Tot: The Four Winds Alchemist escrita por KiitaT, Nobumaru


Capítulo 20
19. Don’s push


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora! >—< Último ano do colégio, testes, provas, sabem como é. Mas eu arranjarei um tempinho pra vocês sempre. E não se esqueçam, um review faz muito bem pra alma. ;B



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- M-me desculpe... – repetiu Vicky, claramente envergonhada.

- Só isso não basta! – reclamou Don, quase gritando.

- O que você quer então? – perguntou Kurt, intrometendo-se.

- Ah, sei lá. Esquece. – Don Giuvanni se virou e pediu outra bebida. Só agora Vicky percebeu que ele estava um pouco bêbado.

- Mas o que faz aqui, senhor... Giuvanni? – perguntou Kurt. – Quer dizer, o senhor não devia estar cuidando da Megalo Company?

Don Giuvanni deu um soluço. – De que adianta? Quando esse maldito jogo acabar eu vou perder tudo mesmo...

Kurt e Vicky se entreolharam.

- Tudo isso devia ser meu... – Giuvanni continuou, bebendo mais e mais. – Meu padrinho teve essa idéia maluca... Não me interessa o dinheiro da herança. Tenho bastante... – outro soluço – dinheiro. Mas quando alguém vencer o jogo... Não serei mais o presidente da Megalo Company. – Don Giuvanni parecia que ia chorar a qualquer momento.

- Senhor Giuvanni... – disse Vicky – Se isso te consola, nós não temos interesse em ficar com a empresa.

Don Giuvanni jogou seu copo de bebida no chão. – Eu sei! Quase ninguém aqui tem interesse na Megalo Company! E é exatamente isso que me preocupa. O que será que o idiota que vencer esse jogo vai fazer com a MINHA empresa?

Kurt e Vicky se entreolharam de novo, sem saber o que dizer.

De repente, Don se levantou, com uma expressão preocupada no rosto. – A resposta... A resposta está em Caballa Relics... Na mais profunda caverna. Na caixa... – Então ele andou lentamente para fora da barraca e desapareceu na multidão.

 

Não muito longe dali...

- Não acha que exagerou no seu teatrinho? – perguntou uma mulher vestida inteiramente de roxo.

- Não. Fiz o necessário... – respondeu Don Giuvanni.

- O que você vê de tão especial neles? Pra mim, não passam de um bando de inúteis.

- Eles são como diamantes brutos... Só precisam de um refinamento para brilhar... – respondeu Don. – E você, Nadia? Não devia estar procurando a estátua?

A mulher riu. – Sei muito bem quais são os seus planos. Quero ficar fora disso. E além do mais, já cheguei a Black Swamp, estou dando um tempo agora.

- Eles pensam que vão vencer o jogo... – Don falou baixo, mais para si mesmo. – Mas o jogo é meu e eles são meus peões... E eu sempre venço.

 

De volta à praia, depois do anoitecer.

- Não brinca!

- Don Giuvanni? Aqui?

- E bêbado?

O grupo estava sentado ao redor de uma fogueira, perto de um coqueiro. Vicky e Kurt contavam aos outros o que viram.

- O que ele quis dizer com “a resposta está em Caballa Relics”? – perguntou Ashlee.

- Acho que eu sei... – Amy começou a revirar sua bolsa. – Logo depois que consegui meu PhD em Arqueologia, meu grande sonho era explorar uma ilha perdida. Quando soube de Caballa Island, pesquisei tudo o que pude sobre essa ilha.

- E conseguiu alguma informação útil? – perguntou Katy.

Amy demorou um pouco para responder. – Não. Tudo o que consegui foi esse mapa. – Ela estendeu um pedaço de papel para o grupo.

- Você chama isso de mapa? Está sem escala e apagado em várias partes. – reclamou Sam.

- Olhem! – Kurt apontou para uma parte do mapa, antes que Amy e Sam voltassem a brigar. – Aqui está escrito Caballa Relics.

- Então é pra lá que nós vamos. – disse Bill.

- YAY! Aposto que vamos ganhar o jogo! – New comemorou.

- Vai com calma ai, gênio. Já deve ter muitos jogadores na nossa frente. – disse Kurt.

Sam se espreguiçou e se deitou na areia. – Eu não ligo muito... Eu gostaria de estar em casa agora. Não dou a mínima pra esse jogo.

- É, mas eu preciso do dinheiro! – disseram Bill, Katy e New juntos.

- E eu preciso dar uma lição naquela... Vaca! – disse Vicky, pronunciando a última palavra com toda a raiva.

- Nossa, você veio pra cá só pra aprender a ordenhar? – perguntou New, com a maior inocência.

- Claro. – respondeu Vicky com sarcasmo.

- Legal!

- New, você é um tapado. – disse Katy.

- Mas eu não tenho prisão de ventre.

Todos riram muito, e New não sabia o porquê.

 

Antes de dormir, Kurt conversava com Vicky. Todos já estavam dormindo, e uma longa jornada os aguardava.

- Vicky... Tem uma coisa que não sai da minha cabeça faz um tempo... – disse Kurt.

- O que é?

- Bem... Por que nós estamos juntos?

- Porque você é a coisa mais linda que eu já vi. – respondeu Vicky, com um sorriso.

Kurt retribuiu o sorriso. – Obrigado, mas não foi isso o que eu quis dizer. Por que todos nós estamos juntos? A turma toda.

- Porque nós somos amigos, oras.

- Mas só um pode ganhar o jogo... Como é que estamos juntos, se somos rivais? – Kurt se deitou.

- Você não precisa pensar nisso como um jogo. Você nunca sonhou em partir numa aventura como aquelas que vemos em animes?

Kurt não respondeu. Na verdade, ele acabara dormindo. Vicky sorriu e lhe deu um selinho.

- Boa noite, Kurt...

 

O grupo andou a manhã inteira procurando uma cidade. Eles estavam em uma vasta área repleta de areia, em que o deserto se unia com a praia. Desnecessário dizer que o calor era infernal. Para se ter uma idéia, o calor era tanto que Sam e Amy se esqueceram de brigar.

- Vamos voltar para a praia... – suplicou Katy. – Eu tô derretendo...

- Não podemos perder mais tempo. – Sam tinha tirado sua jaqueta. – Mas eu daria qualquer coisa por um sundae.

- Não foi você que falou que não ligava para o jogo? – perguntou Amy ironicamente, enquanto se abanava com o leque que tinha tirado da sua bolsa-tem-de-tudo.

- Não é uma questão de jogo. Eu só quero achar a cidade mais próxima.

Eles continuaram andando, e logo avistaram uma grande cidade.

- Ainda bem! Estamos chegando. – comentou Katy com alivio.

- Acho que eu posso ver uma biblioteca. – Ashlee constatou, logo ficando feliz.

Porém, no caminho para a cidade havia um amontoado de conchas gigantes.

- Caramba! Olha só o tamanho dessas conchas! – exclamou New.

- Acho melhor não... – Sam começou, mas New e Katy já haviam escalado uma das conchas.

- Isso é muito divertido! – exclamou Katy.

- Desçam daí! É óbvio que isso é... – Kurt começou, mas foi interrompido pelo barulho terrível que as conchas faziam enquanto grotescas patas de caranguejo saíam delas, junto com uma cabeça semi-escondida.

- Droga! – Foi tudo que Katy conseguiu dizer, quando foi atirada para longe junto com New.

O grupo tentou atacar as conchas-caranguejo, mas nada parecia surtir efeito. Nem magia e nem força passavam pela defesa delas. E logo eles descobriram que as pinças não eram suas únicas armas. Por um orifício nas conchas, os monstros atiravam bolas de canhão.

- Sam, temos de dar um jeito de tapar aquele orifício! – exclamou Amy.

- Esqueça, vamos sair daqui! – respondeu ele.

Então eles correram, tomando o cuidado de despistar os monstros. Logo que colocaram os pés na cidade, não havia mais sinal de monstro algum.

- Estamos salvos. – disse Ashlee, ofegante, porém aliviada.

Muitas pessoas, jogadores na maioria, tinham sua atenção no pequeno grupo. Alguns até riam com seus colegas.

- Estão olhando o que? – perguntou Bill, desafiador. – Alguém ai tá querendo apanhar?

- Bill-san. – Ashlee chamou sua atenção. – Luta entre os jogadores não são permitidas... Apenas em arenas, você sabe.

Bill estava com muita vontade de perfurar alguém com seus chifres, mas a voz de Ashlee o acalmou um pouco. – Ok. – disse ele.

- Bem. – Sam pigarreou. – Já que estamos aqui, que tal um sorvete?

- Leu meus pensamentos. – disse Katy, já se encaminhando para a barraca de sorvete mais próxima.

 

Depois de um breve descanso com sombra e sorvete, o grupo discutia o que fazer em seguida.

- Nós precisamos chegar a Caballa Relics logo. – observou Sam.

- Só agora você descobriu isso? – zombou Amy.

- Por que você gosta tanto de implicar comigo? – perguntou ele, indignado.

- Nós podíamos pedir ajuda. – sugeriu Ashlee, na tentativa de evitar uma briga.

- É uma boa idéia... – dizia Vicky, quando foi interrompida.

- É você! – gritou uma voz masculina.

Todos olhavam a sua volta, procurando a fonte da voz. Foi quando um rapaz forte e loiro, usando roupas de boxeador apareceu. Ele exibia um largo sorriso.

- É você. – ele repetiu. – A minha paixão. – ele pegou as mãos de Katy e a puxou pra perto de si.

- Ei! Quem é esse cara? – perguntou New, soando um pouco indignado.

- E-eu não sei. – respondeu Katy.

- Não se lembra de mim? Meu nome é Steve Ryu. E eu vim até aqui só pra encontrar você, meu amor.

- Hã? – Katy estava realmente confusa e encabulada.

- Realmente não se lembra de mim?

- Er... Não.

- Ah, bem... Nós nos conhecemos em um torneio de luta. Eu não podia bater em uma garota, então você ganhou a luta. Porém ganhou meu coração também.

Então Katy disse algo muito inteligente, como: - Ah, tá.

- Venha, vamos conversar um pouco. Eu te pago um sorvete. – disse ele, puxando Katy sem nem mesmo esperar uma resposta.

- Ei, ele pode ser um tarado! – Vicky começou a protestar, mas eles já estavam longe.

- Eu vou atrás dela. – disse Bill, se afastando.

- Eu vou também! – disse New. – Não vou deixar um tarado sozinho com a Katy. – então ele seguiu Bill.

- Não são todos os dias que se vê uma coisa assim. – observou Kurt.

- É verdade. Ele até me lembra um guaxinim tarado que eu conheço, né Sam? – disse Amy.

Sam abriu a boca para protestar, mas no meio da multidão, ele encontrou a garota que estava procurando.

- Rosemary! – Sam gritou.

Então ela o avistou. Por um segundo, ela ficou ali parada, olhando seu professor. Depois, começou a correr como se sua vida dependesse disso.

- Volte aqui! – Sam gritou, já começando a correr atrás dela.

- Sensei, espere! – Ashlee começou a correr atrás de Sam.

- Como é que é? – Amy parecia indignada. – Ele começou a correr atrás de uma garota? Aquele tarado! Eu vou enforcá-lo quando voltar!

- Er... Pode ficar calma, Amy-chan. – disse Vicky. – Eu te explico toda a história.

- Já vi que esse será um longo dia... – reclamou Kurt.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ser divido em partes, então deve ficar um pouco grandinho. Quanto mais, melhor, né? *w* -q



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