Camélia escrita por And Allegra


Capítulo 6
Capítulo Extra - Crisântemo Verdade




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Crisântemo (Verdade)
Narrado na terceira pessoa
Capítulo extra de Camélia
“A história é uma conjunto de mentiras sobre as quais se chegou a um acordo.” Napoleão Bonaparte.

Irritada Sakura sentou-se em uma das mesas do café que era decorado ao estilo francês, se fosse um dia onde estivesse de bom humor Sakura acharia aquele lugar lindo e simplesmente encantador, ela poderia ver os personagens das suas histórias tendo encontros românticos nas mesas próximas e acabaria por encontrar algo bom para um dos seus romances, mas aquele não era um desses dias. Ela estava simplesmente furiosa com o desenrolar dos acontecimentos e a única pessoa que poderia ajudá-la naquele momento era sua melhor amiga, Ino Yamanaka, que não demorou muito para chegar.
“O que aconteceu testuda? Você estava simplesmente histérica no celular.” A que havia acabado de chegar afirmou enquanto se sentava em frente a amiga.
“Você viu o que eles publicaram naquela revista estúpida? Você viu o que eles falaram sobre o meu novo livro? Eles disseram que eu sou uma escritora de um único sucesso. E acredite em mim quando eu digo que eu não sou!” A rosada estava furiosa e gesticulava enquanto falava.
Felizmente a loira estava mais calma e apenas revirou os olhos para o drama da amiga.
“Fique calma, não é tão ruim.”
“Não é tão ruim? A situação é terrível! O pior é que não foi apenas eles que disseram aquilo, houve outros e apesar de não terem sido tão cruéis eles não foram um exemplo de gentileza.” Sakura resmungou.
“Você ainda pode virar o jogo a seu favor. Como está o livro que você estava escrevendo?” Ino perguntou.
“Ele não está, foi simplesmente recusado. Eles praticamente me enxotaram da editora usando fala mansa, disseram algo estúpido como: tire algum tempo de férias e volte quando tiver reencontrado a sua inspiração.” A escritora frustrada explicou sua situação com amargor.
“Ok... Ok, está tudo desolador para você e se o mundo acabasse agora você ficaria feliz apenas por não ter de viver mais dessa situação, eu já entendi. Apenas deixe-me tentar pensar em uma solução” A loira pensativa mordeu distraidamente o lábio inferior, mas sua procura por uma solução foi adiada quando uma sombra pairou sobre a mesa.
“As senhoritas estão prontas para pedir?” Perguntou um jovem ruivo quando se aproximou da mesa onde as duas estavam.
“Um cappuccino.” Sakura disse.
“Um café latte, por favor.” Pediu Ino e em seguida piscou para o atendente.
Quando ele se afastou Sakura perguntou “Será que você não poderia ficar cinco minutos sem flertar com cada homem que passa em um raio de cinco metros próximos de você?”
“Na verdade não quando ele é tão bonitinho, você prestou atenção nele? É tão jovem e fofinho, será que aceitaria sair comigo?” A jornalista perguntou.
“Esqueça ele. Tenho um problema terrível e se você não me ajudar eu vou ter que acabar me mudando para sua casa. Juro que se isso acontecer vou acabar com todo e qualquer encontro que você tiver.” Com essa ameaça Sakura conseguiu que Ino se concentrasse no seu problema e a loira nem ao menos olhou para o garçom.
“Por que você não pode apenas criar um novo romance?” Ino tentou avaliar a magnitude do problema.
“Porque eles disseram que falta um clima real nos meus enredos, disseram que parecia tudo apenas artificial e que eu precisava passar meus sentimentos para o papel. Contudo isso é impossível de fazer já que eu não estou apaixonada por ninguém e nem ao menos tenho alguém interessante para fingir algo assim.” A escritora resmungou.
“Por que você apenas não tenta se apaixonar por alguém?” Ino falou ainda esperançosa que apenas isso resolvesse o problema.
“Como você espera que eu faça algo assim? Não posso simplesmente sair por ai e dizer “nossa você tem um cabelo legal, acho que estou apaixonada”.” Sakura resmungou e fixou seu olhar no seu cappuccino.
Por um momento Ino tentou ajudar sua amiga e pensar em alguém que pudesse ser um bom personagem em um romance. Ela começou pelas avaliações básicas, em um romance a primeira coisa que as leitoras iriam observar era a aparência do mocinho e geralmente os morenos eram os preferíveis.
Ino conhecia muitos morenos, mas ela precisava refinar a buscar ou demoraria muito, então ela partiu para o próximo quesito: a atitude. A maioria gostava dos tipos rudes, metidos a bad boy e que fossem misteriosos. Isso não fez com que o número de pretendentes diminuísse.
E então ela pensou no próximo quesito importante: a profundidade do personagem. Por mais que fosse alguém que conhecia muitas pessoas, a maioria delas não ajudaria nisso, eles eram bonitos sim, porém quando se tratava de ser interessante era melhor apenas dizer que eles fariam um melhor serviço enquanto ficassem parados e calados.
Tentando se concentrar uma imagem acabou vindo a sua mente, aquele pintor, Sasuke Uchiha faria um bom personagem. Ele se encaixava em todos os requisitos, se Sakura investigasse mais sobre a tragédia que aconteceu com a família dele e sobre sua jornada até ser descoberto como um grande pintor ela conseguiria algo interessante, isso junto com alguma boa heroína por quem ele supostamente se apaixonaria faria um livro capaz de dar pelo menos um pouco de crédito para sua amiga.
“O que você faria se eu te dissesse que conheci um cara lindo e misterioso que provavelmente daria um bom herói para um romance?” Com essa pergunta a garota de cabelos rosa virou toda a sua atenção para sua amiga loira.
“Eu diria que você provavelmente está me zoando ou já dormiu com ele e não tem mais uso”. Sakura respondeu.
“Nem um nem outro. Conheci-o em uma entrevista, ele é o novo queridinho da sociedade e você faria um bom uso do personagem dele”. Ino instigou.
“Estou ouvindo”. Sakura disse enquanto de aproximava mais de Ino.
“Ele é um pintor em ascensão. Bonito, moreno e um pouco misterioso. Conheci o agente dele e posso conseguir um pouco de informação sobre como vocês podem se encontrar. Além disso, o seu passado tem toda uma história trágica com a qual as pessoas sensíveis provavelmente chorariam se você apelasse. O que acha?” A loira perguntou enquanto dava um sorriso de presunção por já saber o que a outra provavelmente responderia.
“Acho que tenho uma nova história para criar.” A rosada sorriu.
A sorte estava lançada e uma nova trama começaria, junto com um pequeno jogo de mentiras que acabaria por dar mais dor de cabeça que qualquer uma das duas poderia sequer imaginar. Bastava apenas esperar pelas conseqüências.


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