Em Busca Do Amor Verdadeiro escrita por karol


Capítulo 14
Uma simples carona


Notas iniciais do capítulo

Chegay!
Com eu já tinha explicado, estou em provas na facul e por isso demorei para postar.
Sorry I'm late!

Espero que vocês gostem desse capítulo e que não tenham abandonado a fic.

Boa leitura.



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Gold mostrava uma misteriosa preocupação pelo estado de saúde do August. Não sei o que ele queria com isso, mas eu realmente não me sentia a vontade com sua presença ali.

— Bom dia, Srº Gold. Como pode ver, ele está em coma. – Falei com um pesar na voz. O homem continuou em silêncio e se aproximou da maca, encostando a bengala que carregava com apoio num canto ficando com as duas mãos livres.
— E onde estão os pais dele? Você já avisou? – Ele apoiou suas mão na maca e falou olhando para August.

— Ele não tem parentes. E se existir algum, ele não lembra. – Falei lembrando de quando August chegou ao orfanato.

— Não lembra? – O homem perguntou curioso, dessa vez virando-se para mim.

— Ele chegou ao orfanato sem memória, foi encontrado desmaiado na beira de uma estrada por uma viatura de policia. Levaram ele para um hospital e ao tomar consciência ele estava sem memória. – Eu olhava para os lados tentando lembrar dos detalhes da chegada de alguns. - Existem alguns jornais com anúncios de crianças encontradas pela policia, mas ninguém o procurou. Então ele foi levado até um lar de adoção. – Olhei para Gold e o rosto dele estava um tanto apreensivo. – Você está bem?

— Sim, estou. – Ele olhou para August, novamente olhou para mim. – Qual a idade dele?

— Não sabemos de certeza, pois ele também não se lembra disso. Mas ele não tem mais de 40 anos. – Observei a curiosidade dele e então tomei coragem para perguntar. – Desculpe, mas qual o motivo de tanta preocupação e curiosidade?

— Nenhum Srtª Swan, é apenas uma história comovente. – Balancei a cabeça concordando, mas eu sabia que não era só isso. Existe algo por trás dessa preocupação toda.

Batidas na porta do quarto quebraram nosso silêncio. Logo uma enfermeira entra avisando que tem alguém na recepção para querendo falar comigo e que não poderia deixar o quarto com um número grande de pessoas, já que aquele não era o horário específico de visitas. Gold foi educado e logo falou que já estava de saída. Assim que ele foi embora Ruby entrou no quarto com 2 sacolas.

— Ela falou que não sabia exatamente o que você gostaria de comer, então me mandou trazer um pouco de tudo. – Ela falou colocando as sacolas em cima de uma pequena cômoda ao lado da maca. Logo pensei: Regina e seus exageros, mandou todas as comidas do mundo. Dei um sorriso bobo e percebi que Ruby estava me olhando. – Lembrou de algo?

— Hã? Não... Só estou com fome. – Disfarcei abrindo uma das sacolas.

— Espero que ele acorde logo. Não esqueci a proposta dele de me levar embora daqui. – Ruby falava tentando me animar. Dei um sorriso e continuei a explorar os vários tipo de cafés, bolos, frutas que Regina tinha mandado ela trazer.

— Obrigada por vir trazer o café.

— Não tem problemas, até fiquei feliz quando a prefeita chegou lá e me mandou fazer isso. Quem não gostou muito foi a vovó, mas como foi ordens da prefeita ela não pode reclamar. – Ruby falou entre risos. – Parece que vocês ficaram bem amigas não é? – Ela falou com um olhar malicioso que quase me fez engasgar com o gole do café.

— Acho que por Henry devemos pelo menos ter uma relação saudável. – Falei baixando a cabeça e tentando disfarçar meu nervosismo com o olhar de Ruby que parecia ver o que eu estava sentindo. Acho que quando se está apaixonado por alguém você tem a impressão que isso está escrito na sua testa e que todo mundo consegue ver.

— Entendo... – Ela continuou me olhando. – A prefeita sempre foi muito solitária, acho que é bom para ela a companhia de uma amiga... – Ela falou dando ênfase a palavra ‘amiga’. –Tão bonita, mas tão sozinha. – Ruby falou como se não tivesse pensado antes de falar.

— O que? – Olhei para ela e ergui uma das sobrancelhas.

— Nada. Apenas pensei alto. – Ela disfarçou. – Bem, preciso ir antes que a vovó surte e venha me buscar aqui, se isso acontecer não tem prefeita que me defenda. – Nós rimos da piada, ela se despediu de mim e saiu.

O dia foi extremamente longo. O médico passou para ver August e seu estado era estável, mas não tinha nenhuma evolução. Henry foi com Mary até lá depois da escola, ele falou que a mãe dele tinha contado o que aconteceu e que ela pediu para avisar que se precisasse de algo ela estaria disponível. Henry falou isso na frente de Mary que novamente me olhou desconfiada, eu ignorei o olhar dela, não queria me preocupar com nada além de August. David também foi até lá e por incrível que pareça no mesmo horário em que Mary estava, tocou novamente no assunto sobre eu trabalhar com ele na delegacia, Henry e Mary acharam uma ótima ideia. Depois de um tempo de conversa os dois foram juntos para casa. Henry continuou comigo falando sobre a operação cobra e tentando encontrar uma solução para o coma de August e teoria dele essa situação também faz parte da maldição, mas ele não sabia como August seria um personagem do livro ou que personagem ele seria. Acredito que se fosse para escolher algum personagem August seria Bambi, ele com certeza iria rir e fazer piadas disso. Henry sugeriu que eu lesse o livro para August e talvez isso ajudasse ele a acordar, achei uma bobagem, mas era uma ótima ideia para passar o tempo.

************

O dia tinha sido extremamente cansativo e preocupante. Eu mal tinha conversado com Emma, mas mesmo assim estava a par de tudo que tinha ocorrido naquele hospital hoje, também tinha falado com David para que ele a convencesse de que ela deveria trabalhar com ele, além dos dois se darem muito bem, acredito que seria bom pra ela, até por que ela não me parece o tipo de pessoa que gosta de ficar parada. Cheguei em casa e jantei com o Henry como de costume, ele me falou das coisas com relação ao hospital, sempre falando com convicção que o rapaz iria acordar e perguntou o que eu tinha achado do amigo da Emma e se eu não estiver enganada o garoto fez a pergunta como se sugerisse algo, como se quisesse que eu me interessasse pelo rapaz. Ri disso, apesar da situação, pois logo me lembrei da frase dita por Emma: “Ele é mais mulher do que eu e você”. Mudei de assunto com o Henry, mas o garoto insistia em falar sobre eu estar só e que todo mundo precisa de alguém, que todo mundo precisa se apaixonar, que é possível sentir amor por alguém e ter um final feliz. Ele parecia um pequeno homem falando sobre isso e em todas as suas inocentes palavras eu só conseguia pensar em Emma. O coloquei na cama e fui para o meu quarto, eu precisava de um bom banho.

Sai do banho e me joguei na cama ainda enrolada com a toalha, peguei o celular que também estava jogado em cima dela e liguei para Emma, tinha pedido a Mary Margaret que me passasse o número dela, pois por incrível que pareça, eu ainda não o tinha. A ligação chamou algumas vezes e logo ela atendeu.

— Alô?

— Alô! Srª Swan? – Fiz uma voz diferente para tentar disfarçar e brincar um pouco com ela.

— Pois não. Quem fala?

— Alguém que sentiu sua falta hoje. – Falei deixando minha voz normal.

— Ah!! E esse alguém tem nome? – Ela continuou a brincadeira.

— Eu espero que você adivinhe e também que acerte, por que se não a Srtª estará numa bela enrascada. – Ri da ameaça que tinha feito, isso era de praxe, eu adorava ameaçá-la.

— Seria uma certa... Deixe-me pensar... – Ela continuou brincando.

— Srtª Swan... Acho bom você não errar.

— Não vou errar, tenho um bom instinto. Então, seria uma certa prefeita, linda e sedutora que não sai do meu pensamento?

— Bem, até a parte da prefeita você pode ter acertado. Já o resto eu não sei. – Falei rindo.

— Que bom que você ligou. Você me faz tão bem. – Ela falou de um jeito doce que me fez abraçar o meu travesseiro.

Conversamos até Emma adormecer, continuei com a ligação sem desligar mesmo depois que ela já havia dormido. Escutar a respiração dela, mesmo que seja pelo celular, me fazia muito bem. Adormeci sem perceber no meio de pensamentos relacionados a ela, ao Henry, a tudo que estava acontecendo. Eu estou apaixonada por ela e tenho certeza que nunca senti algo dessa maneira por ninguém, talvez possa se comparar ao que houve com Daniel, mas com ele não tinha tamanha intensidade. Acordei e meu celular estava descarregado, segui minha rotina normal acordando o Henry, tomando café e saindo. Decidi passar no Granny’s para saber se a Ruby tinha ido levar o café da manhã da Emma, antes que eu chegasse lá eu a encontrei no caminho, parei ao carro do lado dela para perguntar.

— Bom dia, Ruby. – Falei após baixar o vidro do carro.

— Bom dia, prefeita. – Ela falou surpresa, retirando os fones do ouvido. – Já estou indo levar o café da manhã da Emma. – Ruby levantou a sacola para que eu pudesse ver. Apenas ri tentando ser simpática.

— Entre no carro, Ruby. Eu levo você até lá, aproveito eu vejo como estão às coisas com o amigo da Emma. – A garota obediente não negou e logo estava dentro do carro. Tentei conversar algo com ela sobre estudos, trabalho, lembrava-me bem quem Ruby era. Em todas as minhas tentativas de conversa a garota respondia rapidamente e direta, sem dar muita abertura, mas eu sempre a notei um pouco nervosa ou talvez fosse impressão. Ri da situação em pensar o que Emma acharia disso, será que ela teria ciúmes? Chegamos ao hospital e ela mal me olhava, talvez fosse uma questão de respeito, não sei.

Passamos pela recepção e fomos direto para o quarto, as enfermeiras e toda equipe médica do hospital já estava avisada sobre o livre acesso dos amigos da Emma ao quarto, desde que ela permitisse.

— Srtª Swan? – Falei educadamente e tentando tratá-la como trato todos ali para que Ruby não percebesse nada diferente.

— Bom dia meu a... – Emma engoliu a voz quando viu que Ruby estava comigo. - ... Prefeita. – Eu quis rir do vacilo que ela deu, mas ela não me pareceu estar preocupada com isso. – Oi Ruby. – Ela sorriu sem humor.

— Oi Emma, vim trazer seu café da manhã como o combinado. – Ruby falou tentando ser simpática. Achei sua atitude um tanto inocente, mas a cara que Emma me olhou me fez perceber que ela não acha o mesmo. – Ele está melhorando? – Ela falou entregando a sacola a ela que pegou sem muita delicadeza.

— Nas mesmas, infelizmente. – Ela falou depositando a comida numa mesinha ao lado da maca. Eu continuei calada a observar sua atitude.

— Bem, melhor eu ir. O Granny’s deve está uma loucura. – Ruby falou um pouco constrangida, com certeza tinha notado a indiferença de Emma. – Obrigada pela carona, Prefeita. Tchau Emma. Tchau August. – Assim que Ruby fechou a porta Emma me interogou.

— Carona? – Ela falou sem nem me olhar.

— Eu estava com saudades de você sabia? – Fui para perto dela tentando abraçá-la e ignorando a pergunta. Mas ela se esquivou.

— Eu não sabia que você era amiguinha da Ruby. – Emma disse cruzando os braços e virando-se de costas para mim.

— Eu não acredito no que está acontecendo aqui. – Falei abraçando-a por trás e envolvendo meus braços na cintura dela. – A Srtª Swan está com ciúmes? É isso mesmo?

— Foi apenas uma pergunta, Regina. Não se faça de idiota. – Falou seria e retirando-se do meu abraço.

— Não vejo motivos para essa crise, Emma. – Dessa vez eu que fiquei chateada com a atitude infantil que ela havia tido. – Eu ia até o Granny’s saber se já tinham trazido o seu café da manhã, então antes que eu chegasse lá encontrei Ruby no caminho. Resolvi dar uma carona a garota para ter o pretexto de vir lhe ver.

— Unhum.

— Vai ficar emburrada por nada? Você está parecendo uma criança.

— Se é o que você acha. – Deu de ombros. – Só sei que você não é cega e já deve ter notado o jeito que a sua amiga entregadora de café da manhã te olha.

— Não notei nada demais. Ela me olha como qualquer outra pessoa na cidade olha.

— Ok. Que bom que todos lhe olham assim.

— Emma... Pare com isso. – Falei com os olhos fixos no dela. – Não tem necessidade de discutirmos por causa de uma coisa insignificante.

— Unhum. – Ela novamente ficou de costas para mim. – Acho melhor você ir, não é bom se atrasar no trabalho prefeita.

— Certo. – Essa foi minha última palavra. Abri a porta e sai. Eu realmente não suporto infantilidade, principalmente por algo sem motivo. E com toda certeza eu sabia que Emma não tinha motivos para esse showzinho, pois eu sei exatamente o que eu sinto por ela e não trocaria isso por nada. Saí do hospital irritada e sem falar com ninguém e me dirigi até a prefeitura. Eu tudo que eu desejo é que o tempo passe rápido.


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Notas finais do capítulo

Eai? Comentem por favor. A opinião de vocês é muito importante para que eu continue escrevendo e se vocês não estiverem gostando me avisem, opinem!!

Aguardo os comentários.

Xoxo. *-*