A Menina de Olhos Cinzentos II escrita por almofadinhas


Capítulo 30
Chester o Espião


Notas iniciais do capítulo

Juro, eu peço mil desculpas pela demora, se eu colocasse tudo o que aconteceu nesse tempo em que não postei provavelmente vocês não iriam acreditar, eu pensei que estava tudo bem, mas parece que um meteoro caiu sobre mim.
Então por favor não me abandonem, espero que gostem!!.



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Passei a manhã do outro dia, basicamente todo com Hermione, Rony e Harry. Falávamos sobre nossas notas nos N.O.M.s e as aulas que iríamos ter, eu e Rony éramos os únicos que iam fazer Herbologia.

– Pelo menos não estou sozinho nessa.

– Você e nada é a mesma coisa Ronald.- Rony me taca uma almofada e eu dou língua, fazendo alguns e Hermione rirem discretamente.

– Em por falar em nada, soube que ontem você e Draco tiveram uma discussão na escada.- Rony comenta, deu para ver que era sem maldade, mas eu tive vontade de pular em seu pescoço.

– Não foi nada de mais.- olho para Harry discretamente, ele realmente estava com os olhos mais furiosos possíveis, os outros não percebiam mas eu já havia me acostumado com aquele olhar.

– Pensei que fossem amigos.

– Amigos as vezes brigam um com o outro Rony – cruzo os braços.- Você e Harry mesmo brigaram uma vez, Hermione e você então já devem ter batido o recorde de brigas.

– Isso eu concordo.- Dino grita do outro lado da sala fazendo os outros rirem, menos Harry.

– Vamos descer pessoal.- Hermione diz já se levantando.- Tenho aula agora.

Se eu tivesse o poder de ler mentes eu diria que Hermione estava armando alguma, como eu sei?.Quando ela arma alguma coisa ela fica parcialmente nervosa, batendo os pés ou mexendo os braços sem parar.

Fomos descendo em silêncio, apenas escutando as vozes dos alunos pelos corredores, Hermione e Rony andavam na frente enquanto eu e Harry andávamos atrás.

– Ele te contou?

– O que? – olho para Harry confusa.

– Ele te contou? Contou o que ele é?.

– Harry esta me assustando.- digo baixo e quase tremendo.

– Eu sei que você sabe, me conta.

– Harry...solta...meu...braço.

Harry se distancia devagar, fazendo algumas pessoas se assustarem.

Mas não tanto quanto eu.

– D-Desculpa, de verdade, Susie, me perdoa.

– Olha, eu sei o que está pensando mas, eu não sei de nada.- se Harry pudesse escutar meus batimentos ele saberia que eu estava mentindo, e era horrível ter que fazer isso com ele.

– Eu sei, só... por favor me desculpa.

– Tudo bem, me acostumei já com esse seu lado.

Harry sorri um tanto aliviado, e eu sorrio junto mas um sorriso meio torto. Eu estava começando a achar que Harry sabia sim de alguma coisa. Ele suspeitava o certo, só estava pensando demais se era possível.

– Acho melhor irmos para a aula do Slughorn, antes que Minerva decida nos deixar em detenção.- digo e Harry concorda.- Não quero ficar em detenção logo nos primeiros dia de Hogwarts, é chamar atenção demais.

– Acredite, uma detenção não vai fazer você chamar atenção, você tem outros métodos.- dou um tapinha na cabeça de Harry e ele faz careta.

Passar um tempo com Harry era bom, ainda mais quando ele estava de bom humor. Quando chegamos a aula de Slughorn a maioria dos alunos já estava lá, como Rony e Hermione, assim que colocamos nossos pés na sala o professor se vira.

– Potter, Black, vejo que vieram se juntar a nós.

Eu e Harry sorrimos fraco.

– Por favor podem pegar seus livros e se juntar a turma.

– B-Bem professor, eu não tive tempo de comprar todos os meus livros e...- Slughorn interrompe Harry.

– Bobagem meu rapaz, tem mais um livro guardado na prateleira, seu amigo Wallamby também pegou emprestado.

– Na verdade professor é Weasley.- Rony diz com a maior cara de sério possível e eu colo minhas mãos na boca para conter o riso.

Fico ao lado de Hermione e Chester, dou um aceno para ele discreto e ele sorri, estar na mesma sala que ele era legal, Chester havia mudado muito e eu estava feliz.

O Prof. Slughorn começa a falar de um frasquinho de Felix Felicis, uma poção conhecida como sorte liquida, que faz a pessoa que a toma ter sorte.

Será que era aquilo que eu precisava? Sorte?

Nosso dever de classe era fazer uma poção perfeita do Morto Vivo, quem conseguisse fazer no tempo determinado ganharia o frasco. Eu era péssima em poções desde que me conheço por gente, mas acho que não custava tentar.

Peguei os ingredientes juntos a mesa e acabei esbarrando um dos frascos no chão, abaixo rapidamente para pegar mas outra pessoa faz isso comigo.

– Opa, desculpa.

– Tudo...- olho para ele, Draco não parecia estar muito bem.

Antes de responder ele me entrega um frasco e vai embora se juntar ao lado de Pansy Parkison, que a cada dia ficava ainda mais vadia.

Eu e Hermione ficamos meia hora tentando fazer a coisa certa e seguir as instruções do livro, mas o único que parecia estar fazendo tudo certo era Harry, por incrível que pareça.

– Harry, você sabe muito bem que as instruções dizem claramente para cortar.- Hermione dizia, basicamente irritado, enquanto Harry esmagava a vagem.

– Não, tente amassar é mais fácil.- Harry dizia como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

A maioria a nossa volta estava bem pior do que nós (o que me deixou um pouco aliviada), Simas como sempre conseguiu explodir sua poção, Goyle conseguiu fazer o seu se tornar uma gosma viva, o que precisou do professor para desfazer o mal entendido, enquanto a minha, bem, parecia água.

Uma água cristalina.

– O tempo acabou pessoal, vou analisar a de vocês e vamos ver quem esta com sorte.

Slughorn passou por todos os alunos, jogando uma folhinha de árvore para verificar, a poção que “evaporasse” a folha era a poção perfeita.

Quando chegou minha vez eu não estava nervosa, por incrível que pareça. Claro que Slughorn logo de cara disse que a minha estava errada, mas eu não liguei dei de ombros e esperei que ele analisasse a de Harry.

– Magnífica, está perfeita Sr.Potter.

Hermione abriu a boca instantaneamente como se aquilo foi impossível, acredite, era. Harry Potter bom em poções? Será que eu estou em um mundo paralelo e não sei?

Slughorn deu o frasquinho com a sorte liquida para Harry, ele estava tão sorridente que seus dentes poderiam ser vistos a quilômetros de distancia.

No final da aula Slughorn passou basicamente metade do livro inteiro para nós fazermos para a próxima aula, eu não estava com nenhum saco para fazer esses deveres, então decidi escrever uma carta para Lupin. Eu havia prometido a ele que contaria como estava sendo meu ano.

Me sentei nos jardins da escola, eu gostava de andar por aí até o jardim. Peguei uma folha de caderno e uma pena e comecei a escrever, havia tempos em que eu não fazia mais isso.

“Querido tio Lupin,

As coisas estão melhorando, acredite não está sendo fácil mas estou tentando e cada vez mais vai melhorando, como o senhor falou que iria ser (Já pensou se o senhor vira um lobisomem vidente? Não? Tudo bem então).

Queria saber como Tonks está, não a vejo à algum tempo, sinto falta das noites de Natal em claro falando sobre metamorfomagia e sobre algumas coisas trouxas que eu tinha, por exemplo, ensinei ela a tocar alguns acordes no meu violão e acredite ela não era tão mal. Depois de você sabe o que, não fizemos mais aquilo.

Hogwarts está diferente, mas ainda não sei se é de um jeito bom ou ruim, não sei se isso pode ser um bom sinal ou não, só sei que está diferente, e provavelmente eu vou estar envolvida em confusões. Sim, acho melhor deixar bem claro antes que o senhor seja pego de surpresa novamente.

Nunca prometi que seria normal.

Brincadeira (não me deixe de castigo!).

Só queria dizer que sinto sua falta, mais do que nunca tio, sinto falta de tanta coisa que se eu colocasse aqui neste papel provavelmente precisaria de mais uma folha.

Com amor, Susie”.

Olhei para os lado e agradeci por Rustie estar ao meu lado, acho que ela precentia quanto eu ia enviar alguma coisa para alguém, minha coruja havia curado a algum tempo depois daquele incidente com a sapa velha e Rustie estava mais forte do que nunca.

– Pois é Rustie, acho que agora é só nós duas amiga.- acaricia sua cabeça e ela fecha os olhos, adorava quando ela fazia isso.- Entregue para o tio Lupin sim? E tome cuidado.

Rustie pega a carta com seu bico e voa rápido para bem longe, deixando o rastro de vento frio em meu rosto, me levanto do jardim e vou me dirigindo para a aula de Adivinhação.

Eu não suportava adivinhação, não era a toa que me dei mal nessa matéria. Acabei indo parar nas aulas de Fireze, mas eu não sabia se eram as mesma coisas que Sibila, mas não importa eu não entendia nada.

Enquanto estava andando pelos corredores, Chester para na minha frente com uma cara um pouco preocupada.

– Chester o que ouve?.

– Preciso te contar uma coisa, mas tem que ser agora.

Ótimo, salva por Chester.

– Tudo bem, vamos.

Chester me leva basicamente para a entrada da torre da Sonserina, vulgo covil das cobras.

– O que ouve? Aconteceu alguma coisa? É a Dominique?

– É e não é, Susie é muito complicado.

– Diz logo o que é, sabe que eu não suporto ficar aqui.

Ainda mais com Zabini me ameaçando, pensei.

– Eu sobre Draco, eu sei o que ele é – Chester fala bem baixo se aproximando.- Juro por Deus e por você, eu não vou falar pra ninguém.

– Mas como...

– Como eu sei? Acha mesmo que parei de espionar aqueles comensais? – agora estamos sussurrando mesmo.- Eu também estava lá no Beco Diagonal, eu vi você caindo e sendo perseguida. Passei as férias inteiros os vigiando.

– Como?

– Acredite eu tenho meus métodos, e eles são fáceis de encontrar, menos quando Você-Sabe-Quem os chama.- Chester a alguns anos decidiu que queria saber que eram seus pais, depois de sua mãe dizer que ela não era sua mãe de verdade, desde então ele age assim, como um espião infiltrado em qualquer lugar.

– Tudo bem, mas eu descobri outra coisa.

– O que?

– Não é só o Draco...

– Eu sei, tem outro comensal.- digo.

– Como você...

– Sabe? Draco me falou, mas por favor não diga a ninguém sobre nós, não quero ter mais problemas.

– Nossa, não sabia desse seu lado Susie.- dou um tapa em Chester e ele faz careta, mas depois voltamos a sussurrar.

– Tudo bem, mas como você descobriu? Novamente.

– Segui Avery alguns dias antes de voltar as aulas, eles pararam em frente a uma casa em um bairro trouxa, bem perto do centro de Londres, e entraram dois encapuzados e um adolescente, como eu sei? A estatura era bem como a nossa.

– Como você pode ter certeza?.- pergunto.

– Você acabou de falar que Draco confirmou que tem mais um como ele.

– Mas e se for um professor ou um funcionário?.

– Tenho certeza de que é um aluno Susie.

Duas meninas da Sonserina passam e nós nos escondemos mais um pouco entre a porta de saída.

– Mas o que você quer? Minha ajuda para descobrir quem é?.

– Não esse é o problema...- Chester olha para um lado e para o outro e eu estranho um pouco, ele parecia preocupado.

– O que ouve?.

– Eu acho...- ele hesitou e voltou a me fitar.- Eu acho que eu sei quem é.


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Notas finais do capítulo

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