O dia foi legal, o almoço com meu tio e o passeio com Quinn. Ela era uma ótima companhia, e estava disposta a realmente conhecer tudo, sem mencionar o nosso gosto parecido. Nosso tempo na pizzaria também foi legal, apesar de eu ter ficado irritado com aquele cara que chegou dando encima dela, ela estava comigo, não como namorada ou um tipo de coisa desse nível, mas deveria ter uma linha de respeito por aqui. Ela estava comigo e fim.

Quinn acabou passando frio na rua, ela fez uma careta que só fazia quando sentia frio, era bonitinho quando ela franzia o nariz e um biquinho se formava em seus lábios, parecia um pequeno filhote de leão, e o cabelo loiro e bagunçado ajudava ainda mais nessa imagem toda.

No trem voltamos conversando sobre Harry Potter, até Quinn dormir, faltando menos de quinze minutos para chegarmos ao nosso destino. Ela dormiu grudada no meu braço, e parecia realmente cansada, além de balbuciar que queria o Senhor Coelho e como alguém queria pega-lo dela.

Tentei acordar essa loira, mas ela simplesmente não levantava, então me vi obrigado à carrega-la nos ombros, fazendo uma força danada, ela estava com os músculos todos relaxados encima de mim. Preferi pegar um táxi, para ficarmos enfrente ao nosso dormitório, o que mais doeu foi subir os lances de escada. Depositei-a na cama, puxei seu tênis e o joguei em um canto qualquer e desabotoei sua calça.

Entrei no banheiro, onde eu tomei um banho e me livrei do suor e da poeira dos carros e cheiro de cigarro que se apossou de mim, vesti uma calça de flanela e uma camiseta branca e fui dormir.

...

Acordei com o som do chuveiro e uma cantoria, era Quinn cantando One Way or Another, o barulho da agua cessou, mas a cantoria continuou. Ela saiu do banheiro, vestindo uma calça jeans larga e um moletom, seu cabelo curto estava preso num rabo de cavalo.

– Bom dia, Antony.

– Hey, cantora.- eu cumprimentei, enquanto revirava na cama- Dormiu bem?

– Te acordei?- ela perguntou, eu apenas levantei meus polegares- Eu não lembro como vim parar no quarto.

Ela murmurou, enquanto buscava o tênis e o calçava.

– Eu te trouxe, já que você estrou num estagio de quase coma dentro do trem.

Quinn corou fortemente.

– Vou tomar café na cantina, e usar a internet, você quer algo?

– Trás um chá, se não for incomodo.

Ela abriu a porta, mas antes voltou para buscar uma bolsa.

– Chá de que?

– Maçã, com três gotas de limão e três colheres de açúcar.

Eu voltei a dormir, quando ela bateu a porta.