Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 64
Capítulo 64: Turbulências na Ecomoda.


Notas iniciais do capítulo

O gerente do banco Montreal nega o empréstimo à Ecomoda e Betty se desespera. Marcela decide voltar a trabalhar na Ecomoda.



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O nascimento de uma criança sempre traz boas esperanças sobre o futuro para todos que o cercam, apesar de toda dor e medo que o futuro tente me afligir. Estou segura que com muito trabalho poderemos quitar a dívida com a empresa brasileira, mas não é somente isso que me anima o espírito. Ver a felicidade de dona Marcela com seu neném nos braços me assegurou que todo o sofrimento que por ventura lhe causei ao me apaixonar pelo doutor Armando, agora já não existe e a ver verdadeiramente feliz ao lado do seu esposo. Confesso que nunca imaginei que o destino uniria pessoas tão diferentes mas como posso eu imaginar algo, uma vez que o homem mais bonito do mundo, o homem que pode namorar a modelo que quiser se apaixonou por mim, a mulher mais feia e desengonçada de toda Bogotá. Deus sempre me surpreende!

Aura Maria entra na presidência e diz a Betty que o gerente do banco Montreal a espera na sala de reuniões, interrompendo Betty que calmamente escrevia em seu diário.

— Sim, Aura Maria por favor convoque os outros acionista da empresa, já estarei indo para a sala de reuniões. Betty comunicou enquanto guardava o diário em sua bolsa.

Em poucos minutos Betty entrava na sala de reuniões onde estavam Armando, Daniel, Nicolas, Alberto, Gutierrez, Hugo e o gerente do banco a aguardando. Patricia servia café e água a todos enquanto comunicava ao gerente do banco que estava prestes a se formar em finanças e apta a receber propostas para ser uma grande excutiva no banco montreal, o qual ela tinha uma grande admiração.

— Já entendemos Patricia que você quer ser uma grande executiva no banco Montreal agora vai por favor trabalhar e fecha essa porta quando sair. Disse Armando enfadado.

— Bom dia a todos! Cumprimentou Betty ao sentar-se na ponta da mesa. Então doutor Montibanes, solicitamos a sua presença para falarmos sobre um empréstimo para podermos começarmos a produção da nova coleção.

— Compreendo doutora Pinzón mas infelizmente o banco só poderá autorizar o empréstimo se parte do antigo empréstimo for quitado, pelo menos 50% dele. Afirmou seriamente o gerente.

— Mas sempre quitamos os empréstimos depois das primeiras vendas das coleções. Falou Armando preocupado.

— Sim mas compreenda doutor Mendonça nós emprestamos 25 milhões para a coleção passada, com o depósito de 50 milhões que foram depositados pela empresa Roupas Brasil, 25 milhões quitaram o débito antigo. Entretanto foram retirados cerca de 75 milhões do banco em apenas dois meses. Explicou o gerente.

— Como assim 75 milhões em apenas dois meses? Questionou Daniel.

— Foram 25 milhões para a folha de pagamento e 50 milhões para o resgate. Explicou Nicolas.

— 75 milhões! Sussurrou Betty preocupada.

— Não se preoucupe meu amor! Nós daremos um jeito. Falou Armando.

— Armando são 75 milhões de dólares para o banco e mais 50 milhões para a empresa brasileira, totalizando 125 milhões de doláres que a Ecomoda deve! Sem contar a folha de pagamento anual! Betty desesperou-se.

— A Roupas Brasil se comprometeu em extender o prazo de pagamento, compreendendo o trágico evento ocorrido com a senhora doutora Pinzón e com o doutor Valencia. Tentou tranquilizar Alberto.

— Obrigado por ter vindo, nos reuniremos e pensaremos numa maneira de poder quitar pelo menos 50% desse saldo e em breve entraremos em contato. Despediu-se Armando do gerente.

— E então my doctors whats to do veredict? Questionou Gutierrez no seu péssimo inglês.

Todos olharam para Betty que parecia desnorteada, imóvel e incapaz de dizer sequer uma sílaba.

— Foram muitas emoções por hojecom essa resposta do banco, deixemos Betty descansar e após o almoço voltamos a nos reunir. Falou Armando.

— Pois sim, estarei no meu ateliê criando se precisarem de mim. Mas saibam que de modo algum permitirei que afetem a qualidade dos meus materiais novamente! Sentenciou Hugo temendo baixarem a qualidade do material como da última vez.

Assim que todos saíram Armando levantou Betty e abraçou sussurrando em seu ouvido que dariam um jeito, que la não se preocupasse, que se fosse preciso ele venderia todos os seus bens para poder quitarem parte da dívida com o banco. Armando não desconfiava que Betty estava muito mais afetada do que ele poderia supor.  Em sua mente misturavam- se o trauma do sequestro, as dívidas da empresa, o doutor Roberto e a dona Margarita que depositaram sua confiança no trabalho dela. Betty estava totalmente sem paz, desesperada por só agora ter noção do quanto o resgate afetara o capital da Ecomoda. E se perdessem a empresa, e as inúmeras famílias que a Ecomoda sustentava.

— Vamos almoçar meu amor. Você precisa descansar, está tão pálida. Falou Amando preocupado.

— Por favor doutor me deixe um pouco sozinha, eu preciso pensar. Falou Betty num fio de voz, fazendo um enorme esforço para não chorar.

— Não a deixarei só. Armando falou enquanto a abraçava mais forte.

— Não estarei só, vou almoçar com o quartel. Mentiu Betty.

— Tem certeza? Armando perguntou preocupado.

— Sim! Assim você poderá almoçar com o seu Mario, afinal ele ainda é representante dos acionistas minoritários e precisará saber o que está acontecendo com a empresa. Betty declarou.

— Está bem. Sei que com o quartel você estará bem. Armando acreditava que talvez estar com as amigas animaria um pouco Betty e por isso a deixou.

Assim que chegou na presidência Betty notou que Daniel já havia ido almoçar com a dona Marcela para visitar seu sobrinho, portanto ele iria demorar. Assim trancou-se na sua antiga sala e começou a chorar.

— Um frango ao molho branco com um champanhe rosé para nós, obrigada. Pediu Jamille para ela e sua irmã.

— A tanto tempo que não a vejo feliz assim Jam! Sorriu Daiane.

— Agora você só me verá feliz pois tenho inúmeros motivos para isso. Sorriu Jamille.

— E agora que você conseguiu estar com Daniel em suas mãos, irá sair da Ecomoda? Questionou Daiane.

— Não irmã! Minha vingança só começou.

— Vingança nunca fez bem a ninguém! Declarou Daiane. Ela envenena a alma até levar a morte.

— Esqueceu que eu já estou morta? Jamille falou.

— Que coisa horrível de dizer Jamille! Daiane repreendeu a irmã.

— Ele me matou irmã, eles me mataram! Jamille falou com amargor.

— E então você quer que eles morram também?

— Não quero a morte de nenhum deles, talvez a do Calderón. Riu Jamille.

— Não tem graça! Respondeu preocupada Daiane.

— Eu quero a vida deles! Jamille falou. Hoje o gerente do banco foi para uma reunião na Ecomoda.

— E então?

— O banco não poderá emprestar nenhum centavo a Ecomoda. Como eu previra eles terão que se desfazer dos bens e com isso Daniel, Armando e Mario ficarão sem nenhum centavo. Jamille falou enquanto saboreava o frango que acabara de ser servido.

— Mas e os outros funcionários serão prejudicados também? Daiane falou preocupada.

— Não serão, uma vez que eles venderão seus patrimônios para pagar ao banco. Jamille falou sem perder o apetite.

— Por favor Jamille me prometa que com essa sua vingança não irá machucar e nem prejudicar gente inocente? Daiane pediu seriamente.

— Dou minha palavra! Agora por favor não estrague meu apetite! Jamille falou.

No apartamento de Marcela, Daniel se sentia totalmente deslocado entre seu cunhado e a família francesa que estava instalada lá. Os pais de Michel haviam acabado de retornar da França para poderem ajudar Marcela com o bebê.

— Está linda irmã! E o filho de vocês é muito bonito. Daniel elogiou um tanto carrancudo, crianças não eram o seu forte.

— Daniel estou tão feliz, mas brava com você! Como pode não me contar que foi sequestrado? Sou sua família, eu deveria saber. Marcela argumentou brava.

— Como eu poderia preocupar você, minha irmãzinha querida? Ainda mais você estando grávida? Daniel questionou. Eu jamais poderia permitir que você e seu bebê corressem algum risco.

— Daniel está certo Marcela. A prioridade é você e o nosso filho! Falou Michel ternamente.

— Bom querida Marcela, mas além de ver seu filho preciso lhe trazer notícias sobre a Ecomoda. Daniel falou seriamente.

— Vou colocar o neném no berço para que vocês possam conversar melhor. Disse Michel levando a Criança juntamente com D. Isabelle.

— E então meu irmão, como está o legado dos nossos pais? Perguntou Marcela seriamente.

— Infelizmente correndo o risco de abrir falência! Daniel falou de uma vez.

— O quê? Como assim Daniel? A Beatriz não está fazendo uma boa gestão? Marcela perguntou preocupada.

— Dessa vez não é culpa da Beatriz e nem do Armando. A Ecomoda teve que desembolsar todo o dinheiro do resgate, sem falar na dívida com a empresa brasileira. Estamos devendo aos bancos cerca de 75 milhões com os 50 milhões do empréstimo brasileiro, 125 milhões de dólares.

— Mas é muito mais do que devíamos com a loucura do Armando? Marcela ficou perplexa.

— Sim irmãzinha! Daniel confirmou.

— Daniel precisamos fazer alguma coisa! Marcela falou.

— Estou fazendo o que posso irmãzinha, e preciso admitir que até a presidente deve estar se empenhada em recuperar a empresa.

— Roberto e Margarita já sabem disso? Marcela perguntou.

— Ainda não. Mas creio que Armando vá contar a eles ainda hoje. Daniel falou.

Assim que Daniel foi embora Marcela foi até o quarto do seu filho, ele dormia tranquilamente. Marcela sorria olhando o seu bem mais precioso, ela sabia que precisava fazer algo para ajudar a recuperar o legado de seus pais e o futuro do seu filho.

— Preciso voltar a Ecomoda! Concluiu Marcela.


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo escrito com muito carinho para vocês! Espero que gostem e se possível comentem!