Code 23 - Projeto I.A. escrita por Usui D Risu


Capítulo 2
Capítulo II – O horizonte


Notas iniciais do capítulo

Bem, aí vai mais um capítulo, espero que gostem e não deixem de comentar! Eu adoro os comentários, me deixam muito feliz!

Esse capítulo é bem curtinho. Estou começando a dar mais ênfase a personagem principal, ela é meio tapada mas é uma pessoa legal. Espero que gostem dela!



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Ela estava andando pela cidade, era um dia de semana, não havia muitas pessoas. Como a área era de descanso, durante esse período era muito difícil ter alguém nas ruas, mas ela estava lá. Olhava os prédios fechados, seus letreiros de neon apagados em nada tinham a ver com todo o brilho dos finais de semana, feriados e férias. Entre simples prédios de lazer, haviam as construções de grandes empresas para o mesmo fim, essa cidade também está sendo tomada, pensou. Se focou no meio céu, os astros baixos, típicos do entardecer.

Caminhou até a esquina e virou à direita, continuou percorrendo seu caminho inexato, até que seus pés tropeçaram em algo. Era uma máquina, um pequeno lixeiro de rua. Ele possuía formato cilíndrico e sua tampa era retrátil, por onde conseguia armazenar e triturar o lixo de pequeno tamanho deixado pela cidade. Tanto na parte da frente, quanto sobre sua tampa existia um símbolo de uma lua negra minguante, estava com sua base virada pro chão e suas pontas para o céu, com as pontas da mesma altura. Ela reparou naquele símbolo, ele lhe era familiar e não porque todos da cidade usavam, e sim por conta de sua infância.

Sua atenção foi chamada para os braços do lixeiro, uma vez que este acabou por recolher uma carcaça eletrônica de algo perto dela. Pôde reparar que os finos braços eram também retráteis e possuíam pequenas garras no final, além disso eram vistos ímãs no local de suas orelhas. Ao olhar, imediatamente concluiu que era isso que o fazia planar, os ímãs causavam uma reversão em seu fluxo de gravidade, fazendo com que o robô flutuasse.

Ele esbarrou novamente na perna dela e procurou outro trajeto para seguir. Ela o observou até que desaparecesse entre o inebriar do fim da tarde, e então se sentou na calçada, com a visão perdida no céu, seus olhos verdes brilhavam, enquanto mirava o horizonte.

De repente um gato com coloração bem escura, com a mesma marca de lua em sua barriga — era estranho pensar como um gato preto podia ter um símbolo da mesma cor em si e este ainda assim aparecer — ele era relativamente pequeno e achegou-se até as pernas da garota. Sentando-se ali a olhou e se dirigindo a ela indagou com interesse:

— Oi 23, o que está fazendo aqui sozinha?

Os olhos divagantes da garota descem e param sobre aquele ponto preto.

— Oi gatinho! — disse ela o pegando no colo e agarrando fortemente, o deixando sem ar.

O gato se debateu e com muita força conseguiu se soltar, rasgando o uniforme de empregada que ela vestia.

— É… 23… sua blusa… — Ele desviou o olhar, parecendo estar meio envergonhado com toda aquela situação.

Ela olhou pra baixo e notou que um enorme corte havia agora na altura de seus seios, deixando-os expostos.

— Ora, gatinho malvado! Olha só o que você fez! Agora terei que consertar minha roupa!!!

— 23, você é mesmo avoada, não me reconheceu ainda?

— Te reconhecer? E eu te conheço gatinho?

— Bem, se não me reconheceu é melhor deixar assim — disse ele se distanciando e olhando pra ela de costas, provocou. — Por acaso, você já viu um gato que fale? — ao dizer isso saiu correndo na direção contrária a que ela veio.

— “Já viu um gato que fale?”… — repetiu as palavras dele. — Ele tem razão, nunca vi. — disse ela coçando a cabeça e, se levantando, seguiu em frente, para sua casa. Mas não tampou o rasgo da blusa, se esqueceu. Pelo menos Sweet City, em dias de semana, não tem clientes, e ninguém a viu.


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Notas finais do capítulo

E lá se foi mais um capítulo! Comentem! O que estão achando da 23? E vocês sabem quem é o tal gato? Algum palpite? Duvido que vocês acertem! rsrsrs Sim, isso foi um desafio!



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