Fofa quando fica com raiva e revelações de Luu-chan

No pátio, lendo “O Guia do Mochileiro das Galáxias”

- Hey Levy-chan!!

- Ah, hey Luu-chan!

- Tenho que conversar muitas coisas com você. Já reparou como o dia está lindo hoje?

Redbull-san está respirando? Então o dia não está lindo.

- Não tive tempo para reparar essas coisas.

- O dia tá radiante! O sol está mais amarelo que o normal...

- Errado. VOCÊ está radiante, e VOCÊ está mais amarela que o normal.

Ela sorriu um sorriso tão grande que cabia a Erza-senpai lá dentro e ainda sobrava espaço para mim.

- Então...

- Ah, bem... Você já deve reparado que eu estou mais alegre que o natural, é que... Eu descobri uma coisa.

- O que?

- E ai baixinha, trouxe um lanche e não vou dividir com você.

- Dane-se, vaza daqui. – Soquei o estômago do Redbull-san e me segurei para não rir da cara super baka que ele fez.

- Levy-chan, você o machucou!

- Ah tenha dó, vaso de ferro não quebra.

- O ditado não é assim. - Por favor, Luu-chan, pare de ser tão correta!

- Eu não ligo. Agora me conte Luu-chan, o que você descobriu?

- Não posso contar aqui.

- Arrrg! Tá vendo, seu imbecíl, atrapalhou minha conversa com a Luu-chan!

- Eu só queria te encher a paciência, e olhe só, eu consegui!

- Morra Gajeel, morra!

- Epa, onde está o Redbull-san? Comeu com arroz?

- Não sei, sumiu, desapareceu, morreu no seu lugar!

- Na verdade, Gajeel, a pronuncia certa é “Comeu com angu”.

- Gomen nasai, Lucy, não sou tão correto como você.

- Ah, arigato pelo elogio, ou não. Sei lá, minha mente ficou confusa agora. Levy, mais tarde conversamos. Bai bai Gajeel, bai bai Levy.

- Eu fiz a mente dela ficar confusa. Eu sou um máximo!

- Você é um doente mental, isso sim.

- Somente um doente mental reconhece o outro.

- Te proíbo de roubar minhas expressões.

- Te proíbo de ser tão chata.

- Te proíbo de falar comigo!

- Te proíbo de crescer!

- Grande coisa, não vou crescer mais do que isso.

- Tem razão. Aliás, que falta de sorte você tem. Além de ser baixinha, é nerd, antissocial e só tem dois amigos.

- Apenas a Luu-chan é minha amiga.

- EU sou seu amigo.

- Nem vem, você é apenas um ser subdesenvolvido que vive andando atrás de mim.

- Não vivo andando atrás de você, vivo andando ao seu lado. É difícil proteger gente pequena com você, então para isso tenho que estar ao seu lado.

- É para isso que eu tenho um chichi, para me proteger.

- Acho que sou mais do que um chichi.

- Aé? O que?

- Sei lá, um guarda-costas. Agora admita, você precisa de mim.

- Não preciso não! Já reparou que eu corro riscos quando você está por perto? Você suga minha sorte!- Berrei o mais alto que pude, atraindo olhares de pessoas sem o que fazer.

- Que sorte? Pelo que eu sei você nunca teve nenhuma.

- Eu tinha antes de você sugar.

- A culpa é sua.

- Por quê?

- Você fica me atraindo.

- Te atraindo?

- É, você me atrai. Me deixa com vontade de te perturbar, de te fazer raiva. Ao mesmo tempo me faz ter vontade de te proteger. A verdade é que você fica muito kawaii quando está com raiva, e é super engraçado!

Subi no banco que estava sentada, fiquei na ponta dos pés e bati na cara do Gajeel.

- Aii, essa doeu! Mas veja só, ficou mais fofa ainda!

- Você me odeia, não é?

- Não, pelo contrário.

Peguei meu livro e caminhei em direção a sala. Talvez o sinal tenha batido, e eu não ouvi. Enfim, dane-se, eu não ligo!

Olhei para trás para saber se o Redbull-san ainda estava lá, e para minha surpresa ele estava paradão, com a mão no lugar onde eu bati e rindo histericamente. Maluco.

Tentando pegar informações com a Luu-chan...

- Por que estamos aqui?

Estávamos no terraço do colégio. O único local não freqüentado por estudantes.

- Aqui ninguem pode nos escutar. Agora sim, pode me contar tudo.

- Ok, vou contar. Bem... Eu descobri que tenho uma queda pelo Natsu-kun. Talvez um abismo, sei lá.

- Uma queda pelo Natsu-kun, entendi. O QUE? VOCÊ TEM UMA QUEDA PELO NATSU-KUN?

- É, foi isso que eu disse.

- Mas desde quando?

- Desde que eu soube do baile e da possibilidade de ser convidada por ele.

- Foi ele quem te convidou?

- Sim, disse que deveríamos ir juntos porque somos grandes amigos.

Que fofu... Quero alguém assim para mim...

- E então, vocês fizeram aquela coisa que os casais fazem?

- O que?!

- Dançarem juntos, os casais costumam fazer isso.

- Ah sim... Hehe... Nós dançamos apesar de ele ser péssimo nisso. Foi muito divertido! Até caímos no chão, você acredita?

Então essa é a ideia dela de diversão?!

- Mas o pior é que ele não me vê como uma namorada. Acho que ele nem sabe o que é namorar.

Perai... Essa pessoa que não sabe o que é namorar se chama Levy, não Natsu!

- O que eu devo fazer?

Boa pergunta...

- Bem... Eu não sei nada sobre esses assuntos... Tenta descobrir mais coisas sobre ele, ser mais amiga. Talvez ele comece a gostar de você de outra forma. Quem sabe ele não te chama para tomar ponchá em algum lugar por ai?

- Tomara que sim! Quem sabe ele não me peça em namoro?

- Aye, aye.

- Okay, arigato Levy-chan!! Você é uma ótima amiga!!!!!

Eu sei...

- Você também é!

Sim, Luu-chan é minha amiga desde que cheguei ao colégio. Ela sempre amou ler, assim como eu. A única diferença é que ela é popular por ser legal e conversar com todos. Eu sou popular porque sou desastrada e acabo azarando todos.

- Vamos ao refeitório, Levy-chan, talvez dê tempo para conversar com a galera.

- Aye!