Finais Felizes Na Ecomoda. escrita por Liz Bennet


Capítulo 54
Capítulo 54: Sonhos que se tornam reais


Notas iniciais do capítulo

Amigas em dia, finalmente rsrs, posto mais um capítulo com imenso carinho. Acredito que você irão amar ler como eu amei escrever.
O quartel descobre sobre a gravidez de Marcela, Daniel trata bem Jamille e ela começa a pensar sobre ele, Marcela declara que não ama mais Armando e diz que ama Michel.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425095/chapter/54

Ao chegar em casa Betty encontrou sua mãe e Patricia na cozinha conversando. Patricia lhe contava todos os detalhes dos acontecimentos.

– Minha filha quer dizer que a dona Valencia realmente está esperando um filho daquele moço francês? Dona Julia perguntava incrédula.

– Sim mamãe, é verdade. Betty respondeu sentando-se no banco.

– Mas ela não era apaixonada pelo doutor Mendonza? Questionou dona Júlia.

– Dona Júlia as pessoas evoluem, a Marci evoluiu e que evolução, é um francês espetacular! Patricia elogiou.

– Ah filha pelo menos agora você vai poder noivar com o doutor em paz! Dona Júlia sorriu.

– Sim mamãe. Betty suspira.

– Tenho uma grande novidade. Explodiu Patricia de alegria. Amanhã começo as aulas na Universidad Nacional de Colombia!

As três sorriram alegremente e se abraçaram. Dona Júlia e Betty não continham em si de alegria.

– Estou tão orgulhosa de você Patricia! Betty falou emocionada.

– E eu também! Sorriu carinhosamente dona Júlia.

– Mais seis semestres e serei uma financeira formada, ao invés de esposa de um economista, vice-presidente de finanças! Patricia falou entristecendo.

– Parece mesmo que o romance do Nicolas com a Jenny está sério, mas nós bem sabemos que a Jenny é uma interesseira e que o Nicolas sempre foi apaixonado por você, Patricia. Betty tentou confortá-la.

– É no passado. Acho que vou dormir, além de acordar cedo amanhã depois do trabalho vou estudar e não terei tanto tempo para descansar. Boa noite! Despediu-se Patricia e foi para o seu quarto.

A sós Betty confessou a mãe que fizera as pazes com Marcela e que a executiva lhe contou que Michel vinhera a Bogotá porque ainda gostava dela.

– Mas será mesmo filha? Dona Júlia questionava enquanto colocava o jantar da filha.

– Na verdade eu não creio muito nisso mamãe. O Michel não é volúvel, se teve um romance com a dona Marcela é porque gosta dela. Betty afirmava convicta.

Antes das sete da manhã Armando já se encontrava na casa de Betty, pois ao levá-la para casa no seu carro deixou o dela no estacionamento da Clínica. Em fila indiana saiam de casa Seu Hermes, Betty e Patricia que ainda comia um pedaço de pão.

– Bom dia seu Hermes! Bom dia meu amor! Saudou Armando dando um beijo em Betty.

– Bom dia doutor! Cumprimentou Hermes secamente pois ele não gostava quando o doutor Mendonza beijava a sua filha, era preciso ficar vigiando de perto pois o diabo é porco!

– Bom dia minha vida! Cumprimentou Betty ternamente.

– Bom dia pra você também Armando! Patricia cumprimentou irritada por Armando não a ter saudado.

– Precisa comer no meu carro Patricia? Armando perguntou irritado.

– Sabe Armando, você não sabe o que é passar fome, eu sim sei por isso vou comer até as últimas migalhas deste pão e dentro do seu carro sim senhor. Debochou Patricia.

– Meu amor a Patricia tem uma grande novidade! Falou risonha Betty.

– Deixa eu adivinhar, ela vai se mudar para o Azerbaijão? Armando suspirou contente.

– Não seu engraçadinho, eu voltei para a faculdade! Patricia falou triunfante.

– E depois vai se mudar para o Azerbaijão? Armando continuou brincando.

– Não Armando, eu vou concluir a faculdade! Me tornarei uma financista de sucesso. Patricia falou seriamente mas Armando continuou brincando.

– Financista de sucesso no Azerbaijão! Armando gargalhou e até mesmo o sério do seu Hermes sorriu.

– Quer saber não vou mais te responder! Irritou-se Patricia que sentada no banco de trás com Betty resolveu checar a lista de livros que tinha que comprar na hora do almoço para poder ir à noite para a Universidade.

Na Clínica Marcela com muito custo conseguia comer uma tigela de frutas.

– Não consigo, estou muito enjoada! Marcela falava para a enfermeira.

– Enjoos no início da gravidez é muito comum! Mas mesmo com os enjoos matinais é preciso se alimentar e as frutas lhe farão o grande bem. Não se esqueça que o bebê está se alimentando de tudo o que você se alimentar! A enfermeira explicava com grande paciência a Marcela, que teimava em fazer cara feia para a tigela de frutas.

– Pelo meu bebê. Marcela disse a si mesmo e começou a comer as frutas.

Michel contemplava Marcela como se assistisse seu filme favorito. Ele gostava de ver todas as caras que ela fazia, até mesmo as caretas. Ele sorria por dentro ao imaginar como seriam as caretas que o seu futuro filho faria. Ele que tinha a ideia de ser pai tão distante e tão vaga, de repente se viu assim com ar de pai e desejo de o ser.

– Está gostando das minhas caretas? Marcela riu percebendo o olhar de Michel sobre ela.

– Eu gosto de tudo em você inclusive as suas caretas. Ele respondeu convicto.

Marcela enrubesceu e baixou os olhos.

– Você não falou nada ontem a noite! Ela comentou fingindo casualidade.

– Você também não. Ele respondeu abrindo uma revista, fingindo não se interessar pela conversa.

– Foi bom ter a visita dos meus amigos ontem, eu estava com saudades! Marcela comentou saudosa.

– Imagino que sim, especialmente o Armando. Ele falou secamente.

– Sim, foi bom sim. Marcela respondeu num fio de voz e rompeu coragem. Mas melhor do que a visita dele foi ter a sua presença a noite inteira só para mim.

O coração de Michel acelerou, ele fechou a revista e caminhou em direção a ela.

– O que sentiu quando viu Armando? Ele perguntou. Seja sincera, por favor.

– Foi estranho. Um dia desses eu morria só por um olhar de Armando, agora é como se fosse um sentimento distante. É quase um alívio não sentir mais ciúmes, não ter que lutar a todo instante pelo amor dele. Me sinto mais leve! Marcela confessou serena.

– Você acha que o esqueceu? Michel perguntou olhando-a no fundo dos olhos.

Marcela assentiu com a cabeça.

– E se ele terminasse com a Beatriz, e se reacendesse no coração dele a paixão que um dia ele sentiu por você, e se ele quisesse reatar o noivado de vocês? Se ele reclamasse o seu coração? Você o daria a ele mais uma vez? Michel perguntou francamente mas com muita doçura no olhar.

– Eu não poderia dar o que não me pertence mais. Marcela suspirou e Michel franziu a testa confuso. Armando me devolveu o meu coração e acho que ele sempre esteve comigo, solitário, aflito, angustiado então um dia ele te conheceu Michel e sem que eu percebesse ou aprovasse, o meu coração se deu a você!

Michel nada disse seus pensamentos estavam confusos com aquela revelação, não conseguia acreditar que Marcela finalmente havia se livrado do fantasma de Armando.

– Eu sei que este filho não estava nos seus planos, também não estava nos meus. Mas eu prometo a você que nem ele e nem eu seremos um empecilho no seu objetivo de conquistar a Beatriz. Eu não teria forças e nem ausência de dignidade para ficar entre você e ela. E eu sei que verdadeiramente eu o amo porque eu quero que você seja feliz comigo ou sem mim. Lágrimas quentes brotaram copiosamente dos olhos de Marcela e Michel começou a beijar casa gota derramada naquela face que ele tanto amava.

Com o coração transbordando de amor e de alegria por ter a certeza do seu amor retribuído, ele não esperou mais e declarou que também a amava e que o seu único objetivo era leva-la consigo para Cartagena. Marcela não cria no que escutava, era como se os seus sonhos simplesmente se transformassem em realidade diante dos seu solhos. Ela que tinha a certeza de ter perdido também o amor de Michel agora vivia o momento mais mágico da sua vida, aquele momento que todos ansiamos viver quando as nossas dores findam e a nossa história muda, quando a desprezada passa a ser a amada.

– Eu quero viver com você por todos os dias da minha vida, Marcela Valencia. Ele falou beijando lhe a boca.

– E eu quero também viver com você por todos os dias da minha vida. Ela chorava de alegria.

– Quer se casar comigo? Michel se ajoelhou ao lado da cama dela e segurou-lhe a mão.

– É o que eu mais quero no mundo! Ela respondeu.

Na Ecomoda o quartel ainda se preocupava em como estaria Marcela, pois elas ainda não sabiam de nada.

– Bom dia meninas! Cumprimentou Betty sorridente.

– Bom dia Betty! Responderam em coro e também cumprimentaram Armando, Hermes e Patricia.

– Ai Betty vocês conseguiram encontrar a dona Marcela? Perguntou Sandra preocupada.

– Mas é claro que sim, acha que se não a tivéssemos encontrado estaríamos tão tranquilas girafa solteirona? Zombou Patricia.

– Não seja besta oxigenada atrevida! Não está vendo que estamos preocupadas com a dona Marcela! Retrucou Sandra.

– Então acharam a Marcela? Daniel perguntou, ouvindo a conversa ao chegar na recepção da Ecomoda.

– Sim Daniel. Respondeu Armando.

– E nem sequer um telefone avisando doutora Pinzón? Daniel reclamou.

– Me desculpe doutor Valencia, eu esqueci. Betty respondeu sem jeito.

– Claro como não era a sua irmã, não precisava se preocupar. Ele falou num tom irônico.

– A Marcela está numa Clínica, mas está bem. Armando respondeu.

– O que ela tem? Daniel perguntou.

– Ela está grávida Daniel! Patricia disparou a queima roupa.

– Grávida? Daniel perguntou chocado.

– Mas de quem? O quartel perguntou novamente em coro.

– Grávida sim e de um francês espetacular! Patricia gargalhou.

– Ótimo. Só o fato dela ter desistido de você Armando já me tranquiliza. Daniel falou e entrou no elevador.

– Bom é isso senhoras, agora vamos trabalhar! Seu Hermes declarou e todos seguiram para os seus postos de trabalho.

Daniel falava baixinho ao telefone com Mario, este lhe dava instruções precisas do que deveria fazer para dar início ao seu plano de sequestro.

– Não me basta ter que ficar nesta salinha ridícula ainda tenho que fazer com que as funcionárias desta empresa se importem comigo? Daniel reclamava furioso.

– Sim, como eu lhe disse desde o início elas devem estar ao seu lado. Mario falava mais uma vez.

– Está bem. Daniel concordou.

Jamille entrou em sua sala trazendo alguns papéis.

– Desculpe doutor Valencia. Eu volto mais tarde. Ela falou vendo que ele estava ocupado.

Daniel desligou o telefone.

– Não se preocupe com isso Jamille, afinal você é minha secretária, meu braço direito pelo menos na teoria. Ele sorriu.

– Tudo bem doutor. Ela estranhou a educação e a cortesia de Daniel.

– Então o que traz a sua ilustre pessoa a minha terrível caverna? Ele falou indicando a cadeira para que ela sentasse.

– A doutora Beatriz pediu que o senhor revisasse estes documentos para quando a equipe brasileira chegar estarem todos em ordem. São os custos iniciais, junto com a taxas de câmbio e a cotagem do dólar. Ela falou entregando-lhe os documentos.

– Sem problemas, faço isso agora mesmo. Ele sorriu.

– Com licença doutor. Ela respondeu e retirou-se.

Em sua mesa por mais que ela tentasse não conseguia se conter, os seus pensamentos se inclinavam para ele. Ela tinha um único objetivo ao entrar naquela conceituada empresa mas de repente e se ele sente algo por mim e se tudo foi um engano, e se eu pudesse esquecer o passado, haveria no mundo lugar para nós dois? Seus pensamentos e divagações foram interrompidos bruscamente por Sandra.

– No que está pensando Jamille, está com um olhar tão vago.

– Em casa, em como eu gostaria que chegasse logo o fim de semana para descansar. Ela mentiu.

– Hum, eu também mas o problema é que em casa não tem fofocas. Sandra gargalhou.

– É. Jamille forçou um sorriso.

– Bom dia, bom dia, bom dia! Hugo chegou na Ecomoda transbordando de felicidade.

– Bom dia seu Hugo! Inesita respondeu vendo o seu patrão radiante no ateliê.

– Ai Inês como estou feliz, sabia que a minha amiga Marchy vai ter um filhinho e não é de qualquer um não, é de um espécie em extinção. Lindos como não se fabricam mais hoje em dia. E eu serei o padrinho. E ficarei bem perto daquele galã de telenovela das oito. Hugo gargalhou.

– Sim seu Hugo, aqui já soubemos que a dona Marcela está muito bem e feliz. Inês respondeu.

– Pois é mas agora já querem me escravizar aquele monstro horroroso do Armando exigiu que eu voltasse das minhas férias para atender a um pessoal que veio do Brasil. Hugo reclamou sentando-se em sua mesa de desenho.

– É claro seu Hugo, afinal eles não vêm aqui pela empresa ou pelos executivos mas sim para admirarem e levarem a sua arte para o país dele. Pacificou Inesita.

– Sabe que você tem razão Inês. Eles vão levar a minha arte para o Brasil, sou como um Velázquez de roupas. Hugo sorriu triunfante.

Nicolas chegou atrasado na empresa abraçado com Jenny, deu um bom dia seco para o quartel enquanto Jenny nem se indignou a olhá-las.

– Ainda bem que a oxigenada não viu essa cena. Fico até com pena dela. Comentou Sofia com Bertha.

– Verdade. Bertha confirmou.

Jenny se despediu de Nicolas com muitos beijos e abraços.

– Não quero largar você minha vida, meu amor! Ela dizia com sua voz melosa.

– Nem eu, nem eu, mas temos que trabalhar, afinal você é uma modelo importante e eu um fino executivo, vice-presidente heim. Ele riu e entrou na sua sala.

Jenny com uma rabisaca entrou no ateliê.

Marcela e Michel estavam assim em outro mundo, num mundo só deles. Eram os convidados de honra no mundo dos enamorados. Os pais de Michel chegaram mas ao ver a cena mais linda do mundo eles resolveram não interromper e ficaram apenas admirando o belo casal.

Marcela abraçada a Michel que cantava para ela e para o bebê uma canção francesa de sua época de menino. Dona Isabelle reconhecia pois era a mesma canção que ela embalava o filho para dormir. Marcela foi quem se deu conta da presença dos dois.

– Por favor entrem! Ela chamou os com as mãos para que eles entendessem.

Isabelle contava ao filho como estava emocionada com a cena que acabava de presenciar.

– Vous deux serez très heureux. Ela disse.

– Sim mamãe nós seremos muito felizes. Michel sorriu e abraçou Marcela mais forte. Nós vamos nos casar.

– Marier? Louis perguntou.

E Marcela entendeu a palavra e repetiu-a.

– Oui, marier. Ela riu.

A família se abraçou, agora tudo estava completo na vida de Marcela e de Michel.

Milagres são reais quando se crê,

deve haver fé, não desistir

Milagres é só crer, você vai ver

Se você crer, vai conseguir, mas só se você crer...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Meninas espero que tenham gostado, como prometido a Val eis o início do final feliz da Marcela.


Créditos da canção: Milagres são reais do filmes O príncipe do Egito.
http://letras.mus.br/o-principe-do-egito/1760603/

Quero agradecer a todas a paciência que têm tido com a minha demora em postar os capítulos, não é negligência minha meninas são as minhas provas que não me deixam em paz rsrs. E agradecer a todas que tem comentado, favoritado e acompanhado e claro recomendado. Muito, muito obrigada a vocês que me inspiram, me ajudam e não me deixam desistir, em especial a Stephanie que está sempre me pedindo novos capítulos.

Bjim e até o próximo capítulo