Miss Understood escrita por Ana Botelho


Capítulo 4
Jumping to the Right Conclusion


Notas iniciais do capítulo

Ah, meus deuses *---* eu realmente não sei como agradecer a todos os comentários e leitores novos, vocês são incríveis, guys. Obrigada mesmo.

Bom, eu queria desejar um Feliz Natal mega atrasado e um excelente Ano Novo pra vocês, que todas as suas resoluções de ano novo se realizem e que o Olicity finalmente aconteça.

Queria pedir desculpas também sobre a demora, com as festas, viagens e tal eu realmente demorei para pegar no meu computador e TCHARAM quando eu peguei eu derrubei suco nele (palmas pra mim porque eu mereço), portanto, me desculpem mesmo.

Boa leitura e notas finais SUPER IMPORTANTES lá em baixo.


Sumário: Horas depois do encontro com os Lances.



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O porão estava escuro e deserto quando Felicity chegou. Diggle tinha saído para passar um tempo com Carly e seu sobrinho enquanto que Oliver estava provavelmente com Laurel esta noite. O clube estava vazio no andar de cima também, os estragos feitos pelo terremoto ainda estavam por todo o prédio e as reformas só começariam dali algumas semanas. Ou seja, era o momento perfeito para Felicity rearrumar seus pensamentos.

Ela acendeu a luz e teve um mini ataque cardíaco.

Oliver Queen estava sentado no chão do porão. Ele estava com o mesmo olhar em seu rosto de quando descobriu que sua mãe fazia parte do sequestro de Walter, só que dessa vez ao invés de estar trajado como o vigilante ele usava jeans e camiseta. Mas o que mais assustou Felicity foi que quando ela acendeu a luz ele se virou para ela com um pequeno sorriso em seu rosto.

"Oi, Felicity," ele disse suavemente. "junte-se a mim." ele bateu no chão o lado dele.

"Ei, Oliver." ela se aproximou com cautela. "Por que você está sentado sozinho e no escuro?"

"Estou comemorando1" Oliver falou alegremente. "Venha, sente do meu lado."

Felicity colocou as sacolas que ainda estava segurando no chão e olhou ao redor do porão.

"As cadeiras não estão danificadas." ela observou. "Acho que você simplesmente prefere o chão."

Oliver apontou novamente para ela se sentar ao lado dele até que ela finalmente cedeu deixando-se cair ao lado dele, ficando ombro a ombro com Oliver e com as costas na parede.

"Então, você está comemorando?" ela perguntou arrumando a saia que subiu por suas coxas.

Ele esbarrou de leve no ombro dela. "Sim, eu estou." ele falou alegremente.

"O que você está comemorando?"

"Eu estou de volta." ele anunciou.

"Eu não sabia que você tinha deixado." Felicity franze o cenho em confusão.

"Felicity, você diz as coisas mais fofas." Oliver riu. "Eu quis dizer que eu estou de volta no negócio de vigilante."

Ela não disse nada, mas sua expressão pedia uma explicação de Oliver.

"Lembra que depois de parar o Malcolm eu disse que não ia ser mais o vigilante?" Oliver pergunta. "Eu disse que queria ter uma vida normal. Com a Laurel."

Felicity permaneceu em silêncio, afinal ele não estava atrás de uma resposta. Ele queria falar e Felicity o deixou falar.

"Bem, isso não está funcionando." ele continuou. "Os vilões estão por aí corrompendo a cidade mesmo sem Malcolm Merlyn. Ele não era a raiz do problema como eu pensava, ele era apenas um dos ramos. E Laurel, bom… Laurel não quer estar comigo, porque ela diz saber sobre a minha vida secreta aqui no porão."

Felicity olhou surpresa para ele. "Ela sabe que você é o vigilante?"

"Eu pensei isso, também, mas o que ela disse depois não faz nenhum sentido." ele disse com as sobrancelhas franzidas. "Foi só depois que eu deixei o apartamento dela que eu percebi o que ela queria dizer." ele fez uma pausa e suspirou. "Ela acha que eu estou tendo um caso, e que o porão é o lugar onde eu guardo essa pessoa pra mim."

"Você está tendo um caso com quem? Diggle?" Felicity sugere, incrédula.

Oliver riu. "Só você para pensar isso. Não, ela acha que eu estou tendo um caso com você."

Felicity olha chocada para Oliver. "O que deu essa ideia pra ela?"

"Tommy." Oliver fala simplesmente. "Pelo menos foi o que eu entendi. Tommy deve ter dito a ela que via você por aqui, e antes dele descobrir sobre mim eu lembro dele perguntando sobre você. Eu disse que você era da empresa e que estava aqui para configurar a minha internet…"

"Roteador. Você configura o roteador, não a internet." ela interrompe.

"Certo. E isso foi exatamente o que eu disse a Laurel, também. Lembra há algumas semanas quando vocês se encontraram lá em cima? Eu sabia que ela tinha olhado estranho pra você." ele disse. "Quero dizer, quando tempo leva para configurar um roteador? Provavelmente não meses. E por que no porão se temos um escritório?"

"É, eu levaria minutos para configurar o roteador e funcionaria melhor se não fosse subterrâneo." ela disse em voz baixa. "Então ela pensa que estamos juntos porque estamos sempre no porão, provavelmente, fazendo coisas que não são nem um pouco relacionadas a internet? Se não fosse eu e você, eu provavelmente também estaria suspeita de um homem e uma mulher que passam muito tempo em um lugar mal iluminado.

Oliver assentiu.

"Talvez você possa dizer para ela que nós terminamos." Felicity sugeriu. "Ou, você pode dizer pra ela que eu terminei com você e que você está devastado e inconsolável. Ela, com certeza, vai consolá-lo."

Ele sorriu, mas balançou a cabeça em um não. "Não é assim tão facil. Eu já disse a ela que terminaria tudo em um piscar de olhos, mas ela ainda disse não."

"Você me trocaria em um piscar de olhos?" Felicity fala um pouco magoada.

"Não, não você. O porão." ele se apressou em dizer. "Eu pensei que Laurel estava falando do porão, sobre ser o vigilante, por isso que disse a ela que terminaria tudo, mas então ela me perguntou se eu realmente poderia abandonar tudo. Eu sabia que eu não podia, eu nunca vou poder e ela descobriu isso."

"Mas ela achou que você estava falando do nosso tórrido caso de amor… Talvez se você voltar lá e contar a ela sobre o vigilante e como tudo é apenas um mal entendido, você ainda-"

Oliver já balança a cabeça em negação. "Eu não posso desistir de você, Felicity."

Felicity sentiu as emoções nas palavras dele. Ela se virou e olhou para ele de perto. "Nós ainda estamos falando do porão?"

Oliver sorriu. "Laurel não será capaz de aceitar a minha vida no porão. Eu odeio admitir isso, mas eu não sou mais a pessoa que ela quer. Ela quer o Ollie que ela perdeu há cinco anos, ela não quer o Oliver que voltou da morte. Eu não sou mais o Ollie. Isso é quem eu sou agora, Felicity." ele disse. "E eu vou comemorar que eu sou. Eu sou o vigilante com um capuz."

Oliver ergueu uma garrafa de vodka em um brinde e tomou um longe gole. Ele notou Felicity observando.

"Oh, desculpe." ele olhou para ela. "Isso foi rude. Você quer um gole? Eu não tenho nenhum copo de shot, mas…"

"Quanto você bebeu?" ela perguntou pra ele.

"Não muito." ele respondeu defensivamente. "Só isso." ele mostrou o polegar e o indicador para indicar um espaço de um centímetro, em seguida mudou de ideia e aumentou o espaço para duas polegadas. "Agora sim."

Felicity pegou a garrafa dele. Havia apenas um quarto da garrafa. Explicado porque ele estava tão tagarela, ela pensou.

"Ela estava cheia quando você começou, né?" ela perguntou incisivamente. Oliver acenou timidamente e ela balançou a cabeça. "Parece que você já teve o suficiente."

"Espere! Os russos dizem que dá má sorte jogar vodka fora." ele protestou. "Me deixe terminar."

"Os russos nunca falaram isso, exceto, talvez, os bêbados." ela disse enquanto Oliver tentava obter a garrafa de volta. "Tudo bem." ela colocou a garrafa na boca e bebeu o resto da bebida em um gole, o líquido queimou em sua garganta conforme ela bebia, contrapondo com a sua cabeça que ficava mais leve. "Pronto. Acabou."

Oliver olhou para ela com admiração. "Eu poderia ter achado um copo, sabe. Você não precisava beber direto da garrafa como eu fiz."

"Está tudo bem. Eu não me importo de trocar fluídos corporais com você." ela disse sem pensar e logo em seguida fez uma careta ao perceber. "Você sabe o que eu quis dizer."

"Fluídos corporais." Oliver riu. "Eu já disse que você diz as coisas mais fofas?"

"Sim, você já disse." ela respondeu.

"Mas, eu não sei se eu lhe disse que você também tem os lábios mais bonitos."Oliver sussurrou enquanto levantava a mão para tocar suavemente no rosto dela. "Eu gosto quando você fala, porque eu tenho uma desculpa para olhar para os seus lábios sem fazer você se sentiu desconfortável. Eu gosto quando você balbucia e diz todas essas coisas fofas. Me faz sorrir." sua voz se tornou melancólica. "Sabe, nas primeiras semanas depois que eu voltei da ilha, eu nunca sorri, eu achei que tinha esquecido como era isso. Sorrir de verdade. E então eu precisava de ajuda com o laptop e eu conheci você. Essa foi a primeira vez que eu sorri desde que eu tinha voltado. Eu não tinha sorrido até conhecer você."

Felicity revirou os olhos. "E você sabe de uma coisa? Essa é a vodka falando. Está na hora de você dormir." ela disse enquanto lutava para colocá-lo em pé.

Oliver sorriu estupidamente enquanto ela passava o braço dele em seu ombro. Ela sentiu o peso dele se inclinar para ela e resmungou baixinho, cutucando ele para ele se mover. Ela se lembrava de ter um sofá no escritório e que ele estava, felizmente, perto da entrada para o porão, já que nesse momento ela meio que arrastava Oliver escada acima.

Enquanto ela lutava com a porta do porão, o braço de Oliver escorregou e ele quase caiu.

"Oliver, se segure firme em mim*." ela pediu e ele apertou a sua cintura.

"Circunstâncias platônicas." Oliver riu alto. "Isso foi o que você quis dizer, exceto pelos papéis trocados."

"Do que você está falando?" ela murmurou empurrando ele pela porta do escritório.

"Você me disse que imaginava eu lhe dizendo isso em circunstâncias platônicas." ele lembrou do tempo no poço do elevador no prédio da Merlyn Global Group. "Essas circunstâncias são platônicas, certo?"

Felicity empurrou ele para o sofá. "Definitivamente platônicas!" ela murmurou baixinho.

Ela tropeçou em suas pernas e acabou caindo em cima dele com um grunhido. Ela teria caído no chão se Oliver não tivesse, instintivamente, colocado o braço ao redor da sua cintura.

Eles olharam um para o outro. Felicity sentiu os braços de Oliver se apertarem ao seu redor.

"Ela não tem que ser." ele disse suavemente.

"Não tem que ser o quê?" ela perguntou se folêgo.

"Ele não tem que ser platônico." disse Oliver e antes que Felicity pudesse responder a mão dele subiu até a parte de trás do pescoço dela, puxando-a para baixo em um beijo.

A mente de Felicity ficou em branco e logo depois foi preenchida por um onda de milhares de sentimentos. Ela sentiu um formigamento em cada ponto em que a pele dele se encontrava com a de Oliver. Ela sentiu o calor do corpo dele, queimando-a. E o mais importante, ela sentiu os lábios dele nos dela, suavemente. Ele tinha gosto de… vodka.

Ela lutou contra ele e os sentimentos que a consumiam e finalmente ela foi capaz de se empurrar para londe dele.

"Não!" ela disse, com uma determinação mais para si do que para ele.

"Não?" ele sorriu levemente. "Eu sou Oliver Queen, eu valho, talvez, um zilhão de dólares, a maioria das mulheres não dizem não pra mim."

"Eu não sou a maioria das mulheres." Felicity falou arrumando suas roupas.

Oliver se levantou pelos cotovelos e sorriu pra ela. "Eu também sou um vigilante que usa um capuz e empunha um arco, e que você uma vez chamou de herói."

"Bom, e sou… Eu sou Felicity Smoak." ela queria dizer mais, mas decidiu não fazer. Ela se endireitou e virou suas costas para ele, deixando-o sozinho.

xx

Alguns dias mais tarde…

Oliver Queen hesitou na porta. Esta era a terceira vez que ele hesitava na porta, nas duas primeiras ele se virou abruptamente e caminhou apressado até o elevador. Em ambas as vezes ele não conseguiu entrar no elevados, mas, também, em ambas as vezes ele não conseguiu entrar pela porta dela. As pessoas começaram a olhar e sussurrar. Os funcionários em seus cubículos estavam sutilmente olhando para ele pelos seus papéis, tentando descobrir o que ele estava fazendo.

Ele limpou a garganta e brincou com a gravata ao mesmo tempo em que se repreendia em silêncio por ser um covarde. Pela enésima vez ele desejou que Diggle estava por perto para ajudar. Ele balançou a cabeça, Oliver sabia que isso era algo que ele tinha que fazer por conta própria.

Ele endireitou as costas e deu a si mesmo um discurso de vitalidade. Ele era Oliver Queen. Ele sobreviveu a uma ilha infernal por 5 anos, ele podia acertar qualquer alvo com uma seta, ele era conhecido por derrubar um exército inteiro sozinho. Ele era Oliver Queen. Ele possuía uma empresa com o seu nome. Ele podia fazer isso.

Ele respirou fundo e entrou no departamento de IT. Seu olhar caiu exatamente para o motivo de sua ansiedade. Felicity Smoak estava em sua mesa e seu rosto era uma imagem profunda de concentração, com suas mão voando pelo teclado. Era glorioso vê-la em seu ambiente.

Oliver se aproximou dela lentamente e limpou a garganta para chamar sua atenção. "Olá." ele disse hesitante.

Ela olhou para cima e sorriu levemente, e em seguida seus olhos caíram novamente para a tela de seu computador.

"Cinco minutos." ela disse.

Exatamente quatro minutos e meio depois, ela deu um último clique no mouse e cruzou as mão sobre a mesa. "O que posso fazer por você Mr. Queen?"

Oliver se encolheu com a recepção formal." Como eu disse antes, Mr. Queen era o meu pai."

"Ah, mas isso foi antes do senhor se tornar o CEO, tornando-se oficialmente o meu patrão." Felicity argumentou.

"É uma posição temporária." ele insistiu.

"OK, então. O que posso fazer por você Mr. Queen temporário?" ela perguntou descaradamente.

Ele sorriu levemente, mas foi exatamente para o ponto que o preocupava. "Você não retornou as minhas ligações."

Öh, eu sinto muito por isso." disse ela. "Eu queria chamá-lo de volta, mas é que perdemos uma grande quantidade de dados por causa do terremoto e todo o departamento está trabalhando por horas para tentar recuperar esses dados."

"Você não foi no clube também." ele disse.

"Sim, como eu disse, ocupada com o meu trabalho legítimo." ela explicou. "Eu vou estar lá assim que tiver esse problema resolvido. Esses caras não são nada sem mm."

"OK, então. Ótimo." disse Oliver. Parecia ter algo que ela não estava dizendo, mas ele não poderia dizer o quê. "Eu acho que vou vê-la em breve." ele se virou para sair.

"Sim, nos vemos." ela disse distraidamente, voltando seus olhos para o computador.

Oliver parou na porta. Ele balançou a cabeça e com passos determinados caminhou ao redor da mesa dela até que ele estava ao lado de sua cadeira. Ele virou a cadeira para encará-la e ela o olhou com surpresa quando Oliver se abaixou para colocar-se no mesmo nível que ela.

"Felicity, eu sinto muito sobre a outra noite." Oliver começou. "Eu tinha bebido muito e sei que posso ter dito algo que a ofendeu."

"Oh, eu entendo. Você está pedindo desculpa porque acha que poderia ter feito algo que me ofendeu e me fez parar de ir até o porão." ela começou. "Bem, você está certo. Eu não quero estar perto de você no momento."

"Eu realmente sinto muito." ele disse de novo. "Eu não lembro exatamente tudo o que eu disse ou fiz aquela noite."

"Você não se lembra?"

"Eu sei que avancei em você." ele disse, "Eu te beijei."

"Sim, você fez." ela falou. "Mas não é por isso que eu estou chateada."

"Você não esta chateada porque eu te beijei?" ele sorriu levemente.

"Sim. Quero dizer, não. Espere, eu…" ela parou. "Esse não é o ponto!"

Ela empurrou a cadeira para trás e se levantou, fazendo Oliver acompanhar seus movimentos. Felicity tinha que olhar para cima agora para fazer contato visual.

"A questão é que eu não sou do tipo uma noite apenas." ela cruzou os braços sobre o peito.

"Eu nunca pensei que você fosse." Oliver falou pacificamente.

"Mais importante," sua voz subiu uma oitava. "eu não sou o estepe de ninguém."

Oliver olhou para ela em silêncio.

"Eu sei que você tem esses sentimentos complicado em relação a Laurel e que por causa do que aconteceu a relação de vocês terminou antes mesmo de começar de novo." ela falou com simpatia. "Eu sei que eu não sou tão bonita, ou tão sexy como as outras mulheres com que você sai. Deus, você tinha que estar bêbado para me beijar. Mas, a questão é que eu não sou a menina que você vai atrás enquanto não acha alguém melhor."

Durante um tempo nenhum dos dois falou.

"Felicity," a voz de Oliver era suave e sincera. "na minha vida não há nenhuma mulher com quem eu possa ser verdadeiro. Exceto você…Você me conheceu como Oliver Queen, filho da CEO da empresa que lhe fez pedidos pessoais completamente estranhos e que não tinha nada haver com o seu trabalho." ele continuou. "Depois, você me conheceu como um vigilante machucado no banco de trás do seu carro. Esses dois lados meu fizeram a sua vida mais do que complicada e ainda assim você ficou do meu lado. Helena sabia quem eu era e eu pensei que pudesse compartilhar tudo com ela, mas ela só queria o vigilante, ela não queria o Oliver. Ela queria sua vingança pessoal. Já McKenna gostava de mim como Oliver, mas ela teria atirado em mim sem pensar duas se me visse como vigilante. Laurel era a mulher que eu sonhei enquanto tentava sobreviver a ilha, mas eu acho que estava mais apaixonado pela ideia de voltar para casa e ter uma mulher amorosa esperando por mim do que pela mulher." ele respirou fundo. "Eu não estou dizendo que você é a mulher que me restou, o que eu quero dizer é que você é uma mulher verdadeiramente notável e que não há ninguém como você na minha vida." Oliver se aproximou um pouco mais dela. "Antes de você se juntar a nós, eu teria impiedosamente massacrado o meu caminho pela lista que meu pai deixou e Diggle estaria comigo até sermos presos ou mortos, mas você, você me mostrou que havia maneiras melhores, formas mais inteligentes e mais simples para fazer as coisas e não colocar nenhum inocente em perigo. Você me deu de volta a minha consciência e o meu coração. Você salvou mais do que a minha vida no dia em que me arrastou sangrando do banco de trás do seu carro… Você salvou a minha alma."

Felicity estava congelada, totalmente sem palavras.

"Felicity, você não é meu estepe e definitivamente não é alguém para uma noite apenas. Não há ninguém melhor do que você. Não há ninguém que eu queira mais do que você." Oliver faz uma pausa enquanto um sorriso auto-depreciativo inundava seu rosto. "Eu já sobrevivi em uma ilha deserta por cinco amos e eu tenho passado a maior parte desse ano colocando a minha vida em todos os tipos de riscos, porém vir aqui e te dizer o que eu sinto é de longe a coisa mais assustadora que eu já fiz."

A garganta de Felicity está trancada pelas lágrimas não derramadas, mas ele ri na última frase dele. "É por isso que você estava parado na minha porta? Você estava com medo de entrar?"

"Você me viu ali?" ele olhou ao redor do escritório, mas não havia janelas para o corredor.

"Não." ela sorriu balançando a cabeça. "Meu supervisor me ligou duas vezes para avisar que o CEO estava inspecionando o corredor da minha sala, e que eu deveria parecer ocupada."

Ele sorriu e pegou a mão dela. "Felicity, eu quero estar com você. E eu vim aqui lhe pedir para ser minha."

Felicity corou com prazer. Ela estava prestes a responder quando seus olhos se estreitaram em desconfiança, ela puxou sua mão de volta.

"O quê?" Oliver perguntou assustado e um pouco magoado.

"Antes de responder a isso, eu preciso que você faça uma coisa." ela disse abrindo a gaveta de sua mesa e vasculhando o conteúdo. Ela tirou um pequeno objeto de plástico. "Assopra ai."

"Isso é um analisador de hálito?" ele perguntou incrédulo.

"O mesmo padrão dos guardas de trânsito." ela respondeu empurrando o objeto para ele.

"Como é que você conseguiu-" ele parou balançando a cabeça. Oliver olhou para Felicity que suportava uma expressão séria. "OK, eu faço."

Ele se aproximou dela até que apenas alguns centímetros separavam eles. Ao invés de tomar o analisador dela, a mão quente dele se fechou no pulso dela que segurava o bafômetro e o levou até seus lábios. Ele olhou diretamente nos olhos dela enquanto assoprava.

Draga, Felicity amaldiçoou internamente, só Oliver Queen para fazer um teste de bafômetro ser incrivelmente sexy. Ela estava recebendo a dose completa de olhares quentes de Oliver Queen ao mesmo tempo em que o polegar dele acariciou o seu pulso.

Quando ele terminou, Felicity engoliu com dificuldade. ela leu o resultado.

"Limpo." ela murmurou.

"Então eu não estou bêbado." disse ele triunfante.

"Sem álcool na sua respiração." ela concordou. "Hora do exame de sangue." ela vasculhou a gaveta novamente e tirou uma seringa e um torniquete.

"WHOA, o que mais você tem ai?" ele perguntou curiosamente, olhando para baixo.

"Ei, você não pode olhar ai embaixo até eu deixar." ela protestou, fechando a gaveta com um estalo.

"Você vai me deixar olhar lá embaixo?" ele sorriu.

Felicity fez um careta. "Eu quis dizer a minha gaveta, não a minha- Oh, você sabe o que quero dizer." ela estava exasperada.

Oliver riu. "Eu já lhe disse que você diz as coisas mais fofas?"

Felicity franziu o cenho pra ele.

"Eu disse isso quando estava bêbado, né?" ele faz uma careta. "Olha, Felicity, nós dois sabemos que eu estou sóbrio e que eu estou sobriamente declarando os meus sentimentos por você. Eu não estou sobre influência de álcool ou drogas . Eu estou apenas sob o seu feitiço."

Ele pegou a seringa e o torniquete das mão dela e os colocou na mesa.

"E se passou pela sua mente, eu não estou te dizendo isso apenas para você voltar a trabalhar comigo no porão. Eu só quero que você saiba que você é a melhor coisa que aconteceu comigo desde que eu-"

Felicity não aguentava mais. Ela agarrou as lapelas do terno dele puxando-o para um beijo, fazendo com que os braços de Oliver cercassem sua cintura imediatamente, puxando-a ainda para mais perto e se entregando a um beijo longo.

"Vou levar isso como um sim." Oliver sussurrou quando eles finalmente se separaram para respirar.

"Você me ganhou com o 'Olá'." ela disse com um sorriso brilhante. "Na verdade, eu acho que você me ganhou quando o meu supervisou me ligou avisando que você estava do lado de fora da minha porta. Eu queria correr até você e te agarrar."

Oliver riu baixinho e depositou mais um beijo nos lábios dela. "Então, você acha que seu supervisor ia se importar se eu roubasse você agora? Quero dizer, o departamento de IT está cheio com essa coisa de recuperação de dados, né?"

"Nah, eu terminei uma hora depois que eu cheguei essa manhã." ela sorriu. "Você está falando com um gênio aqui."

"Então no que você estava tão ocupada quando eu cheguei?" ele perguntou.

"Jogo online. Eu estava tentando matar um monte de zumbi." ela encolheu os ombros enquanto brincava com os botões da camisa dele. "Além disso, não é o meu supervisou que deveria saber se eu vou sair mais cedo. Eu tenho esse novo chefe que é um pouco malvado. Ele gosta de fazer a sua vida miserável se você pertence a uma certa lista e ele definitivamente não gosta que eu discuta com ele, mesmo que eu esteja absolutamente certa."

" Acho que esse cara também é o CEO atual, né?" ele perguntou com um sobrancelha levantada.

"Como você sabe?" ela perguntou com os olhos cheios de riso.

Oliver acariciou delicadamente o rosto dela. "Felicity, nunca mude."

"Ei, Felicity-" uma voz familiar chamou.

Oliver e Felicity se separaram lentamente quando Diggle entrou.

"Oh, hey, Oliver." Diggle falou surpreso, olhando de um para outro. "Me deixa adivinhar: Felicity tropeçou e caiu direto em seus braços ao mesmo tempo em que eu estava entrando?"

"Não." Oliver sorriu abraçando Felicity por trás. "Eu estava realmente beijando ela alguns minutos antes de você entrar. Eu e Felicity estamos juntos."

"FINALMENTE!" Diggle exclamou, encostando-se no batente da porta. "Eu pensei que ia ter que fazer algo drástico para fazer vocês dois ficarem juntos."

Oliver e Felicity se entreolharam. "Do que você está falando?" perguntou Oliver.

"Oliver," Diggle levantou uma sobrancelha. "você estava demorando tanto para perceber que você queria Felicity mais do que como uma amiga e parceira de crime. Eu percebi na primeira vez em que vi vocês dois juntos. O que você pediu pra ela fazer mesmo? Pesquisa na internet? Nós poderíamos fazer isso, afinal não somos tão ruins assim com computadores. E também o Vertigo na seringa, por que trazer pra ela e não para um laboratório? Alguma vez você pensou que você estava pedindo para ela fazer todas essas coisas porque você gostava de tê-la por perto?" ele olhou para os dois. "Isso só pioro quando ela descobriu o seu segredo, você estava gastando tanto tempo com ele e estava fazendo praticamente tudo o que ela queria, claro que você discutia, mas no final você fazia o que ela pedia." ele olhou para a loira. "E, Felicity, você não conseguia tirar os olhos dele quando ele estava por perto. Foi tão frustrante ver vocês dois dançando em círculos ao invés de com o outro. Eu sabia que tinha que fazer alguma coisa."

Felicity engasgou quando percebeu algo.

"Você é a pessoa que começou a fofoca sobre Oliver e eu." ela acusou. "Moira me chamou em seu escritório por causa disso."

"Eu simplesmente deixei escorregar para o chauffer da Moira que o filho dela tinha um grande interesse por uma determinada especialista em IT que trabalhava na Queen Consolidated." Diggle encolheu os ombros. "E isso era verdade e não fofoca, agora para quem o chauffer contou é totalmente culpa dele."

"Você disse a Thea que eu ia estar no clube mesmo sabendo que só a Felicity ia estar lá." Oliver falou.

"Eu sabia que você estaria lá, eventualmente, e eu estava esperando que Thea ia pegar você e a Felicity no clube depois da hora e ficar muito curiosa." disse Diggle. "O problema nas roupas de Felicity e você sem camisa foi só coincidências muito felizes."

"E Laurel? Você ajudou a convencê-la que eu e Felicity tínhamos um relacionamento mais profundo?" Oliver perguntou suavemente.

Diggle negou rapidamente. "Não, Oliver. Ela chegou a essa conclusão sozinha."

"E o detetive Lance?" perguntou Felicity. "Ele acha que eu estou namorando o vigilante. Ele estava muito irritado com isso, por sinal. Ele até sugeriu que eu deveria sair com Oliver em vez disso. Na verdade, ele meio que me convidou para sair também."

Oliver e Diggle olhou para ela.

"Detetive Lance te pediu para sair? Em um encontro?" Oliver perguntou secamente.

"Eu não tenho nada a ver com isso." Diggle disse ao mesmo tempo. "Ele realmente te pediu pra sair?"

"Por que é tão dificil de acreditar?" Felicity pergunta um pouco irritada.

"Você disse que não, é claro." disse Oliver.

"Eu não disse que não exatamente." Felicity fala com sinceridade.

"Felicity!" o tom de Oliver continha uma advertência.

"Eu não dei uma resposta, eu simplesmente disse que ele tinha idade para ser o meu pai." disse ela pensativa. "Pensando sobre isso, ele está muito bem para a idade dele, e ele tem uma vida boa como detetive, sabemos que ele é corajoso e tem integridade. E eu acho que ele gosta de mim e-"

Felicity parou quando Oliver puxou-a em seus braços e se aproximou.

"Eu sou um multimilionário e um vigilante que utiliza um arco para fazer o bem. Eu sou apaixonado por você e o mais importante: eu sou apropriado para a sua idade." Oliver recitou.

Felicity riu alto. "Não seria mais importante você ser apaixonado por mim?"

Ele sorriu e a beijou profundamente,

"A propósito," Felicity começou sem fôlego. "qual lado seu está apaixonado por mim? O multimilionário que se passa por meu chefe, ou o vigilante que é meu parceiro de crime?"

"Os dois." Oliver declarou puxando-a para mais um beijo longo e apaixonado.

John Diggle observou a cena da porta.

"Meu trabalho está feito." ele falou e fechou a porta atrás de si quando saiu.

FIM


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Notas finais do capítulo

*Eu não tenho certeza se a fala é exatamente assim, mas esse foi o melhor jeito que eu achei para encaixar.

Então... Então... Então????????? O que acharam??? Gostaram??? Eu realmente espero que vocês tenham gostado.

Bom, é o último capítulo guys e eu estou tão feliz. Sério, eu queria agradecer a cada um de vocês pelo apoio, pelos comentários maravilhosos, pelas MP's preocupadas com a história e principalmente pela compreensão com a demora (porque eu sei que sou um bitch que demora de mais), eu realmente não tenho palavras para começar a dizer o quanto vocês me deixaram feliz com essa história. Então: Obrigada, de coração.

Obrigada por cada um que apontou os erros no capítulos (que provavelmente vai ter nesse também), obrigada aos leitores novos que deixaram comentários nos capítulos antigos sendo tão fofos e incríveis. Obrigada por ler essa fic e por fazer dela um sucesso.

Como um último pedido, eu queria pedir humildemente para que quem quisesse, por favor, deixar uma RECOMENDAÇÃO na fic, eu fia ficar muito feliz.

Por último, mas não menos importante: Obrigada, novamente. Vocês são os melhores, guys.

Quem quiser ler as minhas outras fics (Teen Wolf) fiquem a vontade, quem quiser falar comigo e me visitar no tumblr ( http://just-afangirl.tumblr.com/ ) saibam que eu não mordo e AMO falar sobre Olicity.

É isso, obrigada pelos momentos maravilhosos.
Amo vocês.
Beijos
Bb