Crônicas Di Angelo escrita por log dot com


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Bem, terminei!! Obrigado pelos reviews que me mandaram!! Isso me incentivou muito a continuar a história!!



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A Hospedaria do Sr. Fófizinho foi uma das melhores coisas que apareceu na vida de Bianca di Angelo. Pelo menos, no momento em que corria de um monstro voador com asas enrugadas, aquele lugarzinho encolhido e empoeirado no meio de Las Vegas foi o mais aconchegante e acolhedor lugar de todos.

Bianca e Nico corriam feito dois doidos pelo meio da rua, como se o mundo fosse acabar. Bianca estava assustada, mas Nico estava mais. Bianca já tinha presenciado, milhares de vezes, pessoas se transformando em coisas horrendas daquele jeito, embora nunca tivesse dado o devido crédito para suas visões, alegando serem apenas “surtos de loucura”. Nico nunca tinha visto tal coisa.

A Coisa parecia continuar voando atrás deles, mas Nico parecia não conseguir mais aguentar correr. Ele arfava ruidosamente, colocando constantemente a mão na barriga.

_Argh, eu acabei de comer. Bianca, por favor. Vamos descansar um pouco!

Bianca se irritou. Um monstro de praticamente dois metros e expressão assassina os perseguia, e o que Nico fazia? Pedia para descansar.

_NÃO!

_Ah, Bianca, por f...

A Coisa surgiu do meio da penumbra com a boca escancarada, vindo na direção deles. Os dois continuaram a correr, embora no fundo Bianca soubesse que não aguentariam por muito mais tempo. A Coisa voava. A Coisa iria alcançá-los. A Coisa iria, propriamente dizendo, mata-los.

Então, Nico escorregou numa poça d’água, pendeu seu corpo para o lado e caiu numa das portas de estabelecimentos de Las Vegas. Bianca tapou a boca com as mãos.

_Nico, não... – Tarde demais. Os donos, ou o dono, do estabelecimento tinham acordado com o barulho de Nico batendo na porta.

As luzes se acenderam, e a porta se abriu, e imediatamente Bianca enxergou quem os receberia.

Era um homem alto e cheio, com músculos grandes e fortes. Vestia um roupão cor-de-rosa e pantufas com as cores do arco-iris. Tinha um rosto angulado e fora do comum, como se você não conseguisse olhar mais do que dois segundos para ele.

De fato foi assim que Bianca se sentiu. Não conseguia olhar direito para o rosto do homem, e quando tentava, seus olhos pareciam nublar e ela acabava vendo... coisas estranhas.

_Entrem, entrem, rápido! – Disse o homem, gesticulando para eles entrarem, sem mais nem menos, sem perguntas nem questionários. Apenas um “entre logo”.

Nico olhou para Bianca com os olhos saltados, parecendo perguntar mentalmente: “Podemos?”. Bianca deu de ombros. Não tinham outra escolha. E, juntos, os irmãos di Angelo atravessaram aquela portal, sem se darem conta que era ali que começaria a aventura de suas vidas.

***

O salão em que eles se encontravam de fato era enorme. Com escadarias que despontavam para direções distintas, com tapetes feitos de plumas, com grandes luminárias que brilhavam a ponto de fazer Bianca coçar os olhos...

_Prazer, crianças. Meu nome é Fófios, mas meus amigos me chamam de Fófizinho. Quem são vocês, caros amiguinhos?

Bianca se esforçou para não rir. Fófizinho? Sério? Aquele cara parecia ter saído direto de um dos programas onde o protagonista é um animal, ou melhor, uma pessoa vestida de animal com uma fantasia barata e nada convincente.

_Ok, então... Fófios! – Disse Bianca, ainda segurando a risada.

Fófizinho deu um sorrisinho para as duas crianças.

_E então... Que quarto vão escolher?

Nico e Bianca se entreolharam. Nico não parecia estar muito a fim de dormir na estalagem de um velho... Meio estranho.

_Ãham, não precisa se incomodar... Nós nos viramos. – Disse Nico, meio apreensivo. Fófios o olhou, franzindo o cenho.

_Las Vegas não é um lugar para crianças. Pelo menos não à noite. Eu insisto, uma noite no Lar do Fófizinho não fará mal a ninguém. – Ele olhou interrogativo para Bianca. Ela era a mais velha. Ela era a líder. Ela tomava decisões.

Bianca mordeu os lábios.

_Tubo bem então. Vamos passar a noite aqui na sua hospedaria... Mas não temos dinheiro.

Fófios deu um sorriso sombrio que aumentou o medo de Bainca.

_Não será necessário dinheiro, crianças. Não será necessário...

***

Bianca e Nico dormiam no mesmo quarto, aconchegados numa cama de solteiro. O quarto era de um verde desbotado, e parecia estar caindo aos pedaços. Mas ainda assim, os di Angelo não ligavam. Queriam apenas um lugar para dormir.

Bianca teve uma noite sem senhos naquela noite. Sim, pois geralmente ela sonhava com coisas estranhas e que deixavam-na apreensivo e com medo. Mas naquela noite não. Foi apenas ela, o travesseiro e a cama. Mais nada.

A casa era bem silenciosa, de modo que se caísse uma gota d’água o ruído se amplificaria para a hospedaria inteira.

E Nico ouviu um barulho. Eram apenas passos, passos silenciosos que avançavam lentamente no meio da escuridão. Nico sacudiu Bianca, sussurrando ao seu ouvido:

_Acorda, Bianca. Acorda!!

Bianca acordou de mal humor. Não dormia tão bem há dias.

_Nico, por favor, deixe eu dormir.

_Não, Bianca, nãããão...

A porta se abriu lentamente. Primeiro era só uma fresta. Depois, metade dela. Enfim, ela estava toda aberta, ou pelo menos, aberta o suficiente para um enorme vulto passar sorrateiro por ela.

Bianca e Nico se alarmaram. Estava tudo escuro, corredores, quartos... A hospedaria inteira era puro breu, portanto não conseguiam distinguir o rosto do estranho. E com certeza, o estranho vulto não conseguia ver Bianca e Nico acordados, encolhidos no fundo de sua cama.

_Bianca... – Sussurrou Nico, abraçando a irmã. O vulto avançou para eles, cada vez mais perto. Bianca tentou pensar rápido. Afinal, o que ela poderia fazer?

O vulto cada vez mais perto...

Bianca se jogou em cima dele, tentando imobiliza-lo. Deu certo, pois ele caiu no chão, de barriga para cima.

_NICO, ACENDA AS LUZES! – Gritou a garota, exasperada. Nico correu e acendeu as luzes, de modo que Bianca e Nico reconheceram o rosto do vulto.

Fófios estava jogado no chão, Bianca em cima dele. O hospedeiro sorria diabolica e assustadoramente malicioso, de modo que fez Bianca pular para longe.

_Fófios... F-fófios... O q-que aconteceu...?

Fófios deu mais um daqueles sorrisos, e então aconteceu. Na sua pele, foram crescendo pêlos marrons. Seus olhos ficaram vermelhos, e sua roupa se rasgou. Suas unhas se transformaram em garras assustadoras e mortíferas, e seus dentes viraram presas que chegavam até o seu pescoço. Ele olhou para os dois irmãos, gargalhando horripilantemente.

_Ora, semideuses... Vim acorda-los. É hora do jantar!


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Notas finais do capítulo

Logo, logo tem mais! Aguardem!!



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