De Repente É Amor escrita por Thais
Notas iniciais do capítulo
aaaaaaaaaaaaaaaaaah finalmente nyah is back! Tava morrendo de saudades de vocês. Aliás, obrigada pelos reviews gente, eu amei!
Aproveitem o capítulo. O próximo promete!
Boa leitura amores!
Clovely
Seus olhos tinham um brilho quase esquecido por mim. Quase. Eu nunca iria conseguir esquecer-me disto.
Desci meu olhar para sua boca e me contive para não beijá-la. Queria apenas jogar tudo para o alto e simplesmente arriscar. Mas algo me empurrava, dizendo que não era o momento certo. Eu esperaria. Não me importava nem um pouco.
Clove passou as mãos pelo meu rosto enquanto não tirava os olhos dos meus. Sorri sem mostrar os dentes e ele repetiu o ato, com um sorriso ainda mais largo. Seus dedos traçaram um caminho aleatório pelo meu queixo e Clove me abraçou, apoiando a cabeça no vão do meu pescoço.
Uma lágrima desceu queimando sobre meu rosto quando pendi a cabeça para trás. O ato repentino fez com que Clove pousasse as mãos no banco e impulsionar o corpo contra o meu. A puxei para meu colo.
– Ainda é verão? – perguntou ela.
– Sim, mas falta pouco para terminar – respondi. – Você se lembrava que era verão?
– Claro. Eu estou me lembrando de várias coisas, Cato. Só não gosto de contar para Cashmere. Ela é fofoqueira.
– Você pode contar para mim se quiser. Sou um bom ouvinte.
– Eu sei. Me recordo de ir para praia. Lovely Beach. Eu estava com você naquela tarde, certo? – assenti com um maneio de cabeça. – Eu sonhei com isso, quero dizer, eu estava dormindo e as memórias vieram então é um sonho. Enfim, eu estava numa casa, uma casa enorme e você estava comigo.
– Sim. Foi lá em qu...
– Eu sei. – ela completou. – Foi lá em que cai pela primeira vez. Acho que é por isso que grito em algumas noites.
– Talvez – minha voz saiu mais fina do que esperado. Quase como um miado. – Se lembra de mais alguma coisa?
– Sim. Me lembro de duas telas com pinturas. Não consegui entender muito o que estava pintado, mas parecia ser um rosto.
Uma casa na praia.
Um rosto.
As memórias estavam voltando mais e mais e eu não conseguir mexer minhas pernas por causa do nervoso.
Ela alevantou o rosto e o sol bateu contra o seu rosto, anunciando que a noite não tardaria a chegar. Suas sardinhas ganharam vida e seus olhos verdes pararam fixos nos meus.
– Eu gosto muito de você, Cato. – Clove murmurou baixinho. Beijei sua testa.
– Eu sei, pequena. Eu também gosto muito de você.
Acenei para um funcionário do hospital que passava por ali e pedi para que levasse a cadeira de rodas.
Clove rodeou os braços pelo meu pescoço enquanto me alevantava. Sua respiração batendo contra meu peito fazia com minhas pernas continuassem bambas.
– Cato?
– Sim?
– Lembra aquela vez que você falou que eu tinha uma sol... soul... Ah, alguma coisa assim. Lembra?
– Lembro, sim. Por quê? – ajeitei Clove no meu colo e apertei o nono botão do elevador.
– Acho que sei quem é – Ela maneou a cabeça para frente e trás antes de apoiar a cabeça no meu ombro. – Mas só poderei falar quanto tiver certeza, tudo bem?
– Tudo bem.
Não demorou muito para as portas do elevador se abrirem e eu deixar Clove no quarto com a promessa que voltaria amanhã cedo.
Peguei meu carro no fim do corredor e liguei o som. A brisa do fim do verão batia contra meus dedos e por um breve minuto, agradeci a tudo o que me trouxe a onde estou. Eu não podia, de fato, estar mais feliz.
Acho que nem preciso explicar o motivo, não é?
[...]
Depois da sms de Cashmere – que nos últimos dias faziam questão de me detalhar até como Clove respirava –, me fez passar boa parte da madrugada a procura de um apelido para Clove.
Poderia parecer fácil achar um apelido para um adolescente de dezessete anos. Mas não é nada simples.
Katniss bufou irritada ao meu lado. Peeta, ao contrario da namorada, continuava concentrado em seu café.
– Você sabe que só vim aqui por que você iria pagar o café pra mim, Cato. – ela falou nervosa. – E também porque amo Clove.
– Coitado dele, Kat. Por favor, Cato precisa da nossa ajuda. – Peeta beijou a testa de Katniss.
– Obrigado, Peeta. – apertei seu ombro. – É só um apelido. Eu preciso de uma merda de um apelido.
– Cashmere não mantém relações sexuais com aquele loirinho com nome de batom? Olha, pra mim quem faz uma coisa dessa é porque não comete o coito.
Revirei os olhos e voltei minha atenção para o guardanapo rabiscado.
Bonita. Inteligente. Adorável. Belos seios. Olhos encantadores. Amorosa.
– Merda! Pensa. – batia meus pés embaixo da mesa, num ritmo dessincronizado.
Meus olhos se concentram na quarta palavra. Eu jamais conseguiria fazer uma junção com ‘belos seios’. Risquei a palavra e tentei juntar a anterior com o nome de Clove.
– Clovely. Ah meu Deus, consegui! – gritei num ato quase que desesperado. – Katniss, olhe isso!
Ela pegou a folhinha e sorriu orgulhosa. – Belos seios, é?
Deixei o dinheiro sobre a mesa, ajeitando meus óculos de sol. – Vocês ficam?
– Sim, Cato. Mande um beijinho para Clove.
– Está bem.
O transito de Los Angeles não é nem um pouco agradável. Nunca fora na verdade.
Observei o sinal ficar vermelho pele terceira vez. Li a outra mensagem que Cashmere acabara de deixar. Bem, ela me parecia um tanto quanto ansiosa.
Acelerei mais fundo e virei na área de estacionamentos. Ao longe vi uma criatura loira correndo em minha direção. Ela só podia me amar.
– Finalmente você veio! Estava quase ligando para policia.
– Obrigada por não ter ligado. – Cashmere corou violentamente quando passei meus braços sobre seus ombros o que fez meu ego ter certeza de que ou ela gostava de mim ou era mesmo tímida.
– Bem, eu não ligaria de qualquer forma. Eu e Gloss fizemos cinco plaquinhas e agora só falta a sua. Você vai sair para comer ou fazer o que quiser com Clove hoje.
– E o que vocês escreveram?
Sentamos nas cadeiras de couro falsa da sala de espera. Gloss já estava lá com as plaquinhas e mais uma que seria para mim. Ele e Cashmere ergueram em forma sincronizada as plaquinhas, me fazendo rir.
– Escreve o apelido, Cato. – Gloss me entregou a caneta.Terminei de escrever e me preparei.
Annie e Finnick ficaram nos dois lados do corredor. Eles iriam empurrar a cadeira para mim. Cashmere amarrou dois balões vermelhos e saiu correndo para dentro do quarto de Clove. Ela abriu as persianas da enorme janela. Clove me olhou confusa.
Ajeitei meus joelhos na cadeira e Annie me empurrou.
Clovely... Clove continuava a me olhar confusa.
– Só não de fiasco Cato, pelo amor de Deus. – Finnick murmurou, me entregando a segunda e terceira plaquinha.
Você quer... Seu sorriso aumentou e ela apoiou a cabeça nas mãos.
Annie me entrou a quarta e quinta plaquinha enquanto ela e Finnick passavam com outras duas na minha frente.
Logo, nós três mais Gloss, seguramos todas as placas, formando a frase. ‘Clovely, você quer sair comigo, por favor?’
Clove começou a rir e murmurou alguma coisa inaudível para Cashmere.
Finnick me deu um tapinha nas costas assim que Clove alevantou uma plaquinha.
Sim. Eu aceito
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