Dark Eyes escrita por Cupcake do Malik


Capítulo 15
The son of Hades


Notas iniciais do capítulo

Não, eu não morri ou fui atacada por cães infernais e muito menos Cronos ressuscitou lá e veio atrás de mim. Sei que faz mais de um mês que eu não posto e não vou ficar arranjando desculpas para vocês. A verdade é que eu tava de saco cheio, doente, viajando, de férias, cansada, saindo com meus amigos e não tinha tempo nem criatividade para escrever bosta nenhuma.

O sistema aqui do nyah mudou desde da última vez e eu gostaria de pedir para vocês clicarem em ACOMPANHAR A HISTÓRIA, pois eu nunca mais vou ficar tanto tempo longe. Obrigada pelos reviews do último capítulo (mas vocês sumiram legal, viu?) e uma ótima leitura.

PS: Sugiro que leiam novamente o capítulo anterior para relembrarem.



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Capítulo XIII

“The son of Hades”

P.O.V. Nico Di Ângelo

Estava no meu apartamento em Los Angeles. Fazia um ano que decidi ficar no acampamento apenas no verão. No primeiro ano, Percy, Annabeth e Clarisse me acompanharam, mas depois resolveram ficar metade do ano no acampamento meio-sangue e a outra metade em casa.

Durante o verão eu ia para o acampamento, depois ficava seis meses no mundo inferior com meu pai e o resto do tempo ficava nesse apartamento que Hades me deu. O local não era o mais luxuoso do mundo, entretanto tinha tudo que um cara da minha idade poderia querer.

Eram por volta da meia-noite quando cheguei em casa e larguei minhas chaves no balcão da cozinha. Caminhei até ao meu quarto, tirei minha jaqueta de couro e a joguei na cama. Tomei uma ducha, coloquei minha calça azul do pijama e me taquei na cama king. Apaguei o abajur e ajeitei minha cabeça no travesseiro.

“Estavam numa floresta sem uma localização exata, mas parecia ser a do acampamento meio-sangue. Toda a relva e os pinheiros estavam cobertos pela neve que se acumulava. A noite já tinha surgido e o céu não possuía nenhuma estrela sequer. Um vento congelado batia nas folhas dos pinheiros e derrubou a neve.

Ouviu-se um grito.

Pela voz era uma garota.

A visão mudou para o lado oeste da floresta do acampamento. Dois homens brigavam enquanto uma garota com cabelos escuros reclamava e xingava ambos. Ela estava com a cabeça abaixada até que elevou seu rosto e seus olhos escuros tomaram conta do local. Eram obscuros e misteriosos. Ela tinha a pele bem branca e não era muito alta.

Os dois homens, que eu conhecia de algum lugar, brigavam até que uma voz grave tomou conta da floresta. O deus dos deuses em sua forma humana surgiu e gritava com a garota. Os dois homens se levantaram e a garota ficou atrás deles. Estavam a protegendo.

–Eu vou matá-la. Ela é muito poderosa. – Zeus disse.

–Não coloque as mãos na minha filha. – Um homem de costas disse. Não consegui ver seu rosto ou reconhecer sua voz.

–Pai? – A garota questionou e seus cabelos foram bagunçados pelo vento.”

Acordei suando. Meu despertador tocava alto e eu taquei o aparelho no chão. Uma voz na minha cabeça dizia que não era para eu ter visto isso e que eu não deveria me envolver. Meu sangue pulsava. Levantei-me da cama e fui ao banheiro. Abri o kit de primeiros socorros e tomei um relaxante muscular.

Respirava fundo e levei minhas mãos no cabelo. Faziam dois anos que eu não tinha nenhum sonho de semideus, então, não estava mais acostumado com essa sensação louca de sentir o futuro de alguém. Ainda mais uma garota desconhecida.

Tomei banho, peguei minhas roupas no armário e joguei-as na mochila preta. Fui até ao criado-mudo e achei meu colar. Coloquei-o. Troquei de roupa – calça preta, blusa preta, casaco cinza e all star branco – e pûs a mochila nas costas. Comi uma maçã, coloquei as chaves do apartamento no bolso e vi na gaveta uma das perolas de Perséfone. Já que minha cadela infernal estava no mundo inferior seria o jeito. Não, seria melhor guardar aquelas perolas para emergências. Peguei as três perolas e guardei na mochila. Fechei a porta do apartamento e vi um ponto de ônibus. Acampamento meio-sangue, aguarde-me.

P.O.V. Kimberly

–O que aconteceu? – Perguntei e acariciei seus cabelos.

–Eu tive um sonho. – Ela disse devagar. –Um sonho com você.

Sonhos podem ser bonitos ou apenas pesadelos no mundo dos mortais, mas em nosso mundo sonhos determinam parte do nosso futuro. Kirsty tinha sonhado comigo, ou seja, mais uma bomba que eu teria que ouvir.

Ela tinha sonhado com o momento em que eu descobriria meu pai. O último momento da minha profecia. Quando ela disse que no sonho eu encarava o meu pai, eu achei que ela tinha visto o rosto dele e minha animação foi toda para o ralo quando ela disse que não tinha como ver o rosto dele. Argh. Eu queria esmagar todos os monstros que poderiam existir no mundo. No fundo eu fiquei com esperança.

Merda. Isso que dá ser esperançosa por míseros segundos. Dimitri me mandou ir para cama, pois iríamos acordar cedo para contar o sonho para Quiron. Troquei de roupa colocando meu pijama de bolinhas pretas e deitei-me na cama. Apaguei o abajur e dormir rapidamente agarrada ao meu colar com o floco de neve.

(...)

Acordei no dia seguinte super atrasada. Naomi, minha loba branca, pulou em cima de mim. Coitada, devia está com muita fome. Levantei-me da cama e vi que não tinha quase ninguém no chalé. Merda. Dimi e Kirsty foram sem mim até a Casa Grande. Peguei a ração e coloquei no potinho roxo da minha loba. Fui correndo até ao banheiro, tomei uma ducha rápida e troquei de roupa. Coloquei um short preto, uma blusa e calcei meus tênis. Iria ter treinamento de luta com espadas - algo que eu não tinha feito ainda -e luta corpo a corpo.

Prendi meu cabelo num rabo de cavalo e caminhei até ao treinamento. Já estava atrasada então nem iria conseguir tomar café da manhã. Mereço. Andei até a quadra e vi o deus da medicina sentado numa pedra. Peguei o papel do meu horário no bolso da calça e vi: Professor Percy. Ok. Tinha algo bem errado ali. Andei até o deus do sol – que como sempre tava gato- e ele me fitou sorrindo. Para com isso Apolo, pedi em minha cabeça.

–Oi. – Disse. –Errr...No meu horário diz que o Percy que irá me ensinar luta com espadas.

–Ah, seu horário mudou. Antes, será aula corpo a corpo. – Ele falou.

–Meu professor é o Ares. – Disse e mordi o lábio.

–Quíron mudou seus professores. Ares irá te ensinar outra matéria. – Ele disse sério e eu assenti com a cabeça. –Não está feliz em me ver?

–Não é isso. É que ... – Fui interrompida.

–Esperava seu príncipe num cavalo branco. –Completou minha frase.

–Apolo! – Exclamei.

–Foi mal. – Ele sussurrou e se aproximou.

–Péssimo. -Disse.

–Vamos começar? - Perguntou e ficou na posição.

–Cuidado para não perder, deus do sol. – Disse com um tom arrogante e nós rimos.

(...)

Acabou que ele ganhou de mim, mas eu jurei que iria ter uma revanche depois. Vou dá uma surra naquele loiro. Após a aula, fui tomar banho e troquei de roupa colocando um short, blusa do acampamento e mantive meu vans. Penteei meu cabelo preto e coloquei uma presilha com a mão de uma caveira. Antes de seguir para minha aula de luta com espada – que eu não tinha-, fui até ao chalé seis, mais conhecido com chalé das sábias e nerds da vida – vulgo filhas de Atena.

O chalé da deusa da sabedoria tem um mármore branco com colunas torcidas e vários galhos da enorme árvore. Há uma coruja entalhada na frente com olhos de ônix que parece acompanhar quem os encara. Annabeth abriu a porta e deu um sorriso simpático. Deu passagem para que eu entrasse e assim eu fiz.

O chalé seis, por dentro, tem beliches agrupados em uma parede e a maior parte do cômodo está ocupada por bancadas de trabalho, mesas, ferramentas e armas. No seu fundo tem uma imensa biblioteca com pergaminhos, livros e mais para trás há uma mesa de arquiteta com réguas e transferidores. Ok. Não sabia que o chalé era tão legal até ver maquetes em 3D. Mapas de guerra enormes cobriam uma parede inteira e armaduras ficavam em sua frente expostas.

–Resolveu aceitar minha ajuda? – Perguntou e eu assenti a cabeça. –Bom, pelos meus cálculos, você pode ser filha de vários deuses menores e de apenas dois deuses maiores. Além de um primordial. –Ela disse calmamente e eu fiz um ‘o’ na boca.

–Temos que eliminar um bando de homem pelo visto. – Conclui e sentei-me em uma das poltronas marrons do local.

–Sei que está desanimada e, na verdade, não sei como você está aguentando isso tudo sem surtar. Um pai ou mãe olimpiano é demais para minha cabeça, imagina ter dois. – Ela falou.

–Você não está ajudando falando assim. – Disse.

–Desculpa. – Pediu. – Tenho alguns irmãos que querem descobrir seu pai por livre e espontânea vontade. Se você tiver tempo agora, podemos estudar você e sua personalidade a fim de descobrir mais alguma coisa e eliminar esse bando de homem – ela imitou minha voz – da lista.

Iria dizer que tinha aula com Ares e não teria tempo. Juro que iria. Não queria deixá-lo plantado me esperando ou estar despreparada para quando o inverno chegasse. Entretanto aquilo parecia ser muito certo para mim.

–Tenho tempo de sobra. –Falei.

–Ótimo! – Ela vibrou. –Abbe, Emily, Frank, John podem vir aqui agora. – Ela disse e os seus irmãos apareceram. –Temos uma “missão” para concluir.

Eles me perguntaram desde minhas bandas favoritas até meu jeito quando era pequena. Tínhamos eliminado uma pequena porcentagem da lista – que já não era tão grande. Infelizmente nossa pesquisa foi interrompida por certo deus da guerra que bateu na porta do chalé de Atena furioso. Ops, fodeu. Ares caminhou até mim irritado e eu levantei da poltrona marrom.

–Sério? Porra, Kimberly! – Reclamou.

–Desculpa, eu não deveria ter te deixado plantado lá, mas era sobre meu pai, Ares. – Disse.

–Para a merda do treinamento com Apolo você não falta, né?! – Bufei.

–Puta merda! Por que todo o assunto você desvia para esse ciúme ridículo. Pelo que eu me lembre, eu beijei você, idiota. –Gritei.

Gente, calma. – Annabeth pediu.

–Cala a boca, Annamel. – Ares disse. –Ninguém te chamou na conversa. – Ele disse grosso, mas era verdade. Fiquei quieta. –Você tem tempo de responder uma pergunta e vem comigo para o arsenal. - Ele disse sério.

–Pera, arsenal?- Assentiu. –Isso é ótimo. Podemos eliminar mais alguns deuses. – Annabeth disse e nós fomos até ao arsenal.

P.O.V. Nico Di Ângelo

–Percy! –Exclamei e cumprimentei meu amigo ao chegar no acampamento meio-sangue.

–Nico? O que faz aqui? – Perguntou.

–Tive um sonho com uma semideusa e vim contar. – Disse e ele arregalou os olhos.

–Por acaso essa “semideusa” tinha cabelo preto e olhos obscuros? – Ele perguntou e eu assenti.

–Você teve o mesmo sonho que eu então, filho de Hades. –Uma garota com cabelo branco disse e me encarou. – Seja bem-vindo, Nico.

–Kirsty.- Sussurrei e sorri.

–Você sonhou com a minha irmã e ela não é uma semideusa. – Kirsty falou. –Você perdeu muita coisa.

–Notei. – Disse. –Como assim não é semideusa?

–Ela é filha de Quione com algum deus que não sabemos. – Percy falou e Kirsty mordeu o lábio. Ela tava mais gata que da última vez.

–Eu posso conhecê-la? – Perguntei e eles assentiram.

–Dimi disse que eles estão no arsenal. –Kirsty disse e nós caminhamos até lá.

Vi uma garota com cabelos negros no meio dos filhos de Hefesto. A garota tinha pego quatro facas afiadas e de prata, um elmo negro com um detalhe com caveira e um floco de neve e, para terminar, ela estava escolhendo sua espada.

–É ela. –Afirmei.- Foi com ela que eu sonhei. -Apontei para a garota e Kirsty balançou a cabeça.

P.O.V. Kimberly

–Olá, Lucas. –Disse. –Vim pegar minhas facas novas e meu sabre.

–Só um momento. – Ele foi para dentro e logo voltou com minhas facas de prata e meus dois novos sabres.

–Obrigada. Elas estão perfeitas. – Analisei e coloquei-as em compartimentos secretos da minha roupa.

–Seu elmo acaba de ficar pronto. – Outro filho de Hefesto falou e me entregou o elmo embrulhado.

Ares, o deus da guerra/ meu namorado, pegou o elmo e desembrulhou rapidamente. O elmo era negro com detalhe de uma caveira assustadora e um floco de neve. O deus da guerra colocou o elmo na minha cabeça e me puxou mais para perto, beijando-me rapidamente. Coloquei minhas mãos ao redor da sua nuca e mordi seu lábio inferior.

–Hora de escolher sua espada, lady snow. –Ele disse e sorriu.

–Lucas, onde estão as espadas mais antigas? – Annabeth perguntou.

–Venham comigo. - O filho de Hefesto disse e nos guiou até uma mesa enorme com centenas de espadas.

–Sinta sua intuição. – Ares sussurrou no meu ouvido e me deu um selinho.

Caminhei até a mesa sentindo olhares sob mim. Quando fiquei em frente a mesa com espadas, fechei meus olhos e peguei uma que estava lá no fundo. Sua ponta ainda estava afiada apesar dos anos que ela parecia ter estado aqui. Seu cabo tinha uma caveira preta com olhos vermelhos. Sua lâmina era diferente de todas que eu tinha visto.

–Por que está segurando uma espada de ferro estígio? –Ouvi uma voz atrás de mim e encarei um garoto muito bonito de cabelos e olhos negros.

–Porque é a minha nova espada. – Afirmei.

–Somente filhos de Hades têm o direito de usar essa espada. – Ele disse e encarou meus olhos. -Você é filha do deus do mundo inferior? – Questionou.

–Só porque eu carrego uma espada de ferro estígio não significa que eu sou filha de Hades. Só porque eu prefiro sabre a faca isso não me faz uma filha de Dionísio. E, por fim, só porque eu sou foda no arco e flecha não significa que seja filha de Apolo. Pelos deuses! – Exclamei.

–Calma. – Kirsty disse. –Ele sonhou com você também.

–Quem é você? – Perguntou o garoto.

–Quem é você? - Retruquei.

–Nicolas Di Ângelo, filho de Hades. – Ele apertou minha mão e eu fixei meu olhar no dele. Mas que merda de garoto explosivo.

–Kimberly, filha de Quione com um deus indeterminado. – Apresentei-me e ele fixou seus olhos em mim.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Deixem comentários, cliquem em acompanhar história, favoritem e recomendem.
Volto antes/depois do carnaval dependendo de vocês.

QUERO REVIEWS :3



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