The Lost Son Of Zeus escrita por Son of Apollo
Nicolle
Depois de arrumarmos nossas coisas decidimos continuar viajem, os pégasos e nós já estamos bem descansados, apesar de não termos dormido em uma cama.
– Provavelmente nossa próxima parada será o Kansas - revelo
– Por que? Dedução de tempo outra vez? - pergunta Ethan
– Ah, fique quieto, Ethan
–Bom, então vamos começar a viagem - diz Thomas
Montamos em nossos Pégasos e levantamos voo.
***
Como deduzido, chegamos ao Kansas.
– Vamos descer naquela cidade - aponta Ethan - Lá parece ter comércio
Pousamos nossos pégasos num ponto mais longe da cidadezinha, para não chamar atenção.
– Acho que se alguém vê-los, vai enxergar simples cavalos - diz Thomas
Vamos andando até o centro da cidade e entramos em uma daquelas lojas de pesca, tinha vários tipos de varas de pesca, anzóis e linhas, além de outras acessórios como facas, repelentes e os tão esperados colchonetes.
– Você e Lucia podem ir procurar algum restaurante para almoçarmos enquanto eu e Thomas compramos o que precisamos aqui? - Ethan me pergunta
– Ok - respondo
Chamo Lucia e saímos da loja, enquanto procuramos um lugar para comer, damos uma olhadinha na cidade. As casas são todas juntinhas e bonitinhas, tem várias árvores grandes no local, a rua é feita de pedra. Até que é um lugar bem bonitinho.
– Olha lá - Lucia aponta para um pequeno restaurante
– Vamos ver o que tem de bom lá, tomara que seja barato
Andamos até o local e chegamos ao balcão, atrás dele está uma mulher alta e de cabelos castanhos.
– O que vocês vão querer? - ela nos pergunta
– Hum...o cardápio primeiro por favor - digo
Ela nos entrega um papel de frente e verso com alguns pratos escritos. Sentamos numa mesa ali por perto e damos uma olhada no que eles têm.
– Tem alguma preferência? - pergunto a Lucia
– Qualquer coisa que não seja peixe, por favor
– Hum..que tal polvo com camarões?
Lucia olha para mim de olhos arregalados.
– Você tá doida? - pergunta ela - Eu disse qualquer coisa que não seja peixe
– Mas não é peixe
– Estão todos no mar, dá no mesmo
– Tudo bem, escolha você então - digo
– Que tal uma coisa mais normal como lasanha?
– Tudo bem, e olha lá, Thomas e Ethan já estão chegando - aponto para os dois que estão carregando grandes sacolas
– Olá - diz Thomas quando chega à mesa. Os dois se sentam
– Vamos pedir lasanha, tudo bem? - pergunta Lucia
– Tudo bem
Depois de um tempo a mulher chega e serve os pratos vazios.
– Está uma delícia - diz Ethan
– O que vocês tem aí nas sacolas? - pergunto
– Os colchonetes e outras coisinhas inúteis que o Ethan acha que precisaremos - diz Thomas
Um homem, forte e alto chega a restaurante e se senta numa mesa perto da nossa, pega o cardápio e fica o lendo.
– Nosso dinheiro está acabando - diz Nicolle - não podemos gastar com besteiras
– Não são besteiras - diz Ethan
O movimento pela cidade estava parando, não havia mais pessoas andando pelas ruas. O homem da mesa ao lado olhava fixamente para nossa mesa.
– Gente - susurrou Lucia - Estou com um mau pressentimento
– Não é só você - respondeu Ethan
Tentamos continuar a comer normalmente, mas esse tal homem não parava de nos olhar, nem ao menos disfarçava.
– Vocês estão tão sérios - diz Thomas - o que aconteceu?
Lucia faz um pequeno movimento com a cabeça, tentando avisar sobre o homem. Thomas só percebe depois de alguns minutos.
– O que será que ele quer? - sussurra
– Não faço ideia - digo
A cidade agora tinha cessado de vez, até a pobre garçonete havia sumido. Só sobraram nós e o homem da mesa ao lado.
– Thomas, estou com medo - diz Lucia
– Fique calma, não vai acontecer nada de ruim, eu vou lá falar com o cara - diz Thomas
– Não! Você é doido? Vai que ele é um mons... - antes que Lucia terminasse Ethan a interrompeu.
– De quem vocês estão falando mesmo? - diz Ethan apontando para a outra mesa.
O homem havia sumido.
– Ah que ótimo, agora só sobraram nós na cidade - digo
Todos nos levantamos, e procuramos sinal de vida em algum lugar. Ethan e Thomas foram atrás do restaurante procurar algo e eu e Lucia ficamos aqui na frente.
– Deuses, o que está acontecendo? - pergunto
– Não faço ideia - responde ela
Lucia está olhando atrás do balcão.
– Então, eu acho que deveríamos... - sou interrompida pelo grito agudo de Lucia
– AAAH, MEUS DEUSES - grita ela
– Lucia, o que foi? - pergunto
Thomas e Ethan chegam logo depois.
– Vocês estão bem? pergunta Ethan
– Não sei, foi a Lucia - digo
Todos olham uma Lucia assustada. Ela aponta para detrás do balcão. Onde caída no chão está uma mulher alta de cabelos castanhos.
– Credo! Será que ela está morta? - pergunto
Thomas chega perto e coloca os dedos no pescoço da garçonete.
– Ainda está respirando, é como se estivesse...dormindo - diz ele
– Será que o homem tem algo haver com...tudo isso? – pergunta Lucia
– Talvez, eu senti alguma coisa poderosa naquele sujeito – fala Ethan
– O que faremos agora? - pergunta Lucia
– Eu não sei – diz Ethan, bocejando
Ethan se encosta no balcão, Thomas senta-se ao seu lado.
– Sabe, acho que deveríamos esquecer esse lugar estanho – diz Ethan
– Como assim? Não podemos simplesmente deixar essas pessoas aqui – digo
– Ah por favor Nicolle, faça mais silêncio, estou cansado – diz Thomas, que encosta a cabeça no ombro
– Acho que eles têm razão – diz Lucia, que se senta à uma mesa e e encosta a cabeça na mesa – você anda muito estressada
As pálpebras de meus olhos começam a pesar, e minhas pernas ficam bambas.
– Pessoal, tem algo estranho aqui, precisamos sair o mais rápido possível – falo, mas ninguém me escuta, talvez tenha falado baixo demais, ou talvez eles já estejam em um sono profundo.
Meu corpo pesa demais e eu não aguento, deito-me no chão, e antes de fechar os olhos, a última imagem que tenho é a de um homem forte encapuzado.
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