Truly, Madly, Deeply escrita por Mrs Loki, amanda c


Capítulo 3
Primeiro dia


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, aqui quem vos fala é a Pands *-* Nós estamos muito felizes com o resultado da fanfic, já temos uma boa quantidade de leitores - de começo claro - e gostaria de agradecer todas vocês, mesmo vocês que não comentam, pois tem muitas, realmente, muitas que fazem isso, pois nós estamos com apenas nove comentários... Enfim nas notas finais iremos apresentar algumas personagens fisicamente.Boa leitura :)



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"You can never say never

While we don't know when

Time, time and time again

Younger now then we were before"

The Fray

Eu iria começar a trabalhar já no dia seguinte. E eu mal podia esperar!

Voltamos para casa e Juliet disse que iria pedir pizza para comemorarmos; Gabi foi até a locadora mais próxima e alugou sete filmes para nós assistirmos.

Sim, sete filmes... Minhas amigas tem sérios problemas, sei disso.

Quando o entregador chegou com a pizza nós o pagamos e arrumamos a sala de estar para ser confortável para nós três deitarmos, comermos e assistirmos os filmes.

Fiquei deitada entre minhas duas amigas, que falavam alto, gargalhavam alto, mastigavam alto... Tudo que elas faziam era em grande escala e eu não ficava muito para trás.

Quando finalmente terminamos de comer a pizza - e nós três comemos toda a pizza - já estávamos no terceiro filme. Os dois primeiros eram comédia e agora esse era terror e nós três estávamos morrendo de medo.

– Não entra ai, sua idiota! - Juliet gritou se encolhendo ao meu lado. Quis rir da atitude da minha amiga, mas engoli o riso assim que vi o homem todo deformado na tela da televisão.

Nós três gritamos com toda a força de nossos pulmões, mas logo em seguida começamos a gargalhar.

– Odeio filmes de terror - Gabriela disse colocando uma almofada na frente do rosto.

– Então por que raios alugou? - perguntei franzindo o cenho, mas não desgrudando os olhos verdes da televisão.

– Ora, é legal assistir esses filmes com as amigas - ela disse naturalmente alegre, retirando a almofada de frente dos olhos para me encarar, mas começou a gritar por ver novamente o rosto do homem do filme.

Quando o filme finalmente acabou e o homem foi morto pelo protagonista - ou foi aquilo que nós intendemos - disse para as meninas que eu precisava ir dormir, pois no dia seguinte iria começar meu novo trabalho.

Gabriela era a gerente de uma loja pequena de rua. Ela pode ser muita coisa, mas é muito responsável quando se trata de coisas sérias, como dinheiro. Juliet trabalhava como vendedora em uma loja de música, e pelo que eu intendi ela estava quase recebendo uma promoção para elevar o cargo.

Me despedi das meninas depositando um beijo em suas testas, fui até o nosso quarto para me trocar e finalmente cair sobre o macio colchão.

Me lembro apenas de ouvir as meninas conversando baixo e andando "cautelosamente" pelo quarto, mas apenas isso, pois rapidamente cai no sono.

Acordei com o celular de Juliet tocando uma maldita musica da banda favorita delas. Abri os olhos relutantemente e virei meu rosto para procurar a fonte de barulho, mas o celular estava de baixo dos travesseiros da morena, que dormia feito pedra.

– Só pode ser carma... - sussurrei para mim mesma e me rastejei até o banheiro para fazer minha higiene matutina.

Depois de escovar os dentes e lavar o rosto enrolei meu cabelo e o joguei para trás, para que nenhum fio ficasse sobre o meu rosto. Me encarei no espelho e sorri forçadamente para a imagem que eu estava vendo.

Meu cabelo era de uma tonalidade de castanho claro ondulados, mas maltratados, minha pele era clara, mas não chegava a ser quase cor de defunto como Juliet, meus olhos eram grandes e verdes, nas minhas bochechas, quando eu sorria apareciam duas covinhas.

Respirei fundo e me afastei da pia do banheiro; sai do banheiro e fui atrás de uma roupa decente para o meu primeiro dia de trabalho.

Gabriela não estava mais deitada, provavelmente em outro banheiro se trocando e Juliet ainda estava com o rosto enterrado nos travesseiros, com metade do corpo para fora das cobertas.

– Juliet, acorda - disse coçando minha nuca pensando no que eu poderia fazer com ela.

A resposta fora um grunido estranho, que nem Deus poderia decifrar. Revirei os olhos e cutuquei a morena que virou para o outro lado.

Dei de ombros. O problema não seria meu se ela perdesse o dia dormindo.

Peguei um All Star branco, uma saia jeans e uma camiseta de botões branca. Arregacei as mangas da camiseta até o cotovelo e deixei apenas dois botões abertos da camiseta.

– Acorda, se não vai perde o horário, Juliet! - gritei e vi a morena resmungar algo, se levantar e rastejar até a porta do banheiro.

Sorri feliz.

Desci para o comodo inferior, onde Gabriela tomava chá de limão e comia algumas torradas. Ela usava uma camisa branca com seu nome bordado no peito esquerdo, uma calça social preta e um sapato boneca preto. Ela não parecia ser a Gabi que parecia uma criança - tanto no jeito como no tamanho. Os cabelos vermelhos estavam presos em um rabo de cavalo no topo da cabeça, uma maquiagem leve pintava seu rosto e uma expressão serena fazia-se presente enquanto ela tomava café da manhã.

– Bom dia

Disse para minha amiga que ergueu os olhos e falou:

– Bom dia, amiga. Que horas você sai?

Peguei uma xícara e coloquei um pouco de chá para mim. Depois de bebericar respondi ela:

– Eu entro as nove e saio as três.

– No meu almoço eu passo lá e nós vamos almoçar juntas, o que acha? - ela disse feliz deixando a metade da torrada na mesa e batendo palmas do modo que eu sempre vi minha amiga.

– Perfeito - sorri e me levantei depois de beber o chá. Peguei uma maçã que estava sobre a bancada da cozinha e me despedi de Gabriela. Ao chegar na porta avistei Juliet descendo as escadas com uma carranca de colocar medo em qualquer um.

– Tenha um bom dia, Juliet - sorri para ela e vi os enormes olhos azuis se revirarem o que me fez rir. Ela sempre odiou acordar cedo.

Fui andando até a Starbucks, mesmo sendo preguiçosa gostava de andar de manhã, parecia que o ar era menos poluído do que quando se é tarde ou noite.

Ao entrar na cafeteria ouvi o pequeno sino do lugar tilintar avisando a entrada de alguém. Já havia algumas pessoas sentadas tomando café, outras em uma fila para pegarem seus pedidos e irem embora. Avistei Richard parado na frente da sua porta e ao me notar sorriu abertamente.

Me aproximei dele e o mesmo me cumprimentou com um beijo na bochecha.

– Susan ira te ajudar com o preparativo dos pedidos, caso você tenha algum problema com isso nós mudamos você de área - ele disse naturalmente entregando-me um avental de corpo inteiro verde com o logo da Starbucks no peito.

Assenti e fui para trás do balcão. Uma mulher muito alta, mas realmente muito alta se aproximou de mim e sorriu amigavelmente.

– Sou Susan, vou te ajudar no que precisar, novata - ela piscou para mim e apertou meu ombro o que fez meus joelhos falharem.

Engoli em seco e tentei dar o meu melhor sorriso.

Um rapaz pediu café puro e eu não achei tão difícil de fazer, mas estava redondamente enganada.

Aquela máquina realmente parecia me odiar. Quanto mais eu descia a alavanca para o café sair, mais ela rangia e menos café saia.

Não queria chamar ninguém, muito menos a Susan, pois ela estava ocupada fazendo o pedido de outra garota.

O rapaz já estava ficando irritado e quando finalmente pensei em desistir e chamar alguém, um mar de café saiu de dentro da maquina molhando a mim, ao chão e até mesmo quem estava atrás do balcão.

Richard, que havia entrado em sua sala, apareceu ali com os olhos arregalados. Pediu para Susan e mais um rapaz limparem aquela bagunça e para eu começar a entregar os pedidos para quem estava sentado.

Respirei fundo e fui até o banheiro ver como eu estava.

Felizmente minha roupa não estava manchada de café, mas o avental estava. De verde ele havia passado para o preto, o que me deu um ataque de risos.

Troquei de avental - por sorte havia um sobrando - e fui entregar os pedidos para quem estava sentado. Inicialmente estava me dando bem com aquele tipo de trabalho. Não havia tropeçado em ninguém, sujado ninguém, nem caído.

Ouvi o sino da Starbucks tocar e um rapaz alto, de cabelos negros, olhos em um castanho que fez meu sangue gelar e um sorriso encantador se sentou em uma mesa mais afastada.

Fui atende-lo e ele pediu apenas um café com leite, o que me deixou aliviada.

Quando voltei para o balcão para pedir o pedido do rapaz vi um grande alvoroço da parte dos atendentes. Franzi o cenho e cruzei os braços esperando o café dele ficar pronto.

– Não acredito que eles estão aqui na Irlanda! - disse uma garota que preparava um frapuccino.

– Acho que vou pedir um autografo - Susan disse quase se desmanchando.

Revirei os olhos tentando não prestar atenção no que estavam falando e infelizmente meus olhos se voltaram para o rapaz que estava sentado falando ao telefone e só então me toquei de quem se tratava.

Era um dos integrantes da bandinha One Dream.

Respirei fundo para não ir até ele e bater em seu rosto mandando-o parar de ser falso e marqueteiro, mas preguei meus pés no chão e abri o meu melhor sorriso.

Peguei o café e fui até o mesmo, mas como já disse, o mundo ama me foder, tropecei em alguma coisa - que desconfio ser o meu próprio pé - e fiz o café ir de encontro com o meu tronco manchando toda o avental e dessa vez minha blusa branca.

O garoto da boyband começou a rir de mim o que fez meu ódio aumentar. Bati o pé no chão e o encarei com o maxilar trincado.

Como ele ousava fazer aquilo? Rir de mim?

Voltei para o balcão e pedi outro café para o maldito. E incrivelmente ele continuava rindo! Se não for agora eu não tenho a chance nunca mais de bater nesse garoto.

O café rapidamente ficou pronto, eu segurava ele com uma força desnecessária e ao colocar o copo com o logo da Starbucks na mesa o café deu um leve pulo voltando para o copo, o que assustou o "cantor".

– Aqui está, senhor - disse com os dentes trincados.

Virei as costas e preparei minhas pernas para voltar para perto do balcão, mas senti fortes mãos segurarem o meu braço.

Trinquei mais uma vez o maxilar e virei o rosto para trás.

Ele me olhava com seus grandes olhos castanhos e um sorriso galanteador que só me deu mais vontade de bater nele.

– Esqueceu do dinheiro - ele disse me soltando e estendendo uma nota.

Respirei fundo me controlando e peguei a nota. Virei os calcanhares na direção dele e apoiei uma mão no quadril.

– Mais algo?

Ele já estava com o copo de café nos lábios e os olhos fechados degustando o sabor. Acho que ele não ouviu minha pergunta, pois quando devolveu o copo à mesa me olhou confuso com as sobrancelhas arqueadas.

– Quer um autografo? - perguntou exibido.

Franzi o cenho e bati fortemente o pé no chão. Ele só podia estar de brincadeira comigo.

Urrei e virei as costas para ele finalmente voltando para o meu posto esperando mais alguém precisar de mim.

Garoto exibido, metido a cantor!


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Notas finais do capítulo

Juliet » Kaya Scodelario (http://25.media.tumblr.com/tumblr_m308my52681r53qxoo1_500.gif)Gabriela » Ariana Grande (http://media.tumblr.com/tumblr_lmk7eeU92M1qd062p.gif)Valerie » Shailene Woodley (http://www.crushable.com/wp-content/uploads/2013/07/Shailene-Woodley-The-Spectacular-Now.gif)