Paixão Além Da Coroa 2 - O Amor Supera Barreiras escrita por God Save The Queen


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Eu não tenho palavras para me desculpar com vocês, eu sei que vocês devem estar muito revoltadas comigo. Mas eu perdi os papéis em que tinha escrito esse capítulo, então tive que fazer de novo, enfim...
Me perdoem!
Eu dedico esse capítulo a Fani, porque ela simplesmente escreveu uma história apaixonante, então, linda, esse é pra você.
Espero que gostem! Boa Leitura!



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>>o Ponto de vista: Ana
– Preciso da sua ajuda, agora! – falei desesperada na porta do quarto da Angie.
– O que foi, aconteceu alguma coisa?
– Sim, eu vou sair com Lucas. – o rosto da Angie se iluminou.
– Ah, então entra. Vamos ver as roupas que comprei em Paris.
Edward estava sentado em uma poltrona em um canto lendo e levantou a cabeça quando eu entrei.
– Aconteceu alguma coisa? – perguntou Ed curioso.
– Sim, ela vai sair com o Lucas. – respondeu Angie sorrindo, Ed não respondeu, apenas revirou os olhos e voltou a ler o livro.
Encarei o closet deles e achei engraçado o fato dela ter ocupado mais da metade do lugar, mas não fiquei surpresa.
– As roupas de Paris estão naquele canto, algumas estão na sacola. Fica a vontade. – falou saindo do closet e chamando o Ed. – Edward?
– O que? – respondeu sem tirar os olhos do livro.
– Acho que você deveria ir ao quarto do Lucas. – esse comentário fez com que ele largasse o livro e a encarasse com as sobrancelhas juntas.
– Fazer o que?
– Ajudá-lo a se vestir.
– Por quê?
– Porque eu não quero que ele saia com a Ana de jeans e camisa de malha.
– Repito: Por quê?
– Porque você aprendeu a se vestir decentemente e ele precisa de você.
– Mas Angie...
– Eu estou mandando, agora vai!
Ed resmungou algo, mas Angie o encarou firme e ele saiu do quarto reclamando.
– Então aonde estávamos?
Eu sorri ao ver a Angie assim, mandando em um rei, mas afinal ela era agora a rainha da Inglaterra, então...

>>o Ponto de vista: Lucas
Eu estava me arrumando quando alguém bateu na porta, entrei em pânico pensando ser a Ana, mas na verdade para minha enorme surpresa era o Edward.
– O que você quer? - perguntei rudemente, ele também não estava muito feliz.
– A Angie pediu para eu te ajudar a se vestir.
– Pediu? Eu estou achando que ela mandou.
– Eu também não estou feliz por estar aqui.
– E ela acha que eu preciso de ajuda?
– Ela falou pra que eu não deixasse você usar calça jeans e camisa de malha.
Eu olhei pra mim mesmo e percebi que era exatamente assim que eu estava vestido, e fiquei ligeramente sem graça, mas obviamente, não deixei transparecer.
– Tudo bem. - falei baixo, mas Ed ouviu e entrou no meu quarto sem nem pedir licença. - A realeza não era pra ser mais educada?
– A realeza é educada com quem merece!
– Você está assistindo: Animal Planet.
– Continua com as piadas que eu te mando agora mesmo pro Brasil.
– Ah, me desculpe. Meu closet é ali.
Edward entrou no meu closet e encarou as roupas como se tivesse um profundo conhecimento sobre o assunto o que só fazia a minha vontade de rir aumentar gradativamente.
– Toma, veste isso! - falou jogando as peças de roupa em cima de mim.
Ele tinha jogado pra mim, uma calça jeans preta, blusa branca, um casaco listrado de vermelho e branco, e uma toca preta que se usa somente no topo da cabeça.
– Um casaco? - falei surpreso o encarando.
– Isso é um cardigã.
– Ah, claro como eu não percebi isso antes, personal styler. - os olhos de Edward ficaram sombrios e ele chegou perto pra me encarar face a face.
– Nunca me chame assim novamente!
– Desculpa, não falo de novo!
Edward suavizou o olhar e se afastou, confesso que eu tremi um pouco na base, mas nada que fosse realmente significativo. Entrei no closet e fechei a porta, enquanto Edward olhava a minha estante de livros com curiosidade.
Depois que terminei de me vestir, encarei o espelho. Eu realmente tinha ficado bonito, mas não ia admitir isso em voz alta. Saí do closet e Edward estava lendo um livro sentado no sofá que fica na frente da minha cama.
– E o que eu coloco nos pés?
– Tênis. - falou sem nem olhar pra mim.
– Qualquer um?
– Preto ou branco.
Coloquei os sapatos pensando aonde eu levaria a Ana, eu queria que fosse especial. Afinal, se tinha alguém que faria ela sorrir, essa pessoa seria eu.
– Estou pronto!
– Eu aviso a Ana! - falou saindo do quarto.
– Edward? - chamei e ele se virou pra me encarar. - Quando eu quiser fazer compras, eu já sei quem vou chamar.
– Estou falando sério, eu mando você pro Brasil agora e sem bagagem. - falou sério me fazendo rir.
– Obrigado! - falei e ele assentiu batendo a porta.

>>o Ponto de vista: Ana
– Angie, eu estou... - comecei procurando a palavra certa.
– Linda? - chutou ela.
– Não, diferente! - falei e Angie murchou.
– Você não gostou?
– Não, eu adorei. Só que estou parecendo você!
Eu estava vestindo um vestido branco simples, mas de seda com detalhes de renda no ombro, um sobretudo preto com botões dourado, meia calça preta de lã e coturno nude. Nada a ver comigo.
– E isso é ruim? - perguntou com as sobrancelhas franzidas.
– Não nesse caso, eu estou linda!
– E eu nem acabei com você ainda...
– Como assim?
– Falta o cabelo e maquiagem.
– Você tem...
– Cala a boca e senta ali. - falou apontando a penteadeira me fazendo sorrir.
Quando Edward chegou, a Angie já tinha feito a minha maquiagem e estava terminando de cachear o meu cabelo.
– Como foi com o que Lucas? - perguntou a Angie sorrindo.
– Eu ameacei deportá-lo três vezes, de resto acho que normal.
– Que bom, eu já estou terminando com a Ana.
Edward pegou o livro que estava lendo e se sentou na mesma poltrona de mais cedo. Assim que a Angie terminou, eu levantei e me encarei no espelho, estava mesmo deslumbrante. Ela fez um ótimo trabalho.
– Adorei, Angie. Obrigada!
– Não tem que agradecer, agora vai se divertir.
– Vou passar no meu quarto para pegar minha carteira, meu celular, essas coisas.
– Tudo bem, use essa bolsa e tome o batom que usei em você.
– Obrigada de novo. - falei saindo do quarto sentindo o olhar de Edward em mim.
– Ana? - chamou ele.
– Oi! - falei me virando pra encará-lo.
– Está linda!
– Obrigada! - falei sem graça e fechei a porta em seguida.
Enquanto voltava para o meu quarto pensava no que ia acontecer agora. Eu estava saindo com o Lucas e eu sabia exatamente o que ele estava planejando com esse papinho de me despedir de Londres, mas como precisava me distrair aceitei.
Assim que entrei no meu quarto mandei uma mensagem pro Lucas avisando que ele já podia vir me buscar e enfiei tudo na minha bolsa. Quando ele bateu na porta, eu estava passando perfume e rapidamente fiquei ligeiramente nervosa e ansiosa com o que a noite me aguardava.
– Olá! - falei assim que abri a porta. Lucas estava diferente, assim como eu, estava lindo, mas diferente.
– Oi, você está linda!
– Obrigada, você também!
– Obrigado, quem escolheu suas roupas foi a Angie, não foi?
– Deu pra perceber?
– Meia calça e coturno? Fala sério, com certeza você não escolheu isso.
– E você que está usando cardigã listrado?
– Nem me fale! Eu nem sabia que eu tinha um cardigã. - falou ele me fazendo sorrir.
– Edward fez um bom trabalho.
– Não fala isso alto garota, tá louca?
– Ah, desculpe!
– Tudo bem! Vamos, milady?
– Cansou do inglês e resolveu falar francês? - falei pegando o braço que ele oferecia.
– É uma língua chique e tosca, não acha?
– Totalmente! Então, aonde vamos?
– Ainda não sei, mas pensei em andar pela cidade atrás de algo legal.
– Isso é a sua cara.
– E isso é ruim.
– Não, eu gosto!
Lucas sorriu, mas não respondeu. Caminhamos até o carro em um silêncio confortável. Dava pra perceber que ele estava nervoso e isso era de certa forma engraçado, porque querendo ou não isso era um encontro.

>>o Ponto de vista: Lucas
Eu estava nervoso, isso era óbvio, mas estava torcendo pra ela não perceber. Não sei o que ela pensava da gente sair, mas estava curioso pra saber.
– Então, como vai ser amanhã? - perguntei
– Como assim?
– Á tarde? Porque eu sei que de noite, Angie vai aprontar alguma, mas o que vai fazer o dia todo?
– Não sei, talvez caminhar pelo centro de Londres. Sentir o ar gelado no rosto, ver a neve, visitar os locais que eu vou sentir falta.
– Entendi, porque no Rio é verão, né? Deve está um calor horroroso.
– Como sempre, se tem uma coisa que eu aprendi vindo pra cá, é que não existe inverno no Rio de Janeiro.
– Você tem toda razão!
Estávamos andando devagar pelas ruas e olhando para os lados em busca de um lugar legal para parar, eu estava sem assunto e mesmo com o frio minhas mãos suavam.
– Estamos procurando o que? Um restaurante calmo, um lugar pra dançar... - perguntou
– O que você quiser.
– Então, vamos estacionar em qualquer lugar porque vamos andar pela cidade.
– Você que manda. - falei procurando algum lugar pra estacionar.
Assim que saímos do carro o frio nos atingiu, e Ana chegou mais perto discretamente me fazendo sorrir. Andamos bem perto um do outro e ela olhava cada canto da Londres noturna iluminada com um encanto só dela, sem nem piscar, como se fizesse isso perderia algo importante. Vê-la assim fazia meu coração sorrir, mesmo que eu jamais admitisse isso de voz alta.
– Você gosta mesmo de Londres, não é?
– Com certeza! Acho que a cidade tem uma característica tão linda, só dela. Mas eu não sei dizer o que.
– Eu também gosto de Londres, mas sinto tanta falta do Rio que ás vezes esqueço que gosto daqui.
– O que mais sente falta no Rio?
– A praia, a paz que o mar me dá. E você?
– Minha mãe.
– Faz sentido! - falei e ela me encarou. Seus olhos não eram azuis penetrantes como os de Angie, em vez disso eram tranquilizantes. - Se você continuar me encarando, eu vou te beijar.
Ana sorriu e desviou os olhos sem graça, fazendo eu me sentir um completo idiota.
– Aqui não! - falou ela me surpreendendo.
– Aonde então?
– Lá! - apontou ela pra roda gigante.
– Tudo bem, então vamos! - falei pegando a sua mão e andando devagar.
>>o
A fila estava gigantesca, mas Ana tomou a dianteira mostrando um cartão para o responsável que deixou a gente passar livremente.
– O que é isso? - perguntei.
– O meu cartão de assistente real da rainha.
– Muito bem, nem sabia que você tinha cartão.
– Todas as pessoas importantes têm um.
– Exatamente! - falei e ela riu, batendo no meu ombro.
– Bobo!
Quando a roda gigante começou a girar meu coração deu um salto, não pela altura, mas por saber que Ana esperava que eu a beijasse. A gente já tinha se beijado antes, mas das duas vezes foi a Ana que me beijou, me pegando totalmente desprevenido. Assim que a roda parou com a gente lá em cima, ela me encarou sorrindo e eu estava suando.
– Tudo bem, você parece nervoso?
– E estou. - falei sinceramente.
– Algum problema?
– Nenhum, só que...
– O que? - perguntou curiosa, eu me enchi de coragem e cheguei mais perto.
– Deixa pra lá! - e a beijei suavemente. Ela foi pega de surpresa, por isso estava tensa, mas logo relaxou e correspondeu do jeito que eu imaginei. Ela colocou as suas mãos atrás do meu pescoço e eu a puxei pela cintura mais pra perto.
Nos afastamos quando a roda voltou a girar, tomamos um leve susto e rimos da palhaçada. Depois ela colocou sua cabeça no ombro e eu a abraçei enquanto encarávamos aquela vista maravilhosa. E eu tinha razão aquele noite estava sendo maravilhosa.
>>o
– O que quer fazer agora? - perguntei assim que saímos da roda gigante.
– Não sei, vamos tomar um café?
– Claro!
Andamos de mãos dadas até o Starbucks, e eu estava incrivelmente feliz de estar ali com ela. As coisas estavam indo muito bem e eu torcia para que só melhorassem.
– O que você quer pedir? - perguntei.
– Um cappuccino com chocolate, cheio de creme.
– Tudo bem, eu já volto.
>>o
Quando nossas bebidas ficaram prontas, sentamos em um canto afastado de todo mundo pra conversar.
– Obrigada por me convidar pra sair, eu precisava disso.
– De nada, foi um prazer pra mim.
– Eu sei que você deve pensar que eu estou te usando pra esquecer o Ed...
– Eu não pensei isso, mas sei que é verdade e não me importo. - por um tempo ela não sabia o que dizer, depois sorriu sem emoção.
– Eu não queria fazer isso com você.
– Não, tudo bem. Acho que a gente tem que tentar pelo menos, não estou com pressa.
– Obrigada por entender.
– De nada!
Ficamos em silêncio por um tempo, mas pela primeira vez senti seus olhos sorrirem pra mim.

>>o Ponto de vista: Angie
Depois do jantar, eu e Ed decidimos algumas coisas pra festa de despedida da Ana e Lucas, e fomos nos ajeitar para dormir. Assim que troquei de roupa e vi Ed sair do banheiro, me lembrei de Paris e senti saudade.
– O que foi? - perguntou Ed. - Está olhando pra mim e sorrindo.
– Estava lembrando de Paris. - falei e ele sorriu.
– Foram dias incríveis, não acha? - falou enquanto tirávamos as almofadas e puxávamos o cobertor.
– Acho. Sinto falta! - falei deitando ao seu lado.
– Eu também sinto!
Por um momento ficamos nos encarando, sem dizer nada, só sorrindo.
– Ed, você acha que a Ana e o Lucas estão se divertindo?
– Por que a pergunta?
– Não sei, acho que estou preocupada pela Ana.
– Você tem medo de que?
– Não sei, só sei que gostaria que eles se divertissem.
– Você ainda se sente culpada!
– Sim! - falei parando de encará-lo, mas ele segurou meu queixo e me obrigou a encará-lo.
– A culpa não foi sua, tá?
– Mas eu não consigo esquecer isso.
– Eu vou fazer você esquecer.
– Posso saber como? - perguntei e ele sorriu.
Ed não respondeu, mas me beijou, o que foi melhor do que qualquer coisa que ele pudesse dizer. Eu entrelacei minhas mãos atrás de seu pescoço e ele me puxou para perto. E depois eu nem lembrava mais o que precisava esquecer.

>>o Ponto de vista: Ana
– Obrigada por tudo, viu? - falei assim que Lucas estacionou o carro na garagem.
– Já falei que não precisa agradecer porque foi mais que um prazer.
– Eu adorei andar na roda gigante, o café, o passeio, o beijo... - falei sorrindo
– Eu também gostei muito, de tudo! - falou enquanto andávamos de mãos dadas de volta a meu quarto.
– Me responde uma coisa? - perguntei
– Claro, o que foi?
– Você gostava da Angie? - percebi que ele ficou surpreso com a pergunta, mas não demorou pra responder.
– Sim, eu gostava.
– Era apaixonado por ela?
– Achava que sim, mas não.
– Entendi. - falei meio sem graça por perguntar aquilo.
– Não fique com vergonha, você tem o direito de perguntar. - eu sorri, mas não respondi.
Chegamos no meu quarto, e eu não sabia ainda o que dizer.
– Então, obrigada por tudo! Boa Noite! - falei e ele sorriu.
– Boa Noite, Ana! - falou e me puxou para me beijar. Dessa vez não me surpreendi porque já esperava por isso.
– Até amanhã! - falei sorrindo.
– Até! - e saiu caminhando em direção ao seu quarto.


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Notas finais do capítulo

Ah, gente eu estou me apaixonando pelo Lucas, vocês não? Ele está cada vez mais fofo, né? Pois bem, prometo não demorar muito pra postar o próximo, tá?
Mil Beijos! :)



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