Uma Tarde De Sol escrita por EnquantoIsso


Capítulo 3
Mônica v********.


Notas iniciais do capítulo

Mônica volta com o seu ex-namorado, o Humberto. Isso deixa Enzo arrasado. E isso leva a álcool. Álcool leva ao "modo automático". E o "modo automático" leva à balada.



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Eu levantei meu avô, coloquei-o na cama e correndo, fui para o banheiro, para fazer o mesmo com minha avó.

Já cansado, fui para cozinha. Mônica já tinha terminado de tomar seu café da manhã e me disse que tinha que trabalhar. Eu disse que tudo bem, pois mais tarde eu também iria sair. Eu a puxei e dei um beijo demorado, acariciei seu rosto e sussurrando, disse que foi a melhor noite da minha vida. Não menti... Aquela noite foi uma das melhores.

Mas como tinha tido a ela, nesse mesmo dia teria que arrumar um emprego. Achei que não seria tão difícil, sempre tive notas boas. Sai logo depois dela. Rodei aquela cidade procurando um bom emprego, no fim, virei atendente em uma loja chamada theGangue. Aonde só iam pessoas boas de vida, digamos assim. Como eu só teria problema com “desastrite aguda”, fiquei tranqüilo. Tranqüilo em partes, pois para eu derrubar uma pilha de roupas em um cliente não custava. Meu chefe se chamava Eliezer. Um nome ridículo, eu diria. Ele era gordo, chato, baixo e mandão. Bom, mandão ele teria que ser sempre, mas aquilo era demais. Logo no meu primeiro dia, fui ao banheiro e quase fui crucificado. Porra velho, eu só tava no banheiro, gordo desgraçado. Resultado: Fui demitido. Quando ele falou que fui demitido, com raiva, respirei fundo. Um copo de café estava sobre a bancada do caixa... Peguei-o e joguei na cara daquele gordo lazarento. Eu não sabia que estava fervendo. Quando percebi que ele poderia se limpar e querer bater em mim (Uma barrigada daquelas me mandaria ao Alaska), sai correndo parecendo uma mulherzinha. Só não gritei, pois seria gay. Aliás, sair correndo igual uma mulherzinha já era gay, só não queria dar mais bandeira ainda.

Chegando a minha casa, tomei um banho rápido e fui para o computador. Vi que o Avenged Sevenfold faria um show na minha cidade daqui a um mês. Caralho, quase pirei! Minhas economias davam meu ingresso e mais o de Mônica, aí sim que dobrei o sorriso! Avisei a ela, ela não esboçou animação, só deu duas ou três risadas e disse que teria que desligar.

Passou-se um tempo desse ocorrido e percebi que Mônica havia se afastado um pouco de mim... Não retornava minhas ligações, não respondia minhas mensagens e nem sequer abria a janela do bate-papo no Facebook. Eu resolvi ir até a casa dela, perguntar o porquê de tanta maldade comigo... Não precisou apertar a campainha. Humberto voltou com tudo que tem direito. Quando a vi com o Humberto, gritei pelo nome dela. Ela disse que não era nada daquilo que eu estava pensando, mandei-a se foder e a chamei de vadia. Sai de lá furioso, com raiva de mim mesmo por ter acreditado naquilo! Acreditado nela. Nas mentiras dela. Pensando bem, nem foi culpa dela, grande parte foi minha culpa por ter feito tantas ilusões sobre ela. Mas fazer o que... No caminho de casa, recebi uma ligação de André. Atendi, foi mais ou menos assim:

- Enzo?

- Fala cara.

- Fiquei sabendo da situação que você ficou por causa da Mônica...

- Como ficou sabendo, André?

- O Humberto me contou cara

- Até você, seu filho da puta? Vai tomar no seu cu. Aproveita e pede pro Humberto arrombar você e aquela vadia ao mesmo tempo.

Desliguei o telefone na cara do André. Porra! Até ele! Eu não sabia mais o que fazer e como a tendência da minha família é ser um bando de retardados, desviei o caminho de casa e fui para um bar beber. Bebi pra caralho, me entupi de cachaça. Não lembro muito bem o que aconteceu nesse dia, mas eu teria conhecido uns caras no bar e topamos ir para uma balada qualquer da cidade. Só lembro-me de vomitar na cara de uma garota e ser colocado pra fora pelos seguranças. Acordei no chão, do lado de um mendigo... Quando eu percebi que realmente era um mendigo, levantei rápido. Ele me falou para ir devagar, pois a noite teria sido maravilhosa ontem. Até hoje tento olhar minha bunda pra ver se está tudo bem.

Voltei pra casa, dor de cabeça infernal! Ouvi barulhos vindos do meu celular, que eu não sabia onde estava. Tirei minha calça, procurando nos bolsos... Só foi adiantar quando tirei a cueca. O celular estava ali, caralho, como? Eu não tinha sentido nada! Só se ele estivesse em um lugar que eu já estaria acostumado a sentir dor... Puta merda! Melhor não pensar nisso.

Só sei que o celular estava ali. Era a operadora e suas dicas. Que famoso que eu sou, meu Deus. Depois desse acontecido, resolvi ficar mais na minha. Consegui um emprego como... Sabe aqueles caras que colocam as mercadorias nas prateleiras do mercado? Pois é, consegui um emprego assim. Eu ganhava pouco, mas era o bastante pra cuidar da minha própria vida. Morando na casa dos avós, mas sem dar trabalho a eles.

O show do Avenged Sevenfold estava chegando, eu nem estava muito animado... Mas eu tinha que ir! Era o show da minha vida e decidi que não iria ficar triste por causa de uma vadiazinha. Até falei com o meu chefe, o Seu Antônio, que não poderia trabalhar naquela sexta-feira (dia do show). Como eu não havia dado dor de cabeça a ele ainda, ele disse que tudo bem... Que sorte!


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