As Cartas Malditas escrita por urbaninha


Capítulo 5
Capítulo 5




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- Vou ficar em um hotel.

- Mas Eriol-san... fique na casa de Syaoran...

Ele sabia que não podia. Eram amigos, mas ele morreria de ciúmes dele sempre. Melhor não.

- Eu vou ficar bem no hotel, não se preocupe...

- Por que não fica em minha casa?

Todos pararam boquiabertos. Tomoyo não tinha falado nada até então, sempre calada. Tinha mudado tanto a personalidade... Embora Sakura já estivesse acostumada.

- Minha mãe estará até terça-feira conosco. E lá tem muito espaço. É uma forma de retribuirmos sua visita – e Tomoyo levantou-se – acho que ninguém vai se reclamar...

Eriol também se levantou. Se a mãe dela estava lá, e ela tinha toda esta segurança, devia aceitar, até por gentileza.

- Claro que sim, Tomoyo-san. Ficarei lá com prazer.

- Neste caso, vou avisar meu motorista e minha governanta para preparar as coisas. Com licença... – e se afastou para falar ao celular.

- Se está certo disso...

- Não se ofendam... mas não quero atrapalhá-lo. Na casa de Tomoyo-san ficarei melhor...

- Neste caso...

 

A casa era grande e confortável, embora fosse um pouco menor da que ela vivia antes, quando ele estivera em Tomoeda. Devido a crise econômica, tiveram que vender a antiga residência. Mas Tomoyo parecia gostar mais desta, pela maneira de andar pelos jardins e pela salinha de música que montou.

Logo se via instalado num amplo quarto, decorado com bom gosto. Cansado, adormeceu sem perceber... E sonhara... De novo. De novo com a mulher de cabelos longos correndo até ele... Seria... Kaho?

Acabara acordando com batidas na porta.

- Eriol-san? Está tudo bem?

- Tomoyo-san... desculpe.

Abriu a porta. Ela o fitava sem expressão.

- Você não desceu para o chá, pensávamos que estivesse mal...

- Não, está tudo bem. Desculpe-me a falta de compostura, estava muito cansado.

- Minha mãe nos acompanhará no jantar. Eu peço para chamá-lo, está bem?

- Hai.

Os olhos...estavam tão...inexpressivos...nem parecia Tomoyo...

Que terrível... Que frieza angustiante...

Que aconteceu com aquela menina tão feliz?

Reparara desde que entraram no carro dela. Embora ela mantivesse uma conversa agradável, não parecia estar... ali. Parecia estar em outro lugar, como uma borboleta travessa. Seu olhar vagava pela cidade.

Eriol perguntou dos antigos colegas. Tomoyo narrou as peripécias de cada um.

- Daqui a pouco veremos Sakura e Syaoran casarem-se.

- Diferente das outras vezes, ela deu indicativos. Mas parece que eles trocaram de papel, pois ele nem percebe...

- Acho que se faz de desentendido... mas e você?

- Eu?

- Não vai acompanhada?

- Não que eu queira... acharam alguém para ir comigo – e olhou para o céu – eu nunca achei ninguém... acho que nunca vou achar...não há quem me aguente – e baixou os olhos.

- Não diga isso...

- Acho que é assim – e olhou para fora do carro – mas não importa muito...

E aquele frio... frio vindo da alma dela...

Ela se cristalizara por dentro...

- Claro que importa. Para todos.

Ele pegou na mão dela. Ela o olhou sem demonstrar emoção alguma.

- É, é sim – e retirou a mão - pode ser...

CONTINUA...


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