Obliviate escrita por Fabiih, Fabiih Pink


Capítulo 16
15. Don't worry


Notas iniciais do capítulo

Seei que demorei! Mas eu estou de volta e agradeço imensamente pelos comentários maravilhosos que mandaram, e espero sinceramente que gostem desse capítulo tanto quanto o anterior...



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Capítulo XV – Don’t worry

Draco Malfoy

Se eu disser que fiquei estático com aquela revelação, é pouco. Primeiro fiquei com medo dela não querer que eu a tivesse beijado, depois achei que ela não gostou do beijo, e cheguei até em pensar que ela fosse sair correndo, mas eu nunca imaginaria que ela fosse dizer que havia se lembrado de nosso primeiro beijo.

E, agora que parei para pensar, esse beijo foi bem parecido com o nosso primeiro. Talvez isso tenha ajudado.

— Como disse? – indaguei por fim, meio cauteloso e com medo de eu ter entendido errado.

Ela fechou os olhos - e fiquei imaginando se ela estava revendo a cena novamente - respirou fundo e disse:

— Disse que me lembrei do nosso primeiro beijo.

E foi só naquele momento que percebi que estava prendendo a respiração, pois soltei o ar com um alívio e felicidade.

— Me diz, o que se lembrou, exatamente?

— Estávamos embaixo de uma árvore, perto do lago negro, no meio da madrugada e o jardim estava totalmente deserto a não ser por nós dois... – ela olhou para mim, confusa e perguntou – Foi realmente assim?

— Exatamente assim. – sorri assentindo devagar – Não te disse que iria se lembrar das coisas?

— Mas, e se eu não me lembrar de mais de nada? E se eu só me lembrar disso?

— Não fique se cobrando tanto. Tudo tem o seu tempo, e se começou a se lembrar, quer dizer que irá se lembrar de tudo. – segurei em sua mão e olhando em seus olhos lhe disse – Não se preocupe.

Continuamos lá por algum tempo mais. Conversando sobre coisas aleatórias, distraindo-se para que ela não se preocupasse muito com as lembranças. Às vezes ficávamos apenas em silêncio apreciando as estrelas brilhantes no céu.

Mas, logo começou a ficar muito tarde e Hermione começou a bocejar, tamanho era seu sono. Então decidi que era hora de leva-la até a Torre da Grifinória, para que pudesse dormir.

— Tenha uma boa noite. – desejei assim que estávamos em frente ao retrato da mulher gorda.

— Você também. – sorriu de lado – E obrigada por esse passeio, me diverti bastante.

— Eu quem agradeço. – fiz uma reverência, como cavalheiros dos filmes trouxas faziam. – Durma bem, e não fique pensando sobre aquele assunto.

— Vou tentar. – suspirou pesadamente.

Ficamos em silêncio, um olhando para o outro, e então eu disse:

— Bom, tenho que ir.

— Tudo bem. – ela virou-se para a mulher gorda, disse a senha e ela abriu a passagem que dava para o salão comunal – Boa noite.

E algo que eu não esperava, aconteceu. Ela me deu um beijo de boa noite, rápido, mas maravilhoso, e entrou.

Bestificado com tamanha paixão, levei meus dedos até meus lábios e sorri para mim mesmo, caminhando para as Masmorras.

Hermione Granger

É claro que não consegui dormir, fiquei a noite toda pensando no ocorrido. No beijo, na lembrança... No beijo... Que beijo! Não foi com luxúria, mas foi muito melhor. Havia paixão, desejo, amor... E havia magia, muita magia.

E para melhorar a minha situação eu fiquei com medo de não se lembrar de mais de nada... Eu fiquei muito feliz – e chocada – por ter me lembrado do nosso primeiro beijo, mas não sei se fiz certo contando para ele. Agora ele terá esperanças de que eu se lembre de tudo, e eu posso não me lembrar.

E para a minha tristeza esse temor foi se concretizando...

Já haviam se passado dois meses desde que eu havia me lembrado do meu primeiro beijo com Draco, e desde então eu não havia me lembrado de mais nada. A cada dia que se passava eu ficava mais triste com isso, e chegou um momento que eu mal comia. Mas, Gina e Harry perceberam e me convenceram de que eu não tinha culpa e então voltei a comer, mas isso não significa que estou menos triste.

As aulas e tarefas tomavam quase todo o meu tempo, e eu também tinha que me concentrar para o N.I.E.M.s, já que seria o último ano. Alguns alunos pediam minha ajuda com as provas e com tudo isso mal sobrava tempo para que eu pudesse ver o Draco, o que de certo modo não era tão ruim, eu não me sentia tão pressionada.

Não que ele me pressionasse, na verdade ele mal tocava no assunto para que eu não ficasse chateada ou nervosa... Ele era uma ótima pessoa, e um ótimo amigo. Mas, nunca mais nos beijamos outra vez.

Hoje íamos embarcar no trem, pois começava as férias das festas de final de ano, e terei um tempo para mim, longe do Draco. Descobri que eu me sinto pior perto dele, parece que eu estou devendo algo a ele, e me sinto até envergonhada, mas faço o máximo para que isso não transpareça, não quero que ele fique preocupado.

— Vai passar as festas com a gente, não é? – Gina perguntou enquanto eu arrumava minhas malas.

— O que? Não sei. – respondi.

— Ah! Qual é? Vamos, vai! Mamãe está com saudades de você, e vai ser muito divertido. – dizia com carinha de cão que caiu da mudança.

— Tudo bem, você venceu. – ri da reação nada exagerada dela, que foi sair pulando pelo dormitório todo gritando “Viva!”, feito louca.

Quem sabe um tempo n’A Toca me ajude?

— Hermione? – era Lilá na porta – Draco está lá fora querendo falar com você.

— Draco? – repeti olhando sugestivamente para Gina.

Ela retribuiu o olhar como quem diz “Vai lá, não fará mal nenhum.”, assenti para ela e fui ao encontro dele.

Ele estava parado, despreocupadamente e com as mãos no bolso da calça, esperando que eu aparecesse. Assim que me viu sorriu e veio até mim com uma caixinha preta na mão.

— Oi, Lilá disse que queria conversar comigo. – comecei.

— Sim, queria me despedir. – deu de ombros – E lhe desejar um feliz Natal.

— Vai para a sua casa? – perguntei.

— Sim, eu só tenho a minha mãe, tenho que ficar com ela. Tenho e quero. – sorriu. – E você, vai ficar aonde?

— Na casa dos Weasley, Gina me convidou.

— Que bom! – sorriu, e foi um sorriso sincero – Ah! Queria lhe dar isto, um presente de Natal.

— Não... Não precisava Draco. Eu nem tenho nada para de dar. – disse.

Ele entregou a caixinha com uma cara de “Faz favor, né?”, eu a peguei e sorri em agradecimento para ele. Ao abrir a pequena caixinha azul marinho aveludada encontrei um lindo colar com uma pequena esmeralda encrustada em ouro branco.

— Draco! – exclamei maravilhada – É lindo! Mas, não posso aceitar.

— Não só pode como vai! – disse firme – Era da vovó Black, avó da minha mãe. Ela passou para a minha avó, que passou para a minha mãe. E como ela não teve filha mulher eu passaria para a mulher que eu amo, que no caso, é você.

— Muito obrigada. – sorri com uma pequena lágrima tentando escapar de meus olhos, que eu impedia firmemente de que escorresse – Pode colocar em mim? – pedi.

— Será um prazer. – eu virei e segurei meu cabelo para que ele pudesse prender o fecho. – Ficou lindo em você.

— Obrigada novamente. – disse sem graça.

— Não há de quê! Merece muito mais do que isso, mas não posso lhe dar.

— Tudo o que eu preciso eu já tenho.

Aproximei-me dele e o beijei, como nunca havia o beijado antes.

— Eu te amo, Hermione.

— Eu... Eu te amo, Draco.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e que não tenha ficado tão confuso quanto me pareceu kkk
Beijos à todos