A História de Uma Semideusa - Crios escrita por Rebeca R


Capítulo 23
O Final Da Batalha


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora semideuses!



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Crios investiu primeiro. Ele puxou um lança de sei-lá-aonde e atacou Humises, mas este era habilidoso e logo pulou para o lado, levantando uma espada e tentando o próprio golpe. Crios podia ser forte (e muitooooo frio), mas ele era lento. A espada do centauro acertou um de seus braços e do ferimento jorrou o icor dourado dos imortais. Crios urrou de dor, enquanto Humises ria da vitória fácil.

Aproveitando a distração de Humises, Crios investiu com sua lança, usando-a para derrubar o centauro. Ele passou a lança pelas pernas do ciclope derrubando-o. Eu decidi sair de perto, antes que algum deles me acertasse acidentalmente. Escondi-me entre as árvores, ficando perto o bastante para acompanhar a luta, mas longe o suficiente para não ser arremessada por uma luta de imortais.

Os dois continuaram a luta, dando pequenas investidas. A luta parecia equilibrada, deixando pequenos cortes nos dois, que às vezes se curavam e em casos mais graves ficavam lá enfraquecendo seu dono. Crios tentou uma rajada de vento, mas a pele quente do centauro o impediu de ser congelado. Humises deu um belo coice em Crios, deixando-o meio tonto, mas este conseguiu atingir a lateral do tronco de Humises, deixando um belo corte.

Depois de quase uma hora de luta, algo incrível aconteceu, algo que me fez ter certeza da minha sorte. Os dois colocaram as suas armas a frente do corpo e avançaram na mesma hora, um em direção ao outro. Chocaram-se. A lança do titã perfurou a pele do centauro e eu pude ver a ponta saindo do outro lado (uma coisa nojenta, eu admito). A espada de Humises perfurou o corpo gelado de Crios. Os dois urraram. Ouve uma explosão dourada que deve ter acabado com boa parte da floresta. A explosão me jogou pra trás e eu bati com tudo em uma árvore. Depois disso, minhas forças se esgotaram e eu apaguei.

Esta bom. Agora é sério. Eu amo muito a enfermaria. Vou me mudar pra lá com certeza. Acordei com a luz branca enchendo meus olhos. Primeiro eu pensei que ainda estivesse na explosão, mas essa luz era acolhedora. Minha visão ainda estava turva, então eu movi minhas mãos. Pude sentir o lençol de linho por cima da minha pele e o colchão macio que eu já tinha experimentado várias vezes.

Inspirei. O ar cheirava a rosas. Minha visão voltou ao normal e eu pude ver que o cheiro vinha de um vaso de flores ao lado da cama. Olhei pra cima e dei de cara com a face sardenta de Nancy. Ela segurava uma caneca com um liquido que eu imaginei ser néctar.

– Finalmente acordou. – ela disse suavemente. – Pegue.

Ela disse me entregando a caneca. Eu me sentei e levei o recipiente aos lábios. Era néctar. O gosto de chocolate encheu minha boca. Em menos de um segundo eu já tinha acabado com o liquido.

– Acho que deva tomar mais disso mais tarde. – falou Nancy. – Vou chamar o Sr. Terácio, ele me pediu para avisar quando você acordasse.

Eu assenti. Não queria experimentar ainda a ideia de falar, mas as imagens iam e vinham na minha cabeça. Eu só conseguiria esquece-las se contasse para alguém, mesmo que esse alguém tenha que ser o Sr. Terácio. Nancy saiu e eu comecei a observar a enfermaria. Todas as camas estavam ocupadas por semideuses. Não havia ninguém morto, eu percebi com um alivio. Pude distinguir a forma corpulenta de Grus em uma cama do outro lado da sala. Vi também John, que estava com uma faixa enrolada na cabeça. Também vi Holl com o corpo todo enfaixado. Os outros eu não conhecia, mas já os tinha visto no acampamento.

Pela primeira vez me perguntei o que tinha acontecido. Se o acampamento estaria realmente bem. Passados alguns minutos, o Sr. Terácio entrou na enfermaria. Falou alguma coisa para os outros “pacientes” e depois veio até mim. Ele se sentou na costumeira cadeirinha que ficava ao lado da minha costumeira cama. Eu ajeitei minha postura, e só então percebi a dor latejante na minha perna direita.

– Olá Beky. – disse o diretor.

– Sr. Terácio, o que aconteceu? – eu indaguei minha voz ainda um pouco rouca.

– O seu plano deu certo. Os dois imortais se destruíram e agora vão passar um bom tempo no Tártaro antes de voltar. A explosão só destruiu um pouco da floresta. Depois que o seu chefe morreu, os gigantes hiperbóreos pararam de lutar e ficaram como “bebêzões”. Convencemo-los a irem embora, apesar de que Mandy insistiu em ficar com um. Eu acabei deixando.

Eu ri. Um gigante no acampamento ia ser a coisa mais hilária do mundo.

– Os centauros, - continuou o diretor. – sumiram misteriosamente, ninguém descobriu como. Quer dizer, um dos filhos de Apolo jurou ter visto eles se desfazerem em fumaça.

– O acampamento está a salvo? – indaguei.

– Um pouco destruído, mas nada que não possamos consertar com um pouco de trabalho. E vamos fazer algumas mudanças na estrutura da arena, de acordo com os filhos de Hefesto.

– Acho que vai ficar ótimo.

– E vai! Agora, se me dá licença, seus amigos estão te esperando lá fora.

Ele deu uma piscadela e saiu da enfermaria. Eu me sentei na cama, colocando minhas pernas para fora. Percebi que a minha perna direita estava enfaixada a partir da canela, até o pé. Nesse momento, Nancy apareceu com um par de muletas.

– Ah não senhorita! Não vai conseguir andar por ai com esse pé!

Eu ri. Peguei as muletas e percebi que não era tão difícil andar com elas como eu imaginava. Sai da enfermaria e quase fui derrubada por um super abraço de Vector.

– Você está viva! – ele disse se afastando e batendo os cascos.

– Achou que eu ia morrer e deixar vocês aproveitarem a vitória sozinhos? – eu indaguei, rindo.

– Ah! Claro! Quase me esqueci! Venha comigo!

Eu segui Vector pelos campos até a floresta. Entramos e passamos pelo trecho que a explosão tinha destruído. Graças aos deuses era uma área pequena. Pelo que pude ver a grande mansão não tinha tido muita sorte. Caminhamos por mais um área da floresta e paramos em frente a um emaranhado de folhas.

– Feche os olhos. – pediu Vector.

Eu obedeci. Pude o ouvir tirando as folhas da frente e me guiando a seguir.

– Pode abrir agora.

Eu abri lentamente meus olhos e quase tenho um ataque do coração.

– Surpresa! – gritaram todos.


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Notas finais do capítulo

Não é o último capitulo! Repito! Não é o último cápitulo! Continuem acompanhando!!! E peço reviews! Preciso de reviews!



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