Sarang escrita por Lety Paixão


Capítulo 2
Capítulo 1




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Amor,devido a esse amor,

Devido a essa pessoa, eu vivi até agora.

Hoje, uma vez que hoje já passou,

“Este numero não pode ser encontrado no momento” A voz gravada de uma telefonista desconhecida ecoou mais uma vez nos ouvidos da agente da Casa Azul, agora já fora do trabalho, mas em guarda como se ainda estivesse nele, fato que tem que repetindo com bastante frequência.

Sem demostrar qualquer reação ao ouvir a gravação colocou seu celular em cima do balcão de sua cozinha e se virou pegando os materiais necessários para o preparo do seu jantar. Não que estivesse com fome, pelo contrario, apesar de já fazer horas dês de sua ultima refeição não sentia vontade alguma de por algum alimento em seu estomago, na verdade acreditava que não seria capaz de realizar tal ato. Entretendo precisava agir, manter suas mãos e mente ocupadas em qualquer coisa que não fosse ele.

Mas era difícil, tão difícil que só em pensar em ignora toda á angustia que sentia lhe fazia querer desistir de lutar e de se render a todos os medos. De certa forma estava cansada de resistir, no fundo a mulher obrigada a deixar de ser uma garota, queria apenas uma única vez cruzar os braços e cair ao chão tendo alguém que sentasse ao seu lado nesse momento sombrio e sussurrasse em seu ouvido: - Estou com você.

O que nunca ira acontecer. Pensou distraída no que fazia e atenta ao que imaginava.

Então um grito que partiu de si mesma a tirou de seus pensamentos, seguido de uma dor ardente em sua mão direita, a qual rapidamente a colocou debaixo da água enquanto murmurava para si mesma insultos por sua falta de atenção com o fogão.

–É sua culpa Lee Yoon Sung , é tudo sua culpa. –Disse tentando manter a voz firme, mas falhando e percebendo que o tom das palavras proferidas a traiam se manteve em silencio.

Outra falha, seu silencio era o seu consentimento, sua tentativa de relaxa era a prova da existência de um problema, sua dor era a verdade: Kim Na Na não podia desistir facilmente, pois Kim Na Na não era só uma agente treinada, era uma mulher que carregava amor, uma guerreira que havia achado seu proposito de lutar, mas que tinha medo de falha.

*********************************

–Bom dia Senhor Presidente. –Falou Na Na amigavelmente e sorrindo para o homem mais velho que se aproximava do carro em que estava próxima.

–Bom Dia Agente Na Na, aconteceu alguma coisa? –O presidente perguntou ao olhar diretamente no rosto da mulher já tão familiar para si e que o olhava confusa. –Esta com uma expressão cansada, como se não tivesse dormido noite passada.

E não dormi. Pensou, mas não foi isso que respondeu.

–Tive poucas horas de sono, fiquei boa parte da noite com meu pai no hospital. –Mentiu lamentando-se por coloca seu pai na historia inventada, entretanto foi à primeira desculpa convincente que achou.

–Precisa descansar, tire o dia de folga amanha sim?

–Muito obrigado Senhor Presidente, farei isso. –Respondeu agora sorrindo verdadeiramente, mesmo sabendo que o líder de seu país teve atitudes erradas, sua admiração por ele se mantinha inalterada. –Por favor, entre.

–Determinada, corajosa e educada, minha Da Hey tem muito que aprender contigo.

–Creio que temos personalidades muito diferentes. –Disse entrando no carro e sentando eu seu lado, assim como o outro agente que os acompanhava. –Mas Da Hey é muito determinada senhor, ela tem seus próprios objetivos.

–Isso é verdade, mas é uma determinação com teimosia, deve ser de família, a mãe dela também é muito teimosa.

–Deve ser mesmo. –Comentou baixo demais, porém audível para os próximos.

–O que disse? –Perguntou o presidente.

–Nada senhor, só pensei alto, já estamos saindo. –Disse sorrido virando-se para a janela atenta ao movimento do lado de fora. Respirou profundamente e manteve seu controle, não podia cometer deslizes, mas não pode de deixar de sorri com os comentários do homem ao seu lado e muito menos impedir que seus pensamentos se deixassem levar pela conversa.

Ele e Da Hey tem a mesma personalidade, ambos irritantes e teimosos. Era o que queria disser, mas se conteve e um breve momento imaginou os dois juntos, ambos sabendo da verdade que tem sido mantida em segredo, rindo e sendo o que são: Irmãos. Porém sabia que isso dificilmente aconteceria, mesmo que tudo acabe bem ela sabe que Yoon Sung ira querer poupar a menina de descobrir que mais mentiras a cercam.

Deixando suas imaginações de lado se concentrou no trabalho, ficando quieta e atenta durante todo o percurso até o local da reunião do presidente. No fim todos naquele carro tinham o mesmo objetivo em mente: Proteger alguém, o que mudava era a forma como faziam.

Ao chegarem ao local outros agentes se juntarem a eles e acompanharam o presidente ate o local indicado, a vistoria já havia sido feita, mesmo assim o local estava fortemente protegido, um grande número de seguranças, guardas e agentes fora convocado, todos de olho em uma única ameaça: O City Hunter.

Após o presidente entrar no salão que havia reservado, os que o acompanhavam foram para os lugares determinados de cada um, a chefe dos agentes se manteve ordenhando os outros a irem tomar suas posições, rapidamente Na Na seguiu seus colegas voltando por aonde veio, ao fim do corredor os seguiu por um breve momento ate que parou chamando a atenção de um deles.

–Preciso dar uma informação ao presidente, esqueci que ele me pediu para falar comigo em particular assim que chegássemos, encontro com vocês quando for liberada. –O homem acenou e voltou a andar, ela voltou por aonde veio seguindo de cabeça erguida e passos firmes, passando por outros agentes que nada falaram, sabiam da proximidade dela com o presidente, então não tinham porque desconfiar da mesma.

Diminuiu o ritmo ao ver seu chefe saindo do salão onde Choi Eung estava aguardando o inicio da reunião, para sua sorte ele não a viu e seguiu no sentido contrario do qual prosseguia, assim antes que a porta se fechasse a segurou, sem adentrar respirou fundo, decidida pós seus pês no salão fechando a porta atrás de si. Agora não havia mais volta.

–Senhor presidente. –Ela o chamou adentrando no local e assustando a quem procurava. –Perdoe a minha intromissão, mas preciso que escute e me deixe ajuda-lo.

–Agente Na Na o que esta fazendo aqui?

–O senhor corre grande perigo, mas eu posso ajuda-lo, porque favor venha comigo. –Falou rapidamente pegando sem reinícios no braço do presidente Choi para guiá-lo até uma saída ao fundo do salão, porém aquele que segurava a puxou de volta impedido que andassem.

–A senhorita deve sair imediatamente daqui, o tem outras agentes lá foram se certificando que o City Hunter não fara nada, agradeço sua preocupação mas...

–Não é do City Hunter que temos que temer, por favor senhor venha comigo. –Ela implorou retomando seus passos e sendo novamente impedida.

–Ali vai dar ao banheiro. –Ele disse calmamente. –Do que quer me esconder?

–Não é do que e de quem, eu não posso lhe explicar agora, sei que é difícil, mas confie em mim senhor, como fez dês que assumir esse trabalho.

O presidente suspirou ouvindo a forte preocupação nas palavras da mulher que o tentava lhe levar de lá, em seus olhos viu o temor de alguém que muito sabe, mas pouco pode fazer.

–Fugir e se esconder não resolveram nada, por favor, eu ordeno que se retire deste local imediatamente. –Falou duramente a ela que o olhava incompreendida.

–Mas senhor... –Ela tentou argumenta, mas novamente foi recriminada.

–Me obedeça criança. –Seu tom se elevou, mas Na Na não recuou, o temor eu seus olhos deram lugar a raiva deixando claro que ela não estava disposta a recuar, mas seja lá qual fosse sua próxima atitude uma nova voz assustou as duas pessoas que lutavam pelo controle da situação.

–Não há mais tempo para isso, os dois devem se esconder agora mesmo.

–Yoon Soug. –Na Na vacilou, a mão que apertava o braço do presidente o libertou assim como suas forças que balançaram ao ver quem tanto procurou. –O que pretende fazer?

–Fazer vocês ficarem vivos. –Falou ríspido e sem olhar diretamente a ela. –Vão rápido.

–Você não pode enfrenta-lo sozinho.

–Eu sou o único que deve enfrenta-lo, agora, por favor, vá com ela e não saiam por nada. –Yoon Soug disse olhando firmemente para seu pai, implorando por compreensão e aceitação, não imaginou que a agente fosse ter coragem de interferir tanto ao ponto de está arriscando sua vida para ajuda-lo.

Sem saber o que disser Choi Eung obedeceu, viu nos olhos do filho o mesmo medo presente no olhar de Kim Na Na, não queriam perde um ao outro e nem a eles mesmos. Desta forma foi para o local indicado esperando pela agente que agora enfrentava a quem buscava.

–O que você vai fazer? –Ela perguntou olhando diretamente para o rosto de Yoon Soug.

–Não se intrometa mais, apenas fique quieta. –Sua resposta foi dita com frieza, mas ela o conhecia o melhor, sabia seus sentimentos reais e os inventados.

–Você ainda pode parar com tudo isso, pode sair comigo por aquela porta e esquecer essa maldita vingança, pode ser feliz Yoon Soug, como sempre quis, eu sei que esse é seu único desejo, porque não o pega?

As palavras da agente o pegaram desprevenido e pela primeira vez que se encontraram no local ele a olhou, mas sem frieza ou raiva, medo ou preocupação, a olhou com ternura, com o amor que teima em esconder.

–Não a nada que eu queira mais, ser feliz com você. –Ele a respondeu quase como um sussurro, apenas para que ela ouvisse. –Mas ele não nos deixaria, precisa acaba com isso Na Na, preciso me libertar, é difícil, eu sei, mas me entenda.

–Eu entendo, mas não aceito. –Sabendo que não havia como continua insistindo ela cedeu e antes que ele percebesse suas ações o abraçou.

Foi um abraço rápido, mas carregado de sentimentos, não deu tempo de ser correspondido, era apenas uma mensagem não verbal, um aviso que não podia ser dito em palavras, um pedido que ela jamais teria coragem de proferir: -Não morra.

E ainda sem palavras ela saiu de perto de si ao encontro do presidente que não pediu qualquer explicação por sua demora, pegou sua arma e ficou na frente do mais velho, com os ouvidos atentos ao encontro que estava prestes a acontecer.

Yoon Soug saiu do centro do salão caminhando até a outra extremidade na direção contraria a que estava Kim Na Na, encostou-se à parede, respirou fundo deixando todos seus sentimentos se acalmarem e esperou poucos minutos ate ouvir a porta sendo aberta e o local sendo invadido por quem realmente considerava seu pai.

Não se mexeu, o viu observa o ambiente e localizar o esconderijo dos outros, antes que avançasse na direção do local relevou sua presença vendo a expressão de surpresa do homem agora em sua frente.

–Você veio – Falou calmamente.

–Não a mais nada para você fazer, esse não é um lugar onde você deveria estar. –O outro o respondeu com raiva, apesar de tomado pela vingança e da forma que já havia tratado seu filho seu coração apertou ao vê-lo ali, de certa forma não queria ver o outro sofrer mais ainda.

–Eu te disse, eu mesmo gostaria de para-lo.

–É uma vingança de 28 anos, você não pode para.

Dito isso eles se encararam, uma esperando o outro se render ou atacar, até que Jin Pyo se movimentou para sacar sua arma sendo seguido pelo mais novo, em segundos cada um tinha uma arma apontada para si, na direção de seus corações. No movimento os olhos não deixaram de se encarar em uma batalha que aparentemente não haveria vencedores.

Entretanto o desequilíbrio já era aparente em Yoon Soug, sua mão não consegui se manter firme, fazendo com que o objeto que segurava tremer levemente, fato que não passou despercebido por seu pai. A maior batalha estava sendo travado dentro de si mesmo e ele a proferiu para que fosse escutada.

–Uma vingança cruel onde devo atirar no meu pai verdadeiro, se eu fizer isso eu serei capaz de seguir com minha vida? –Ele perguntou sem espera de respostas, sua voz já começava a falhar mostrando toda á angustia dentre de si.

– Eu tive que apontar uma arma para a mulher que eu amo, você acha que eu estaria bem? Um pai que perdeu a perna por mim e eu tenho que enfrentá-lo, como você acha que eu me sinto? Eu queria que você pensasse em mim apenas uma vez, e parasse. –Continuou, seus olhos apresentando vermelhidão e lagrimas que ele lutasse para que não caíssem, pois olhando para o pai pode ver que aos poucos derrubava a muralha que o separava do seu coração.

–E eu só queria viver uma vida normal e feliz com você, mas, foi tudo um sonho. –Disse perdendo a cada confissão sua rigidez, esperou por uma resposta, um sinal de que o outro desistiria, pois por mais que soubesse que a chance disse ocorre era quase nula nutria a esperança de que não precisaria lutar, que seu desejo pudesse se realizar. O que não ocorreu, assim causando uma surpresa para o outro ergueu a arma ate sua cabeça continuando com sua confissão.

–Se esse é o meu destino vou terminá-lo com minhas próprias mãos.

Novamente tremendo pressionou aos poucos o gatilho com seu dedo, ainda observando o pai, agora confuso, sua mente havia se esquecido completamente das outras pessoas que o escutava, seu único objetivo era termina com tudo, dês que soube da verdade não acreditou que fosse ficar vivo ao final, quando viu o corpo do promotor Kim coberto de sangue sentiu a realidade de todas suas ações, queria ficar vivo, mas como não acreditava que isso fosse ocorrer queria ser o único a acabar com tudo, pois não podia permitir que uma nova vingança surgisse. Era com ele que o ciclo tinha que terminar.

Entretanto um grito quebrou com todo seu plano.

–Você não pode ! –Falou o presidente que atrás de Na Na tinha se revelado para o visitante.

–Pare! - Na Na se manifestou com aprontando sua arma para Jin Pyo –Pare agora!

–Yoon Sung – Disse virando apenas seu rosto para ver o homem perturbado que tentava tirar a própria vida - Por favor, pare agora, por favor abaixe a arma. –Ela implorou tentando se manter firme, seu coração acelerado apertou quando ele a olhou, nunca tinha o visto daquela forma tão vulnerável.

–Eu estava esperando por você –Pyo disse ignorando a mulher que lutava pela atenção do filho. –Aquela vida que você me prometeu, eu vim para buscá-la.

–Agente Kim Na Na me desculpe. –Sem ter como reagir Na Na foi empurrada pelo presidente para longe de si quebrando seu olhar com Yoon Soug que pareceu finalmente perceber o que acontecia a sua volta, viu seu pai direcionar a arma para o mais velho que de olhos fechados espera a dor que tiraria sua vida. Assim em um movimento rápido e quase impensável correu na direção do mesmo ouvindo o barulho do tiro e sentindo uma dor intensar se alastra em seu coração.

Erguendo-se da quase queda Kim Na Na viu o sangue que começava a se espalha na roupa de Yoon Soug e como reação atirou naquele que em estado de choque segurava a arma que machucou seu filho, com o segundo tiro ecoado no local varias agente invadiram o salão tirando o presidente atordoado no local.

Sem acreditar direito no que estava acontecendo e atordoada demais para ouvir o que estava sendo dito pelo seu chefe Na Na correu em direção a Yoon Soung que havia caindo de lado no chão com o corpo tremendo, seus joelhos perderam a força encontrando o chão, e por mais que a cena abaixo de si gritasse que era tudo verdade ela não conseguia acreditar no que via.

–Não se mexa, se você quiser qualquer movimento, essa pessoa vai morrer primeiro. - Jin Pyo falou para os agentes e lutando contra a dor em seu corpo mais uma vez ergueu a arma para seu filho tentando não demostrar qualquer expressão de preocupação.

–Eu sou o único sobrevivente da Operaçao Limpeza Geral, Lee Jin Pyo. Para se vingar de meus camaradas mortos e traídos pela pátria eu matei Lee Kyung Wan e Chun Jae Man com minhas próprias mãos, derrubei Kim Jong Shik do viaduto e enviei Seo Yong Hak para o Ministerio Publico e agora, finalmente, eu vou mata Choi Eung Chan. –Disse com dificuldade e sem tirar os olhos do filho que o olhava tentando entender o significado do que dizia.

–Eu sou o City Hunter- Ele declarou vendo a tentativa em vão de Yoon Soug disser algo. Assim descarregou a arma em um sinal de rendição e virou-se para os agentes que reagiram atirando em seu corpo que era perfurado de diversas balas e não só aumentaram sua dor como também fizeram a de Yoon Soug parar.

O corpo de Pyo se chocou ao chão que agora também ganhava a como tom o vermelho, a dor parecia que o mataria primeiro que os ferimentos, mas antes que isso ocorresse virou sua cabeça para ver seu filho que o olhava desesperado e que erguia o braço em sua direção como se isso pudesse resgata-lo e o trazer de volta. Ele fez o mesmo, se esforçou ao mesmo que quebrar a distancia entre eles, seria sua ultima batalha, mas sem vitorias.

Depois de muito esforço conseguiram se tocar, nenhum deles sabia o porque, não pensavam ou sentiam nada, mas naquele simples toque, que ao mesmo tempo era intenso sentiam o que haviam perdido a muito tempo. As mãos que se tocavam não eram de dois homens a beira da morte, mas sim de um pai e um filho que tentavam no ultimo momento reatar um laço que surgiu , foi enfraquecido, quebrado, reatado e destruído pela vingança.

Se eu nunca ver aquela pessoa novamente,

Se eu nunca ver aquela pessoa novamente,

O que devo fazer?


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