Landulf escrita por Juliana Medeiros


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Lidando com a patricinha mimada



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As três correram, e cada uma teria que ir pra uma sala diferente. Ao chegar à porta da sala, Emma bateu e o professor disse:

- Senhorita Peterson, está atrasada!

- Professor, me desculpe eu ainda to meio perdida nessa escola. E confundi a sala, me desculpe.

- Tem certeza? – disse o professor, fazendo Emma ficar nervosa, pois não era boa com mentiras.

- Tenho sim senhor. – respondeu Emma segurando o colar que ganhara de Fellipe.

- Tudo bem, entre. Página 10 de estudos sociais.

- Sim senhor, obrigada.

Quando Emma esteve em três salas diferentes, tocou para o intervalo. Seu celular vibrou no bolso. Era uma mensagem de Charlote.

“Estou na sala de jogos. Venha!”

“Estou correndo pra ai”

Emma foi até a sala de jogos e deu de cara com Fellipe, brincando com a bola de futebol americano:

- Oi princesa de Landulf.

- Nossa, que título o meu. – disse Emma abraçando Fellipe.

- Dormiu bem? – Fellipe perguntou.

- Não muito, Fell. Podemos conversar hoje à noite? Sobre o livro que encontramos.

- Sim, claro. Tenho que te devolver ele. Hoje a tarde vai ter treino do meu time. Você é convidada especial pra assistir.

- Eu to sabendo. – Emma sorriu – Eu vou te ver. Quando é mesmo o jogo oficial?

- É nesse final de semana.

- Sei... – disse Emma – Charlote me disse.

- Onde está indo?

- Na sala de jogos. Charlote está lá.

- Ah. Então vá lá, ela deve estar te esperando. – Emma ia saindo quando Fellipe segurou a sua mão – Emma vá ao meu quarto hoje à noite pra vermos o livro juntos. Eu vou expulsar meus amigos de lá. – ele riu.

- Vou tentar ir.

- Tá certo. – disse Fellipe soltando a mão de Emma.

Ao entrar na sala de jogos, Emma avistou Charlote. Charlote sorriu e disse:

- Te desafio a uma partida de tênis de mesa.

- Charlote eu não jogo nada que preste.

- Tá com medo? – disse Charlote pegando as raquetes e a bola.

- Lógico que não! – disse Emma franzindo os olhos – Vamos jogar.

O jogo começou, e as duas estavam jogando muito bem até que o intervalo acabou. Voltando para a sala, Emma parou para tomar água no bebedouro. Estranhou sentir um cheiro de fumaça.

- Charlote está sentindo?

- O quê? – perguntou Charlote.

- Esse cheiro horrível de fumaça.

- Nam! Num tô sentindo nada não.

Emma achou isso muito estranho. Pegando o livro de matemática, dirigiu-se a outra sala. Para sua surpresa, lá estava à menina que vira antes no refeitório, e para seu azar, a professora Laura Shnaider pediu que elas fizessem dupla para responder as equações propostas no livro. Emma disse:

- Oi, meu nome é Emma Peterson.

- Sou Amanda Albuquerque. – a garota respondeu revirando os olhos.

Amanda era loira e parecia um pouco com Charlote. Porém era o tipo de menina que só pensava em si mesma. Seus pais eram ricos empresários, que nunca deram a atenção que ela precisava. E por ser filha única, os pais tentavam comprá-la das maneiras que podiam, dando-lhe absolutamente tudo o que queria. Mas assim como Emma, Amanda não estava em Landulf por vontade própria. Ela havia sido mandada pra lá, porque os pais não haviam aguentado mais as filipetas dela.

- Amanda, porque tratou a garçonete daquele jeito? – perguntou Emma.

- Aquilo não foi nada. – respondeu Amanda – Já fui tratada muito pior. Por isso eu sou assim. Nem me importo.

- É... Mas não desconte sua raiva em pessoas que não tem nada haver. – disse Emma.

- Na boa, quem você pensa que é pra dizer o que eu devo fazer? – perguntou Amanda, aumentando o tom de voz.

- Senhorita Albuquerque e senhorita Peterson, desejam compartilhar essa conversa com o restante da sala? – perguntou a professora.

- Não senhora. – responderam as duas ao mesmo tempo.

Depois de resolverem os exercícios, Emma foi para o seu quarto. Jogou a bolsa no chão. Rebecca chegando viu a cena e disse:

- Nossa o que houve Emma?

- Ai Rebecca, eu que sou estúpida. Comecei com o pé errado com uma garota. – respondeu Emma.

- Me deixa adivinhar, aquela garota que vimos no refeitório?

- Ela mesma. Sabe ela é meio perturbada e eu acho que comecei errado com ela. Eu deveria ter ficado na minha. – Emma abriu uma gaveta do criado mudo, procurando uma toalha, enquanto Rebecca abria as cortinas. Entrou um vento frio.

- Droga, não me acostumo com a umidade daqui. – disse Rebecca olhando para o cemitério.

- Nem eu. – disse Emma – Vou tomar banho.

- Certo. Vou mandar um sms pra Charlote.

“Charlote, estou no quarto com a Emma. Onde você está?”

“Eu dei uma passadinha no refeitório pra saber qual era o almoço de hoje, tem purê de batata, adoro.”

“Tá, venha para cá.”

“Já estou indo.”


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Notas finais do capítulo

Oitavo capítulo! u.u Estão curtindo? Não esqueçam de comentar! E fiquem ligados, beijos!



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