Uma Tarde De Sol escrita por EnquantoIsso


Capítulo 6
Laura...


Notas iniciais do capítulo

Enzo conhece Laura, uma garota que provavelmente irá tirar Mônica do seu coração. Será?



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Chegando ao lugar, decidi entrar. Era uma festa sertaneja, só aquelas meninas com vestidinho curto e dançando “arrocha”. Decidi me arriscar, mesmo que eu não gostasse daquele tipo de música. Avistei uma menina que estava de lado... Ela estava com um copo de caipirinha e sozinha em um canto. Toda de preto, com um short não muito curto... Seus cabelos eram negros, seu rosto era perfeito. Não pensei duas vezes. Cheguei à moça e foi mais ou menos assim:

- O que faz sozinha nesse canto? – perguntei, me aproximando da moça.
- Apreciando a vista... Nem sei por que estou aqui – diz ela, virando o rosto para mim e soltando um lindo sorriso. Fiquei fissurado naquele sorriso. Sua boca era levemente carnuda e meu Deus! Acho que o meu problema é amar demais.

- Você deveria dançar. Tem tantos Gusttavo Lima espalhados por aqui – solto uma risada e ela também. Logo depois, ela responde:
- Na realidade, eu só estou acompanhando uma amiga. Que no caso, está com aquele Gusttavo Lima – ela aponta do rapaz – não entendo o gosto dela.
- Nem eu – nisso, eu pego a caipirinha da mão dela – vamos lá pra fora, está mais que chato aqui.

Sentamos em uma calçada, pegamos uma garrafa de Big Apple e começamos a conversar sobre as nossas vidas. Ela estava cursando a faculdade de Administração. Ela tinha vinte anos, era um ano mais velha que eu na época. Contou que seus pais eram caretas demais para que pudessem entender o que realmente ela queria. Ela queria pintar. Acho que eu não servia pra ela. Aquilo me desanimou... Quando falei que eu era repositor de mercado, ela riu da minha cara e disse que tinha certeza que o meu dom não era esse. Papo vai, papo vem... Ela disse que nunca teria aberto seu coração daquele jeito, pois até a amiga dela, a que estava pegando o Gusttavo Lima, não a entendia. Falava que pintar era coisa do passado, que não dava dinheiro, enfim... Uma verdadeira idiota.

Eu gostei muito daquela garota e nem tinha perguntado o nome dela ainda. Acho que o nome era o que menos importava naquela hora. Deixei o nome para mais tarde... Falei para ela, que nunca tinha visto uma menina tão bonita quanto ela. Ela riu e achou a cantada muito brega. Eu falei que não foi só uma cantada. Foi uma mistura da realidade com uma cantada. Falei que seu rosto era perfeito e comecei a acariciá-lo de leve, ela sorriu para mim e envergonhada, olhou para baixo. Levantei seu rosto e sussurrei para não ter vergonha... Encostei meus lábios nos dela e a beijei.

Deitamos na calçada mesmo, a abracei e ali ficamos. Quando me dei conta, já estava amanhecendo, ela dormiu nos meus braços. Tive pena de acordá-la, ela era linda até dormindo, mas era preciso. Ela me olhou com uma cara de sono, e rindo me perguntou se já era de manhã. Falei que sim e logo perguntei se queria companhia para ir embora... Ela disse que não precisava, morava a menos de duas quadras dali. Mas insisti e ela cedeu. O caminho era realmente curto, mas deu tempo de eu perguntar a ela o seu nome... O nome da moça era Laura. Já na frente da casa dela, a encostei na cerca de sua casa e dei um último beijo de despedida. Pedi seu telefone, prometi que ainda aquele dia eu iria ligar para ela.

Fui pra casa pulando de alegria, por que velho! Achar uma garota desses numa festa sertaneja é no mínimo estranho. Eu chegando, mais ou menos oito horas da manhã em casa, era pedir para tomar puxões de orelha. Abri a porta e já fui para a cozinha. Comi algo rapidamente, fui correndo tomar um banho e me arrumei para o trabalho. Não dormi praticamente nada. Sabe, a calçada não é muito macia... Eu já estava arrumando minha mochila, quando entra Joseane em meu quarto perguntando se eu estava bem:

- Enzo, aonde passou a noite? Não quero ser chata, mas... Sua avó quase chamou a polícia.
- Eu conheci uma garota em uma festa, ficamos conversando a madrugada inteira e esqueci-me de ligar para avisar. Avise minha avó e peça desculpas em meu nome, por favor – eu já terminando de arrumar a mochila, a fechei e pus a mochila nas costas. Joseane sorrindo, falou:
- Você está de bom humor, filho. Quero conhecê-la – rindo falou. Olhei para ela e disse:
- Se um dia Laura vier aqui, quem vai conhecê-la irá ser minha avó.

E sai do quarto, em direção a porta de frente. Não olhei para trás, simplesmente fui para o trabalho. Já estava cansado.


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