Mais um verão escrita por Mark
SOPHIA
–Narrator-
SOPHIA ESTAVA CONFUSA. Ela se perguntava se realmente ouviu aquela voz. Os dois jovens concordaram em ir à praia, para obedecer às ordens da voz misteriosa.
– Será que alguém virá mesmo nos salvar? – perguntou a garota.
– Sim... Espero que sim. – respondeu Andrew.
– Então vamos logo. Não podemos perder tempo. Já são quase duas horas. – falou Sophia.
Eles caminharam até a praia. Chegando lá, Andrew olhou para todos os lados, impaciente.
– Onde eles estão? – perguntou o garoto.
– Não faço ideia. – respondeu Sophia.
Andrew deu de ombros. Em seguida, sentou-se na areia.
– Você sabe que horas são? – ele perguntou.
– Duas e quarenta e cinco. – Sophia respondeu. Andrew levantou uma sobrancelha.
– Como você...
– Ouvi o narrador falar agora. – ela disse, apontando para o fone de uma rádio, que estava no alto de um poste de eletricidade. Andrew riu.
– Bom... Você poderia contar seu sonho pra mim. – falou Sophia, sentando na areia, ao lado de Andrew.
– Mas eu já te contei ontem.
– Só que ontem eu achei que você estava louco, e não prestei atenção no que você falou. – ela disse, sorrindo.
– Ah, muito obrigado. Fico muito feliz em saber disso. – ele falou, zangado.
– Vamos, Andrew! O que você acha que eu pensaria? – ela protestou.
– Bem... Você tem razão. Se você me contasse algo parecido eu também acharia que você é louca. – Andrew falou. Sophia assentiu.
Andrew contou novamente sobre o sonho à Sophia. Ela ouvia tudo atentamente.
– Mas se eles foram atacados... – ela disse. – Como podem estar vindo ao nosso encontro?
– Eu... Não sei. Mas estou torcendo por isso.
Já eram três da tarde. Andrew estava ficando impaciente, ele olhava para todos os lados, assim como Sophia.
– Você poderia descrever eles dois? – Sophia perguntou.
Ele contou a ela como ele havia visto os dois adolescentes no sonho: descreveu os cabelos negros e olhos verdes de Percy, e os cabelos loiros e olhos cinzentos de Annabeth. Sophia assentiu.
– Certo... – ela disse.
Agora eram três e dez. Ambos, tanto Andrew como Sophia estavam impacientes.
– Ah, que droga! – disse Andrew, levantando.
– O que foi? – Sophia perguntou ainda sentada.
– Estamos aqui sentados, esperando duas pessoas que nunca vimos antes, e que podem explicar o motivo de estarmos vivos. Que droga!– gritou Andrew. Sophia também estava irritada, mas não quis demonstrar. Antes, quando ela estava irritada, ele a consolou, e a protegeu. Agora era ele quem precisava de consolo, e Sophia sabia que era a hora de retribuir.
– Fique calmo, tudo vai dar certo... Vamos andar um pouco, e depois voltamos aqui. – disse Sophia. A voz dela soou mais doce e gentil que o normal, e concordou Andrew, pouco a pouco deixando a raiva escapar.
– Você... Tem razão. – ele falou confuso, em parte perguntando, e em parte afirmando.
Sophia se surpreendeu. Mesmo conhecendo Andrew há pouco tempo, ela sabia que em outra situação ele protestaria, mas dessa vez ele concordou.
– Está tudo bem, Andrew? – ela perguntou.
– Sim, por quê? – ele respondeu, e perguntou.
Enquanto caminhavam sobre a calçada, ela ficou pensando no que havia acontecido. Estava curiosa, e decidiu tentar novamente, usando o mesmo tom de voz que usou naquele momento.
– Andrew...
– Sim?
– Você... Poderia me mostrar a sua moeda, que se transforma em lança?
– Uh... É claro. – disse o garoto, colocando a mão no bolso, e tirando a moeda de bronze celestial.
Foi aí que Sophia se surpreendeu mais ainda. Ela já havia pedido isso antes, mas Andrew não a deixava ver a lança, para não se machucar. Ela pegou a moeda, e deixou cair, propositalmente.
– Ops... Desculpe-me.
– Sem problema. – falou Andrew, pegando a moeda e entregando-a novamente à Sophia.
Foi aí que Sophia se surpreendeu mesmo. Andrew nunca a deixava ver a moeda, e agora ela deixou cair. Ela sabia que se fosse uma situação normal, ele estaria bravo agora. Mas ao contrário, ele a desculpou, e a entregou a moeda novamente.
Minutos depois, Andrew estava confuso, como se estivesse acordado de um transe.
– Está tudo muito calmo, não é? – Andrew perguntou, Sophia olhou para os lados.
– Vários carros na rua, como todos os dias em São Francisco, buzinas e freadas... Está tudo normal, eu acho. – disse Sophia.
– Não, não estou me referindo ao trânsito. Estou dizendo que não há nenhuma daquelas criaturas na nossa cola. – ele explicou. – Você sabe, as coisas estão ficando muito tranquilas.
– Não seja por isso, semideus. – uma voz asquerosa soou.
Andrew e Sophia olharam para trás, vendo uma daquelas criaturas que solta bolas de fogo, na frente de um bando de monstros musculosos.
– PRONTO, AGORA ESTÁ FELIZ, SENHOR SORTUDO? – perguntou Sophia, irritada.
As pessoas que passavam pelo local não viam o monstro, pelo menos Andrew achava que não. O monstro lançou várias bolas de fogo, e Andrew empurrou Sophia para o lado, desviando de uma das bolas de fogo, que passou entre eles. Agora sim as pessoas demonstraram alguma reação, devido à explosão.
– Acho que essa não é uma boa hora para ficar zangada comigo. – disse Andrew.
– Vocês não irão escapar semideuses! Vocês podem ter retardado as coisas, quando derrotaram nossos irmãos, mas dessa vez não irão escapar! – a criatura rosnou, lançando mais bolas de fogo. As bolas de fogo se chocavam contra o solo e causavam várias explosões. Por sorte, nenhuma atingiu Andrew ou Sophia, ou nenhuma das pessoas que corriam para todos os lados. – Vamos capturá-los e levá-los à presença do nosso senhor! Eu não acho que são tão importantes, mas ele diz que vocês podem interromper os planos dele!
– Vamos! – falou Andrew, puxando o braço de Sophia.
– Ai! – ela protestou.
– Rápido! – o garoto falou.
As pessoas deixavam seus carros na rua, gritando, e saiam correndo. O restante dos monstros levantavam os carros e jogavam para longe.
– Você não pode derrotá-los com sua lança? – gritou Sophia, enquanto corria.
– São muitos, melhor não arriscar. – gritou Andrew. - Mais rápido! – disse Andrew, puxando Sophia e indo em direção ao outro lado da rua. Na frente deles, uma multidão corria gritando.
– As pessoas só começaram a correr depois que ouviram as explosões! Será que elas não veem as criaturas? – Andrew perguntou, ainda correndo.
– Eu não sei! Mas acho que temos coisas mais importantes para pensar agora! – respondeu Sophia. Andrew tentou assentir.
A cidade estava um caos. Pelo menos aquela parte da cidade. Rapidamente, helicópteros sobrevoavam a área. As pessoas não paravam de gritar. Andrew pensou que a Segunda Guerra Mundial foi igual a isso, ou muito pior. Então Andrew pensou que se quisesse sobreviver, deveria parar de pensar, e correr mais, assim como Sophia. Ele fez isso.
– Percy, Annabeth, se vocês forem aparecer, é bom que seja logo! – pensou Andrew.
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