Truly, Madly, Deeply escrita por Mrs Loki, amanda c


Capítulo 15
Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal ( :
Obrigada pelos comentários, esperamos que vocês gostem!!! :3



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"I was emotionally scarred we could not get it away

There are times when it breaks and I feel amazed

Feels just like the first time when you kiss me, my lover"

Corinne Bailey

Eu não conseguia encarar Zach. Sentia minhas bochechas quentes e simplesmente fugia dele o máximo que podia. Eu havia o beijado? Não conseguia entender como aquilo podia estar acontecendo.

Como pude beijá-lo? Perguntei-me.

Olhei para trás e fiquei tensa ao ver Zach sorrindo para mim. Passei as mãos pelo cabelo nervosamente e comecei a pensar em alguma desculpa para ir embora daquele lugar. Zach se aproximou de mim, mais do que deveria, e perguntou:

— Você pode me levar para casa?

— Por quê? - Ele perguntou me encarando. Perdi o ar. Concentre-se, Valerie. Minha consciência exigiu. Mas era praticamente impossível me concentrar com aquele par de olhos castanhos diante de mim.

— Estou com cólica - disse sem pensar. Só depois percebi o que havia dito. Zach franziu o cenho, me encarou e percebi que havia certa tristeza em seu olhar. Ele assentiu e sorriu de lado, nitidamente triste.

Me despedi dos outros, abracei minhas duas amigas e sem dizer nada fomos caminhando em direção ao carro.

Entramos no carro e ele ligou o rádio e de repente começou a tocar Two Is Better Than One, do Boys Like Girls. Mordi o lábio inferior ao notar que Zach estava desconfortável. Suas mãos pareciam apertar o volante com uma força desnecessária.

Sem olhar para mim, ele pergunta:

— Quer que eu passe na farmácia para comprar um remédio para você?

— Não precisa, eu tenho remédio em casa - falei simplesmente. Ele assentiu e voltou a olhar para frente. Eu queria cavar uma cova, me enfiar dentro da mesma e nunca mais sair de lá. Mal conseguia conversar com ele.

Olhei pela janela, observando as pessoas andando por uma pequena pracinha. Alguns casais se beijavam, e outros andavam de mãos dadas. Instintivamente, me imaginei andando de mãos dadas com ele e logo me reprimi por ter aquele tipo de pensamento.

Suspirei profundamente e encarei meus próprios joelhos, tentando não olhar para Zach, que de repente, perguntou:

— Quer que eu troque de rádio? - Ele parecia desesperado para conversar comigo, que apenas precisava ficar sozinha naquele momento. Me encolhi um pouco, sentindo frio e disse:

— Não precisa.

Ele suspirou e ficou quieto novamente. Depois de uma eternidade, chegamos a minha casa, ele parou em frente à porta e eu disse, abrindo a porta:

— Obrigada por me trazer.

Não precisa me agradecer - ele falou simplesmente. Saí do carro e fechei a porta com uma força desnecessária. Entrei em casa praticamente correndo e subi as escadas sentindo o alívio percorrer meu corpo.

Entrei no quarto que dividia com as meninas e fechei a porta atrás de mim, me joguei na cama e enterrei a cabeça nos travesseiros. Bufei irritada e tentei esquecer do que havia acontecido, mas fazer isso era praticamente impossível.

Mexi-me na cama, e comecei a encarar o teto. Eu não conseguia tirar aquele beijo da minha cabeça. O gosto dos lábios dele era delicioso, e seu cheiro de colônia masculina era inebriante.

Sorri ao lembrar da sensação de tê-lo tão perto. A mera lembrança daquele beijo fazia meu coração saltar pela boca. Todos os momentos que vivi com Zach agora invadiam minha mente, deixando-me com borboletas do estômago.

Queria esquecer, mas não conseguia mais. Suspirei, dando-me por vencida. Eu simplesmente não conseguia tirá-lo da minha cabeça.

Lembrei do quão irônico aquilo era. Eu o detestava até pouco tempo atrás e agora simplesmente não conseguia esquecê-lo. O que raios estava havendo comigo?

Point Of View Juliet

Liam sorria para mim de forma carinhosa, me encarando com um sorriso. Ele se aproximou, e perguntou, de forma doce:

— Você gostaria de jantar comigo? - Ele perguntou segurando minhas duas mãos. Sorri para ele e disse:

— Claro, eu adoraria - disse verdadeiramente. Não sabia se poderia considerar aquilo como um encontro, mas aquilo não importava muito agora. Ele sorriu e disse, ajeitando uma mecha de meu cabelo, pondo-a atrás de minha orelha. Senti meu coração bater acelerado ao senti-lo tão perto.

Passamos o resto do dia no Parque de Diversões. Em outra situação eu estaria preocupada com Valerie se não soubesse que ela havia mentido sobre a cólica. Conhecia minha amiga bem o suficiente para perceber que algo havia acontecido no trem fantasma.

Quando saímos de lá, Liam me levou para jantar em um dos restaurantes mais bonitos que já havia visto. A fachada era em um tom belíssimo de verde, haviam dois postes acesos, um em cada entrada do local. Uma placa de neon amarela dizia "Casa Della Pasta".

Entramos e fiquei ainda mais maravilhada com o interior do restaurante. Haviam várias mesas de carvalho cobertas com toalhas brancas com detalhes em verde. Em cima de cada uma das mesas, um vaso com rosas brancas. As paredes estavam pintadas em tons pastéis e decoradas com diversos quadros.

Um maître apareceu e disse, sorridente:

— Boa noite, mesa para dois? - Liam assentiu e o rapaz nos guiou em direção a uma mesa mais isolada. O maître afastou a cadeira para mim, deixando-me sentar, e nos deu os cardápios e se afastou, nos deixando escolher. Eu não sabia muito bem o que pedir, então optei por um risóle ao molho branco e queijo de búfala.

Fizemos nossos pedidos e quando o rapaz afastou-se novamente, Liam me encarou sorrindo e disse, segurando a minha mão, que estava encima da mesa:

— Gostou daqui?

— Sim, é um belo lugar - falei avaliando tudo a minha volta. Ele abriu um sorriso de lado, que me fez perder o ar, e disse:

— Fico feliz que você tenha gostado - disse me olhando de soslaio. Estar com Liam era algo maravilhoso para mim. Ele era divertido, compreensivo, amigo. Não me faltavam bons adjetivos para defini-lo. Adorava a forma como ele agia, sempre preocupado comigo.

— Você é diferente das outras garotas que conheço - ele disse com um sorriso tímido que me deu vontade de apertar as bochechas dele. Ele é tão fofo! — Você é... Verdadeira - ele disse me olhando intensamente. Sufoquei diante daquele olhar, sentindo meu coração bater loucamente contra o peito.

— Como assim?

— Todas as meninas que conheci antes de você eram interesseiras, ficavam pedindo coisas absurdamente caras, joias, vestidos... Mas você não, você nunca nem perguntou quanto eu ganho por cada show que faço - sorri para ele e disse:

— Eu passei grande parte da minha vida trabalhando para ganhar meu dinheiro, ter minhas próprias coisas e vir para a Irlanda. Aprendi que não há nada mais valioso do que comprar as coisas com seu próprio dinheiro, do que poder dizer: "O dinheiro é meu faço com ele o que bem entender". Eu jamais ficaria com uma pessoa só por causa do dinheiro dela - disse sinceramente. Faria de tudo para que Liam acreditasse no quanto eu gostava dele, não do seu dinheiro.

— Eu sei disso - ele disse afagando meu rosto. Aproximei meu rosto de seu toque, e então a nossas comidas chegaram.

— O que você irá querer de Natal? - Ele perguntou de repente. Só então lembrei que estávamos nos aproximando no Natal, e disse:

— Nada.

— Você tem que querer algo - ele disse divertido.

— Um livro - falei simplesmente. Ele ergueu uma das sobrancelhas e disse:

— Sério, um livro?

— Sim, um livro - falei rindo da expressão frustrada dele.

— Que livro? - Ele perguntou dando-se por vencido.

— One Day - eu disse simplesmente. Ele assentiu e eu disse, triste:

— Não há nada no mundo que eu possa te dar de presente, você já tem tudo - falei triste. Ele sorriu, parecendo pensar em algo, e disse, simplesmente:

— Eu já sei o que quero - o olhei, na expectativa, e ele apenas disse: — Na hora certa irei lhe dizer o que é - franzi o cenho e dei de ombros, ainda estranhando o comportamento dele.

Point Of View Valerie

Eu assistia a "Como Água Para Chocolate" na televisão quando Gabi entrou no quarto sorrindo. Ela sentou-se em minha cama e perguntou, me olhando de maneira doce:

— O que houve com você hoje de manhã?

— Eu e o Zach nos beijamos - falei. Eu não iria esconder aquilo de minha melhor amiga. Nunca escondi nada dela, não ia ser agora que iria começar a ocultar coisas dela ou de Jul.

— E o que aconteceu depois? - Apesar de ser meio despirocada, Gabi sabia dar bons conselhos quando queria.

— Eu o ignorei e fingi que estava com cólica para que ele me trouxesse para casa - ela me olhou de maneira repreensiva e disse:

— Para de fugir dele, amiga. O Zach gosta de você e você gosta dele, não há mais como negar, está claro feito água - a ruivinha disse dando um beijo estalado na minha bochecha. Encolhi-me ao ver as luzes sendo apagas, e permaneci ali, no escuro...


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