Desde que eu saí da delegacia até à noite as horas se arrastavam para passar. Henry chegou, nós jantamos e conversamos sobre o dia, como sempre fazíamos. Ele foi para o quarto jogar vídeo game, apesar de estar em semana de provas eu não ia negar os seus 60minutos de descanso mental e diversão atrás da TV. Fui para o escritório, fiquei lá por um tempo e meus pensamentos se misturavam sobre quem eu era antes da Emma aparecer e sobre quem eu me tornei.

“Eu não sabia mais sonhar
Eu preferia só ficar, sozinha nessa estrada
Eu esquecia quem sou eu
Eu refletia como o breu, antes da sua chegada.”

Tudo que eu tinha feito era procurar o Daniel na perspectiva de que ele era o meu amor verdadeiro, o amor que eu poderia viver nesse mundo. Mundo que aceitei “criar” simplesmente para encontrá-lo. Lugar onde eu parei o tempo para esperá-lo. Esse era o real motivo de ter lançado a maldição. Mas quando eu já estava cansada de procurá-lo, Emma simplesmente surgiu em Storybrooke e fez toda aquela rotina mudar. Era notável todas as mudanças em mim desde que ela chegou, do meu modo de tratar as pessoas, até o jeito que eu me vestia. Tudo tinha um sentido, um por que e é ela quem estava fazendo isso. – Sorri com meus pensamentos enquanto andava pelo escritório. – O que eu via em mim era uma Regina apaixonada como há tantos anos atrás, talvez uma paixão mais intensa. Meus olhos sorriam, e todo aquele sentimento vazio, escuro, desconfortável começou a sumir desde que ela chegou.

“Você me trouxe o por que
Me fez sorrir por merecer
Me deu seu horizonte e a ponte pra acessar
O brilho desse sol em mim e a coisa toda de ruim
Se foi.”

Suspirei - Saí de lá e passei no quarto de Henry. Ele estava dormindo com o controle do vídeo game sobre sua barriga. Desliguei a TV e o jogo e o arrumei na cama. — Se você não tivesse a encontrado, eu ainda estaria perdida. – Pensei alto. Dei um beijo em sua testa e sai do quarto. Fui para o meu quarto, olhei o celular e tinha um SMS da Emma.

“Estou cansada e já estou na cama. Amanhã estarei aí assim que deixar o August na fisioterapia. Dorme bem. Mwah.”

Respondi também desejando boa noite e me deitei. Tudo que eu queria era que a noite acabasse logo para eu poder ter Emma nos meus braços. Abracei o travesseiro e adormeci.

****

De repente me vi acordar como de um desmaio, eu estava amarrada, presa a macieira do meu jardim e toda a cidade com tocha em suas mãos gritava: “Matem a Rainha! Matem a Rainha!”. Emma surgiu em meio às pessoas, ela chorava, seu rosto estava vermelho e seus olhos inchados. Ela não falou nada, mas seus olhos me diziam que ela estava comigo e eu sentia como se ela fosse parte de mim. Ela parou na minha frente virando-se para eles, quando ela fez isso minha mãe surgiu na frente dela. Eu gritava mandando ela parar, mas ela fingiu que não me ouviu e arrancou o coração de Emma e o esmagou.

Acordei sufocando um grito e repetindo para mim mesma: “Foi só um sonho, Regina. Está tudo bem.” Olhei para o relógio e já era 6:40am, estava na hora de acordar o Henry e mandá-lo para escola. Coloquei um hobby e fui para minha rotina diária. Após Henry sair, subir e fui tomar um banho. Estava ansiosa para ver Emma, parecia até uma adolescente em um primeiro encontro. Estava na banheira e o sonho esquisito não saia da minha cabeça, pensar em minha mãe fazendo com Emma o mesmo que ela fez com Daniel me dava cala frios. Antes que eu terminasse o banho a companhia tocou, é claro que eu sabia quem era. Então não me preocupei em me vestir para abrir a porta, apenas me enrolei em uma pequena toalha e desci as escadas com um sorriso pretensioso.

— Bom dia Reg... – Emma falou mostrando uns pacotes com a embalagem do Granny’s quando eu abri a porta. - ... Gina. – Terminou as palavras me olhando de cima a baixo. Dei um sorriso safado.

— Vem. – Falei segurando o braço dela. – Entra. Não quero que as pessoas na rua me vejam nesse “estado”. – Puxei-a para dentro e fechei a porta.

— Nem eu. – Ela falou soltando a toalha do meu corpo e a envolvendo ao meu redor e o dela, fazendo com que ela encostasse seu corpo em meu corpo que agora estava nu. – Você não presta. – Ela sussurrou no meu ouvido. – Isso é jeito de abrir a porta, prefeita?

— Você atrapalhou meu banho. – Falei tirando a toalha dela e envolvendo apenas em mim. – O que são esses pacotes?

— Eu passei lá na sua amiga... – Ela virou os olhos. – E comprei café da manhã. Não deu tempo de comer nada antes de vir e eu também não sabia se você já tinha comido, então trouxe para nós duas. – Dei um leve beijo em seus lábios e sorri.

— Então, eu já tomei café da manhã. Enquanto você come, eu vou vestir uma roupa. – Falei me afastando um pouco, mas logo senti sua mão nos meu braço me trazendo para perto dela novamente.

— Você acha mesmo que eu vou fazer isso? – Ela colocou os pacotes que ainda estavam na sua outra mão em cima de uma estante onde ficam minhas bebidas, sem me soltar. – Se você acha... – Falou olhando nos meus olhos. – Você se enganou. – Ela me beijou sem me dar tempo para que eu dissesse que não, eu não queria resistir, hoje não era o dia para resistir. Tudo que eu queria era ser dela e que ela fosse minha.

“Inacreditável, eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu.”

Emma tirou a toalha do meu corpo fazendo com que ela escorregasse sobre ele. Sem parar de me beijar, suas mãos passeavam pelo meu corpo, sua língua invadia minha boca fazendo com que eu a chupasse. Tirei a jaqueta marrom que ela estava usando, depois desabotoei a blusa vermelha que ela usava por baixo da jaqueta. Ela mordia meu pescoço enquanto tirava de si mesma a blusa vermelha e soltava o feixe do seu sutiã, logo após descalçar os pés das botas. Minhas mãos apertaram seus seios, o que fez ela soltar um gemido perto do meu ouvido. Senti o meu sexo pulsar. — Vem cá... – Sussurrei no ouvido dela e fomos andando e nos beijamos, subimos as escadas e chegamos até meu quarto.

Encostei Emma na parede ao lado da porta e a beijei, sugava sua língua, mordia seus lábios. Ela, ainda de calças, encaixou sua perna entre as minhas, me fazendo encostar minha intimidade que estava úmida em sua perna. Passei minha mão pelo seu corpo e chupei seu pescoço. Ela apoiou as duas mãos na minha bunda e pressionou meu corpo no dela, imediatamente cravei minhas unhas em suas costas em quanto rebolava sobre sua perna. Depois desci devagar e segurei o jeans da sua calça. — Eu não estou gostando nem um pouco disso. – Falei. Mordi sua coxa e abri seu zíper.

— Se você não gosta... – Ela falou levando minhas mãos até a parte da abertura da calça. – Tire. – Ela disse quase e um gemido. Sem demora, puxei para baixo a calça que ainda cobria a sua intimidade. Logo avistei a calcinha branca, deliciosa. Passei minha mão entre suas pernas, pressionando seu sexo, senti a umidade. Olhei para Emma, ela mordeu os lábios, fazendo uma cara de travessa. Passei minha boca pela calcinha branca, puxando-a com os dentes um pouco para baixo. Subi passando a língua pelo corpo dela que se arrepiava. — Você me maltrata... – Ela falou entrelaçando suas mãos em meus cabelos quando eu mordisquei seu seio.

— Eu sei que você gosta. – Respondi e coloquei minha mão dentro da calcinha branca e encharcada. Massageei seu clitóris e ela rebolava em meus dedos, seus movimentos ficavam cada vez mais intensos, suas mãos me apertavam e seu corpo era com um imã, me puxava cada vez para mais perto dela. Nossos seios tocavam-se uns nos outros, deixando o bico cada vez mais rígido de tesão. Invadi a boca dela com minha língua e a segurei pela cintura, levei até a cama sem parar os movimentos que estava fazendo. Deitei por cima dela, colocando nossas pernas encostadas, mas deixando a perna dela aberta.

Seu líquido escorria pelos meus dedos. Emma gemia e me beijava. — Re... Regina, eu quero mais... Mais de você... – Penetrei sua intimidade, ela mordeu meu ombro e soltou um gemido que fez meu sexo se contrair sobre a coxa dela. A cada vez que meus dedos entravam e saiam do seu sexo os gemidos de Emma ficavam mais intensos. – Não para... – Sussurrou entre seus gemidos.

— Gostosa... – Sussurrei em seu ouvido e mordisquei sua orelha. As mãos dela apertaram os lençóis e puxaram meu cabelo. Senti seu corpo contrair e seu quadril se erguer um pouco sobre a cama, seu sexo contraia e relaxava freneticamente. Até que ela relaxou completamente.

“Minha boca não consegue mais, desgrudar da tua pele
Da sua saliência, dos teus sais...”

Suas mãos envolveram meu pescoço e ela me beijou intensamente. Enquanto me beijava ela se mexeu até ficar por cima de mim. — Quais são suas intenções, Senhorita Swan? – Perguntei com um sorriso e passando a língua nos lábios. Ela desceu beijando o meu pescoço, entre meus seios, minha barriga, chegando no meu sexo ela finalmente falou:

— São as melhores possíveis. – Senti a língua quente brincar com o meu clitóris. Mordi meus lábios e segurei uma das mãos dela que estava apoiada na cama, ela acariciava minha mão enquanto chupava minha intimidade. Sentia meu sexo pulsa a cada vez que a língua de Emma o invadia, deslizava sobre ele. Minha boca seca dos gemidos quase incontroláveis. Eu rebolava na boca dela, na língua dela cada vez mais rápido. Senti uma onda de prazer envolver meu corpo. – Aaah, Emma... – Minhas pernas fadigaram e ela subiu beijando minha barriga, até chegar novamente nos meus seios, os beijou. Plantou um beijo carinhoso e molhou minha boca que estava seca.

“De tudo que emana aqui
Quando o amor a gente faz e nunca é demais...”

O meu cheiro estava nela, o cheiro dela estava em mim. Ela ergueu uma das minhas pernas e encaixou seu sexo no meu, eu já estava zonza de prazer. Ela encostou sua testa na minha enquanto nos sentíamos nossos sexos se movimentarem juntos.

Os cabelos loiros dela se misturavam com os meus, nossos gemidos juntos, logo chegamos ao orgasmo juntas. Emma deitou seu corpo sobre o meu, sua respiração ofegante no meu ouvido. Um dos sons mais maravilhosos que eu poderia ouvir.

“Ah, se eu pudesse descobrir de onde vem o seu poder
Onde mora o seu mistério, o seu remédio
Prescrito pra me absorver do mundo que ficou
Pra trás...”

Nossas respirações se acalmaram, ela beijou meu queixo. Me olhou nos olhos, acariciou meu rosto, ficamos em silêncio.

“Inacreditável, eu me sinto confortável ao lado seu
É que eu não sabia que a vida me traria o que jamais me deu.”

A felicidade era maior que qualquer palavra, mas existia um sentimento e eu tinha certeza dele, também tinha certeza que ele precisava ser dito. Quando eu pensei e abri minha boca para falar, ela também falou.

— Eu amo você! – Quebramos o silêncio juntas. Uma leve energia nos envolveu, fazendo uma brisa passar e nossos corpos se estremecerem.

Emma fechou os olhos. Eu me assustei um pouco assim que ela os abriu e me olhou um pouco desnorteada.

— É verdade. – Ela disse após ela ficar me olhando fixamente por alguns segundos.