Misses Knightley - HIATUS escrita por Elizabeth Darcy


Capítulo 7
Opiniões


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo também tecnicamente não foi escrito por mim e veio do livro original, mas ej editei e praticamente o refiz, deve estar tudo certo.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/426252/chapter/7

Esta carta não pôde deixar de comover a Emma. E apesar de estar predisposta a ir contra ele, viu-se obrigada a lhe considerar de um modo muito mais benévolo, como já tinha suposto a senhora Weston. Quando chegou ao lugar no que aparecia seu próprio nome, o efeito se fez irresistível; todo o relativo a ela era interessante, e quase cada linha da carta que a concernia agradável; e quando cessou este motivo de interesse, o tema seguiu apaixonando-a pela natural evocação do afeto que tinha professado ao jovem e o capitalista atrativo que tinha sempre para ela toda história de amor.

Não se interrompeu até havê-lo lido tudo; e embora lhe era impossível deixar de reconhecer que ele havia obrado mau, opinava que em seu fundo proceder tinha sido menos censurável do que tinha imaginado. E tinha sofrido tanto e estava tão arrependido, mostrava tanta gratidão para com a senhora Weston, e tanto amor para com a senhorita Fairfax, e Emma era então tão feliz, que não podia ser muito severa; e se naquele momento Frank Churchill tivesse entrado por aquela porta e lhe tivesse dado a mão tão cordialmente como sempre, não seria capaz de culpá-lo mais que somente um pouco.

Ficou tão bem impressionada pela carta que quando voltou o senhor Knightley quis que ele a lesse; estava segura de que a senhora Weston não se houvesse oposto a isso; sobre tudo, tratando-se de alguém que, como o senhor Knightley, tinha encontrado tantas reprovações a sua conduta.

– Eu gostarei de lê-la - disse - Mas parece que é um pouco longa. Levarei-me isso a casa e a olharei com atenção.

Mas isto não era possível. Os Westons viriam para o jantar em apenas um par de horas e Emma prometera devolver a carta.

– Eu preferiria poder conversar com você, minha querida Emma - replicou ele - mas já que, conforme parece, trata-se de uma questão de justiça, lerei-a agora.

Começou a leitura, mas em seguida se interrompeu para dizer:

– Se fizer uns meses me tivessem pedido para ler uma das cartas deste jovem a sua madrasta, asseguro-lhe, Emma, que não me tivesse tomado isso com tanta indiferença.

Seguiu lendo para si; e logo, com um sorriso, comentou:

– Um cabeçalho do mais cerimonioso. É, faz juz a sua maneira de ser, o nosso estilo não é norma obrigatória para todos outro, entao não serei tão exigente.

Ao cabo de pouco acrescentou:

– Eu preferiria expressar minha opinião em voz alta enquanto leio; assim notarei que estou ao lado de você. Não será perder o tempo de tudo; mas se a você não gosta ... - Disse o sr. Knightley ao percener que nunca se puseram naquela situação e que a Emma poderia agradar pouco.

– Pode continuar, prefiro-o, de verdade.

O senhor Knightley acentiu e voltou a leitura com maior zelo.

– Isso da "tentação" -disse- custo acreditar que tome a sério. Sabe que não tem razão, e carece de argumentos sólidos para convencer... Fez mal... Não deveria haver-se prometido "a predisposição de seu pai". Não, não é justo para com seu pai... O senhor Weston sempre pôs seu caráter impetuoso ao serviço de empresas dignas e honrosas, mas antes de tentar conseguir algo, o senhor Weston sempre se feito merecedor disso... Sim, isso é verdade... Não veio até que a senhorita Fairfax esteve já aqui.

– E eu não esqueci -disse Emma- como você estava seguro de que se ele houvesse querido, tivesse podido vir antes. É você muito amável ao passar por cima este assunto, mas tinha você toda a razão. - Emma falou mesmo vendo que ele não tinha tocado no assunto.

–Emma, eu não era totalmente imparcial em meu julgamento, mas, apesar de tudo, acredito que inclusive se você não tivesse andado por no meio... eu também tivesse desconfiado dele.

Quando chegou à passagem em que se falava da senhorita Woodhouse, viu-se obrigado a lê-lo tudo em voz alta todo o relativo a ela, com um sorriso; um olhar; um movimento de cabeça; uma palavra ou dois de assentimento ou de desaprovação; ou simplesmente de amor, conforme requeria a matéria. Entretanto, depois de uns momentos de reflexão, concluiu dizendo muito seriamente:

– Muito mal, embora tivesse podido ser pior Churchill esteve fazendo um jogo muito perigoso. Ter tanta confiança em que o azar o vai solucionar tudo! Não julga bem a conduta que teve com você... Em realidade se foi deixando enganar por seus próprios desejos, sem ter a menor consideração por tudo o que não fora de sua conveniência... Imaginar-se que você tinha descoberto seu segredo! Não pode ser mais natural! Mistério, intriga, tudo isto turva o julgamento... Minha querida Emma, não acredita que tudo nos demonstra cada vez com mais evidencia, a beleza da verdade e da sinceridade em nossas mútuas relações?

Emma assentiu, mas não pôde evitar ruborizar-se ao pensar no Harriet, a quem não podia dar uma explicação sincera do ocorrido.

– É melhor que siga fiel a ela.

Assim o fez, mas em seguida voltou a interromper a leitura para exclamar:

– O piano! Ah! Isso é algo muito próprio de um moço, de um moço de pouca idade, muito jovem para compreender que às vezes em um presente assim pesam mais os inconvenientes que a ilusão que produz. Sim, é uma idéia de menino! Não posso conceber que um homem se empenhe em dar a uma mulher uma prova de seu afeto que sabe que ela preferiria não receber; e sabia que de ter podido, ela se houvesse oposto a que o enviasse o piano. Depois disto seguiu lendo durante uns minutos sem fazer nenhuma outra pausa.

A confissão do Frank Churchill de que se levou de um modo vergonhoso foi a primeira coisa que lhe incitou a lhe dedicar algo mais que umas diretas palavras.

– Estou totalmente de acordo contigo, meu amigo - foi seu comentário - Comportou-se de um modo imperdoável. Em sua vida tem escrito você uma frase mais verdadeira.

E depois de ler que seguia dizendo sobre o desacordo de ambos, e de seu insistência em obrar de um modo contrário ao que parecia mais justo à Jane Fairfax, fez uma pausa mais larga para dizer:

– Isso é incrível... Obrigá-la pelo interesse dele a ficar em uma situação tão difícil e tão incômoda, quando sua máxima preocupação tivesse devido ser lhe evitar tudo sofrimento desnecessário... Ela tinha que ter exigido uma igualdade de circunstâncias. E ele tinha que ter respeitado inclusive os escrúpulos pouco fundados, em caso de que o tivessem sido, que ela tivesse; e todos eram muito fundados. A ela temos que lhe atribuir um engano, e recordar que obrou muito mal consentindo naquele compromisso, tolerando o que lhe pusesse em uma situação que só podia lhe trazer insipidezes.

– Acredito que nenhum de nós, sr. Knightley, podemos comentar isso. - Disse baixo ao relembrar como ele e ela estavam noivos em segredo.

Emma sabia que agora estavam chegando à passagem em que se falava da excursão a Box Hill, e se sentiu incômoda. Sua atitude tinha sido tão pouco digna naquela ocasião! Sentia-se profundamente envergonhada e um pouco temerosa de que ele voltasse a olhá-la. Entretanto o leu tudo sem pestanejar, atentamente e sem fazer o menor comentário; excetuando um rápido olhar que dirigiu a Emma, e que foi só foto instantânea, porque tinha medo da causar pena... não se fez a menor alusão ao Box Hill.

– A delicadeza de nossos bons amigos, os Elton, não fica muito bem parada - foi o seguinte comentário. - Compreendo a atitude dele. De modo que ela se decidiu a romper definitivamente! Um compromisso que só havia trazido insipidezes e desditas para os dois, que o considerava desfeito. Como se vê aqui que ela se dava conta de o reprovável da conduta dele! Bom, certamente este moço é do mais...

– Espere, espere. Siga lendo. Já verá como ele também sofreu muito.

– Assim o espero - replicou o senhor Knightley friamente, enquanto voltava a absorver-se na leitura da carta - Smallridge? O que quer dizer? O que significa todo isso?

– Jane Fairfax tinha aceito um emprego de governanta na casa da senhora Smallridge, uma íntima amiga da senhora Elton que vive perto do Maple Grove; e, dito seja de passagem, não sei como vai tomar se esta decepção a senhora Elton.

– Emma, não me distraia já que me obriga a ler, não me diga nada, nem sequer da senhora Elton. Só falta uma página. Já acabo e discutiremos o que falta antes do sr. Weston ouvir algo sobre o filho.

– Eu gostaria que a lesse com melhor predisposição para com ele. - Emma chatou-se.

– Bom, parece que aqui há um pouco de sentimento. Parece que se impressionou muito ao vê-la doente, certamente, não tenho a menor duvida de que está apaixonado por ela. "ueremo-nos mais, muito mais que antes." Confio em que saiba sempre reconhecer o valor de uma reconciliação como essa. "A senhorita Woodhouse me chama de filho da boa soter". Ah, sim? É assim como lhe chama a senhorita Woodhouse? E um belo final " Filho da boa sorte" era assim como você lhe chamava?

– Não parece você ter ficado tão satisfeito como eu com esta carta; mas pelo menos espero que lhe tenha dado uma idéia mais favorável dele. Confio em que agora tenha uma opinião melhor.

– Sim, certamente. Pode acusar-se o de culpas graves, de egoísmo e de ligeireza; e estou totalmente de acordo com ele em que provavelmente será mais feliz do que merece; mas como, apesar de tudo e sem dúvida nenhuma, está realmente apaixonado pela senhorita Faírfax, e espero que não tarde em gozar do privilégio de estar constantemente com ela, estou disposto a acreditar que seu caráter melhorará, e que graças a ela adquirirá uma firmeza e uma delicadeza de sentimentos que agora não tem.

– Então não devemos mais dizer nada sobre isso, não até que seja nosso compromisso que edteja resolvido, porque o deles está divinamente encaminhado.

– É claro que está, mas quero pensar que mesmo depois de tantos anos até percebemos o que realmente sentíamos tenhamos tanta felicidade de um jovem casal. Temos sua bênção srta. Woodhouse? - Perguntou o amado imitando Franck Churchill.

– Havemos sempre de ter! - Respondeu rindo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguma coisa saiu errada? Avisem!
Quero pedir a vocês se podem olhar as minhas histórias originais, gosto de ter a opinião principalmente de quem gosta desses livros como Emma e Orgulho e Preconceito porque são meus preferidos.
Beijos e vejo vocês quando puder.