Salem Center

20h58m

Os únicos sons audíveis naquela hora da noite na estrada eram os ventos fortes e frios, e o som do motor de moto negra. O homem sobre a moto forçava suas pálpebras para que não fechassem por causa do vento que irritava seus olhos. O seu destino estava próximo e logo não teria mais que sofrer com o frio da noite.

Pouquíssimos automóveis dividiam a estrada com aquele motociclista, o último a fazer isso fora um carro branco há dezesseis minutos. No momento o homem sobre a moto estava sozinho, ou pelo menos pensava estar.

Ao visualizar uma grande quantidade de pessoas bloqueando o seu caminho, o motociclista para sua moto, mas por causa de sua alta velocidade caí no chão um pouco distante de seu veículo. Antes que notasse, um homem aponta um rifle desconhecido para sua face e aos seus lados vários outros homens estavam armados com rifles.

- Fique deitado! Qualquer movimento e iremos atirar! – avisa o homem que apontava o rifle para a cabeça do homem caído de bruços no chão.

As mãos do homem caído estavam paralelas a sua cabeça, ele esboça um sorriso até que fecha seus punhos.

- Atirar? Vocês vão atirar? – pergunta o homem caído. Seu cabelo de corte único balançava com os ventos naquela estrada.

Os homens armados pareciam nervosos com a coragem de seu alvo que parecia não temer a morte.

- Levante-se devagar e coloque suas mãos atrás do seu cor... – antes que o homem pudesse terminar sua frase, seu braço direito é fatiado por três lâminas que surgiram no punho esquerdo do motociclista. Com o som de seus gritos de dor, os outros disparam dezenas de balas contra aquele ser diferente.

Os homens vestidos com roupas verdes com detalhes amarelos cessam o fogo e esperam o homem com lâminas em seu punho cair sem vida no chão.

- Vocês atiraram mesmo... – diz o homem com dezenas de balas por todo o seu corpo.

Esticando seu braço direito e fechando seu punho, três lâminas rasgam a pele entre os dedos – indicador, médio, anular e mínimo. Agora ambos os punhos possuíam três lâminas afiadas capazes de cortar a carne humana com facilidade. Todas as balas em seu corpo começaram a sair e as feridas sumirem como se houvesse sofrido nenhum dano.

- Vocês irão querer isso do jeito difícil ou do jeito difícil? – pergunta aquele ser enquanto se regenerava.

Nenhum dos soldados de verde e amarelo responde, alguns porque não possuíam a coragem desse feito.

Terminada a regeneração de suas feridas, o motociclista estava enfurecido, pois o mesmo se atrasaria. Com passos rápidos, ele se aproxima dos soldados que tentam atirar nele novamente, mas erravam ou ele não caia. O primeiro soldado que o ser alcançou tentou contra-atacar utilizando sua arma para acertá-lo na cabeça, mas a arma é cortada em pedaços e o soldado recebe uma forte joelhada em seu abdome, em seguida é acertado pelo cotovelo na nuca e então cai inconsciente. O segundo soldado via acompanhado por outro atrás, com um rápido movimento do motociclista, o ombro do segundo soldado é perfurado pelas lâminas do punho direito e o terceiro sofre três grandes cortes no peito, porém não fatais.

- Quem é o próximo?! – pergunta o motociclista banhado pelo sangue dos homens de verde.

Sem tempo o bastante para desviar, algum tipo de dispositivo é acertado no peito do motociclista e ao ser ativado descarrega uma grande quantidade de eletricidade. Os soldados restantes se aproximam do homem o cercando, todos apontam seus rifles inúteis para ele.

Um pouco distante deles, uma figura feminina desce de uma espécie de aeronave semelhante a um caça, porém maior e logicamente mais lento. A cor da roupa da aeronave era a mesma que a da mulher, verde. Em sua mão direita estava uma grande arma capaz de atirar uma única vez o dispositivo que neutralizara o motociclista. Sem mais utilidade, ela joga a arma para fora da estrada.

- Wolverine... – dizia a mulher ao ver o homem a quem havia acertado o dispositivo – Você será muito útil para nós – sussurra na orelha do motociclista.

- O que fazemos agora com ele? – pergunta o homem que perdera o braço.

- Você irá fazer nada – com um rápido movimento, a mulher retira um revólver de um coldre em sua cintura e então dispara uma bala na testa do soldado – Vocês irão levar ele para dentro da aeronave – antes que os soldados pudessem cumprir a ordem, a mulher retira uma seringa estranha e a utiliza para tirar uma pequena quantidade de sangue do homem que ela chamara de Wolverine. Depois de entrar na aeronave de onde havia saído, os soldados começam a levantar o motociclista, até que um feixe de luz vermelho empurra um dos homens de verdes que carregavam Wolverine.

Todos os soldados apontam seus rifles para um homem que mantinha o dedo indicador de sua mão direita ao lado de uma espécie de óculos com apenas uma lente vermelha com uma armação amarela. Ao girar uma parte de seus óculos, mais um feixe de luz surge de seus olhos e derruba vários soldados, deixando-os inconscientes e pouco machucados.

Um soldado que não estava no campo de visão do homem que dispara feixes vermelhos, estava prestes a disparar vários tiros contra ele, mas uma criatura humanoide com pelos cobrindo quase todo seu corpo e com um tom um pouco escuro de azul desfere um golpe na face do soldado, provavelmente quebrando o nariz dele, porém não o matando.

Em desvantagem, os soldados conscientes fogem para aeronaves que rapidamente se afastam do local.

- Logan, está bem? – pergunta a criatura azul para o motociclista caído no chão.

- Sim, bola de pelos – responde Wolverine ao despertar de seu desmaio – Como sabia que eu estava sendo atacado?

O humanoide coberto de pelos estende sua mão para o motociclista que não mais estava com suas garras à vista.

- O professor nos mandou vir, disse que você estava com problemas.

- Típico do Charles, sempre nos vigiando – esboça um sorriso enquanto é puxado pelo amigo para ficar de pé - O que fizeram para o jantar?

Todos começam a rir e se afastam de Logan.

- Hey! Não me digam... Perdi o jantar?!

O motociclista montou em sua moto negra e a ligou para seguir para a mansão que fora interrompido por soldados estranhos. Seus amigos rapidamente o seguiram em um carro.

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Localização desconhecida

21h43m

Na frente de uma grande tela, uma figura humanoide pressiona algumas teclas do grande teclado que estava conectada a tela, uma luz branca ilumina a face do ser na frente da tela. A face de um homem que já passara da metade do seu tempo de vida surge na tela.

- Meu senhor, adquiri o sangue do mutante que o senhor ordenara – dizia a voz da mulher que atirara em Logan.

- Bom trabalho! – era perceptível um forte sotaque alemão do homem – Quando conseguirmos tudo que falta, a Hydra governará esse mundo! – uma forte, porém curta risada maléfica ecoa por toda a sala onde a tela se encontrava.

- Salve a Hydra! – grita a mulher esticando seu braço direito com o punho fechado para cima. Então a tela desliga.