Felicidade Envolve Loucura escrita por Thais Santos


Capítulo 32
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Ooooi gente!! Sinto muitíssimo pela demora, mesmo! Foi mal... Eu devia ao menos ter avisado que ia demorar (mas eu não sabia o quanto demoraria...)
Enfim, espero que não tenham desistido de nós *--*
Aqui vai mais um capítulo, espero que gostem. Boa leitura :)



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Ágata

– GUSTAV!!! PRECISAVA DISSO?? – Vocifero contra ele, após sua ridícula cena com Caio, outro que gosta de provocar.

– Mas a culpa não é minha se ele só fazia “HM”, “HM”, “HM”, “HM”!!! Isso irrita! Ele bateu o recorde do Deidara (¬.¬)

– Arrgt!! Que coisa... Ok, sei que você quer saber sobre coisas, logo que faz tempos que não nos vemos...

– Desde a morte de Edmundo.

Encolhi-me por um instante. Sabia que havia muito tempo desde sua morte, mas este ainda era um assunto delicado para mim, tanto que eu não esperava que ele dissesse assim, na lata e ali, no refeitório.

– Sinto muito. – Sussurro. ~um minuto de silêncio~

– ... Ágata? Está bem? Olha... Eu que devo desculpas, não sabia que esse assunto mexia tanto com você.

– Certo, tudo bem. Vamos mudar de assunto então? – Ele concorda levemente com a cabeça – Ok! Ahm... Onde estuda?

– Estou estudando em uma escola chamada Einstein, uma escola de uma cidadezinha chamada Frank. Mas estou pensando seriamente em me transferir para a escola Nyah, soube que a educação por lá é ótima (^.^)

Dou um pulo e um gritinho ao mesmo tempo.

– MENTIRA!? Sério? Tem certeza disso?

Ele me olha como se eu fosse uma idiota com problemas mentais gravíssimos, que não sabe somar 1+1 ou que não sabe digerir informações com facilidade.

– Ssssssseeeeeeiiii ssssiiiiimmmm... – ele falava lentamente, para que eu não perdesse uma palavra, letra, nadinha!– Eeeeeuuuu sssseeeeiiii ooonnnddeeee eeeeeeeuuuuu mmmmooooorooooo...

– Mim entender! Mim não ser pessoa burra.

Ele dá um pequeno e breve sorriso, e eu me lembro dos velhos tempos. Ele não ri dessa maneira desde que Edmundo morreu. Ele não ri assim há dois anos.

– Eu moro lá! Estudo numa escola chamada Nyah...

– O QUÊ? Uma escola que antes era somente masculina?? COMO PODE QUERER FICAR NUMA ESCOLA E SER RODEADA POR GAROTOS??

– Não grite, seu idiota! – As pessoas começaram a olhar, e eu coloquei a mão no rosto, como que numa tentativa de disfarçar que não conheço a pessoa com que estou conversando. Eu sei, meio absurdo né? – Eu não sabia disto até o inicio das aulas.

– Por que não procurou saber a onde estava indo estudar? E se eles fossem drogados, da máfia, stripers, gogoboys, hippies, e ainda dissessem “E aee brow, só na paaaaaaz?” – Juro por Deus, ele fez uma voz arrastada e despreocupada, encarnou a personagem, tanto que até entortou a boca pra falar.

Ri enquanto procurava uma resposta decente àquela pergunta sem sentido. Mas então parei, queria dar uma bronca nele. ~tipo: ahahahahahaha PAREI!~

– Porque eu não tive tempo! E não, lá não há drogados, pessoas da máfia, stripers, gogoboys, hippies que dizem “E aee brow, só na paaaaaaz?”. – Fiz questão de imitá-lo, o que o fez rir.

– Não usa uma coisa chamada “internet”? Achei que fosse para isso que ela servia, e acreditava que era do seu tempo (u.u)

– O que está insinuando? (¬.¬)

Ficamos conversando por mais algumas horas, até que começou a escurecer.

– Tenho que voltar para o meu quarto. Mas gostei muito de passar o dia com você, Gustav.

– Ainda pode ter minha companhia. Até seu quarto. E de grátis (hehehehe) – Sim, ele disse “de grátis” e sim, ele riu desta maneira estranha.

– Olha... Não precisa se incomodar...

Mas o garoto não queria conversa, enroscou seu braço no meu e me levou/arrastou para meu quarto.

Não sabia que sentia tanto a falta de Gustav assim. Eu não falava dele nem nada, porque me traria lembranças dolorosas sobre Aquela Pessoa. Na verdade, Edmundo era primo de Gustav, mas andavam muito juntos. No dia em que Luce me apresentou Gustav, eu pensei “Oh, mais um guri”. No dia em que Gustav me apresentou Ed... Eu pensei “Meu Deus!”, e eu tinha apenas quatorze anos quando começamos a namorar...

– Ei, Ágata, preciso falar com você.

Ed me puxou para o canto, e eu meio que corei. Eu gosto dele, e fico sem jeito quando ele diz meu nome, ou que precisa de mim para algo. Isso é muito idiota?

– C-claro!

Eu gaguejei? Mas por quê!? Isso claramente o fez sorrir.

– É engraçado quando você cora desta maneira.

Tenho certeza de que é ai que eu fico mais vermelha do que já estava, e ele continua a me puxar, até que paramos sob uma cerejeira. Fiquei em silêncio, esperando ele dizer o que queria quando me trouxe.

Olhei-o. Ele era loiro, seus cabelos eram bem bagunçados, mas era isso o que mantinha seu charme. Eu poderia ficar olhando para sempre para aqueles olhos verdes, delicados e inocentes, meigos e sinceros, que refletiam todas as qualidades de Ed, se soubesse olhá-los com atenção. Ele usava uma camisa xadrez por cima de uma regata branca. Ele não era nada musculoso, mas também não era magricela. E apesar de termos a mesma idade, por ele ser um pouco mais alto que eu, aparentava ser mais velho. Sua calça jeans azul, com detalhes rasgados no joelho me fazia sorrir, por dias que eu já dissera comentários idiotas, mas que lhe arrancava sorrisos bobos.

E agora estávamos ali, tão próximos um do outro que eu podia ouvir sua respiração controlada.

– Ágata eu... tenho uma coisa importante pra lhe dizer.

Eu poderia dizer algo legal, como “Pode dizer.”, ou somente “Diga”. Mas o que eu disse foi:

– Uh.

Ele sorriu, encarou o chão por alguns segundos, e então...

– Eu te amo. Eu... Amo muito você, Ágata. Eu não sabia como lhe dizer isso, mas... É a verdade. É o que eu sinto.

Pela surpresa e por não saber o que falar, optei por não dizer nada. Calei-me e o encarei, olho a olho, sem palavras.

– Ágata... Por favor... Diga algo. Nem que seja para rejeitar... Mesmo que seja um “não”...

Então eu o calei e o surpreendi com um abraço.

– Fique quieto, seu bobo! Eu... A verdade é que eu... Também o amo. – Sinto seus braços em torno de mim, ele estava correspondendo meu abraço. – Eu só não disse nada antes porque... Jurava que você gostava de outra pessoa, que gostava de mim apenas como uma amiga.

Eu estava chorando agora, e ele desfez o abraço para me encarar. Um sorriso enormemente estampado no rosto. Um bobo alegre.

– Eu não seria tão louco, a ponto de querer você ao meu lado por tão pouco, como uma simples amizade.

E então, ele me puxa pela cintura, e nos beijamos...

– ... ÁGATA!!!!

O grito desnecessário de Gustav tira-me de meus pensamentos.

– Por que está chorando? Aconteceu alguma coisa? Pensei que tivesse sido abduzida, para não sei onde! Você não se mexia e...

– Não foi nada. Obrigada pela companhia. – sequei minhas lágrimas e dei-lhe um beijinho da bochecha, enquanto me dava conta de que já havíamos chegado em meu quarto. Mas espera aí... COMO ELE SABIA QUAL ERA MEU QUARTO?

Viro-me para brigar com Gustav, mas não o vejo mais, então entro em meu quarto.

– Olá, Ágata (¬.¬)

– Olá, Sawa (¬.¬) E o Ran?

– O que tem ele?

– Como ele está?

– Pergunta pra ele ué (¬.¬)

AI!

– Você gosta dele. Já disse isso a ele?

Ela me encara tipo à O.O ß

– O que disse?

– Mas é verdade! Quer que eu...

– Não! Não faça nada, por favor.

Ficamos em silêncio por um tempo, ela me encarando com um olhar mortal, eu parada como uma estátua. Mas tão de repente voltei ao meu normal. E vou tomar banho.

~depois de dez minutos e muita cantoria no chuveiro...~

– Hey sawa, você viu meu sutiã... AH!!

Bato o dedinho do pé na cama, então pulo (enrolada na toalha) segurando-o, tropeço em um pé desconhecido e caio deitada no colo de alguém.

– Que sorte que a toalha não caiu... – falo, ainda deitada. Mas no colo de quem? Quem? Ah... O Ogawa... O OGAWA???!!!

– Sorte...? Uh.

Apesar de dizer isso, ele fica corado. Dou outro pulo e corro para o banheiro. Por acaso, há lá uma camisa dele. DELE! COMO PODE?

Segundos depois, encontro o bendito sutiã. Visto-me apressadamente (a camisa dele né, porque sim; e minhas peças íntimas que eu havia pego antes de entrar no banheiro, mas que acabara me esquecendo). Lembro-me da outra vez em que fui na casa dele, e que sua camisa tampava metade de minhas coxas. Essa camisa era cinza, com mangas compridas e com o cheirinho dele. Nhaw!

– Onde está a Sawa? – Cruzo os braços.

– Pedi a ela que nos deixasse a sós. Não foi fácil convencê-la, mas consegui.

– O que quer comigo?

– Sente-se. – Ele deu um tapinha na cama, para que eu sentasse de frente com ele. Mas eu me mantive de pé. Ele balança a cabeça em desaprovação, e então se põe de pé também. Sua proximidade me deixa com vergonha, e por pouco saio da defensiva. – Eu queria te perguntar por que saiu correndo naquela hora.

– Quehora! Quehora? – falo rápido demais e acho que ele não entende.

– Seja direta.

Encolho os ombros. Depois de um tempo percebo que tremo. Respiro fundo.

– Você tem mesmo a intenção de ir pra aquela festa?

– Que festa?

– AH?! Você por acaso é lesado?

(O.O) Ele fica surpreso, mas não fala nada. Então continuo:

– Quer que eu seja mais direta? Aquela festa que o Denis te chamou, “Ogawa solteiro” – ressaltei as aspas com os dedos bem na cara dele – E você disse “Tanto faz... Pra mim não faz diferença”. – imito o tom de voz dele, o que o irrita.

– Não me lembro disso (¬.¬)

Sabe o que eu vou fazer agora? Mete o murro nele!! Levanto o braço, mas paro no ato. Minha mão pousa em seu peito e começo a chorar. Sou idiota, não diga nada.

Ele fica surpreso. E não faz nada.

– Estamos juntos, não é...? Mas não parece! Você não age como se estivéssemos juntos! Não sei o que devo fazer, Ogawa. – Suspiro e tento controlar o choro, lágrimas malditas que teimam em sair...! – Sei que está preocupado quando aos sentimentos do Denis, mas enquanto aos seus, ou os meus? Diga-me se eu estiver sendo egoísta ou algo do tipo, por favor. É só que eu não consigo mais me conter... E o pior de tudo... O pior de tudo é que parece que você constrói um muro entre nós. EU não sei o que está pensando, Ogawa, mas eu queria muito saber. Porfavormefaçacalaraboca... – Essa ultima parte eu falo rápido de mais, tanto que até o faz sorrir levemente.

– Sinto muito. Não sabia que você se sentia dessa forma. Quando eu disse que para mim não fazia diferença, me referia ao fato de que estar lá ou não realmente não me importa. Eu não ficaria com ninguém. Não trairei você, Ágata, e se quiser, podemos contar tudo a eles amanhã. Que tal?

– Tudo bem pra mim. Eu te amo tanto, seu bobo! – e então, ele me encheu de beijinhos, o que me deixou muito contente.

– Bem, Sawa deve estra querendo o quarto de volta. Eu vou indo.

Penso em negar, mas ele tem razão. Ele já pôs Sawa para fora, nada mais justo que ela volte.

– Tudo bem. Até amanhã.

Acompanhei-o até a porta, e do outro lado dela estavam Sawa e Ran (nhaw!). Ela sorria, e parece que conversavam sobre algo empolgante. Ogawa olha para mim, e sorria, mas logo foi andando pelo corredor. E quando ele parou perto de Ran para que fossem juntos, Sawa ficou muito sem jeito, e disse um “Adeus!” desajeitado e entrou no quarto.

– Ágata – chamou-me Ogawa, falando por cima do ombro. Encaro-o e ele me sorri. Mas não diz nada. Pergunto-me o que ele queria me dizer, SE ele tinha algo a dizer. Mas disso, eu não saberia tão cedo.


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Notas finais do capítulo

E então?? Comentem pf!
Eu estava morta de saudades... mais uma vez, perdoem nosso atraso.. Amo vocês ^.^



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