Wanted escrita por Sandy Lili Schroeder, Judy Martins


Capítulo 16
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!



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Pov German

Assim que vi aquele bastardo sentado nos degraus eu tive que lutar contra a necessidade de bater sua cara no chão.

— O que diabos ele está fazendo aqui?

Angie estava tão chocada quanto eu.

— Eu não sei por que ele está aqui. MERDA! Minha mãe está aqui também, German. Ela vai fazer perguntas sobre o que aconteceu! O que eu vou dizer a ela? — Angie quase começou a chorar.

Eu não tinha tempo para me preocupar com sua maldita mãe. Eu só queria saber o que esse cretino estava fazendo aqui esperando a minha Angie... quero dizer... esperando por Angie.

— Eu vou pegar suas coisas na parte de trás, mas me deixe ajudá-la a sair da caminhonete. — Eu comecei a dizer, mas Angie abriu a porta e saiu antes que eu pudesse detê-la.

— Onde diabos você esteve a noite toda, Angie. Estive muito preocupado com você! — Leonardo disse e ficou de pé, começando a caminhar na direção de Angie.

Enfiei a mão no banco de trás e peguei as sacolas e a mochila. Queria tanto dizer para esse babaca não falar com ela assim, mas eu precisava ficar de fora disso ou poderia acabar na cadeia por chutar sua bunda.

— O que você está fazendo aqui? Por que você está esperando na minha varanda? — Angie ficou olhando para a casa. O que diabos ela estava olhando? Ela estava esperando sua mãe sair? Eu pensei ter visto alguém em uma janela, mas eu desviei o olhar quando o imbecil começou a gritar com Angie.

— Porra! Eu estive aqui esperando por você. Estava aqui ontem à noite esperando você voltar pra casa, mas você não voltou. Onde você estava Angie? — Leonardo disse e se aproximou de Angie. Eu estava atrás dela, então dei um passo para mais perto dela, o que o parou em seu caminho. Animal bastardo.

— Eu não sei por que você está aqui Leonardo e eu não tenho nada a dizer para você. Lamento que você esperou por mim, mas estamos resolvidos. Eu pensei que deixei isso perfeitamente claro ontem, depois que vi você com Jéssica. Quanto onde eu estive ... bem não é da sua conta. — Angie disse com os ombros retos e rígidos. Boa menina. Fique forte... Eu ouvi falhar a sua voz enquanto estava falando, mas eu estava tão orgulhoso dela, porra.

Só então o bastardo riu e olhou para mim.

— O que? Você estava fora fodendo com esse cara, porque eu não era bom o suficiente para transar com você, Angie? — Leonardo disse para ela.

Eu imediatamente larguei as sacolas de Angie e a mochila e fui direto para o filho da puta. Eu o tinha jogado contra a casa antes mesmo que ele soubesse o que o atingiu. Usei toda a minha força de vontade para não socar a cara dele por falar com ela daquela maneira.

— É melhor pedir desculpas a ela agora seu filho da puta. — Eu disse quando o segurei ainda mais apertado em meu punho. Ouvi Angie atrás de mim e soltei um suspiro.

— OH MEU DEUS, NÃO! German não o machuque! Por favor, apenas deixe ele ir, ele não vale a pena. — Angie estava tentando com todas as forças puxar o meu braço fora do pescoço de Leonardo, com a mão esquerda.

— Angie eu preciso que se afaste. Não vou deixar ele ir, até dizer que está arrependido do que disse a você.

Eu podia o ouvir tentando dizer algo, assim deixei afrouxar um pouco.

— Eu quero que peça desculpas a ela e, em seguida, diga que você nunca mais vai incomodá-la novamente ou eu vou ir atrás de você com alguns dos meus amigos e o irmão de Angie. — Eu disse contra a sua orelha.

— Se você me soltar eu vou lhe dizer... me solte eu mal consigo respirar, cara. — Então empurrei o filho da puta e recuei alguns passos. Eu estava ao lado de Angie e esperei que o filho da puta recuperasse o fôlego.

— Hum, Angie eu ... hum, eu não quis dizer o que eu disse, eu sinto muito. Eu não deveria ter falado com você daquela maneira.

Ele agiu como se tivesse terminando e não ia continuar dizendo que iria deixar ela em paz, então eu dei um passo para perto dele.

— Sim, e eu hum, eu nunca vou incomodá-la novamente. Eu entendo que não estamos mais juntos. Desculpe-me por te magoar Angie. Eu realmente sinto. Espero que você acredite em mim. — Leonardo disse e se abaixou para pegar o seu boné de beisebol que voou quando teve a bunda espremida contra a casa.

Angie não disse uma palavra enquanto o observava ir embora. Assim que ele entrou em seu carro e foi embora, vi seu corpo inteiro começar a cair. Puta merda! Estendi a mão e agarrei para segurá-la.

Ela olhou para mim e sorriu.

— Obrigado German. Você está começando a criar o hábito de vir em meu socorro. — Ela disse com um sorriso fraco. Eu coloquei uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, me inclinei, e beijei sua testa e sorri para ela.

Só então eu ouvi a porta da frente da casa de Angie abrir. Angie e eu olhamos ao mesmo tempo, Angie se retirou para fora dos meus braços e começou a subir as escadas. Fui até lá e peguei as sacolas e mochila que tinha deixado cair no chão.

— Hum, Mãe eu já vou entrar, só um segundo. — Angie se virou para mim e estendeu a mão. — Vou pegar isto de você German e obrigado de novo por hoje. Foi um momento maravilhoso. — Angie deixou um pequeno sorriso, mas fraco vir em seu rosto. Assim quando estava entregando-lhe ouvi uma voz rouca começar a falar.

— Eu sempre soube que você seria uma prostituta. Não há outra maneira de você conseguir um homem... Não, você nunca será amada por alguém como aquele menino Leonardo ou por esse cara bonito. Você deu para este também, sua vadia?

Todo o corpo de Angie começou a tremer e eu vi as lágrimas descendo por seu rosto enquanto lentamente fechou os olhos. Era como se ela estivesse tentando bloquear o que este monstro estava dizendo a ela. Eu não podia acreditar que esta era a sua própria mãe, que estava falando com ela desse jeito. Naquele momento, tudo o que eu queria fazer era levar ela para longe dali, de uma mulher que estava causando toda essa dor.

Eu dei um passo para trás longe de Angie. Virei-me e caminhei até a minha caminhonete e coloquei as sacolas de volta para dentro. Voltei até ela e passei mal olhando para seu rosto perturbado. Sua mãe continuava a xingá-la, mas eu tentei bloqueá-la da minha mente e só olhar para a minha doce Angie.

Eu fui até ela que estava em pé na escada. Ela abriu os olhos e olhou para mim. Levantei minhas mãos e enxuguei as lágrimas. Ela tentou sorrir, mas as lágrimas não paravam. Toda a vida foi drenada aqueles belos olhos verdes. Puta que Pariu... meu coração nunca doeu tanto na minha maldita vida.

— Você tem uma mala, querida, onde podemos arrumar suas roupas? — Eu perguntei e ouvi a mãe começar a rir. Angie acenou com a cabeça sim.

— Vamos entrar e arrumar suas coisas, ok? Você pode fazer isso por mim, querida?

Minha doce e inocente Angie estava ali quebrada. Como pode uma mãe falar tais coisas odiosas e tão dolorosas a sua própria filha?

Angie e eu viramos em direção a casa. Só então sua mãe entrou na nossa frente.

— Você não pode levá-la para longe daqui. Ela tem que ficar comigo ela não pode me deixar. — A mãe de Angie disse em sua voz arrastada de bêbada. — Ela tem que ficar comigo. Ela não vai a lugar nenhum com você para que ela possa ser a sua vadia.

Eu respirei fundo e olhei bem para ela.

— Você realmente acha que eu vou a deixar ficar aqui com você a maltratando? Eu sugiro que saia da frente Sra. Saramego. Você não quer que eu chame a polícia agora, quer?

A mãe de Angie olhou para mim com um olhar atordoado no rosto, saiu do caminho e eu levei Angie para a casa.

— Mostre-me onde é seu quarto querida.

Angie foi até seu quarto, mas parou em um armário do corredor. Ela abriu a porta e eu vi uma mala no topo da prateleira. Eu subi e tirei-a, juntamente com outro saco e depois entrei com Angie em seu quarto. Fechei a porta apenas para não ouvir sua mãe gritando.

— Não haverá nada disso na minha casa, sua puta suja! Embale as suas coisas e dê o fora da minha casa. Você não serve para nada, sua cadela, vadia.

Eu vi quando Angie deslizou por sua porta e atingiu o chão chorando. Todo o meu corpo começou a tremer. Fechei os punhos juntos tentando controlar a raiva que crescia dentro mim. As emoções que eu estava tendo eram confusas como o inferno e me assustaram. Deus eu estava sendo dilacerado vendo essa linda menina desmoronar. Eu só queria dar uma surra em alguém. Respirei profundamente para me acalmar. Eu sabia o que tinha que fazer. Agora só precisava fazer isso.

Peguei meu celular e enviei uma mensagem para Jeff. Será que ele sabia como sua mãe tratava Angie? Certamente não... se ele soubesse, teria a levado para longe há muito tempo. Não havia nenhuma maneira dele ter a deixado ficar aqui se tivesse conhecimento que sua mãe ainda abusava verbalmente a Angie.

— Angie, onde está seu celular?

Angie colocou a mão no bolso de trás e puxou-o para fora e mal me entregou deixou a mão cair ao chão. Merda! Foi a mão machucada. Quebrada... minha doce menina estava desistindo. Porra gostaria de poder apenas tirar a dor dela.

Eu deslizei para o chão ao lado dela e comecei a procurar o número de Fran e mandei uma mensagem, deixei o telefone no chão, peguei Angie e a coloquei sentada no meu colo.

Eu não sei quanto tempo ficamos assim, enquanto ela apenas chorou nos meus braços. Ela finalmente parou de chorar e olhou para mim. Aqueles belos olhos verdes vermelhos, inchados e tão triste. Eu fiz uma promessa a mim mesmo, Faria o que fosse preciso para sempre proteger e cuidar dela. Sempre .....

— Você tem que parar de fazer isso. — Angie sussurrou.

— Fazer o que, querida? — Eu perguntei a ela e olhei em seus olhos. Angie colocou sua testa contra a minha e pensei que ia morrer ali mesmo.

— Parar de vir em meu socorro, vou esperar por isso a partir de agora. — Ela disse com um riso leve.

— Angie querida, eu sempre vou te salvar. Para o resto de nossas vidas... eu nunca vou deixar ninguém te machucar novamente. — Eu disse e senti meu coração bater ainda mais rápido.

Levantei me certificando que não iria a deixar cair. Aproximei-me e a coloquei em sua cama. Abri a mala e comecei a tirar as roupas de seu armário e colocá-las na mala. Estava começando a ficar um pouco assustado porque Angie não estava se movendo. Ela apenas olhava para o chão. MERDA! Onde diabos estava Jeff?

Então eu o ouvi.

— Que merda que você fez com ela? — Jeff estava gritando com sua mãe.

— Eu não sei o que você está falando. Essa putinha passou a noite toda dormindo por aí e então voltou aqui para a minha casa e fez uma cena para o bairro inteiro ver. Foi nojento. — A mãe de Angie disse enquanto eles caminhavam pelo corredor para o quarto de Angie.

— Cale-se! Apenas cale a boca agora! O que diabos está errado com você? É da sua filha que está falando. Ela não é nada como você, e nem pense em chamá-la de prostituta de novo. Ela está te deixando mãe e você nunca vai ver qualquer um de nós de novo. Você me entende? Isso significa que o dinheiro não virá mais de mim. Sem mais ajuda. Meu deus... Se eu descobrir que você a tratou como merda esse tempo todo... você vai estar nas ruas. Eu pago esta casa .Tenho certeza que foi colocada em meu nome. Você não terá nada! Você me entende? NADA!

Só então a porta do quarto de Angie abriu e Jeff olhou para mim e depois para baixo para sua irmã que ainda estava sentado em sua cama, mas agora ela estava chorando de novo. Eu nunca vi o olhar de Jeff tão devastado antes. Já sabia que estava se culpando. Jeff daria a própria vida pela sua irmã. Eu podia ver isso em seus olhos... ele estava sofrendo.

Jeff se aproximou de Angie e caiu de joelhos. Angie imediatamente colocou os braços ao redor de seu pescoço e apenas chorou histericamente. Deus, como eu gostaria de poder fazê-la se sentir segura assim. Só então eu ouvi Fran. Olhei para cima e ela estava de pé na porta.

— Filha da puta... — ela disse e olhou para Angie desmoronando nos braços de seu irmão.

Ela olhou para mim e tentou me dar um pequeno sorriso. Eu apenas olhei para a mala e para ela. Ela assentiu com a cabeça e fez que sim para mim. A próxima coisa que eu sabia era que tinha arrumando a roupa de Angie e peguei os pertences que pensei que Angie gostaria de ter.

Eu só fiquei lá. Eu não tinha ideia do que fazer. O que eu poderia fazer para ajudá-la com essa dor? Jeff levantou-se e sentou-se ao lado de Angie que ainda estava chorando. Ele colocou seu braço ao redor dela e só ficava repetindo...

— Shhh! Vai ficar tudo bem querida .... tudo vai ficar bem.

Ele olhou para mim e me deu um olhar que claramente disse obrigado. Balancei a cabeça de volta dando o meu reconhecimento a ele. Uma vez que Angie se acalmou e parou de chorar um pouco Jefferson começou a falar com ela.

— Angie, querida, você vai ficar na casa de Fran, até resolvermos tudo isso. Preciso correr de volta ao trabalho antes que sintam a minha falta. Fran vai te levar para casa, Ok? Está bem Angie? — Jeff disse e olhou para Fran que agora estava ali com a mala de Angie e outra bolsa pequena. Fran deu um sorriso e parecia que Jeff não conseguia tirar os olhos dela. Ele parecia estar perdido no sorriso de Fran. Algo que eu sabia muito bem o que era depois de passar um tempo com Angie hoje.

Ele estava fodido... como eu estava. Angie começou a falar e tirou Jeff para fora de seus pensamentos.

— Hum .... tenho certeza de que será ótimo, mas German pode me dar uma carona até a casa de Fran. Eu preciso falar com ele. Quero dizer, se está tudo bem com você German? — Angie disse e olhou para mim.

Puta merda, o olhar no seu rosto quase me fez cair. Ela queria a mim não... Fran ou Jeff... ela realmente queria estar comigo.

— É claro que está tudo certo querida, qualquer coisa por você.


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Notas finais do capítulo

Comentem!!



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