minerva prosseguiu, dessa vez, colocando todos os pingos nos is numa sequência assustadora.
– Sua mãe era tão brilhante quanto você, ouso dizer que você seja mais. Ela estudou em Beauxbatons. Ela sempre amou seu pai, porém, ele não sabia nada sobre esse Mundo Mágico. Se soubesse, ela tinha certeza que a deixaria. A família dela também não a aceitaria. Então, ela optou por algo extremo. De alguma forma, sua memoria sobre toda a sua vida bruxa lhe foi tirada a mando dela, ela foi viver com seu pai, e nunca mais voltou. Até você nascer.

Choque.

Meus olhos estavam marejando. Eu era Mestiça. Uma vida toda sendo tachada de sangue-sujo, o quanpensando ser algo que eu não era, eu fui procurada pelo Ministério da Magia na guerra contra Voldemort, acusada de ser "altamente perigosa" POR SER NASCIDA TROUXA. Eu teria sido morta sem saber quem eu realmente sou.

A unica coisa que eu tinha certeza naquilo tudo era:

Ele não a amou.

Se tivesse a amado, ele teria aceitado-a do jeito que ela era. Com as origens dela! Ela o amou de verdade, talvez incondicionalmente.

Mas eu sei que em todos os momentos ela daria a vida por ele, enquanto ele a assistiria morrer. Seria uma dor que o abateria por dias, mas ele iria se recuperar e voltar a sua vidinha. Invertendo os papeis, o brilho feliz nos olhos dela se perderia numa escuridão sem fim, ela nunca seria feliz sem ele. Enquanto ele nunca faria o mesmo.

Quando a gente ama, não importa o que aconteça, queremos fazer o outro feliz, mesmo que estejamos tristes.

Agora eu estava chorando de raiva.
– Ela não se lembra de nada? – foi a única coisa que perguntei, todos estavam calados, observando minhas reações.

– Não. – Minerva falou, eu estava imensamente grata por não me dirigirem nenhum olhar de pena.

Pena não era um sentimento digno, era o que eu achava.

– Apaguei a memoria dos dois em relação a mim antes de partir para a Guerra. – falei.

Minerva levou a mão à boca como se fosse bloquear um grito. Harry arregalou os olhos, Draco me olhava... Sem expressão. Gina deixou escapar um soluço, mesmo já sabendo de tudo, isso ainda a abalava.

Eu sentia que Draco sabia de alguma forma, o que eu estava passando.

Um silêncio sepulcral. Até a brisa parecia não fazer som algum.

Só ouviam-se os meus soluços.

– Hermione! – a diretora chamou, olhei-a – Ela pode de alguma maneira inexplicável, ter se lembrado novamente do seu passado. Já ouvi falar de bruxos que tiveram a memoria tirada mais de uma vez, e acabaram lembrando-se de tudo.

Abaixei a cabeça.
– O que eu vou fazer se ela tiver se lembrado? Ela nunca vai se lembrar de mim. – falei, infeliz.

– Você pode retomar sua família. – Minerva disse.

Eu estava com raiva.
– Ela está feliz! Ela pode ter até se lembrado, mas não deve se importar, por que nada a faria voltar atrás! Ela o ama. - falei.

– Você ainda pode contar com ela. – ela insistiu.

Me levantei.
– Se for pra acontecer desta vez, eu não quero ver quando ela morrer. – falei. Olhei em volta. – Eu não quero que ninguém morra.

Draco se levantou.
– Se tem uma coisa que eu sempre imaginei é que você não ia querer que fossemos com você. – disse, se aproximando.

Olhei-o.
– Você sempre esteve certo. – eu falei. Observando enquanto ele andava na minha direção.

– Tem uma outra coisa que eu sempre soube. - disse.

Franzi o cenho.
– E o que é? – perguntei.

– Você não ia conseguir nos impedir. – quando ele falou isso, eu senti o chão sumir sob meus pés. Um choque de realidade. Todo aquele esforço não ia adiantar. – Quer você queira ou não – agora estávamos frente a frente e ele apontava o dedo na minha direção – iremos com você. Não é só a sua missão, você é a principal, mas precisa da gente.

– Pela primeira vez na vida vou concordar com você, Malfoy. – Harry se levantou.

– Isso não soa bem vindo de você Potter, mas eu sempre tenho razão. – Draco sorriu sarcasticamente exibindo seu sorrisinho que por anos me irritou.

Que seja, eles nunca iam se entender.

Harry fez uma careta.
– Não sei o que a Hermione viu em você, Fuinha.

Gina interrompeu antes que começassem a discutir.
– Deixe de se achar Malfoy. – Gina brigou e então me sorriu – Estamos juntas nessa, como sempre.

Sorri de volta, derrotada.

Comecei a suspirar devagar para não chorar.

Então me lembrei, o suspiro é o choro da boca.

E eu estava louca para chorar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram?
Me deixem um presente de natal comentando :3