De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 24
Capítulo 24


Notas iniciais do capítulo

aaaaaaaaaaaaaaaaaah finalmente nyah is back! Tava morrendo de saudades de vocês. Aliás, obrigada pelos reviews gente, eu amei!

Aproveitem o capítulo. O próximo promete!

Boa leitura amores!



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Clovely

Seus olhos tinham um brilho quase esquecido por mim. Quase. Eu nunca iria conseguir esquecer-me disto.

Desci meu olhar para sua boca e me contive para não beijá-la. Queria apenas jogar tudo para o alto e simplesmente arriscar. Mas algo me empurrava, dizendo que não era o momento certo. Eu esperaria. Não me importava nem um pouco.

Clove passou as mãos pelo meu rosto enquanto não tirava os olhos dos meus. Sorri sem mostrar os dentes e ele repetiu o ato, com um sorriso ainda mais largo. Seus dedos traçaram um caminho aleatório pelo meu queixo e Clove me abraçou, apoiando a cabeça no vão do meu pescoço.

Uma lágrima desceu queimando sobre meu rosto quando pendi a cabeça para trás. O ato repentino fez com que Clove pousasse as mãos no banco e impulsionar o corpo contra o meu. A puxei para meu colo.

– Ainda é verão? – perguntou ela.

– Sim, mas falta pouco para terminar – respondi. – Você se lembrava que era verão?

– Claro. Eu estou me lembrando de várias coisas, Cato. Só não gosto de contar para Cashmere. Ela é fofoqueira.

– Você pode contar para mim se quiser. Sou um bom ouvinte.

– Eu sei. Me recordo de ir para praia. Lovely Beach. Eu estava com você naquela tarde, certo? – assenti com um maneio de cabeça. – Eu sonhei com isso, quero dizer, eu estava dormindo e as memórias vieram então é um sonho. Enfim, eu estava numa casa, uma casa enorme e você estava comigo.

– Sim. Foi lá em qu...

– Eu sei. – ela completou. – Foi lá em que cai pela primeira vez. Acho que é por isso que grito em algumas noites.

– Talvez – minha voz saiu mais fina do que esperado. Quase como um miado. – Se lembra de mais alguma coisa?

– Sim. Me lembro de duas telas com pinturas. Não consegui entender muito o que estava pintado, mas parecia ser um rosto.

Uma casa na praia.

Um rosto.

As memórias estavam voltando mais e mais e eu não conseguir mexer minhas pernas por causa do nervoso.

Ela alevantou o rosto e o sol bateu contra o seu rosto, anunciando que a noite não tardaria a chegar. Suas sardinhas ganharam vida e seus olhos verdes pararam fixos nos meus.

– Eu gosto muito de você, Cato. – Clove murmurou baixinho. Beijei sua testa.

– Eu sei, pequena. Eu também gosto muito de você.

Acenei para um funcionário do hospital que passava por ali e pedi para que levasse a cadeira de rodas.

Clove rodeou os braços pelo meu pescoço enquanto me alevantava. Sua respiração batendo contra meu peito fazia com minhas pernas continuassem bambas.

– Cato?

– Sim?

– Lembra aquela vez que você falou que eu tinha uma sol... soul... Ah, alguma coisa assim. Lembra?

– Lembro, sim. Por quê? – ajeitei Clove no meu colo e apertei o nono botão do elevador.

– Acho que sei quem é – Ela maneou a cabeça para frente e trás antes de apoiar a cabeça no meu ombro. – Mas só poderei falar quanto tiver certeza, tudo bem?

– Tudo bem.

Não demorou muito para as portas do elevador se abrirem e eu deixar Clove no quarto com a promessa que voltaria amanhã cedo.

Peguei meu carro no fim do corredor e liguei o som. A brisa do fim do verão batia contra meus dedos e por um breve minuto, agradeci a tudo o que me trouxe a onde estou. Eu não podia, de fato, estar mais feliz.

Acho que nem preciso explicar o motivo, não é?

[...]

Depois da sms de Cashmere – que nos últimos dias faziam questão de me detalhar até como Clove respirava –, me fez passar boa parte da madrugada a procura de um apelido para Clove.

Poderia parecer fácil achar um apelido para um adolescente de dezessete anos. Mas não é nada simples.

Katniss bufou irritada ao meu lado. Peeta, ao contrario da namorada, continuava concentrado em seu café.

– Você sabe que só vim aqui por que você iria pagar o café pra mim, Cato. – ela falou nervosa. – E também porque amo Clove.

– Coitado dele, Kat. Por favor, Cato precisa da nossa ajuda. – Peeta beijou a testa de Katniss.

– Obrigado, Peeta. – apertei seu ombro. – É só um apelido. Eu preciso de uma merda de um apelido.

– Cashmere não mantém relações sexuais com aquele loirinho com nome de batom? Olha, pra mim quem faz uma coisa dessa é porque não comete o coito.

Revirei os olhos e voltei minha atenção para o guardanapo rabiscado.

Bonita. Inteligente. Adorável. Belos seios. Olhos encantadores. Amorosa.

– Merda! Pensa. – batia meus pés embaixo da mesa, num ritmo dessincronizado.

Meus olhos se concentram na quarta palavra. Eu jamais conseguiria fazer uma junção com ‘belos seios’. Risquei a palavra e tentei juntar a anterior com o nome de Clove.

Clovely. Ah meu Deus, consegui! – gritei num ato quase que desesperado. – Katniss, olhe isso!

Ela pegou a folhinha e sorriu orgulhosa. – Belos seios, é?

Deixei o dinheiro sobre a mesa, ajeitando meus óculos de sol. – Vocês ficam?

– Sim, Cato. Mande um beijinho para Clove.

– Está bem.

O transito de Los Angeles não é nem um pouco agradável. Nunca fora na verdade.

Observei o sinal ficar vermelho pele terceira vez. Li a outra mensagem que Cashmere acabara de deixar. Bem, ela me parecia um tanto quanto ansiosa.

Acelerei mais fundo e virei na área de estacionamentos. Ao longe vi uma criatura loira correndo em minha direção. Ela só podia me amar.

– Finalmente você veio! Estava quase ligando para policia.

– Obrigada por não ter ligado. – Cashmere corou violentamente quando passei meus braços sobre seus ombros o que fez meu ego ter certeza de que ou ela gostava de mim ou era mesmo tímida.

– Bem, eu não ligaria de qualquer forma. Eu e Gloss fizemos cinco plaquinhas e agora só falta a sua. Você vai sair para comer ou fazer o que quiser com Clove hoje.

– E o que vocês escreveram?

Sentamos nas cadeiras de couro falsa da sala de espera. Gloss já estava lá com as plaquinhas e mais uma que seria para mim. Ele e Cashmere ergueram em forma sincronizada as plaquinhas, me fazendo rir.

– Escreve o apelido, Cato. – Gloss me entregou a caneta.Terminei de escrever e me preparei.

Annie e Finnick ficaram nos dois lados do corredor. Eles iriam empurrar a cadeira para mim. Cashmere amarrou dois balões vermelhos e saiu correndo para dentro do quarto de Clove. Ela abriu as persianas da enorme janela. Clove me olhou confusa.

Ajeitei meus joelhos na cadeira e Annie me empurrou.

Clovely... Clove continuava a me olhar confusa.

– Só não de fiasco Cato, pelo amor de Deus. – Finnick murmurou, me entregando a segunda e terceira plaquinha.

Você quer... Seu sorriso aumentou e ela apoiou a cabeça nas mãos.

Annie me entrou a quarta e quinta plaquinha enquanto ela e Finnick passavam com outras duas na minha frente.

Logo, nós três mais Gloss, seguramos todas as placas, formando a frase. ‘Clovely, você quer sair comigo, por favor?’

Clove começou a rir e murmurou alguma coisa inaudível para Cashmere.

Finnick me deu um tapinha nas costas assim que Clove alevantou uma plaquinha.

Sim. Eu aceito


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