New York City 2 escrita por Raiane C Soares


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Hey! Esse ficou BEM grande, e quase fiz merda.. kkk
Obrigada a nara por ter favoritado. =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/428680/chapter/16

- Então Sidney. – senhor Lee disse. – É verdade que você deixou sua irmã para trás para ser adotada?

- Eu não a deixei para trás.

- Então por que não levou sua irmã junto, quando Quinn a adotou?

- Quinn queria apenas uma criança.

- E por que não ficou, ao invés de deixar Susan?

- Eu... eu ia fugir e buscar ela. – ela respondeu abaixando a cabeça.

- Então você tinha um plano?

- Sim, eu tinha um plano. Não queria mais ficar naquele orfanato, implorei para Quinn me adotar e ela aceitou. Eu disse que faria qualquer coisa se ela me tirasse daquele lugar, e depois, eu fugiria e buscaria Susan! – ela gritou.

- Não precisa gritar, e eu terminei.

Ele se sentou, olhei para a senhorita Vumbi, ela estava pensativa, em seguida se levantou.

- Sidney, você disse que tinha um plano de fugir. Mas, por que não fugiu quando podia?

- Quinn disse que, se eu fizesse o que ela mandasse, ela adotaria Susan e, Rachel e ela, cuidariam de nós duas.

- Mas Quinn não fez isso, certo?

- Não, ela não fez. Pelo contrário, sequestrou Joe e quase matou Rachel e eu.

- Você se arrepende de ter implorado para Quinn te adotar?

- Não. Se isso não tivesse acontecido, Santana não teria me ajudado a encontrar uma família.

- E você gosta de morar com Nickole e Brittany?

- Com certeza! Elas me ajudam com tudo, Britt ajuda Susan com os deveres de casa, mesmo às vezes não entendendo, mas ela tenta. Nick me ensinou a usar uma câmera fotográfica, assim poderei tirar fotos da Susan o tempo todo e...

- Tudo bem, Sidney. – ela a cortou. – Obrigada por responder as perguntas.

Senhorita Vumbi se sentou, o juiz mandou Sidney sair e novamente anotou em seu bloquinho.

- Mamãe... – ouvi Megan sussurrar. Me virei para ela, não ligando para o que diriam. – Quando você sair do castigo, podemos tomar sorvete?

- Podemos sim, amor.

Ela sorriu, me virei e lágrimas se formaram em meus olhos.

- Próxima testemunha, Joseph Berry Lopez.

Joseph entrou, percebi seus olhos vermelhos e inchados, provavelmente estava chorando. Ele contou sua versão, olhou para mim e deu um pequeno sorriso.

- Joseph, você tem quantos anos? – senhor Lee perguntou.

- 13.

- E Sidney tem 12, certo?

- Sim.

- Não acham que são novos demais para namorar?

- E você não acha que é velho demais para assustar crianças?

- Joseph! – eu o repreendi.

- Me desculpe. – ele disse, abaixando a cabeça.

- Você é mal educado! – senhor Lee disse.

Eu me levantei, já sentindo Snixx em meu corpo, mas me sentei assim que senti a senhorita Vumbi segurar minha mão.

- Se controle Santana. – ela sussurrou.

Senhor Lee se sentou, senhorita Vumbi se levantou e olhou para Joseph.

- Joseph, você conhecia Quinn?

- Não quando mamãe perdeu a memória, eu ainda era bem pequeno.

- Mas a conheceu depois?

- Sim. Sid me apresentou a ela, como sua mãe.

- Como ela interagiu com você?

- Quinn foi legal, carinhosa, educada. Mas tinha algo de estranho nela.

- Como o que?

- Quinn dizia que conhecia mamãe, mas não dizia de onde. Certa vez ela disse que mamãe era uma vadia, eu achei bem ofensivo, mas depois disse que Rachel era linda.

- Ela estava dando indiretas, é isso?

- Não sei, mas ela parecia não gostar realmente da mamãe.

- Obrigada Joseph.

Ela se sentou, Joseph saiu e meu coração começou a pular, agora era vez de Rachel, e eu não a via em uma semana. Uma longa e chata semana.

- Última testemunha, Rachel Barbra Berry Lopez.

Fechei meus olhos, respirei fundo, levantei minha cabeça e abri meus olhos, vendo em seguida uma Rachel um tanto magra, triste e cansada. Ela contou sua versão, em momento algum olhou para mim.

- Rachel, você teve um caso com Quinn, certo? – senhor Lee perguntou.

- Sim, eu tive, mas...

- E você gostava? – ele a cortou.

- Na época, eu gostava sim.

- Já amou Quinn?

- Sim, já amei ela, mas...

- Por isso traiu Santana?

- Eu não traí a Santana!

- Então, por que não disse a ela que Quinn estava em NY?

- Porque... Santana é bem nervosa quando quer, eu não queria vê-la bater em Quinn.

- Mas isso não adiantou, já que Santana MATOU Quinn.

- Sim, não adiantou.

- Bem, terminei. – ele disse, se sentando.

- Rachel, você realmente amava Quinn? – foi a vez da senhorita Vumbi.

- Sim, eu a amava, mas como tentei dizer, a amava apenas como amiga.

- Ela soube quando você estava grávida?

- Acho que sim, toda NY sabia.

- Já ouviu Quinn ameaçar fazer algo com Santana, Joseph, ou até sua filha?

- Não, eu nunca ouvi.

- Acha que ela já planeja se reaproximar de você, antes mesmo de você se apaixonar por Santana?

- Eu já era apaixonada pela Santana antes de ter um caso com a Quinn. – ela respondeu sorrindo.

- Bem... obrigada, Rachel.

Senhorita Vumbi sentou, Rachel finalmente olhou para mim, eu sorri, ela também sorriu e seus olhos se encheram de lágrimas.

Ouvi passos rápidos atrás de mim, mas eu não conseguia parar de olhar para Rachel.

- Rachel, uma última pergunta. – o juiz disse, chamando sua atenção. - Você ama a Santana?

- Com toda certeza!

- Obrigado.

Rachel saiu, olhando para mim e sorrindo, um garoto do tamanho do Joseph se aproximou do homem que anunciava as testemunhas e sussurrou algo, o homem ficou confuso, se aproximou do juiz e, esse, também ficou confuso, logo afirmou com a cabeça.

- Hum... Uma testemunha de última hora. Megan Barbra Berry Lopez.

- O que? – gritei.

Megan entrou um pouco acanhada, sentou próximo ao juiz e o homem se aproximou a ela.

- Jura dizer a verdade, somente a verdade, nada mais que a verdade?

- Eu juro.

O juiz olhou para ela, olhei para Kurt, ele deu de ombros, então voltei a olhar para Megan.

- Então, Megan. O que você tem a dizer, para entrar no julgamento de última hora? – o juiz perguntou.

- Eu... eu não quero que mamãe continue de castigo.

- Como?

- Mamãe não pode ir para casa, e isso me deixa triste. Todas as manhãs, eu acordo e corro para o quarto da mamãe, finjo não saber subir em cima da cama, e mamãe Santana me ajuda. Mas nessa semana, quando acordava, entrava no quarto da mamãe e a via chorando. – Megan abaixou a cabeça, isso me doía. – Mamãe não quer falar com Sarah, tia Nick e tia Britt. Ash tentou falar com ela antes de viajar, mas mamãe não atendeu ninguém, não brincou comigo e, nem brigou com Joe, quando ele quebrou o secador da mamãe Santana.

- Joseph fez o que? – gritei, assustando Megan.

- Você acha que Rachel está muito triste? – o juiz perguntou.

- Sim, ela está.

- Senhor Lee, tem perguntas?

Senhor Lee negou com a cabeça, mas senhorita Vumbi se levantou.

- Megan.

- Maggie. – Megan disse.

- Está bem. Maggie, você ama Santana?

- Sim, ela é minha mamãe e papai.

- Como assim?

- Ela disse que mamãe ama ela como a mamãe da Sid ama o papai dela, mas eu fiquei um pouco confusa agora.

- Com o que?

- Tia Nick e tia Britt são mamães da Sid agora, assim como mamãe Santana e a mamãe, são minhas mamães.

- E o que você não entende?

- Quem é o papai da Sid e da Susan?

Eu soltei uma pequena risada, todos também fizeram isso. Depois de todos aqueles depoimentos, Megan fez bem em entrar como testemunha para dizer aquilo.

- Acho que elas não têm. – senhorita Vumbi respondeu.

- Mas mamãe Santana disse uma vez, que todo mundo tem papai.

- Apenas se eles não morrerem.

- Susan! – ela gritou, olhando para a menina atrás de mim. – Seu papai morreu?

Eu ri, senhorita Vumbi se aproximou mais de Megan.

- Você ama seu pai, Maggie?

- Claro! Ele é o melhor papai do mundo. Ele e o papai Blaine.

- Quem é Blaine?

- Meu outro papai. Ele é casado com o papai, como mamãe Santana é casada com a mamãe.

Olhei para o Kurt e sorri, ele sorriu de volta.

- Papai! – Megan o chamou. – Você pode ser papai da Sid e da Susan?

Fomos pegos de surpresa com essa pergunta, olhei para Kurt novamente, ele estava de olhos arregalados.

- E-eu não sei, Maggie. Teremos que falar com Britt e depois com a Nick.

Aquele julgamento já era comédia. Megan sorriu, se levantou e olhou para mim.

- Mamãe, podemos tomar sorvete agora?

- Ainda não, Megan. – respondi sorrindo.

Ela abaixou a cabeça, chateada e saiu da sala, sem dizer mais nada. Senhorita Vumbi sentou ao meu lado, o juiz pegou seu martelinho e olhou para todos.

- Dois minutos de intervalo.

Ele saiu, olhei para trás e vi Sam, Amanda, Julie e Susan rindo, Kurt ainda estava estático com a pergunta da Megan.

- Qual é, Lady Hummel! Duas meninas à mais não faz mal. – eu disse rindo, ele olhou para mim e sorriu cinicamente.

***

Dois minutos se passaram, lentamente, mas passaram. Rachel, Joseph, Sidney, Nick e Britt já estavam dentro da sala, ao lado dos outros. O juiz se sentou, bateu seu martelinho e pegou seu bloquinho.

- Santana Berry Lopez. – suspirei, finalmente alguém tinha acertado meu nome. – Pelo ocorrido, você deveria ser condenada à prisão perpétua. – engoli seco, meu coração acelerava. – Mas pelos fatos ditos pelas testemunhas, incluindo Megan, você será inocentada. – meu corpo se aliviou, olhei para senhorita Vumbi, que sorria. – Passará a ser vigiada por dois policiais durante seis meses, sua ficha ficará suja na polícia e não poderá dirigir por dois meses, isso apenas por precaução. Está de acordo?

- Completo acordo. – respondi sorrindo.

- A seção está encerrada. – ele bateu o martelinho novamente, em seguida se levantando e saindo.

Um policial se aproximou e tirou as algemas de mim, massageei meus pulsos e olhei para Rachel, todos comemoravam, mas ele continuava sentada, com lágrimas nos olhos.

- Parabéns, Santana. – ouvi senhor Lee dizer.

- Obrigada, mas...

- Quinn me pagou muito caro para isso.

- Me acusar?

- Sim. Disse que se acontecesse algo com ela, Quinn a queria presa, longe de Rachel.

Ele se afastou, sem me deixar responder, senhorita Vumbi se aproximou e sorriu.

- Parabéns! – ela disse, abrindo os braços.

Nos abraçamos, ela olhou para mim e depois para trás de mim.

- Agora vá abraçar sua família.

Me virei, Sarah foi a primeira a me abraçar, logo percebi que ela chorava.

- Sarah, não chore mais. Eu estou livre e...

- Eu não devia ter feito aquilo, Sant.

- Está tudo bem, Sarah... Eu te perdoei, lembra? Realmente te perdoei, do fundo do coração.

- Do fundo?

- Sim, do fundinho.

Ela se afastou e beijou minha bochecha, em seguida vieram Sam, Amanda e Julie, depois veio Nick, e me abraçou muito forte.

- Nick, você está me esmagando... – resmunguei.

- Me desculpe, mas senti tanta saudade de você...

- Eu também senti, Nick.

Nick se afastou, sorriu e pegou Megan em seus braços, que já dormia novamente nos braços do Kurt. Britt se aproximou com Kurt, ele me abraçou e deu um pequeno tapa em meu bumbum.

- Vê se não mata mais ninguém, entendeu?

- Entendi. – respondi, sorrindo e revirando os olhos.

Britt me abraçou, eu sabia que ela estava chorando, pois fungava em meus ouvidos.

- Você está bem, Britt?

- Eu não sei... você está bem?

- Estou ótima!

Ela se afastou, acariciou meu rosto e me deu um selinho, limpei suas lágrimas com meus dedos e lhe abracei novamente.

- Eu estou bem, e quero que você também esteja.

Britt caminhou até Nick, olhei em volta, Joseph e Sidney estavam sentados em um canto, abraçados, olhei para Rachel, ela sorriu e se levantou. Rapidamente eu a beijei. Sentia tanta saudade daquele beijo.

- Eu te amo, Santana. Te amo demais...

- Eu também te amo, estrelinha.

Nos abraçamos, nos sentamos e voltamos a nos beijar, sem nos importarmos com quem estava em volta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Estou pensando em um cap. estilo Halloween, para amanhã. O que acham?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "New York City 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.