Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 65
Capítulo 65: A sócia.


Notas iniciais do capítulo

Betty tira um dia de descanso e Jamille arruma uma sócia para a Ecomoda.



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As secretárias ainda não haviam chegado do almoço quando Jenny chegou na sala do vicê presidente financeiro da Ecomoda, igual a um furacão.

— Onde está o meu anel Nicolas? Você me prometeu uma surpresa! E já faz mais de um mês! Jenny questionou irritadíssima.

— É uma surpresa Jen, Jen, Jenny. Mentiu Nicolas.

— Essa surpresa está demorando muito! Jenny exclamou profundamente irritada.

Ela sempre conseguira tudo pra ontem com o Efraim, Nicolas parecia dócil e totalmente dedicado a ela no princípio mas agora ele sempre estava frio e distante. Antes ela até foi compreensiva acreditando que ele estava assim por causa do sequestro da Betty, mas agora que todos estavam bem não havia mais motivos para o distanciamento de Nicolas. É claro que havia alguma coisa, mas ela iria descobrir o que era e reverter tudo a seu favor. Era só uma questão de tempo, ela concluiu e deu um demorado beijo em Nicolas, antes de ir voltar para o ateliê.

Betty ainda estava trancada em sua antiga sala quando batidinhas leves a fizeram se recompor. Jamille havia chegado para atormentar Daniel e qual não foi a sua surpresa quando viu a presidente da Ecomoda secando as lágrimas.

— O que você tem Betty? Jamille perguntou  preocupada.

— Não é nada Jamille. Mentiu Betty.

— O doutor Valencia a maltratou? Perguntou Jamille enfática.

— Não, é que... Lágrimas romperam dos olhos da presidente, impedindo-a de falar.

— Venha, precisamos sair daqui antes que alguém a veja assim! Jamille falou enquanto conduzia Betty pela produção para poderem sair sem ser vistas.

Jamille dirigia o carro de Betty, enquanto a presidente lhe contava os motivos de estar tão , abalada. Depois de alguns minutos finalmente a pequena casa branca de Jamille.

— Aqui ninguém irá nos incomodar presidente e você poderá falar tudo ou não falar nada e simplesmente aproveitar esse momento para descansar. Vou lhe preparar algo para comer, deite-se no sofá, relaxe e procure não pensar nos problemas da empresa agora.

Betty deitou no sofá e de tão cansada dormiu.

Já era noite quando Daiane foi impedida de entrar na sua própria casa, Jamille havia lhe dito que a presidente da Ecomoda estava lá e por nada no mundo poderia saber que elas eram irmãs, por tanto ela precisaria dormir num hotel pelo menos por hoje. Isso a deixava desconfortável mas acreditava que Jamille sabia o que estava fazendo.

Por volta das 21hs Betty acordou numa casa estranha para ela, estava bem agasalhada e a luz da lua entrava pelas janelas, iluminando o seu rosto. Entretanto um cheiro esplêndido de comida a convidou para cozinha da casa onde Jamille a esperava, sentada à mesa de avental lilás.

— Dormi demais! Betty falou envergonhada.

— Você precisava! Sorriu Jamille a convidando para jantar.

— Eu preciso ir para casa! Deve ser muito tarde agora. Betty falou sem sentar-se a mesa.

— Não se preocupe presidente, já falei com os seus pais e com o seu noivo. Eles estão cientes de que você precisou fazer uma rápida viagem para negociar com invstidores. Jamille explicou.

— Mas Jamille...

— Você já passou por tanta coisa Betty, pelo menos por hoje poderá descansar. Jamille falou enquanto se levantava e acomodava Betty em uma das cadeiras.

— Esse cheiro está tão bom. Betty sorriu concordando que o seu estômago roncava de fome.

— É Ajiaco. Aprendi a receita com minha mãe antes dela falecer. Jamille falou.

— Sinto muito por sua mãe. Betty falou.

— Tudo bem, já faz muito tempo. Eu ainda era adolescente. Superei essa tragédia como superei todas as outras que tive em minha vida e cada uma delas me tornou mais forte e decidida. Jamille falava enquanto servia a sopa a Betty.

Betty nada falava e devorava a sopa vorazmente.

— Também fiz um delicioso suco de pitaya e de sobremesa Natilla. Aproveite que estou prendada! Jamille riu e conseguiu arrancar um sorriso de Betty.

Depois do jantar Betty ajudou Jamille a lavar a louça, e em seguida assistiram um filme de comédia na televisão.

— Estavámos precisando rir um pouco Betty depois de tantos acontecimentos. Já reparou que não temos tempo para poucos prazeres como desfrutar um bom jantar e assistir um filme de comédia na tv. Estamos sempre tão ocupadas com o trabalho! Jamille falou notando o semblante melhorado de Betty.

— Sim faz tanto tempo que não tenho um dia de descanso, onde posso dormir  mais de 8 horas e saborear uma comida tão deliciosa. Mas confesso que agora o sono me fugiu. Betty sorriu.

— Então o que quer fazer presidente? Jamille perguntou eufórica.

— Não sei. Acho que faz muito tempo que tive um dia para fazer absolutamente nada. Nem consigo pensar como aproveitar essa noite. Betty confessou.

— Em minha casa poderá fazer o que quiser ou não fazer nada. Conversar ou simplesmente ouvir o barulho do vento ao abrir a Janela. Disse aos seus pais e ao seu noivo que você necessitou fazer uma viajem de última hora e como eu era a única secretária que se encontrava na empresa no horário do almoço por isso fui com você. Jamille explicou.

Por volta das 23 horas Betty se sentia mais a vontade em contar um pouco sua vida e dos seus problemas para Jamille.

— Mas meu maior medo agora é não conseguir um empréstimo para dar início a produção da nova coleção. Betty confessou.

— Ah Betty se eu pudesse evitar os horrores que você teve que passar e ainda por cima a perca do capital da Ecomoda... Jamille parou a frase no ar e teve uma idéia genial.

— Está tudo bem Jamille? Betty estranhou a pausa da secretária.

— Tudo ficará bem presidente! Eu prometo. Jamille sorriu.

O dia amanheceu e Betty foi obrigada a ir trabalhar, mesmo querendo ficar na paz da casa de Jamille. O pouco que a presidente havia descansado foi suficiente para que ela se sentisse mais forte para enfrentar mais um dia de trabalho.

— Tem certeza de que não vai querer carona? Betty perguntou.

— Não, preciso resolver alguns assuntos antes de ir. Mas não se preocupe, prometo não atrasar. Jamille respondeu.

Assim que Betty saiu, Jamille telefonou para Daiane.

— Alô! Daiane atendeu.

— Preciso que se torne acionista da Ecomoda! Jamille exclamou.

— O quê?

— Você irá emprestar à Ecomoda o dinheiro que precisam para dar início a produção da nova coleção.

— Jamille eu não tenho dinheiro nem pra mim quanto mais para emprestar a uma empresa como a Ecomoda. Daiane tentou levar bom senso à sua irmã.

— Você não! Mas eu sim!

 


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo escrito com muito carinho para vocês! Espero que gostem e se possível comentem! Bjim...