De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Não me matem, por favor... Eu sei que demorei, mas eu estou de volta pros meus amorecos!!!!! /o

Enfim amores da minha vida, amei os reviews. Go, go! Continuem.

Esse capítulo ta meio depre, porém é a vida e a vida não é fácil. Tenham uma boa leitura e deixem suas opiniões! ♡♡

obs: ouçam essa música http://www.youtube.com/watch?v=GSYnOeO5rdk



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Eu não vou deixar você, está bem?

Nada acontece como planejado

Tudo vai quebrar

As pessoas dizem adeus

Em sua própria maneira especial

Não chore, não grite, por favor. Qualquer coisa aperte a campainha ou me chame. Eu estarei aqui.As palavras de Cashmere voltaram à tona, provocando um aperto em meu peito. Mordi os lábios na tentativa de abafar um grito de horror.

Tudo em que você confia

E tudo o que você pode fingir

Vai deixar você na parte da manhã

E vai te encontrar durante o dia

Eu entendo que ela não se lembraria de mim e que a memória de um ano está apagada. Mas o que eu não sabia é que seria dessa forma. Tão crua e rude. Clove olhava para mim como se eu fosse capaz de fazer mal a ela.

– Clove sou eu. Cato, meu amor.

– Sai daqui! Eu-eu... Sai.

Tudo vai mudar

Nada permanece o mesmo

Ninguém é perfeito

Oh, mas todo mundo é culpado

Clove tentava gritar, mas sua voz estava saindo falha em todas as tentativas. Seus lábios tremiam e seus olhos nunca estiveram tão grandes. Ela me lançou um olhar curioso, mas continuava a me encarar com medo. – Quem é você? O que quer? – perguntou ela.

– Clove sou eu. Eu não vou te fazer mal.

– Você quem? O que você quer de mim?

Segurei seus braços a fazendo olhar pra mim. As lágrimas já corriam livremente pelo meu rosto. Eu estava pasmo. – Sou eu! Cato! – gritei, a sacudindo.

– Sai daqui! Por favor, sai! – sua voz continuava falha enquanto ela tentava se mexer.

Senti braços fortes me puxarem para longe de Clove. Dois seguranças me puxavam brutalmente, me forçando a sair do quarto. Gritei seu nome e por um breve momento seus olhos se encontraram com os meus. Clove gritava e se debatia na cama enquanto uma enfermeira se aproxima com uma seringa, que assim que entrou em contato com sua pele, a fez cair.

Meus gritos e soluços foram ignorados, assim como as tentativas de sair dos braços de dois desconhecidos. Clove agora estava em um sono profundo.

Tudo é escuro

É mais do que você pode aguentar

Mas você pega um vislumbre de luz solar brilhando, brilhando em seu rosto

Seu rosto...

Ódio e dor foram trocados por meu sangue e agora eram esses sentimentos que corriam por minhas veias. Ódio por ser tirado assim de Clove. Dor por vê-la sofrer. Sei que era pior para ela do que pra mim, e ninguém nesse mundo tem a noção do que eu sinto ao ver Clove sofrer.

Um buraco fora aberto. Eu estava aos poucos caindo.

Cashmere surgiu ao meu lado, me levando para fora do hospital. Forcei minhas pernas a seguirem seu ritmo até uma área de jardins. Cashmere me trouxe até uma parte florida, onde as palmeiras nos encobriam de qualquer olhar. Ela me fitou nervosa.

– O que você entende quando eu digo para não chorar e gritar, hein Cato? – pergunta ela, com as mãos na cintura e visivelmente irritada com minhas atitudes.

– Queria que a visse daquele jeito e ficasse como? Quieto e aceitasse? Você viu o que fizeram com ela por acaso?

– Eu te disse que não seria fácil! Poxa, colabora.

– Okay – suspiro e me sento em um banco. – O que eu faço agora?

– Vamos esperar ela acordar... Vou conversar com Clove e mostrá-la que você não vai fazer nada além de quase arrancá-la da cama – disse Cashmere me arrancando um sorriso. O primeiro daquelas semanas. – Cato, quero que me prometa algo.

– O que?

– Quero que me prometa que vai manter sua fé. Que vai aguentar firme, acreditar que tudo vai dar certo. Eu sei você já passou por uma situação como essa. Mas confiei em mim Cato, as coisas se resolvem.

Cashmere me encarou seria, ao mesmo tempo em que seu olhar me transmitia serenidade e conforto. Olhei para cima mordendo os lábios. Subitamente me lembrei de todos os momentos que me trouxeram para onde estou hoje. Eu poderia não ter falado com ela naquele dia, certo? Não. Seria impossível não fazê-lo. Poderia ter feito diferente... Não, você não faria nada diferente, pensei.

– Eu tenho medo. – murmurei.

– Você não precisa ter medo.

– Mas eu...

– Mas Cato, ninguém sofre o que não pode suportar – diz ela, me cortando. – Olha me desculpe pela palavra, mas vai ser uma porra ter paciência com Clove. Eu nunca vi alguém se preocupar com algum paciente aqui como você se preocupou. Outra pessoa já teria desistido no seu lugar, mas você está ai. Está com ela. – Cashmere segura minhas mão direita e alevanta meu queixo com o dedo, me fazendo a olhar. – Cato, vale a pena.

– Você fala isso como se fosse tão simples que por um momento, eu tenho mais esperança... Você acha que eu posso?

– Você pode o que você quiser – ela se alevantou, me estendendo a mão. – Vou falar com Clove, ela já deve estar melhor... Vou tentar encaixar as coisas.

Murmurei um ‘sim’ e a segui a passos mais animados. O sorriso que surgiu em meu rosto foi pequeno, mas fora o suficiente pra me fazer ter uma nova esperança. Sentei-me em uma das cadeiras da sala de espera do 9º andar. Agora, provavelmente, seria aqui que voltaria a passar boa parte de meu tempo.

Você está em minhas veias

E eu não consigo te tirar

Você é tudo que eu provo

À noite, dentro da minha boca

Você corre para longe

Porque eu não sou o que você achou

As memórias de Clove voltaram em minha cabeça. Ela estava feliz em todas. O nosso primeiro beijo, que foi um grande desastre por minha parte. Eu estava louco naquele dia! Nosso segundo beijo. Clove havia o provocado e fora naquele momento que percebi que era ela quem eu queria. Nosso terceiro beijo, o melhor de todos. Lembro-me de ter decorado tudo o que havia falado na noite depois do baile. O texto estava grudado no espelho e eu andava feito um neurótico pela casa.

– Cato? – a voz de Cashmere me fez balançar a cabeça e a encarar. – Ela quer ver você. Só não...

– Não grite, não chore. Qualquer coisa você está aqui, certo?

– Certo. – disse ela, rolando os olhos.

Entrei no quarto e a vi, sentada, olhando para as próprias mãos. Meu coração batia freneticamente e eu temia que Clove pudesse ouvi-lo. Sentei-me na poltrona, mas não segurei sua mão dessa vez.

O olhar de Clove caiu sobre mim e ela sorriu timidamente, ficando corada. Retribui o sorriso. – Me-me desculpe... Eu não podia ter falado aquilo só porque não sei quem é você.

Suspirei, mordendo os lábios. Tentei ignorar as lágrimas que estavam caindo sobre seu rosto. – Está tudo bem.

– Cashmere disse que você não faz mal a ninguém, então está tudo bem para mim – falou Clove segurando minha mão. – Ela disse que você iria cuidar de mim. Eu não entendi muito bem... O que ela quis dizer?

– Que eu vou te ajudar. Não vou deixar de você.

Clove sorriu, apertando forte minha mão. – Você promete? – murmurou ela, olhando para um canto da sala.

– Prometo. – sussurrei.

Você está em minhas veias

Oh não, eu não consigo tirar você.


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