Todas Contra Cato escrita por Anik Pinheiro


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Oi oi gente!
Eu só não postei mais rápido porque eu achei que o capítulo anterior teria mais comentários, mas tudo bem...
Esse é o último!!!!! E eu espero realmente que vocês gostem e como sendo o ultimo que comentem também.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425599/chapter/15

Tudo estava perfeito. Menos pra mim, é óbvio.

Glimmer continuou sendo a perfeita capitã das líderes de torcida. Abbie conseguiu fazer o diretor colocar mais opções de vegetais no almoço do colégio. Katniss conseguiu o papel principal da peça de teatro, já que Glimmer o renunciou. Peeta, ah sim, voltamos a se falar. Ele está saindo com Katniss depois que a ajudou, assim que ela se estabacou no piso escorregadio do baile.

Bem, Cato veio conversar comigo depois de um tempo. Infelizmente, mesmo eu ainda estando perdidamente apaixonada, ele disse que seria melhor sermos apenas amigos.

Eu entendo, eu menti e o enganei, mas poxa vida, ele poderia levar em consideração que eu desisti de todo o plano quando ele me pediu em namoro. Todos merecemos uma segunda chance.

“Ah não.” Peeta se aproximou de mim olhando para a mesa cinco.

Esqueci de dizer, mas Haymitch concluiu que não vive sem mim. Tudo bem, não foi isso que ele disse, mas eu fui contratada de novo.

Eu olhei para a mesa cinco. Um garoto estava sentado com uma garota. Tudo normal.

“Não entendi.” Admiti.

“Aquele garoto é do primeiro ano.” Peeta explicou. “Ele está saindo com uma garota loira chamada Samantha.”

“Não, Peeta, você está se confundindo. Ele está saindo com uma garota do cabelo preto. Eles vieram aqui no dia que você pegou folga.” Informei lembrando-me.

Peeta pareceu pensar.

“Clove, eu tenho certeza que eu o vi beijando uma garota loira semana passada.”

“E eu tenho certeza de que ele estava beijando uma garota morena.” Eu ri.

“Bem, isso não importa muito, já que agora ele não está beijando nem uma garota morena nem uma loira.” Peeta fitava a mesa, incrédulo.

E assim minha ficha caiu.

“Ah não! Não, não, não, não! Isso não pode estar acontecendo de novo!”

“Clove, o que você vai fazer?” Peeta perguntou assim que eu meti o guardanapo no balcão e rumei na direção da mesa.

“Ora, o meu trabalho!” Gritei.

Aproximei-me da mesa olhando furiosamente para o garoto. Aquilo virou moda agora? Por acaso Cato escreveu algum livro ensinando os rapazes a administrarem três namoros ao mesmo tempo?

“Oi, tudo bem?” Eu os cumprimentei.

A menina de cabelo avermelhado sorriu. Coitadinha, tão ingênua.

Eu cruzei os braços.

“Ela é sua namorada?” Perguntei ao garoto.

Ele não disse nada.

“É claro que eu sou.” A vi lançar um olhar gélido a ele.

Aquilo ia ser muito divertido.

“Sério?” Se fingi de descrente. “E há quanto tempo estão namorando?”

O garoto a cada momento ficava mais inquieto.

“Há duas semanas.” A menina abriu um enorme sorriso como se tivesse orgulho.

“Hum... Deixa eu ver... Ele te deu um apelido carinhoso?” Ela assentiu. “Por acaso ele sai com você em apenas certos dias da semana?”

O sorriso da garota foi murchando aos poucos, mas mesmo assim ela ia assentindo. Virei para o menino.

“Como ousa estar saindo com três garotas ao mesmo tempo?”

Ele arregalou os olhos.

“O quê?!” A garota gritou.

“Eu-eu não sei do que ela está falando.” Ele se defendeu.

“Ah, não sabe?” Ironizei. “Deixa eu te lembrar. Garota loira chamada Samantha e a outra... Como é mesmo o nome da outra?” Perguntei.

“Giulia.” O garoto murmurou rapidamente, mas se arrependeu quando se lembrou da outra namorada a sua frente. “Quer dizer, eu-eu, eu não...”

A menina levantou a bolsa e começou a batê-la contra o garoto.

“Vejo que não foram atendidos. Vão querer alguma coisa?” Perguntei debochadamente enquanto o garoto apanhava. “É, eu acho que não.”

Saí dali de fininha voltando para onde estava com Peeta.

“Você é diabólica.” Ele me olhou assustado.

“Tive uma ótima professora.” Me lembrei de Glimmer.

O que Peeta queria? Que eu continuasse vendo aquela palhaçada pra possivelmente quando aquelas três garotas descobrirem que estavam sendo traídas há muito tempo, bolarem um plano de vingança que envolveria uma doce menina ingênua e bobinha ameaçada que sem sucesso tentaria partir o coração do menino, mas acabaria apaixonada por ele?

Não, obrigada.

O expediente terminou mais cedo nesse dia e então eu voltei pra casa. Eu estava realmente acabada.

Meu pai, que por incrível que pareça estava em casa, havia saído pra jantar fora com minha mãe. Então eu fiquei sozinha. Estourei um pacote de pipoca no microondas – porque sou uma negação no fogão -, enchi uma caneca de refrigerante e sentei na frente da TV, procurando por algum filme descente. O que mais me interessou foi um de terror.

Você talvez já saiba o resultado:

Clove + filme de terror = Clove mijando nas calças.

Eu estava com uma mão tampando o olho direito e com os dedos da outra mão eu tentava tampar o outro olho, mas como eu fiquei com a mão aberta, não estava dando em merda nenhuma por isso eu vi a hora em que o serial killer arrancou a cabeça da loira peituda fora.

E eu gritei muito. Devo até ter acordado a minha vizinha com problema de audição. Então a campainha tocou e eu pulei do sofá. Por incrível que pareça havia uma cena como esta no filme. O cara idiota ia lá, abria a porta e morria.

E foi o que quase aconteceu comigo, quando eu vi quem estava parado diante da minha porta.

Se você disse que era o serial-killer do filme. Parabéns! Você errou.

Se você disse que era a velhota da minha vizinha com problema de audição. Meus parabéns! Você errou de novo!

Se você disse que era o Cato. Meus pêsames! Você acertou!

Era Cato e então eu voei no pescoço dele e o beijei. E ele retribui.

Só que não.

“Cato?” Eu perguntei com a maior cara de songamonga.

Ele poderia não ter sido tão educado e ter respondido. Algo do tipo: Não, é a sua avó. Mas em vez disso ele me olhou e sorriu.

“Clove.” Ele disse. “Eu pensei muito e... nós não podemos ser amigos.”

“ Não?”

Meus olhos ardiam e no mesmo instante eu percebi que cairia em lágrimas. Eu não tinha feito nada depois daquela idiotice de vingança, porque não poderíamos ser então apenas amigos?

“Não.” Ele respondeu. “Eu necessito ser muito mais do que isso, Clove.”

Então ele tirou um buque de flores não sei da onde e me entregou. Eu olhei do buque de rosas vermelhas e depois para Cato. E de novo para as flores e...

“Você está falando sério?” Perguntei arregalando os olhos.

“É eu estou.” Ele me segurou pela cintura, fazendo as flores se esmagarem entre nós e me beijou.

Nos separamos por um momento para respirar.

“Pra garota que fez Cato se apaixonar,” digo olhando nos olhos dele “eu sou uma lenda.”

Abro a porta de casa e puxo-o para dentro. A noite seria muito, muito longa.

***

Aviso:

Você leitora, que está de coração partido por ter sido traída e nesse momento se encontra entupindo-se de sorvete de chocolate e pensando em como um plano desses de vingança seria bom, lembrem-se: destruir um homem pode ter várias conseqüências. E digo isso por experiência própria.

Com amor,

Clove.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eu então gente, acabou! #snif,snif. Eu nem acredito que eu consegui terminar essa fanfic. Depois de todo esse tempo.. mas felizmente vocês me acompanharam até o fim!!! Viva! Viva!
Como esse é o fim - da fic, é claro - eu gostaria muito que vocês fizessem uma escritora feliz e comentassem. Por favor ~ olhinhos brilhando ~ o que custa, né?
Obrigada, desde já, por não me abandonarem... kisses