Laços Do Passado escrita por Raquel Duarte


Capítulo 8
“A natureza de alguém poderá estar refletida nos seus olhos.”


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde :D
Bem que saudades... Eu queria me desculpar quanto ao meu desaparecimento, mas para além da vida fora do mundo das fics que me consome muito tempo, eu também estava e estou com aqueles receios quanto á minha escrita e ao enredo da fic. Porém os personagens não se calavam na minha mente kkk
Serio lindas eu peço desculpa, o que vou tentar fazer é escrever devagar um pouco por semana para conseguir postar mensalmente :)
Quero agradecer a todas as leitoras que comentam os capítulos e as meninas que chegaram recentemente. Obrigado amores
Capitulo dedicado ao nosso lobo.
Por favor ouçam a musica lindas
https://youtu.be/eLaNBbKJPfw
Vamos ler?
Boa leitura!



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Música:https://youtu.be/eLaNBbKJPfw

O trotear das patas pesadas fazia vibrações pelo solo da vasta e intensa floresta, a paisagem nada mais era que um borrão de cores misturadas, sem algo sólido ou concreto.


Á medida que o largo caminho ficava para trás jaziam as grandes e imponentes árvores que estavam sendo arremessadas pela corrida voraz do grande lobo de pelugem avermelhada.


Jacob nem mesmo se apercebia do rastro de destruição deixada por sua velocidade; sua preocupação era com Billy. Embora em sua mente a confusão de pensamentos fosse evidente assim como seus sentimentos, não poderia deixar ou menosprezar a preocupação com a sua família e o motivo que o fazia voltar a La Phus depois de vaguear por dias como lobo pela vasta floresta da Canadá.


Paul lhe contou que Billy estava mal, ele sabia que em épocas festivas seu pai sempre se ia abaixo pela falta de sua mãe e não ter Rebecca por perto só aumentava sua tristeza. E com certeza o seu desaparecimento por o seu amor não correspondido não ajudava em nada a situação.

Muito embora ele tentasse esquecê-la, fugir sempre parecia o melhor. Não só pelos olhares de pena, mas dentro de si seu lobo parecia rugir por essa liberdade, era mais forte que suas vontades racionais.


Ao longe a pequena casa avermelhada já era vista, Jake fazia o caminho térreo apressado, mesmo sendo o início do amanhecer sempre havia alguém que acordava cedo para começar mais uma rotina, e ser visto em sua plena nudez era algo que para além de constrangedor era motivo para questões de “o porquê andar sem roupas num inverno rigoroso como o de Forks naquela altura do ano?”.


Sobretudo o facto de que alguns que não sabiam sobre as lendas serem reais já questionavam o comportamento estranho da matilha e suas vestes tão finas.
Com cuidado para não fazer barulho, Jacob abriu a pequena janela de seu quarto. Esta por estar perra rangeu ao ser levantada. Seu quarto estava com um cheiro floral, sinal de que Rachel andou na sua maratona de limpezas, ele sorriu ao pensar naquilo.


Tudo estava impecável, sem nada espalhado ou fora do lugar exceto ele, contudo ele sacudiu a cabeça levando suas mãos aos seus cabelos — um pouco maiores agora — até ao seu rosto para tentar espantar a dor que as lembranças lhe traziam, estava ali por sua família e ia tentar pelo menos que o Natal fosse melhor para Billy e Rachel.


Portanto começaria por um longo banho e depois uma ida á procura de condimentos comestíveis, pois o barulho que vinha do seu abdómen era audível por toda a casa.


— Jake?


O rapaz que estava num verdadeiro duelo com as frigideiras e os ingredientes expostos na bancada olhou sobre o seu ombro para uma Rachel com os cabelos revoltos e o rosto ensonado e supresso ao revê-lo.


Ele não saberia o que lhe dizer. Um simples pedido de desculpas já não serviria para o sentimento causado pelos vários desaparecimentos, ele sabia que era egoísta até certo ponto, por impor o seu sofrimento aos que menos tinham culpa por tal.


Não que Rachel ou Billy lhe cobrassem algo, mas Jacob sentia que lhes causava essa dor. Sem palavras, ele deixou os objetos e deixou-se ser aconchegado nos braços da sua irmã, ele sabia o que aquele abraço significava.

Era um abraço que, por mais saudoso que fosse, demonstrava proteção e aconchego em dias como aqueles de tristeza ou com medos sem fundamento. Ele denotava as palavras não ditas, como um “Agora vai ficar tudo bem”. Só este simples carinho já o acalmava e o fazia perceber o quanto sentia a falta dele.


— Como está Billy? — Jacob perguntou assim que se separou de Rachel.


A morena que se refazia por causa do emotivo abraço nem chegou a responder, pois mesmo antes de fazê-lo o som do deck do chão de madeira fez os irmãos olharem na direção do mesmo.


— Agora estou bem! — Billy afirmou em seu tom firme olhando o filho do mesmo modo — Mas e você? Vai ser assim Jake? Sempre que tiver que saber de você será por desculpas de que estou mal?


O moreno ficou calado, não teria porque argumentar. Claro que não estava á espera de uma recepção calorosa, contudo não esperava que seu pai o confrontasse logo assim: magoado e ressentido.


— Rachel avise o Paul que depois precisarei de sua ajuda, por favor. — O mais velho anunciou enquanto “encaminhava” sua cadeira para a porta de saída. Ele apercebeu-se de que Jacob finalmente tinha regressado, e com isso seria a hora de ambos terem uma conversa séria.


— E você — Billy disse olhando o filho que o encarava surpreendido. — Venha comigo!

~~ LDP ~~

O frio era cortante àquela hora do amanhecer, poucas pessoas eram vistas. Contudo tanto Billy quanto Jacob cada um estava em seu silêncio, o mais novo se perguntava o que seu pai queria com o “Vamos pela praia”. Qualquer que fosse o assunto eles poderiam ter falado em casa. Certo? Então não haveria necessidade de Billy sair no início do dia para mais num dia ventoso e que ameaçava mais uma tempestade, para além de que poderia ficar doente.


Com a mão levantada, o ancião fez sinal para pararem uma vez que o moreno conduzia a sua cadeira. Tinham como vista o penhasco e a imensa floresta sem dúvida uma paisagem inspiradora e atrativa.


— Feche os olhos Jacob.— Billly disse no seu tom de trovão.


— Hã? O quê?— O moreno indagou sem entender o que o seu pai queria com o pedido.


— Faça o que lhe digo rapaz! Feche os olhos.


Mesmo a contragosto o moreno o fez.


— Esta a sentir Jake? A força da natureza? Ouça o barulho do mar, dele contra o penhasco em toda a sua força, do vento contra as árvores agitando-as? Você consegue sentir a força? O poder da natureza, Jacob? Ela consegue dar o seu melhor e destruir-se a si própria.


O rapaz imóvel não emitiu qualquer som ou sinal. Ele poderia afirmar todas as perguntas. Contudo preferiu ficar no silêncio para tentar perceber onde Billy queria chegar com o começo de conversa — para ele inesperado.


— Olhe para mim Jacob! — Billy pediu após olhar o horizonte.— Você tem este mesmo poder, a mesma força e estar a fazer o mesmo a si próprio, filho. Eu sei que a sua dor é grande, mas também sei que eu e a sua mãe o educamos para encarar os problemas e não para fugir deles.


Jacob desabou. Seu lado emocional estava tão frágil como de um bebé, perante as palavras do seu pai. Por mais firme que decidisse parecer, era Billy ali. Ele o conhecia mais do que ele a si próprio, e o medo de tê-lo desiludido e falhado com ele o deixava ainda mais destruído.


— Pai… Eu sei que o senhor está certo, mas é insuportável estar aqui, é mais forte que minhas vontades, é como… È como se a dor diminuísse cada vez que vou embora, eu sei que parece louco, mas meu lado de lobo parece pedir por essa liberdade.— O moreno falou com a voz falha pela dor e sofrimento que o deixavam fraco como uma criança assustada por já não saber o que fazer.


— A sua dor é maior que a sua obrigação, Jake? Você foi abençoado pelos espíritos filho, proteger o nosso povo, as pessoas. E quando tem uma dificuldade você foge? Como ficam os que precisam de você, filho? A aldeia, alcateia e a sua família, Jake? Se precisar de ajuda, nós estamos aqui, se desabar estaremos aqui para fazê-lo ergue-se, filho. Porque fugir é para os perdedores e você, Jacob, não é um. Vá á luta seja maior que a sua dor, se supere a si mesmo, mas sem abandonar os que lhe querem ajudar e precisam de você.


As lágrimas agora corriam livres pelo rosto do moreno (agora) sentado na areia ao lado de Billy, ele não se importava se estava a ser fraco. Ele só queria que todo aquele pesadelo passasse. Que a dor passasse…


E pior ainda era ter falhado com todos.


— Você está certo pai. Mas era e é sufocante. Eu só… só não queria ter falhado em tudo... — O moreno confessou um pouco sôfrego devido à culpa e a dor que sentia.


— Jacob, falhar é humano, mas admitir os erros e não desistir de lutar é caráter, filho. Por isso tente sempre de novo. Falhe novamente. Falhe melhor, Jake. Porque sua felicidade depende de isso. E mesmo você sendo contra, eu sei que os espíritos vão estar consigo, filho. Tente ser feliz e acreditar que sua escolhida poderá existir e que o imprinting não é uma força que o obriga amar. Lembre-se que a natureza de alguém poderá estar refletida nos seus olhos.


O moreno já não conseguia nem mesmo falar, as lembranças dela ainda eram tão vivas, quanto aos seus olhos chocolate, como um anúncio de publicidade em sua mente. Ele queria parar com a dor, para não fazer impor a mesma aos que o rodeiam, ele sabia como era quando via Leah e o seu sofrimento e o que este causava, contudo ele não queria o mesmo, e isso ainda o fazia sentir-se a pior pessoa do mundo.


— Só me prometa Jacob! Prometa-me que se um dia tiver que partir será pela sua felicidade e não pela sua dor.— Billy proferiu ao ver seu filho aninhado e segurando os seus próprios joelhos com o rosto banhado pelas lágrimas. Ele não poderia fazer mais nada, embora o sofrimento de jake o destruísse, era necessário ser frontal para que seu filho não se destruísse a si próprio.


— Não será preciso lhe prometer pai... Eu já fiz essa promessa a mim mesmo. — Jacob limitou se a dizer com voz falha.


Billy não disse mais nada. Agora era com Jacob, sabia que ele honrava suas promessas por mais difícil que fosse para ele. O ancião acreditava que esta provação iria o fazer crescer e o preparar para a sua felicidade, só esperava que esta estivesse mais perto, pois ver o seu menino assim o fazia sofrer mais do que a Jacob, porque não estava em suas mãos conseguir ajudá-lo.


Assim que tentou rodar a cadeira Billy viu Paul afastado á sua espera. Este por sua vez tinha chegado há algum tempo, e adiantou-se a chegar até ao sogro, somente ouviu uma parte da conversa e que esta seria importante para que Rachel e Billy deixassem de sofrer pelos constantes desaparecimentos de Jacob.


— Acha que desta vez ele ficará? — Paul perguntou enquanto conduzia Billy (agora) já mais distante do sítio onde tinha deixado um Jake imerso em seus pensamentos.


— Ele me deu a sua palavra. E isso é o melhor por agora… — O ancião respondeu simplesmente.

~~ LDP ~~

Sentado em um banco qualquer numa praceta de Forks, Jacob se limitava a olhar o céu. Não que fosse encontrar as respostas ou o alívio que queria, embora ele acreditasse que sim.


Ao mesmo tempo levava a garrafa de cerveja a sua boca. Sabia que o álcool não lhe fazia efeito como nos humanos, mas para aquele momento sentia-se melhor ao beber. Tudo que lhe vinha à mente eram as palavras de seu pai na praia, decidiu que teria que tentar mesmo que falhasse e por hora decidiu que o melhor a fazer era sair um pouco como se fosse um humano que teve sua desilusão amorosa, e também queria pensar sozinho, longe dos pensamentos dos rapazes. Sentir-se livre.


Estava tão concentrado em sua introspeção, porém um choro a uns metros dali e palavrões e lamentações sussurradas devido ao choro o fez despertar. “Parece que realmente não sou o único” pensou. Por mais que não tivesse nada a ver com o que se passava, Jacob se dirigiu á sombra encolhida num banco de madeira a metros de onde estava.


Era uma rapariga, não deveria ter mais que vinte anos, julgou. Parte do seu vestido estava deslizando de suas pernas pálidas até ao chão de terra batida.


— Hey? Você está bem? — o moreno perguntou após ter chegado mais perto com cuidado para não assustá-la a tocando de leve no ombro.


A mulher levantou o seu rosto lavado em lagrimas, sua maquilhagem estava borrada e se misturava devido ao lacrimejar.


— Não. Mas isso adianta? — Retrucou de forma brusca para o alto desconhecido á sua frente.


— Bem eu só estava preocupado… — o moreno disse um pouco chateado pela forma que a mulher lhe falou, ele só estava a tentar ajudar e foi tratado dessa maneira.


Desculpe. — A rapariga de cabelos castanhos pediu com a voz falha depois de ter percebido a carranca no rosto de Jacob e ao ver que o tinha tratado de forma indelicada quando este só estava preocupado. — Sério, eu só tive um dia mau. E você não tem culpa disso. — Deu um fraco sorriso, após ver a cara de questionado do rapaz.


— Bem, então já somos dois. — Jacob confidenciou-lhe sorrindo fraco ao constar tal verdade.


— Parece que hoje esta praça é o lugar das lamentações, então. — Conclui-o a rapariga com o seu olhar vago.


— É, parece que sim. — Confirmou o moreno. — Mas não a magoaram, quer dizer fisicamente? — Jacob questionou-a já imaginando várias cenas e seu corpo já com leves tremores por cada imagem imaginada.


— Não, eu estou bem… Pelo menos fisicamente, meu problema vem daqui sabe? — A mulher disse apontando para o lado esquerdo do seu peito. — E às vezes é mais difícil curar estas feridas.


— É eu sei. — O moreno comentou suspirando derrotado, e mais uma vez lá estavam as malditas lembranças.


— Sabe? — Sondou a rapariga surpresa (despertando um Jake com o olhar vago) já que o rapaz a sua frente estava mais para o causador de desilusões amorosas do que para o que sofria. “Ele é lindo” pensou


— Infelizmente sei. — Disse o moreno num tom desanimado.


— Bem, então seja bem-vindo ao clube. — A mulher de cabelo castanho replicou sorrindo e levantada a sua mão para um aperto deixando um questionamento do nome do rapaz gentil e de olhar triste á sua frente.


— Jacob. Jacob Black. — O moreno informou ao aceitar o aperto de mão.


— kylie Milian. Prazer, Jacob — A rapariga disse ao cumprimentar Jake estranhando a quentura de sua pele. — Você está quente. Sente-se Bem?


— Sim, não se preocupe. Isso é normal em mim. — Jake disse de forma casual para a mulher a sua frente para que esta não duvidasse da resposta e não fizesse mais questionamentos sobre a sua alta temperatura.


— Tudo bem então, se você o diz. — Pronunciou simplesmente a rapariga mesmo achando estranho, não iria contestar, até porque acabara de conhecê-lo. — Bem eu vou indo, já esta tarde e não quero incomodá-lo com os meus problemas.


— Não, quero dizer, posso-lhe dar boleia (carona)? Esta a pé? — O moreno se atrapalhava perante o rosto da moça de questionamento. Queria pela primeira vez desabafar seus problemas e Kylie parecia ser uma boa ouvinte e também sofria pelo mesmo. Sendo assim, porque não falar com alguém que o entendesse? Pensou. — Não sou nenhum maníaco, pode ficar descansada. Só não me vou sentir bem se a deixar ir embora assim.


Kylie sorriu pelo jeito atrapalhado e preocupado de Jake. É; definitivamente ele era ou fazia parecer uma imagem de um homem diferente dos outros

.
— Tudo bem. E sim, estou a pé. E aceito a boleia — Kylie sorriu.— Acho que se fosse um maníaco qualquer já ter-me-ia feito mal, e não estaria de pé no mesmo lugar por dez minutos.


Durante a viagem a conversa decorria de forma natural. Para Jacob foi como se de alguma forma ao dividir a sua dor com alguém de fora do mundo sobrenatural o deixasse mais calmo ao falar de Bella, claro omitindo todos os segredos de seu mundo, mas sentia-se bem, o fazia sentir-se normal e sem o peso da responsabilidade que carregava por ser quem é.


Ser somente o Jacob que saiu para esquecer a mulher que amava. E Kylei parecia estar interessada em cada descrição da sua história com Bella e no seu sofrimento. Porque tal como ele, ela teria sido traída pelo seu namorado numa festa a que eles foram, e esse tinha sido o motivo para estar no estado em que Jacob a encontrou.


Enquanto para Jacob a conversa era como partilhar a sua dor, para Kylei era o contrário. Para ela Jacob era o homem mais incrível que já conhecera, para além de que tinha uma beleza diferente dos homens que já conhecera, era algo exótico.


— E pronto. A senhorita está entregue. — Jacob assinalou assim que estacionou o rabite á porta da casa de Kylei. Realmente tinha sido bom conversar com alguém de fora, pensou. — Obrigada por me ouvir, Kylei, e desculpe se a cansei com os meus fantasmas. — O moreno agradeceu sorrindo para Kylei.


Porém para Kylei o sorriso de Jacob foi interpretado de outra forma. E num impulso ela colou seus lábios aos de Jacob que ficou firme como uma rocha por não esperar por tal ato vindo dela.


Vendo que Jacob não correspondeu ao beijo Kylei o terminou de forma envergonhada, se pudesse teria se enfiado num buraco pela vergonha do seu ato e por pensar que este seria correspondido.


— Me desculpe Jacob, sério eu não sei o que me deu… Quer dizer eu sei… ou não. — Kylie explicava-se pela situação verdadeiramente constrangedora. — Eu pensei que você também queria e confundi tudo. — Confessou atrapalhada e visivelmente nervosa para um Jake sem reação.


Jacob não sabia como agir. Era certo que para ele Kylie havia sido só uma boa ouvinte, contudo sua cabeça girava em pensamentos que se misturavam e frases soltas de conversas. “Tente esquecê-la, saia com outras garotas” ou “Tente de novo Jake. Falhe novamente. Falhe melhor”.


Ele não saberia o que pensar, quer dizer ele poderia tentar. Porque não? Kylei era uma mulher bonita, magra, alta, mesmo assim ele ainda conseguiria ser ainda mais, era divertida e seus olhos… Contudo seus olhos não eram os de cor de chocolate aqueles que ele queria ver, que o faziam sentir flutuar, embora fossem de um verde-claro não era os seus olhos…


No entanto sua vontade de tentar esquecê-la fez com que num impulso, retribuísse o beijo, ele não saberia se estava a fazer certo ou a fazer o certo, porém deixou-se ser beijado pela mulher de olhos claros. Para ele era um ato involuntário, já para Kylei era uma mistura entre o estar carente e ter alguém que a desejava e o sentimento de vingança pelo que seu namorado lhe tinha feito.


As mãos de Kylei percorriam o corpo de Jacob de forma urgente, porque sabia que tanto para ela como para Jake seria o mesmo, só um momento de carência, mas ela queria e até ao momento Jacob não relutou enquanto ela explorava agora o seu abdómen definido por debaixo da blusa preta e o seu pescoço com beijos molhados.


Embora seu corpo reagisse às carícias de Kylie, esta pode comprovar pelo volume que se formava nas calças do moreno. Jake deixava-se ser levado pelo momento e o desejo, suas mãos não ultrapassaram a cintura de Kylei, mas sua mente estava longe. E como se levasse uma descarga elétrica, quando Kylei sussurrou seu apelido, olhos chocolate se apoderam de seus pensamentos, juntamente com a voz de seu pai “A natureza de alguém poderá estar refletida nos seus olhos”.

Seu corpo retraiu-se. Sentia seu estômago embrulhado por estar num momento tão íntimo com Kylei, sentia-se culpado por o seu corpo estar a reagir as caricias.


— Kylei! — Jacob disse tentando que a mulher o olhasse, contudo esta confundiu o chamado de Jake como um gemido, o moreno por sua vez empurrou Kylei devagar para que esta parasse. Ela o olhou; confusa, porque até ali Jake não relutou.— É melhor paramos. — O moreno justificou quando finalmente Kylei o olhou. — Hey não precisa ficar assim. — Jacob acrescentou quando viu a sombra de tristeza nos seus olhos. Queria socar a si mesmo, pois Kylei estava frágil, carente e ele deixou aquela situação ir longe demais só para tentar esquecer Bella.

Estava a fazer o mesmo que fizeram com ele e isso o fazia sentir-se ainda pior. — Kylei a culpa não é sua, alias a culpa é minh… — A mulher de olhos claros levou o dedo aos seus lábios o impedindo de continuar.


— Não! A culpa não é sua Jacob, eu estou carente e me deixei levar… e também me queria sentir vingada sabe?
O entendimento passou pelos olhos de Jake. Ambos queriam se envolver por causas iguais e motivos diferentes e o que iria acontecer seria o maior erro para ambos.


— Amigos? — Jacob disse sorridente tentando minimizar a situação constrangedora oferecendo-lhe a mão.

— Amigos. — Kylie apertou a mão de Jacob também sorrindo.

~~ LDP ~~

E lá estava ele novamente a olhar nas traseiras da casa de Charlie, olhando o quarto que um dia fora de Bella. Depois de a situação resolvida com Kylei a qual ambos prometeram tentar ser felizes, Jacob vagueou por Forks e acabou em frente à casa do policial.


Por mais que tentasse não compreendia o que se tinha passado naquele momento quando estava com Kylei, cada vez que relembrava a culpa e o embrulho no seu estômago se fazia maior. As lágrimas agora passeavam livres por seu rosto enquanto se lembrava dos momentos com ela.


Contudo um aroma distinto o despertou do torpor dos seus sentimentos, assim como o som acelerado do coração o deixando alerta do perigo e o seu corpo já com espasmos da transformação era sinal que algo não estava bem.


Olhando ao redor ele tentava achar o dono do aroma diferente.
— Quem está ai? Apareça! — Ditou em seu tom firme.





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Notas finais do capítulo

Quem será?
Renesmee? Hum...
Podem partilhar as vossa sugestões de quem acham que é a "pessoa" de aroma diferente lindas.
Comentários? Recomendações ?
beijinhos amores
até ao próximo!



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