Chronos; A Traição De Atena escrita por Fernando Onofre de Amorim


Capítulo 4
Capítulo 04; Caesar e Caesius




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/427040/chapter/4

Capitulo 04

Caesar e Caesius

Caesar—23 anos –- 1,78MT—88 kg

Caesius---17 anos—1,66MT---56 kg

Em 800ac Roma ainda era um Império em criação, praticamente uma cidade-estado, a Grécia por outro lado, um império formado vinha sofrendo com os ataques das nações vizinhas e não tinha um futuro certo de domínio ou queda e Sparta que por muitas vezes foi sua aliada agora podendo se tornar uma inimiga mortal tornava o domínio grego na Europa algo mais próximo de um colapso fatal.

Caesar e Caesius nasceram em uma tribo seminômade Lusitânia ao norte do que seria hoje o país de Portugal, viviam praticamente da caça, gado e agricultura, seu deslocamento se devia para evitar os ataques Celtas que ocupavam quase todo o oeste da Europa e o Império Cartago que dominava o norte da África.

Durante varias gerações eles viveram assim, sempre evitando conflitos e brigas, mas raramente eles eram obrigados a enfrentar saqueadores que tentavam lhes tirar tudo, homens cruéis e sem escrúpulos que ganhavam a vida tirando daqueles que se dedicavam ao trabalho. Esses saqueadores, ou melhor, monstros, destruíam tudo em seu caminho, roubavam, matavam, estupravam, nada lhes trazia mais prazer do que ver o desespero e a dor nos rostos de suas vítimas.

Aos dezenove anos Caesar se mostrava um grande arqueiro e com treze anos Caesius começara a treinar técnicas de combate com seu tio Etio, pai de Caesar, para no futuro poder ajudar a proteger a tribo, seu pai Dareios irmão mais novo de Etio era o responsável por organizar e manter a tribo, enquanto Etio era quem comandava os caçadores e também treinava os jovens para proteger a todos.

Caesius também possuía duas irmãs mais novas, Cidália de doze anos, Sedaria de oito anos e também sua mãe Terena, já Caesar era filho único de Etio e Esmenia.

Etio em sua juventude era um homem aventureiro do mundo, serviu no exército grego por diversas vezes em varias batalhas e em algumas também no exército romano, após um longo tempo fora de casa à saudade o trouxe de volta para sua tribo e familiares, porem com uma gama enorme de experiência em combate para passar as próximas gerações.

Depois de dois dias longe da tribo, Etio e Caesar retornam de uma caçada, por diversas vezes os dois saiam juntos para alem de caçar, poderem melhorar as habilidades de arquearia de Caesar.

Caesius vai correndo até eles feliz para recebê-los.

---Caesius; Tio! Tio! Você trouxe o que me prometeu!?

---Etio; Calma Caesius!...kk...Não precisa ficar tão ansioso!

---Caesius; Mas você trouxe!?

---Etio; Sim é claro! Eu prometi não prometi, aqui estão!

Etio havia trazido duas espadas curtas feitas em Tebas, suas laminas eram curvas, leves e de corte rápido. Caesius as pega todo alegre e eles então se reúnem na casa de Dareios para comemorar o aniversário de Terena.

Durante a noite Caesius sai para alimentar Tsavo, um leão que eles haviam adquirido em um de seus deslocamentos, ele estava sendo comercializado por viajantes só que acabara fugindo e sendo encontrado por Etio ainda filhote, por pedidos de seu sobrinho acabou sendo adotado, logo mostrou ser de grande ajuda nas caçadas.

Os dois saem da aldeia por um momento para andar pelas planícies longe de todos e próximo do sossego, ansioso por poder usar logo suas espadas Caesius as leva consigo para treinar, após algum tempo ele se cansa e deita ao lado de Tsavo adormecendo.

No meio da noite Tsavo acorda com o som de passos vindos de traz da planície, ele caminha sorrateiramente e vê um grande numero de soldados vestindo armaduras negras indo em direção a aldeia, Tsavo corre ate Caesius e da uma patada nele para acordá-lo, meio atordoado de sono ele segue seu companheiro e vê os soldados já chegando à entrada da aldeia.

Caesius então monta em Tsavo que corre em direção a aldeia, ao se aproximarem ele salta na costa de um soldado cravando uma de suas espadas em sua nuca enquanto o leão passa a tacar os outros a sua volta. Naquele momento tudo o que se passava na cabeça de Caesius era salvar sua família.

***Caesius; Pai! Mãe! Minha família!

Ele adentra a aldeia e se depara com aquela cena de horror, os jovens estavam sento amontoados enquanto os homens adultos eram executados, e as mulheres eram arrastadas para dentro das casas pra serem violentadas. Caesius então abre caminho perante o inimigo usando tudo aquilo que seu tio havia lhe ensinando, ao chegar a casa ele se vê a porta aberta, ao entrar logo de cara vê seu pai lutando com três soldados enquanto sua mãe e irmãs se trancavam no quarto e faziam uma barricada por dentro.

Caesius saca sua segunda espada desferindo um ataque giratório cortando a coluna cervical de dois dos soldados, o terceiro derruba seu pai no chão, mas antes que consegui-se machucá-lo ele finca suas espadas por debaixo das costelas do inimigo perfurando seus órgãos internos.

---Dareios; Obrigado meu filho, você me salvou!

---Caesius; Pai não temos tempo, precisamos fugir daqui! Eles estão matando todos, vamos tirá-las do quarto e fugir!

---Dareios; Sim!

Só que antes que conseguissem fazer alguma coisa, cerca de quinze soldados entram na casa, Caesius os ataca, até consegue matar cinco deles, mas os outros o imobilizam derrubando-o no chão, um dos soldados pisa em sua cabeça e diz:

---Soldado Negro; Como você ousa matar soldados do Imperador Hades, você não parece ser aqueles que procuramos, mas enfim, vamos matar todos de qualquer jeito, só que antes queremos nos divertir um pouco!...hahaha!

---Caesius; Malditooo! Não encoste na minha família!

Um dos soldados começa a bater em Caesius, outro espanca seu pai que estava ajoelhado enquanto mais alguns estavam tentando romper a barreira que as mulheres haviam feito para se proteger.

---Caesius; Pare! Paare! Não faça isso!

---Soldado Negro; Por que! Nos só estamos começando a diversão!...haha!

---Dareios; Por favor, não machuquem minha família! Por favor! Eu imploro!

O soldado que segurava seu pai, pegue uma das espadas de Caesius e o degola, o corpo de Dareios cai bem à frente de seu filho que ainda agonizando consegue falar uma ultima palavra antes de morrer.

---Dareios; Viva!

---Caesius; Pai! Pai! Paaaa!

Caesius começa a chorar e entrar em desespero, os outros soldados conseguem quebrar a porta e romper a barreira que as mulheres haviam feito.

---Soldado Negro; Espere um pouco ai garoto! Seu pai foi só um aperitivo, agora nós vamos para o prato principal!...haha!

---Caesius; Por favor! Deixem-nas em paz, me matem, mas deixem-nas! Por favor! Por favor! Eu imploro! Misericórdia!

De nada adianta, sua mãe e irmãs são atacadas, sem poder ver Caesius apenas houve os gritos delas, gritos de desespero, de socorro, de clemência, após vinte longos minutos os soldados negros se satisfazem e matam as três.

O sangue delas e de seu pai escorre pelo chão da casa encharcando sua roupa, Caesius entra em choque não esboçando ação ou reação alguma, o soldado volta pega suas espadas enquanto os outros o colocam de joelhos.

---Soldado Negro; Agora que estamos satisfeitos é a sua vez!

Ele coloca as espadas no pescoço de Caesius que por sua vez aparentemente estava em choque, o soldado demonstrando prazer ergue as espadas e no momento que iria matá-lo, suas mãos são perfuradas por uma flecha enquanto mais três soldados negros caem mortos no chão, também atingidos por flechas na cabeça.

Antes que eles consigam entender, Etio entra correndo na casa e mata á todos salvando Caesius, ele o joga em seus ombros e sai da casa, do lado de fora estava Caesar com o arco em punho matando os inimigos que se aproximavam.

---Caesar; Pai onde estão os outros!?

Etio baixa sua cabeça e diz;

---Etio; Não sobreviveram, vamos pegar sua mãe e fugir.

---Caesar; Mas e os outros!?

---Etio; Não podemos fazer mais nada.

Os dois fogem carregando Caesius, ao chegarem à entrada da aldeia eles são cercados pelos soldados negros.

---Caesar; E agora pai o que fazemos!

---Etio; Pegue seu primo e fuja, eu vou abrir caminho pra vocês.

---Caesar; Mas pai!

---Etio; Não discuta Caesar, pegue seu primo e sua mãe e fuja!

Em meia a discussão Tsavo salta por entre eles atacando os seus agressores, Etio vê uma brecha e passa correndo seguido por seu filho. Eles fogem correndo para a colina que ficava a direita da vila enquanto Tsavo afastava os soldados negros, então Esmenia aparece montada em um cavalo e conduzindo mais dois.

Etio coloca Caesius em um dos cavalos e monta o segurado, Caesar monta no outro, assim que eles conseguem uma boa distancia Tsavo abandona a luta e foge seguindo-os.

Etio leva todos para Roma, pois la ele tinha feito muitos amigos e pessoas que poderiam ajudá-lo e também porque a Grécia se encontrava em dificuldades já havia algum tempo, eles se estabelecem no centro da cidade e com a ajuda de seu amigo o General Maximus, Etio consegue ser reincorporado ao exercito, tanto para conseguir justiça como para sustentar sua família, esse regimento tinha uma atividade bem diferente do resto das tropas de Roma, sua função principal era o reconhecimento, datação e extermínio de quaisquer forças ou ameaças ao Império e a vida, em seu encalço Caesar e Caesius também se alistam no exercito. Caesar queria justiça por tudo o que havia acontecido, mas ao contrário dele Caesius possuído por um sentimento de raiva e angustia queria apenas vingança e aliviar a sua dor.

Logicamente Caesius não serviu diretamente no campo de batalha por sua pouca idade, mas pode acompanhá-los e ser treinado por Maximus, aos poucos e no decorrer dos anos foi ganhando espaço, respeito e medo no regimento por seu temperamento frio, impiedoso e somado a isso o fato de ter Tsavo como sua mascote. Já Caesar era totalmente diferente bondoso, gentil, amistoso, ele era querido e admirado.

Quatro anos se passam e eles enfim conseguem uma pista de que os soldados de armaduras negras estariam atacando um distrito romano ao norte, nos limites do Império, Maximus então reúne sua legião e parte para lá.

Caesar agora com vinte e três anos tendo total domínio sobre as técnicas de arquearia e Caesius com dezessete anos com uma larga habilidade na arte da luta com espada e combate corpo a corpo, mais ainda somado a isso Tsavo e Etio. A eles é incumbida à missão de liderar a cavalaria do regimento, composta por cento e cinqüenta homens.

Assim com todos os preparativos feitos eles partem rumo ao norte, quando se aproximam do distrito não encontram nenhum vestígio de ataque ou combate, a legião se estabelece a uma boa distancia enquanto o Gen. Maximus decide o que fazer, Etio então vai ir conversar com seu amigo.

---Etio; Então você também percebeu?

---Gen. Maximus; Sim, isso é muito estranho! Esse é o distrito certo, nos não erramos, então porque não á marcas de batalha!

---Etio; Você quer que eu vá com a Cavalaria investigar, dar uma olhada de mais perto?

---Gen. Maximus; Sim, mas na se aproxime muito, faça um contorno em torno do distrito e volte, veja se á alguma falha nos muros.

---Etio; Sim!

Etio então pega cinqüenta de seus cavaleiros e faz o contorno, trinta minutos depois eles retornam relatando que não havia nada de anormal nos muros, que estavam inteiros e sem marcas de danos aparentes.

---Etio; E agora o que fazemos Maximus!?

---Gen. Maximus; Não temos escolha, não á sinal de vida e também não á sinal de inimigos. Temos de entrar no distrito, ver o que está acontecendo e se á pessoas lá dentro.

Nesse mesmo instante os portões do distrito se abrem.

---Etio; Isso é uma armadilha!

---Gen. Maximus; Mas de qualquer forma precisamos ter certeza se não á sobreviventes.

---Etio; Que seja eu vou entrar com a cavalaria, se houver uma armadilha teremos mais chances de fugir, o que me diz?

---Gen. Maximus; De acordo, mandarei que os arqueiros fiquem a postos para dar cobertura a vocês caso algo de errado,

Etio então novamente pega toda a sua cavalaria e entra no distrito, eles passam correndo a toda velocidade pelos portões e começam a percorrer as ruas e vielas. As portas e janelas das casas estavam abertas, o lugar estava todo revirado, mas não havia nenhum sinal de algum habitante, até que Tsavo com seu faro e audição aguçados começa a captar algo.

---Caesius; O que foi garoto! Você sentiu algo, espero que seja comida porque eu estou morrendo de fome!

Tsavo começa a caminhar em direção a um armazém onde aparentemente eram estocados os alimentos, Caesius para em frente ao portão e fica observando seu fiel companheiro, de longe Caesar os observa.

---Caesar; Mas será possível que aqueles dois já estão procurando comida!

Caesar começa a rir sozinho até que ele fixa seus olhos no armazém e pensa no pior e sai correndo até ele, ao chegar vê que o portão estava trancado pelo lado de fora.

---Caesar; Caesius rápido me ajude aqui!

---Caesius; O que foi, porque o desespero! Você também ta com fome, ó vou logo avisando, foi o Tsavo quem achou e a preferência é nossa!

Caesius então reparando no desespero de seu primo em abrir logo o portão, também imagina o pior e começa a ajudá-lo, assim que os dois conseguem destravar eles adentram o armazém e se deparam com uma cena horrível, os corpos amontoados dos habitantes do distrito.

---Caesar; Etio! Etio! Venha rápido!

Enquanto isso Tsavo continua procurando algo como se aquilo não fosse tudo, Caesius em seu encalço fica em silencio apenas observando, Etio chega e junto com ele vários cavaleiros, todos ficam desolados com aquela cena, pois em meio aos corpos também havia corpos de idosos, mulheres e jovens.

---Caesar; Será que foram eles Pai?

---Etio; È o que tudo indica, não conheço nenhum outro exército que faria isso.

Etio manda que um de seus cavaleiros vá até o Gen. Maximus e o avise, enquanto isso Tsavo e Caesius vão para os fundos do armazém, depois de tanto procurar o leão para em frente a uma pilha de feno.

---Caesius; Que foi garoto, encontrou alguma coisa!?

Os dois começam a remover a pilha de feno, quando terminam Caesius vê um alçapão.

---Caesius; Bom! Com certeza não deve ter comida ai dentro! Tsavo fica esperto eu vou abrir.

Com cuidado ele segura a argola do alçapão e o abre, depois pede para que um dos cavaleiros acenda uma tocha, assim que a trazem ele a pega e ilumina o porão.

---Caesius; Droga!

O porão estava cheio de crianças umas vinte no total, eles removem todas de lá as levando para fora, Gen. Maximus que já havia chegado pergunta o que significava aquilo e o que eles haviam encontrado.

Depois de uma hora de dialogo o Gen, Maximus e Etio chegam à uma conclusão de que foram os soldados negros e de que eles provavelmente já teriam partido em direção ao distrito vizinho. Eles decidem então que vinte cavaleiros ficariam para levar as crianças até Roma enquanto o resto da legião seguiria em frente rumo a próximo distrito para interceptar o inimigo visando não cause mais tragédias.

Caesar é escalado para liderar o grupo de volta, eles deveriam cavalgar o mais rápido possível e sem parar até chegarem aos muros de Roma ou avistarem outra legião, evitando qualquer tipo de confronto desnecessário para não acabarem ferindo as crianças. Caesius e Tsavo também ficam para auxiliarem na missão.

Decidido isso eles partem em direção a Roma, cada cavaleiro carregando uma criança para manter o cavalo leve e rápido, eles cavalgam sem parar durante toda a manhã e parte da tarde, passando por colinas, planícies até chegarem á uma floresta, mas de maneira alguma eles desaceleram atravessando-a a toda velocidade, quando eles já estavam avistando o fim uma densa nevoa os cobre. Eles começam a ouvir risadas e barulhos de lâminas arranhando, parte da nevoa se dissipa e vêem um grande numero de soldados negros, Caesar faz um sinal para que todos vão para a esquerda, pois nessa direção existia um rio profundo e com uma forte correnteza.

Assim que alcançam a margem do rio, eles param por um momento para verem se estão sendo seguidos, mas não havia nenhum sinal do inimigo, porem para piorar a situação o rio estava com uma correnteza mais forte do que o normal.

---Caesar; Atenção vocês irão atravessar de dois em dois, eu quero que vocês coloquem duas crianças em um dos cavalos junto com o cavaleiro e no outro somente o cavaleiro.

Um dos cavaleiros o questiona;

---Cavaleiro; Mas por que!

---Caesar; A correnteza está mais forte do que o normal, se atravessarmos como estamos os cavalos podem adernar e as crianças serem levadas, agora desse jeito o cavaleiro que estiver carregando as crianças será protegido pelo cavaleiro que estiver sozinho, ele servirá como um quebra mar para amenizar a correnteza. Entenderam!

---Todos; Sim!!!

Com o plano em prática e as crianças reposicionadas eles começam a atravessar de dois em dois, quando quase todos já estavam atravessando faltando somente Caesar, Caesius e mais dois cavaleiros o inesperado acontece, as flechas dos inimigos chegam até eles matando o cavalo de Caesar e outro cavaleiro com seu cavalo, eles olham para floresta e vêem os soldados negros se aproximando.

---Caesius; Droga! E agora, somos muitos para dois cavalos!

---Caesar; Não importa eu vou ficar para atrasá-los!

---Caesius; Não seja tolo! Você vai se sacrificar por essas crianças!

---Caesar; Se for preciso sim e não é só isso, olhe bem Caesius, se nos também atravessarmos agora ficaremos desprotegidos no rio, seremos alvos fáceis, eu ficarei para atrasá-los.

Caesius fica em silencio por um instante, olha para os inimigos que se aproximavam e para o rio, ele puxa a criança que estava montada consigo com seu braço jogando-a no chão.

---Caesius; Dane-se isso! Dane-se tudo isso! Pessoas morrem a toda hora por nada, eu não dou a mínima pra esse mundo, não vou morrer por causa de uma criança, quero que vá tudo pro inferno!

---Caesar; Pare Caesius! Você não é assim, você é uma boa pessoa, lembre-se de que nos buscamos justiça acima de tudo.

---Caesius; Você busca justiça não eu! Eu só quero vingança, ter o prazer de matar eles!

Caesius desce do cavalo, vai até seu primo e o puxa pelo peitoral da armadura e diz;

---Caesius; Caesar, por favor, vamos embora não se sacrifique, sua vida é mais valiosa do que as dessas crianças.

Caesar dá um sorriso e diz;

---Caesar; Caesius nenhuma vida é mais importante do que outra, é nisso que eu acredito e é por isso que luto, todos tem o direito a vida.

Nesse momento a criança que Caesius havia derrubado vai até ele e o abraça.

---Criança; Obrigado por não me deixar morrer naquele porão escuro, eu estava com muito medo, mas agora não estou mais, aqui pelo menos posso ver a luz do dia!

Caesius baixa a cabeça e começa a relembrar de tudo o que já havia passado, lembra de seus pais e de suas irmãs. Em silencio ele pega a menina no colo e a coloca em cima de Tsavo, também tira seu elmo e o peitoral de sua armadura para vestir nela.

---Caesius; Não se preocupe, ele não vai te fazer mal, apenas segure firme na juba pra você não ser levada pela correnteza, está bem!?

Caesius abraça Tsavo e beija sua cabeça.

---Caesius; Não se preocupe meu amigo, eu vou achar você...kk...cuide bem de todos e depois vá até Etio e fique com ele até eu voltar está bem!

Enquanto isso Caesar já tinha colocado as outras duas crianças no cavalo de seu primo e dado a rédea para o outro cavaleiro, feito isso todos partem atravessando o rio ficando somente os dois para traz.

Eles se viram e vêem os soldados negros se aproximando.

---Caesar; Eu mais do que ninguém sei que você tem um bom coração!

---Caesius; E eu sei que você fica pagando essas crianças para ficarem me abraçando e me comovendo!

Os dois se olham e começam a rir.

---Caesius; Bom, então vamos começar!...kk...Mas antes eu posso te dizer uma coisa!

---Caesar; Até duas!

---Caesius; Se eu morrer, quero que você saiba de uma coisa!

---Caesar; O que?

---Caesius; Que foi tudo culpa sua!!!

Os dois riem ainda mais, então Caesius saca suas espadas e parte pra cima dos inimigos enquanto Caesar lhe dava cobertura com suas flechas.

Caesius abre caminho entre os soldados negros com seus ataques giratórios, movimentos ágeis, rápidos e curtos. Eles tentam cercá-lo, mas são impedidos pelas flechas de Caesar, ele por sua vês dispara duas a três flechas de uma só vez atingindo vários alvos até que por fim elas acabam, mas nas extremidades de seu arco haviam duas laminas com quinze centímetros de comprimento cada, para que ele também caso fosse preciso pudesse usá-lo para entrar em luta corporal.

---Caesar; Caesius!!! Recue! Minhas flechas acabaram!

Caesius então volta e os dois ficam de costas um pro outro, eles olham para o rio e não vêem mais os outros, eles já tinham conseguido atravessá-lo e fugir.

---Caesar; Caesius você está pensando o mesmo que eu!

---Caesius; Creio que sim, não tem outra saída... kk!

Os dois começam abrir caminho até o rio para pularem na água e tentar escapar, mas quando já estão próximos Caesar é atingido na coxa por uma flecha e cai.

---Caesar; Não Caesius! Continue! Deixe-me aqui! Eu te dou cobertura!

Caesius volta e começa a arrastar seu primo com umas das mãos enquanto usa a outra para lutar.

---Caesar; Solte-me! Não seja idiota!

---Caesius; Não seja idiota você! Eu jamais te abandonaria não você, eu sempre te vi como meu irmão mais velho então levante e vamos fazer isso, juntos!

Caesar levanta e os dois começam a caminhar passo a passo até o rio enquanto vão matando os inimigos e sofrendo vários danos leves até que Caesius sofre um ataque combinado de três soldados. Ele consegue bloquear e matar os dois primeiros, mas o terceiro acerta de raspão seu rosto, fazendo um corte profundo entre seus olhos.

---Caesar; Caesius! Caesius! Levanta Caesius!

Caesius fica de joelhos no chão atordoado, com o sangue escorrendo por seu corpo e encharcando seus olhos, não podendo correr e nem ao menos carregar seu primo, Caesar olha rapidamente a sua volta percebendo que aquele seria o fim.

Ele abraça Caesius e diz;

---Caesar; Por favor, me perdoe Caesius, eu sinto muito!

---Caesius: Não se preocupe, creio que tivemos nossos grandes momentos e mais uma coisa... É tudo culpa sua!...kkk

Os dois voltam a rir, enquanto Caesar tenta usar seu corpo para proteger seu primo, tudo parecia perdido até que os soldados negros percebem um cosmo imenso se aproximando e começam a se afastar dos dois, eles olham pro céu e vêem uma forte luz branca indo em direção a eles.

A luz se choca contra o chão e uma forte rajada cosmo emana dela arremessando pra longe os inimigos, ela então diminui e Pegasus aparece, ele segura os dois pelos braços emanando novamente seu cosmo imenso e sai em direção ao céu carregando-os.

Fim do capítulo 04

Fernando Onofre de Amorim

23h 30min 26/10/2013


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Chronos; A Traição De Atena" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.