Memories escrita por Anmitsu


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

JeanxMarco é meu OTP lindo de SnK e estava tendo feells demais vendo fanarts desses dois, aí brotou uma inspiração do além e escrevi a fanfic. Não sei quanto tempo se passou desde a morte do Marco, mas coloquei um timeskip de um ano, apenas para não ficar uma coisa muito vaga.
Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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All of my memories keep you near
(Todas as minhas lembranças mantém você próximo)
In silence moments imagine you be here
(Em momentos silenciosos imagino você aqui)

Memories - Within Temptation

O céu límpido transmitia calma. As nuvens brancas que rompiam a imensidão do azul fluíam como pedaços de algodão soprados pelo vento. Era exatamente essa a paisagem que Jean apreciava no momento. Poucos eram os dias em que o rapaz tinha o privilégio de uma vista tão bela deitado em cima de um telhado qualquer. Ultimamente tudo o que ele tinha visto eram as construções abaixo de si enquanto utilizava seu DMT. Fazia certo tempo que Jean não se sentia tão bem consigo mesmo, especificamente, desde o dia em que ele perdera Marco.

Lembrar-se daquele dia trazia vários sentimentos ruins à tona, e de repente o céu acima de si já não parecia mais belo e tão azul. Aos poucos as memórias passavam em um terrível flashback. O momento em que ele reconhecera o corpo do moreno largado em um canto qualquer, a realização de que ninguém soubera como ele havia morrido, em qual momento ou lugar. Foi difícil de acreditar que aquela pessoa era o seu Marco, aquele com quem ele prometera passar uma vida juntos.

Mesmo após um ano, aquele dia ainda estava vívido em sua memória, e Jean se perguntava até quando aquela situação se repetiria. Imaginar mais um dia sequer sem o moreno ao seu lado era doloroso demais. Seus braços foram em direção ao céu, as mãos abertas tentando alcançar algo que era impossível.

Os raros momentos íntimos em que ambos não se preocupavam com mais nada além de estar um na companhia do outro, agora não passavam de tristes e belas memórias para o Kirschstein. Seu coração ainda se lembrava da sensação da pele de Marco contra a sua, a pele macia que ele teve tão poucas chances de tocar. As mãos ainda se lembravam do calor agradável que emanava do moreno, a maneira com que o sensível pescoço se arrepiava aos mínimos dos toques, a simples sensação de senti-lo perto era o suficiente. Jean queria poder tocá-lo uma última vez. Escutar mais uma vez o timbre alegre e despreocupado da voz de Marco. Beijar as sardas adoráveis que salpicavam o rosto e parte do corpo moreno. Coisas que pareciam triviais, mas que agora, Jean daria a vida para poder ter mais uma única oportunidade. Eu morreria feliz se em troca pudesse passar um único dia ao lado dele.

Reviver aquelas lembranças fez com que uma lágrima teimosa escorresse pelos olhos amendoados, segurá-las já era uma tarefa humanamente impossível. Jean agradeceu intimamente por estar sozinho naquele terraço, ou seus outros companheiros certamente presenciariam uma cena desagradável. Os braços que até então estavam levantados cobriram o rosto e as lágrimas, mesmo que Jean fosse o único no local. Timidamente, o rapaz soluçava, murmurando o nome de Marco incontáveis vezes, como se aquilo pudesse trazê-lo de volta. Eu sinto tanto a sua falta. O rapaz de cabelos castanhos desejou que o moreno estivesse ali para poder lhe consolar, mesmo sabendo que essa era a mesma pessoa que havia partido. Jean queria mãos delicadas e masculinas acariciando seu rosto, enxugando suas lágrimas, enquanto aquela pessoa dizia com uma voz carinhosa que tudo estava bem, e que tudo daria certo.

Por alguns minutos o rapaz se permitiu ser criança, com tolos desejos infantis que jamais se realizariam. Tudo o que restara eram suas memórias. Jean teria que aprender a viver somente com elas.

– Marco, seu idiota... Que tipo de pessoa abandona os outros assim, sem mais nem menos...

E mesmo que Jean não pudesse ver, ele sentia. Porque todas as vezes que ele fazia aquela pergunta, uma brisa suave vinha de encontro ao seu rosto, e a sensação de solidão amenizava, mesmo que um pouco. Era aquela a resposta para todos os seus medos e dúvidas. Não importava o que pudesse acontecer, Jean sabia que Marco estaria sempre lhe apoiando, e mesmo que a saudade fosse grande, ele daria um jeito de continuar prosseguindo aquela jornada que parecia não ter mais fim, porque era isso que o moreno desejava para o Kirschstein. Marco quer que eu siga em frente, e é isso o que eu farei.

O céu límpido transmitia calma. As nuvens brancas que rompiam a imensidão do azul fluíam como pedaços de algodão soprados pelo vento. E desse jeito Jean continuaria vivendo. Com suas doces memórias e lembranças, sabendo que seus sentimentos e pensamentos sempre pertenceriam a uma única pessoa.

Eu te amo, Marco. Ontem, hoje, amanhã e... Sempre.


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Notas finais do capítulo

Bom, por um mundo com mais JeanxMarco. Eu apoio /o/



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