Exausto escrita por Von Teese Dayane


Capítulo 1
00.




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O café é gelado, o dia parece o mesmo, o mesmo que se passa no passado.

Os andares são vagarosos, tendenciosos, ansiosos. Com recheio de se exaustar mais, ainda mais.

Levado a crer que a vida não tem muito o que se proceder, e que objetivos fúteis podem sempre aparecer.

Aprendeu que viver ou morrer, era tudo dependente da maneira como você teimava em sobreviver.

Minta para mim e minta pra você.

Os lojas são vagas, as estradas bastardas.

É tudo ou nada, totalmente nada.

As interações forçadas, os dias nublados ou ensolarados.

A implicância, a intolerância, os comentários aguçados.

Todos se sentem afortunados.

Exceto quem tem bom senso de reparar que todos somos controlados.

Pela a linha entre os limites de seguir adiante ou permanecer ali naquele mesmo instante.

Em fazer roupas em um mercadinho, ou se embebedar junto de um vizinho.

Em se comunicar com pássaros, ou cantar igual a um deles.

Ser a lacuna, ser o vazio, o oco que parece ser escutado, mas não devidamente lembrado.

Ou aquele vadio que com nada se importa, nem mesmo com os carentes que batem em sua porta.

Exausto estou disso, exausto estarei.

Amanhã levantarei, beberei, enfrentarei a maçante rede de sobrevivência que todos devemos passar.

Viver, dever, prover, absorver, conviver...

Ser de tudo.

Menos o que eu deveria anteceder.

Apenas por assim sobreviver.

Exausto permanecerei a ser.


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