-Acorda, Percy! Chamou Lilah derrubando-o da cama.

-Delilah! – Resmungou ele enquanto se levantava – Caralho, eu tava num sono tão bom.

Ela cruzou os braços e deu de ombros revirando os olhos.

-Problema seu – Disse ela.

Percy a olhou com os olhos semicerrados ainda sentando no chão ao lado da cama. Ele estava com o cabelo completamente bagunçado.

Já ela, estava de cabelos penteados e presos num rabo de cavalo. Usava a blusa laranja do acampamento, short jeans preto e um All Star tradicional.

-Que horas são? Bocejou ele.

-07:30 em ponto.

Percy colocou a mão no rosto.

-Eu não acredito que você me acordou ás 07:30 da manhã, Lilah – Ele se levantou e correu atrás dela – Eu vou matar você!

Lilah correu de Percy enquanto ria dele. Eles corriam em torno do chalé enquanto Percy tropeçava em seus próprios pés e resmungava.

-Não me pega, não me pega! Ha-Ha! Provocou Lilah rindo. Parecia uma criança travessa correndo da mãe por ter quebrado alguma coisa.

Ela pulou por cima da cama e rolou no chão. Dessa vez, Percy foi mais ágil e a segurou pelos pés e a puxando.

-Ha! – Disse ele – Agora eu peguei você Lilah-corre-Jackson!

Ela tentou cravar as unhas no piso, mas foi em vão. Torceu um bico, mas logo veio uma ideia em sua mente.

-Desculpe, Percy – Disse ela, mas antes que Percy pudesse perguntar pelo que, Lilah virou-se de frente com toda força girando as pernas num movimento circular e derrubando Percy.

Levantou-se rapidamente batendo as mãos nas roupas para expulsar a poeira.

-Agora, tome um banho, troque de roupa. Estarei esperando lá fora – Ordenou ela.

-Você é uma peste – Resmungou ele se levantando.

Ela deu de ombros e saiu do quarto,

Percy, agora de pé, foi até o banheiro para tomar seu banho. Durante o banho, ele pensou em como Lilah tinha tanta força.

Pelos deuses!

Lembrou-se de quando a encontrou, de quando foram ao Reino de Poseidon, e logo após saírem de lá foram visitar a mãe deles.

Era por volta de 15:45 da tarde quando eles chegaram ao apartamento em Manhattan.

-Mãe? Chamou Percy enquanto entrevam. Lilah olhava de um canto ao outro com os olhos curiosos.

Sally apareceu na divisória entre a sala e a cozinha. Estava com os cabelos presos e usava um vestido e um avental, estava limpando as mãos em um pano de prato qualquer. Tinha aquela mesma expressão doce que Lilah tinha.

-Perc.. – A voz de Sally falhou ao ver Lilah.

Lilah sentiu os olhos arderem em lágrimas e, de repente, ela nunca se sentiu tão frágil.

-Mamãe! Chamou ela correndo até Sally e lhe dando um abraço.

As lágrimas correram no rosto de Sally ao abraçar sua filha.

-Delilah! Minha menininha! Murmurou alegremente Sally.

Percy ficou ali, parado, sem saber o que fazer ou falar. Pensou por quanto tempo Sally ficou afastada de Lilah; e em como deve ter sido duro para Lilah conviver sem uma mãe. Depois de anos, agora Sally podia abraçar a filha que teve de deixar partir.

Ela beijou o rosto de Lilah em um gesto carinhosos e afetivo.

-Meu Deus, Delilah – Murmurou Sally – como você cresceu!

-17 anos, mãe. Ah, eu... eu senti tanta sua falta, mamãe.

Eles se sentaram no sofá e contaram a Sally como Lilah havia voltado, como Percy e Annabeth a encontraram na praia naquela manhã.

Sally serviu alguns docinhos azuis para eles - tais quais Lilah adorou –

-Então, realmente agora você está de volta mesmo? Falou Sally, ainda incrédula.

Em pensar que ela teve de passar 17 anos longe de sua filha para que os deuses não tentassem matar a menina. Foi um sacrifício e tanto.

Percy já estava vestido com uma bermuda, a blusa do acampamento e um tênis quando encontrou Lilah lá fora conversando com Annabeth.

Elas pareciam realmente terem se dado bem. E isso era bom.

-Hei, meninas – Cumprimentou ele.

Lilah o olhou de cima a baixo.

-Percy – Disse ela tentando engolir o riso.

-O que?

-Tem uma remela no seu olho, Percy – Disse ela já rindo juntamente com Annabeth.

Percy passou a mão nos olhos para limpar.

-Ai caramba – Praguejou ele.

Eles caminharam em direção ao pavilhão do refeitório, com Lilah e Annabeth ainda rindo de Percy.

Ele cruzou os braços.

-Cara, isso não teve graça nenhuma – Murmurou ele.

-Teve sim, Percy – Disse Annabeth – Você sempre “lerdando”. Tinha que ser o Percy.