Riddles Riddles escrita por themuggleriddle


Capítulo 45
Capítulo 45




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Na realidade, Srta.Granger, nunca foram confirmados casos de mudanças na linha do tempo que deram certo... Mas só porque os bruxos são medrosos demais para admitir que fizeram alguma coisa proibida, mesmo que a tal coisa proibida tenha dado certo.


Hermione sentiu o seu coração acelerar ao ouvir aquela voz calma e rouca e, quando olhou para trás, achou que fosse morrer ao ver que Tom Riddle estava parado no batente da cozinha dos Weasley.


– Caramba... – ela ouviu Ron murmurar.


A garota não falou nada, apenas se levantou e correu até o rapaz, abraçando-o com força e escondendo o rosto no peito dele, tentando esconder as lágrimas que escorriam de seus olhos. Ela sentiu os braços de Tom se fecharem ao redor dela e a apertarem contra si mesmo com força, como se ele estivesse tentando impedi-la de fugir... A mesma coisa que ela estava fazendo.


– Mas de qualquer jeito – Riddle continuou falando, ignorando a expressão surpresa dos três – O que você fez foi meio idiota.


– Cale a boca – a menina falou e riu baixinho.


– Sr.Potter, Sr.Weasley, será que vocês podem me mostrar o jardim? Ouvi dizer que vocês tem uma grande quantidade de gnomos aqui – eles ouviram o prof.Dumbledore falar com os outros dois grifinórios.


Os dois observaram o diretor acompanhar Harry e Ron até o jardim.


– Acho que agora eu sei por que você me odiava tanto – Tom murmurou ao ouvido da bruxa.


– Você acha que sabe?


– Sim.


– O que deu em você? – Hermione perguntou, observando o rosto do rapaz – Por que você fez isso? Quero dizer... Veio atrás de nós.


Riddle ficou um tempo sem responder, apenas olhando para a garota, analisando-a com aqueles olhos azuis.


– Lembra que eu disse que você tinha me mudado?


– Você estava bêbado quando falou isso!


– Eu sou o tipo de bêbado que fala a verdade, certo? - o garoto revirou os olhos, mas deixou escapar uma risada – De qualquer maneira... Eu realmente quis dizer aquilo. Você foi a primeira pessoa que me reconheceu apenas como Tom Riddle... Eu não era o monitor-chefe de Hogwarts ou Voldemort para você...


– Você era apenas o Tom – ela sorriu, segurando o rosto dele entre as mãos.


– Era isso que você queria?


– Eu disse que queria Tom Riddle, não é mesmo? – a grifinória sussurrou e beijou-lhe o canto da boca – E eu tenho Tom Riddle... Então, sim, era isso o que eu queria.


– Que bom, não queria ter viajado cinqüenta e três anos para o futuro e acabar descobrindo que não era isso que você desejava.


– Como você convenceu Dumbledore?


– Eu insisti... Consigo ser bem chato quando eu quero alguma coisa – ele riu – Foi uma troca, na realidade... Uma troca que até agora eu não acredito que eu fiz.


Ele ergueu a mão e mostrou-a para Hermione, mas não havia nada para se ver ali.


– Meu diário e meu anel – Riddle murmurou – Em troca de um vira-tempo... Minha imortalidade em troca de uma viagem no tempo.


Ela não podia acreditar naquilo... Tom Riddle morria de medo da morte, fora por isso que ele criara as horcruxes, para evitar a morte a qualquer custo! E agora ele estava lhe dizendo que havia trocado aquela chance de viver para sempre por um vira-tempo que o levasse até ela.


– Você é muito imprevisível – Hermione o beijou novamente – Primeiro você me odiava, me humilhava, tentava me torturar... Depois você começou a falar mais comigo, me pediu em namoro... Você teve um surto de estresse e me mandou embora – a menina sorriu – E agora você troca a sua imortalidade e atravessa cinqüenta e três anos para ficar comigo... Você é um enigma, Tom.


– Enigma... Esse é o meu nome, não? – ele riu – Aliás, sinta-se honrada... Não é todo o dia que Tom Riddle faz uma coisa dessas por alguém.


– Estou honrada, Sr.Riddle.


– Que bom, mas agora – o rapaz enxugou as lágrimas que molhavam o rosto da menina – Pare de chorar, eu já disse várias vezes que não gosto de vê-la chorando.


Hermione riu e ficou nas pontas dos pés para poder beijar Riddle novamente.


– São criaturinhas muito interessantes, os gnomos – os dois se afastaram ao ouvirem a voz de Dumbledore na porta de entrada da casa dos Weasley – Muito espertos.


– São irritantes, isso sim – Ron resmungou, entrando por último.


– Que bom que você voltou, Ronald, eu preciso ter uma conversa muito séria com você! – a Sra.Weasley entrou na cozinha, chamando o filho, mas ficou quieta ao perceber que Dumbledore ainda estava lá – Ah, professor, não sabia que o senhor ainda estava aqui...


– Tudo bem, Molly – o diretor sorriu – Seu filho estava me mostrando o jardim...


A mulher ruiva lançou um olhar que dizia “Você não me escapa” para Ron, antes de finalmente perceber a presença de Tom no aposento.


– Merlin! Eu nem tinha percebido você aí! Ronald, por que você não me avisou que tinha trazido mais alguém!?


– Mãe! Não é minha culpa...!


– Molly, fui eu quem o trouxe até aqui – disse Albus – O nome dele é Tom Riddle... E, eu gostaria de saber se ele poderia ficar na sua casa por um tempo.


A Sra.Weasley observou o rapaz por um tempo, analisando cada detalhe dele com os seus olhos castanhos, antes de sorrir carinhosamente para ele.


– É claro que pode – ela se aproximou de Riddle e colou uma mão em seu ombro e apertou-o de leve – Merlin amado, o que te dão para comer? Está tão magro e pálido... Precisa comer! Dumbledore, da onde esse garoto vem? Não dão comida para ele!? O ombro dele é só osso!


– Bom, acho que você irá se sentir bem em casa, Sr.Riddle – o professor riu baixinho, vendo Molly começar a preparar alguma coisa para eles comerem.


O garoto sorriu e, antes que pudesse responder o diretor, sentiu alguma coisa passar pelas suas pernas. Olhando para baixo, ele viu uma coisa peluda e laranja o cheirando e analisando-o com cuidado.


– Crookshanks! – Hermione quase deu um gritinho quando se abaixou e pegou o animal, que Tom reconheceu como um gato, no colo – Eu senti tantas saudades de você!


O gato não tirava os olhos do rapaz enquanto a garota o abraçava.


– Você tem um gato – o sonserino riu - E ele não gosta de mim.


– Ele vai gostar, não é Crookshanks? Ele é meio desconfiado – a menina afagou a cabeça do bichano, que começara a ronronar – Tom... E a Nagini?


Um sorrisinho discreto se formou nos lábios dele.


– Está no jardim... Deve estar se divertindo com os gnomos – Riddle explicou – Você não achou que eu iria deixá-la para trás, não é?


Ela colocou o gato no chão e encarou o outro.


– Eu te amo – Hermione murmurou, se achando idiota por ter falado aquilo do nada.


– Se não fosse assim eu não estaria aqui – o garoto se inclinou e beijou a testa dela com delicadeza – E...Eu acho que também te amo.


Isso era tudo o que ela precisava ouvir para ter certeza de que realmente valera a pena mexer com o tempo.


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