Autora POV’s on:

Natsu ainda estava deitado na cama à espera de ouvir o chamamento de Lucy, até que por fim, a sua amada o chama.

Natsu abre a porta e Lucy estava sentada na banheira seca, com o vestido branco ligeiramente transparente e com um sorriso nos lábios ao qual Natsu não podia resistir.

Natsu aproximou-se de Lucy para lhe retirar o curativo resistente à água e para lhe colocar um mais confortável. Natsu reparava que a sua amada soltava uns ligeiros e baixos gemidos de dor quando Natsu fazia este processo, por isso mesmo, Natsu tentou ser mais delicado, quase como se Lucy se fosse partir em pequenos estilhaços caso Natsu exercesse força a mais.

Lucy POV’s on:

Não posso queixar-me. O Natsu está a fazer o seu melhor, pode doer um pouco mas eu aguento. Ele está quase a acabar, só falta por uma última parte do curativo, é uma espécie de almofada para o caso de sofrer algum impacto nas minhas costas.

– Ora, já está! Lucy, vais para a cama agora que eu vou ver o que nós temos para o jantar! Sim?

– Claro, Natsu, quando eu estiver na cama eu posso dar-te indicações caso precises! – Não quero que o Natsu seja o único a trabalhar, quero fazer algo, mesmo que seja pouco…

– Não, não, meu amor! Este mês está aos meus cuidados, minha alteza, senhora Lucy!

– Oh meu Deus, que amável e prestável, meu humilde servo! – Ahah tenho que admitir que me ri quando o Natsu me chamou “sua alteza” e fez uma vénia com a mão no peito.

– Muito agradecido por tal gentileza, sua alteza, permita que me dirija até à cozinha de modo a preparar o nosso jantar, ovos mexidos com arroz e um filme romântico?

– Parece-me excelente, só exijo mais uma coisa… - Mulheres são difíceis de agradar, ahah!

– Tudo o que desejar, sua alteza, Natsu, seu servo está aqui para servi-la, afinal, a senhora é a dona do meu coração! – Como é que ele consegue ser tão querido?

– Só um beijo, meu amado servo!

– Oh minha princesa, isso não precisava de pedir…

Natsu POV’s on:

Mesmo que a Lucy esteja deitada numa cama, os nossos beijos têm tanto amor como se ela estivesse ao meu colo, com as pernas entrelaçadas na minha cintura.

Tenho é que ter cuidado com as roupas que escolho para a Lucy, ela não pode usar sutiã e meter-lhe um vestido ligeiramente transparente não é nada favorável para mim… Estava a conter-me imenso para não fazer nada de perverso, mas bolas, tenho um autocontrolo impecavelmente bom, nem eu tinha noção disso até agarrar a Lucy ao colo com apenas um ligeiro tecido de cetim a cobrir-lhe a pele. Creio que o meu autocontrolo só não chegou à temperatura corporal… Sentia-me perto dos 40°C ou mais, talvez bem mais…

– Agradeço imenso este beijo, agora permita-me dar-lhe um ligeiro encosto de lábios na sua testa, logo de baixo de seu cabelo dourado como o Sol, para de seguida poder ir tranquilamente preparar o nosso belo e rico jantar…

– Claro, mas deixe-me avisá-lo que ovos mexidos com arroz não é um jantar tão rico assim… Ahah – Realmente, a Lucy tem razão…

– O que conta é a intenção, minha amada princesa!

Mal sabe a Lucy que daqui a uns meses, vai deixar de ser princesa e ganhar o título de rainha, quando eu tiver dinheiro para o anel… O que pode demorar muito, porque um mês sem trabalhar é muito dinheiro… Mas a Lucy merece que eu cuide dela a tempo inteiro… O casamento vai ter que esperar uns largos meses, infelizmente…

– Lucy, temos um problema.

– Diz Natsu, não há ovos, já vi no frigorífico e nos armários… Acho que tenho que ir comprar.

– Está bem, a mercearia ao fim da rua deve ter, vai lá antes que feche!

– Ficas bem, Lucy?

– Sim, leva o telemóvel, se for preciso eu ligo-te, Natsu!

– Está bem, não hesites em ligar, meu amor!

– Sim, até já, amo-te!

– Beijinhos, também te amo!

Não gosto nada de deixar a Lucy sozinha, espera… Está ali a Lisanna…

– Olá Natsu, ainda bem que te encontro… Preciso muito de falar contigo! – Só espero que ela se lembre do que lhe disse no outro dia.

– Olá Lisanna, diz lá!

– Não sei se te lembras que eu sou irmã do Elfman e da Mirajane e els contaram-me a tua situação e eu contei-lhes da Lucy estar em casa. Todos percebemos que não vais ter dinheiro para comprar o anel de noivado à Mira porque não podes trabalhar para o Elfman, por isso, eu falei com todos os nossos amigos, o Jellal, a Erza, o Gajeel, a Levy, o Gray, a Juvia e todos querem ajudar a contribuir com algum dinheiro para a compra do anel, mesmo que cada um dê pouco já é muito dinheiro no fim… Aceitas a nossa ajuda? – Não acredito…

– Se aceito, claro que sim! É fantástico, inacreditável! Obrigado, obrigado do fundo do coração, a ti e a todos! Considerem-se todos já convidados para o casamento! Oh muito obrigado mesmo!

Nem acredito que isto está a acontecer, vou puder comprar o anel à Lucy, vou poder pedi-la em casamento! Vamos ser o casal mais feliz que já existiu à face da Terra!

Autora POV’s on:

Natsu estava tão feliz que abraçou a Lisanna enquanto lhe agradecia, devido ao longo agradecimento que fez esse abraço ainda durou algum tempo.

No entanto, Natsu e Lisanna não estavam totalmente sozinhos naquela rua.

Uma rapariga loura, estava ligeiramente inclinada na cama de forma a conseguir ter o acesso à janela. Estava incrédula com aquela visão, era inacreditável. Os seus olhos castanhos cor de chocolate deixaram cair uma leve lágrima que percorreu todo o rosto tão belo daquela mesma rapariga.

Aquele quadro tão amável de Natsu a abraçar Lisanna tinha sido como uma facada no coração dessa rapariga. Nenhuma rapariga gosta de ver o seu namorado abraçado a outra rapariga. Lucy era como qualquer rapariga. Sentiu-se triste, sentiu-se até um pouco traída.

O rapaz que tinha acabado de lhe dizer “também te amo” estava agora a abraçar outra rapariga. Lucy soltou outra lágrima ao reparar que a rapariga estava a sorrir e era tremendamente bonita, a beleza da rapariga quase que rivalizava a sua própria beleza.

Lucy sentiu-se vulnerável. Não conseguia levantar-se, não conseguia separá-los, nem sequer conseguia ver a cara de Natsu, mas tinha a certeza de que foi Natau que abraçou Lisanna e não o contrário. Nem gritar Lucy conseguia, estava consumida por uma mistura de tristeza e ciúme.

Lucy arregalou os olhos ao ver que Natsu largara a rapariga e seguia o seu caminho em direção à loja. Lucy recostou-se na cama a olhar para o teto e a pensar em razões para aquilo ter acontecido. Nada lhe vinha à mente. Só lhe resta esperar que o seu amado retorne a casa para lhe explicar tudo, se puder.