Obliviate escrita por Fabiih, Fabiih Pink


Capítulo 15
14. Inevitable


Notas iniciais do capítulo

Miiiiill perdões!!!!! Sei que demorei e não me matem por isso, eu não conseguia escrever. Mas eu acho que vão gostar deste capítulo. Acho não, tenho certeza. u.u



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Capítulo XIV – Inevitable

Draco Malfoy

Continuamos andando pelos terrenos de Hogwarts, até que então ela notou para onde estávamos indo. Porém ela nada disse, apenas olhou para mim com uma curiosidade genuína nos olhos amendoados.

Ela aproximou-se mais de mim para que ficasse mais protegida, afinal, o céu era de uma noite sem nuvens, e apenas algumas estrelas salpicando o céu com diamantes, e sem ignorá-la eu segurei em sua mão e a guiei para dentro da Floresta Proibida. Eu desviava de grandes raízes e ajudava a fazer o mesmo, para que não torcesse o tornozelo ou então caísse.

Quando eu enfim cheguei perto do destino, e apenas uma grande árvore separava-nos do esperado lugar, eu virei para encará-la nos olhos e quebrei o silêncio que pairava entre nós.

— Hermione, agora quero que feche seus olhos e confie em mim. – pedi com carinho.

— Só eu sei o quão estranho é dizer isto, mas eu confio em você. Até de olhos fechados. – sussurrou como se para ela mesma, e então fechou os olhos.

Segurando em sua mão eu a guiei para o outro lado da grande árvore. Soltei a sua mão e dei alguns passos para trás, para dar a ela uma boa visão quando abrisse os olhos.

— Pronto! – disse-lhe – Pode abrir seus olhos.

Assim que ela abriu seus olhos a surpresa tomou conta de sua face, e seus olhos brilhavam com uma incrível surpresa e admiração.

Hermione Granger

Abri meus olhos calmamente e assim que visualizei o que estava a minha frente, eu congelei de tamanha surpresa.

Enquanto meus olhos estavam fechados, minha imaginação trabalhava montando um cenário mirabolante, incrível, mas totalmente diferente do que esse a minha frente. Que mesmo a noite parecia ter uma luz própria.

Era uma clareira.

Uma área redonda sem árvores no meio, e apenas em volta contornando-a. Havia um tronco caído ali que provavelmente era usado como um banco. Havia flores por toda a extensão da clareira, flores azuis e lilás, deixando-a com um aspecto confortante.

Aquela clareira era-me estranhamente familiar.

— É linda! – deixei escapar de meus lábios.

— Sim. – Draco estava há alguns passos de mim, e também observava a clareira – Esse era o nosso esconderijo. Vínhamos aqui quando queríamos ficar sozinhos, namorar um pouquinho, ou apenas ficar juntos. – deu de ombros.

Deveria ser por isso a sensação que eu tinha daquele lugar ser familiar a mim.

— Vem, vamos nos sentar ali. – indicou o tronco.

Segui de perto e nos sentamos ali. Inspirei aquele cheio doce e almiscarado que as flores deixavam no ar, fechando os olhos e escutei Draco dizer:

— Se lembra de alguma coisa? – sua voz soava esperançosa.

— Eu quase consigo me lembrar. – abri os olhos sorrindo de lado para ele. – Me desculpe Draco. Deve ser frustrante tentar me fazer lembrar-se do passado sem obter nenhum resultado.

— Eu gosto disso. – disse simplesmente. – É como se eu revivesse tudo o que já vivemos.

Apenas sorri para ele sem dizer nada. Eu me sentia inútil, uma traidora. Como eu não conseguia me lembrar do tempo em que passamos juntos? Isso era tão... Tão... Tão frustrante! Eu queria me lembrar, queria poder dizer a ele: “Ei! Eu me lembro desse lugar! Lembro-me de tudo!”, mas eu não se lembrava de absolutamente nada, apenas tinha uma sensação de déjà vu.

— O que foi? – indagou Draco a me ver naquele estado de espírito.

— É tão frustrante não conseguir lembrar-se de nada. – disse olhando para ele, que me olhava com compaixão e brandura.

— Não pode ficar se cobrando tanto, está exigindo demais de você. – disse acariciando minha bochecha – Eu acredito em você e sei que está fazendo o máximo para se lembrar.

— Mas o máximo não é o bastante. – assinalei.

— É o bastante para mim. – disse em um tom que indicava o fim daquele assunto.

Uma lágrima caiu do meu olho e ela a enxugou no mesmo instante com o polegar. Levantei os olhos para encontrar o dele e vi dor naqueles lindos olhos azuis, que muitas vezes estiveram acinzentados transparecendo seu humor, estava quase líquido. Era de partir o coração vê-lo daquele jeito, e eu sabia que o motivo deles estarem daquele modo era por que eu estava triste.

Com uma de minhas mãos eu segurei seu rosto mais perto do meu, acariciando sua pele de textura tão macia quanto uma seda. Eu me perdia na profundidade de seu olhar, e eu nunca me senti tão eu mesma quanto naquele momento, eu via o meu reflexo transparecendo em sua alma, e via o quanto ela era boa e pura, e não maldosa e perigosa como tantos diziam que era.

Nós nos encarávamos e nos aproximávamos cada vez mais, quase que imperceptivelmente, até estarmos a milímetros de distância um do outro. Meus lábios entreabertos me faziam arfar, meu coração martelava em meus ouvidos e eu sentia o seu hálito gélido de encontro ao meu.

O que aconteceria a seguir era, sem dúvida, inevitável.

Naquele momento eu fechei meus olhos e toquei seus lábios, dando-lhe um beijo singelo, sugando seu lábio inferior e em seguida o superior. Ele tocou meus lábios com a ponta de sua língua pedindo passagem, que eu cedi de bom grado. Logo explorávamos um a boca do outro em um ritmo só nosso. Não havia malícia, luxúria... Era apenas amor, desejo, paixão.

Uma imagem veio a minha mente bruscamente.

Estava embaixo de uma árvore perto do lago negro no meio da madrugada, o jardim estava totalmente deserto e apenas eu e Draco estávamos lá, conversando como dois amigos quando ele me beijou.

Nosso primeiro beijo. E havia sido exatamente igual a este.

E do mesmo jeito que a imagem veio, ela se foi. E com um choque brusco eu me afastei dele e instintivamente toquei meus lábios. Ele me olhava espantado.

— O que foi? O que eu fiz? – indagou confuso – Me desculpe, não deveria ter te beijado, não quero que se sinta pressionada.

Eu levantei do tronco e dei dois passos.

— Hermione, o que aconteceu? Me diz, o que eu fiz? – implorou.

Eu estava de costas para ele, meio confusa e apavorada. Respirei fundo e me virei para ele.

— Eu me lembrei.

— Se lembrou do que?

— Do nosso primeiro beijo.


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Notas finais do capítulo

E então???????